quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Bellacosa Index Page Panfletagem Virtual


Panfletagem Virtual

O uso de múltiplas páginas com referência cruzada é uma estratégia eficiente para ampliar visibilidade, fortalecer autoridade digital e divulgar serviços de forma organizada e consistente. Essa técnica consiste em criar diferentes páginas ou perfis online — como sites, blogs, páginas em redes sociais ou perfis profissionais — que se conectam entre si, indicando umas às outras de maneira estratégica. Quando bem aplicada, essa prática melhora o alcance, o posicionamento nos buscadores e a confiança do público.

O primeiro passo é definir o papel de cada página. Por exemplo, um site principal pode funcionar como o centro da informação, apresentando os serviços, portfólio e contatos. Um blog pode aprofundar temas, publicar artigos e responder dúvidas do público. Já páginas no Facebook, Instagram, LinkedIn ou YouTube podem ser usadas para divulgar conteúdos, atrair audiência e direcionar tráfego para o site ou blog. Cada canal deve ter uma função clara, evitando conteúdos duplicados e confusos.

A referência cruzada acontece quando uma página indica outra de forma natural e relevante. Um artigo no blog pode incluir links para a página de serviços ou para perfis sociais. Postagens nas redes sociais podem direcionar seguidores para textos completos no blog ou para uma landing page específica. Da mesma forma, o site principal deve conter links visíveis para todas as páginas oficiais, reforçando a identidade e facilitando a navegação.

Do ponto de vista de SEO, a referência cruzada ajuda a criar uma rede de links internos e externos, aumentando a autoridade das páginas. Os mecanismos de busca interpretam essas conexões como sinais de relevância e consistência, desde que os links sejam coerentes e contextualizados. É importante usar descrições claras, âncoras bem escolhidas e evitar práticas artificiais ou excessivas, que podem ser penalizadas.

Na divulgação de serviços, cada página pode abordar o mesmo serviço sob ângulos diferentes. Uma página institucional pode apresentar a oferta de forma objetiva, enquanto o blog explora benefícios, estudos de caso e tutoriais. As redes sociais podem mostrar bastidores, depoimentos de clientes e resultados práticos, sempre apontando para a página principal de conversão.

Outro ponto fundamental é a padronização da identidade visual e da mensagem. Nome, logotipo, descrição e tom de comunicação devem ser consistentes em todas as páginas. Isso gera reconhecimento imediato e transmite profissionalismo. Além disso, é importante manter todas as páginas atualizadas, evitando links quebrados ou perfis abandonados.

Em resumo, usar múltiplas páginas com referência cruzada permite criar um ecossistema digital integrado, onde cada canal fortalece o outro. Essa estratégia amplia alcance, melhora o posicionamento online, facilita a divulgação de serviços e constrói uma presença digital sólida, confiável e orientada para resultados de longo prazo.



Divulgação para grande publico. O serviço funciona assim, administro 100 fan-pages com um publico de 60.000 pessoas.
Eu compartilho sua postagem nesta rede de contatos, normalmente mais de 1.000 pessoas efetivamente veem a mensagem.

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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

🎼✨ 10 ANIMES COM O ESPÍRITO DO BARDO NAGASHI


🎼✨ 10 ANIMES COM O ESPÍRITO DO BARDO NAGASHI

(Lista oficial El Jefe Midnight – Bellacosa Mainframe Edition)

O Japão ama a figura do nagashi (流し) – o músico andarilho que vaga pelas ruas, vielas e izakayas tocando histórias, canções e melancolias.
Nos animes, esse espírito aparece em personagens que atravessam cidades, vidas e memórias como melodias que escorrem noite adentro.

Aqui estão 10 animes onde o “bardo errante” vive, respira, toca e emociona.




1) Natsume Yūjin-Chō (夏目友人帳)

Ano: 2008
Nagashi presente: o youkai tocador da flauta de bambu.
Quem é: Um espírito errante que vaga pelas montanhas tocando canções que apenas pessoas sensíveis conseguem ouvir.
Curiosidade: O design é inspirado nos komusō, monges que vagavam tocando shakuhachi.
Easter Egg: No episódio 7 da segunda temporada, a melodia é baseada em uma canção tradicional tocada por nagashi reais da Era Shōwa.
Comentário Bellacosa: Anime que canta baixinho com o coração.



2) Mushishi (蟲師)

Ano: 2005
Nagashi presente: vários músicos itinerantes ligados aos “mushi” sonoros.
Quem é: Personagens que seguem trilhas antigas, levando músicas que curam, assustam ou convocam espíritos.
Curiosidade: O episódio “Sound of Footsteps” homenageia diretamente o conceito de nagashi.
Easter Egg: A flauta usada em um episódio é uma réplica de shakuhachi ji-nashi, instrumento dos monges komusō.
Comentário: Se existe anime com alma de trilha noturna, é Mushishi.



3) Samurai Champloo (サムライチャンプルー)

Ano: 2004
Nagashi presente: Vários músicos itinerantes que aparecem nas estradas do Japão feudal alternativo.
Personagens: Especialmente o cantor cego no episódio 16.
Curiosidade: Os criadores estudaram nagashi blues dos anos 50.
Easter Egg: O violão usado por um músico é anacronicamente baseado nos nagashi modernos de Shinjuku.
Comentário: Um anime sobre viagem e música não poderia escapar dessa lista.



4) Showa Genroku Rakugo Shinjuu (昭和元禄落語心中)

Ano: 2016
Nagashi presente: músicos de izakaya que acompanham o rakugo itinerante.
Quem é: Artistas que vagam entre casas de espetáculo pobres e bares apertados.
Curiosidade: A produção entrevistou nagashi reais de Asakusa.
Easter Egg: O episódio 2 mostra um bar da vida real onde nagashi toca até hoje.
Comentário: Não é sobre música — é sobre alma.


5) Saraiya Goyou (さらい屋五葉 / House of Five Leaves)

Ano: 2010
Nagashi presente: o tocador de shamisen que aparece nos becos de Edo.
Quem é: Um músico frágil, que canta sobre solidão nas vielas.
Curiosidade: Baseado em músicas urbanas do período Edo.
Easter Egg: A letra de uma canção cita o rio Sumida, referência aos bardos antigos.
Comentário: Uma obra silenciosa como uma canção na madrugada.


6) Dororo (どろろ) – versão 2019

Ano: 2019
Nagashi presente: músicos errantes que aparecem em vilas destruídas pela guerra.
Quem são: Figuras tristes, mas poéticas, sempre com instrumentos simples.
Curiosidade: No mangá original havia mais músicos viajantes — a série manteve alguns.
Easter Egg: A canção de flauta do episódio 12 é inspirada em peças honkyoku tocadas por komusō.
Comentário: Música como eco da dor humana.


7) Tsurune (ツルネ —風舞高校弓道部—)

Ano: 2018
Nagashi presente: O músico idoso que toca shakuhachi no bosque.
Quem é: Um andarilho que aparece “só quando necessário”.
Curiosidade: Ele é inspirado em um nagashi real de Kyoto chamado “Shō-san”.
Easter Egg: A melodia dele é a mesma tocada em cerimônias zen.
Comentário: Pequena aparição, grande impacto.


8) Rurouni Kenshin (るろうに剣心)

Ano: 1996
Nagashi presente: O trovador cego do episódio 33.
Quem é: Um músico que testemunha histórias de violência com poesia.
Curiosidade: Episódio inspirado nas figuras de bardos errantes do período Bakumatsu.
Easter Egg: O título do episódio contém o kanji 流, referência direta ao “nagashi”.
Comentário: Kenshin sempre foi um anime sobre andarilhos — e esse músico é a alma do conceito.


9) Princess Mononoke (もののけ姫)

Ano: 1997
Nagashi presente: O músico andarilho do início, que narra lendas antigas.
Quem é: Uma das figuras mais discretas de Miyazaki.
Curiosidade: Baseado nos “katari-be”, contadores de histórias itinerantes.
Easter Egg: O instrumento dele é um híbrido histórico entre biwa e shamisen — não existe na vida real.
Comentário: Uma homenagem elegante aos músicos ancestrais.


10) Edo Rocket (エド☆ロック)

Ano: 2007
Nagashi presente: O flautista excêntrico das ruas de Edo.
Quem é: Um músico que tem mais conhecimento do que aparenta.
Curiosidade: Mistura ficção científica com teatro kabuki (!).
Easter Egg: O flautista é inspirado em um nagashi famoso da década de 1940.
Comentário: Um anime tão maluco que só poderia ter um nagashi.


🎤 CONCLUSÃO BELLACOSA MAINFRAME

O nagashi — o músico errante — ainda pulsa nas veias da cultura japonesa.
Ora como espírito ancestral, ora como poeta bêbado de izakaya, ora como guardião da memória.

E no mundo dos animes, ele é presença discreta, mas poderosa:
um acorde ao vento,
um shamisen ao fundo,
um viajante que passa, canta e segue.

Porque o nagashi, assim como a vida…
nunca para — apenas flui.


domingo, 18 de agosto de 2019

😢 O Menino Que Ficava — memórias, espectros e as travessias do vento

 


Poste para o Blog El Jefe — ao estilo Bellacosa Mainframe
Título: O Menino Que Ficava — memórias, espectros e as travessias do vento


Existem memórias que não morrem — apenas se escondem nos porões da alma, esperando o momento certo para voltar.
Na minha infância, uma dessas memórias é a sensação de ser deixado para trás.

Não era abandono — era logística, rotina, escola, trabalho, vida real acontecendo com os adultos — mas, para o menino de 7, 8, 9 anos, o coração não entende de pragmatismo. Ele só sente o eco do portão fechando, a casa ficando silenciosa, o cheiro do café dos avós Pedro e Anna, e aquela mistura de amor e solidão que molda o aço da alma.



A primeira vez foi em 1980, breve, sem grandes cicatrizes. Mas em 1981, a vida repetiu o enredo — e ali o menino começou a entender o que era raiva e frustração.
A lembrança do “Spectroman” — que ainda vou contar em outro capítulo — virou símbolo daquele tempo: o herói que enfrentava monstros gigantes enquanto eu enfrentava os meus, invisíveis.



Depois veio 1983, a tempestade que já mencionei em tantas memórias. Dessa vez, o cenário era a casa dos bisavós Francisco e Isabel, com o tempero caótico e encantador da Tia-avó Maria.
Era uma mistura de ternura e dor, risadas e medo, um tempo em que o pequeno Vagner começou a entender o mundo adulto — mas sem ter ainda os instrumentos para interpretá-lo.



Essas três travessias — 1980, 1981 e 1983 — se tornaram marcos invisíveis, pontos de inflexão de quem eu seria.
Foi ali que aprendi a não depender dos outros, a fazer o meu próprio jogo, e a seguir em frente sozinho, se necessário.





Ganhei o que chamo hoje de espírito nômade digital, ou talvez judeu itinerante da alma: sempre pronto a mudar, a recomeçar, a não criar raízes profundas demais — como quem teme que o trem vá partir novamente.

Mas os fantasmas não desaparecem.
Às vezes, quando o vento muda, sinto o mesmo arrepio da infância.
A lembrança de que o barco da vida, por mais que a gente tente segurar o leme, às vezes segue a corrente — levado pelo vento, pela água, ou pelo simples destino.

E ainda assim, é curioso:
foram esses ventos que me ensinaram a voar.


🕰️ Curiosidades e Easter Eggs Bellacosa Mainframe

  • 🧠 O sentimento de ser deixado para trás molda uma geração de migrantes urbanos e filhos de profissionais itinerantes dos anos 70 e 80 — filhos da modernidade em trânsito.

  • 💾 Assim como os job steps de um JCL, cada uma dessas estadas era um EXEC PGM=VIDA, com seus COND, RETURN-CODE e RESTART.

  • 🔮 O Spectroman, citado de passagem, é quase um alter ego simbólico: o guerreiro solitário que lutava contra monstros criados pela poluição e pelo ego humano — metáfora perfeita para a luta interna de uma criança diante da ausência.

  • ☕ E o mais curioso: esse desapego involuntário, aprendido cedo, acabou virando combustível criativo, um motor silencioso que move o olhar do adulto e dá forma ao cronista do passado.

sábado, 17 de agosto de 2019

🍞 Pão com Manteiga na Chapa – O Boot Matinal da Pauliceia Desvairada



🍞 Pão com Manteiga na Chapa – O Boot Matinal da Pauliceia Desvairada

por El Jefe – Bellacosa Mainframe Midnight Lunch Edition

Antes do expresso, antes do Wi-Fi, antes até da pressa — existia ele: o pão com manteiga na chapa.
Simples, crocante, dourado, com aquele chiado sagrado que ecoa desde o século passado nos balcões de São Paulo.
É o ping sonoro que inicia o sistema operacional do paulistano.
Sem ele, a cidade nem carrega direito.

Origem – Quando o café ainda era em coador de pano
O pão com manteiga na chapa nasceu nas padarias de bairro, lá pelos anos 1940 e 1950, quando o padeiro ainda conhecia o freguês pelo nome e o café vinha servido em copo americano.
Naquela época, o pão francês (importado da influência portuguesa, mas abrasileirado na textura e no miolo) era o protagonista das manhãs operárias e boêmias.
A chapa de ferro — a mesma onde se fazia o bife acebolado e o misto quente — recebia a manteiga generosa, virava o pão e... tssssssss.
O som da manteiga derretendo era o startup sonoro da cidade.

🏙️ O pão que uniu todas as classes
O pão na chapa é o lanche mais democrático de São Paulo.
Está no balcão da padoca do Jardins e no boteco da Mooca.
É servido na padaria 24h da Paulista e na de esquina da Penha.
É o ponto de convergência entre o advogado engravatado, o motoboy, a enfermeira e o estudante atrasado.
Enquanto o pão doura e a manteiga canta, todo mundo é igual diante da chapa.

🔥 O ritual da manhã paulistana
O verdadeiro pão na chapa não se faz em sanduicheira elétrica — é na chapa de ferro fundido, aquecida no limite entre o perfeito e o queimado.
O padeiro passa manteiga dos dois lados, dá aquela prensada com a espátula, e serve ainda fumegando com o café pingado ao lado.
É um ritual tão preciso quanto um JCL bem formatado: simples, direto, infalível.

📜 Lendas e memórias tostadas
Reza a lenda que o primeiro pão na chapa foi invenção de um padeiro português preguiçoso que, sem querer lavar a frigideira do bife, resolveu reaproveitar o calor da chapa.
Outros dizem que foi criação de motoristas de ônibus dos anos 50, que precisavam de algo rápido antes da primeira volta do dia.
Mas o que importa é o mito — o pão dourado virou símbolo do início, do recomeço, da esperança servida com café e guardanapo fino demais pra segurar a manteiga.

🥖 Adaptações e versões modernas
Hoje, o pão na chapa foi atualizado: tem o com requeijão, o com catupiry, o com parmesão ralado, e até o pão na chapa com Nutella (blasfêmia gourmet, mas ok).
Mas o raiz, o legítimo, o de boteco da Sé ou da Lapa, é só pão, manteiga e ponto de fumaça.
Sem hashtags, sem stories, sem pressa.

💬 Fofoquices do balcão
Dizem que muitos roteiros de filme, letras de samba e até negócios milionários começaram diante de um pão na chapa.
Que o padeiro da Bela Vista tinha “mão boa” porque o pão dele “tostava igual alma de poeta”.
E que o verdadeiro teste de amizade é dividir o último pedaço de pão na chapa e o restinho de café, na mesa de fórmica, antes do sol nascer.

💡 Dicas do Bellacosa
Quer entender o espírito de São Paulo em 3 bytes?

  • Vá a uma padaria de esquina, por volta das 6h30 da manhã.

  • Peça um pão na chapa e um pingado.

  • E observe: o silêncio da primeira mordida é o mesmo de quem acabou de dar um IPL num IBM Z antigo — é o sistema voltando à vida.

🖤 Reflexão do El Jefe Midnight Lunch
O pão na chapa é o mainframe da rotina paulistana: simples, confiável, imune à obsolescência.
Enquanto o mundo muda, ele segue lá — dourado, quente e levemente queimado nas bordas, como toda boa lembrança.
É o lanche que não precisa de glamour pra ser eterno, e o único capaz de unir todas as gerações em um mesmo “hmm, tá bom demais”.


Bellacosa Mainframe – porque até o pão na chapa tem log de memória e alma de boteco.


quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Psicanálise é atitude


Visite nosso evento, saiba como ser ajudado.

A sua vida esta cheia de problemas? Precisa desabafar? Agende um horário, podemos conversar.


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domingo, 4 de agosto de 2019

🍺 Os Petiscos de Boteco Paulistano – A Engenharia Social do Balcão

 




🍺 Os Petiscos de Boteco Paulistano – A Engenharia Social do Balcão
por El Jefe – Bellacosa Mainframe Midnight Lunch Edition

Existem bytes, bits e buffers.
E existe o balcão de boteco, onde o sistema operacional da vida boêmia roda desde o tempo do chope bem tirado e do papo fiado.
Ali, alinhados como componentes de um painel de controle analógico, estão eles — os petiscos de boteco paulistano: tremoço, amendoim, picles, ovo colorido, cebola em conserva, azeitona, salame, mortadela, e aquele ar de “mais uma rodada, por favor”.

🧄 Origem – do armazém ao balcão democrático
Essas delícias nasceram nos armazéns e empórios dos anos 1940 e 1950, quando o boteco ainda era extensão da quitanda.
O freguês pedia uma pinga e, pra “forrar o estômago”, vinha um punhado de tremoço ou amendoim.
Tudo simples, direto, sem menu nem delivery.
O balcão era o mainframe da vizinhança: centralizava histórias, processava boatos e servia uptime de 24 horas nos dias bons.

O tremoço, por exemplo, veio com os imigrantes portugueses — semente amarga que precisava ser deixada de molho por dias para virar petisco.
O amendoim, mais americano, se abrasileirou nas fábricas da Paulistânia.
Já os picles e cebolinhas em conserva trazem DNA ítalo-germânico, herança dos bares de imigrantes que se multiplicaram pelo Brás e pela Mooca.
E o ovo colorido… ah, esse é pura alquimia de boteco: cozido, mergulhado em vinagre, corante e mistério.

🥚 Os ícones do tabuleiro boêmio
O ovo rosa é o mascote não oficial da boemia.
Ninguém sabe quem teve a ideia de tingir ovos, mas a teoria mais aceita diz que foi um dono de bar que queria “diferenciar” seu balcão.
Resultado: o ovo virou ímã de curiosos e símbolo de coragem — só os fortes enfrentam um ovo de boteco com maionese caseira e copo americano ao lado.

O tremoço, por outro lado, é o snack dos estrategistas: você come um, dois, três, e quando percebe já está filosofando com o garçom sobre a Primeira Academia do Palmeiras, discutido quem era melhor Dudu ou Ademir? E a conversa não acaba.


E o amendoim? É o fio condutor das conversas infinitas — o loop infinito do bar, que nunca termina, só reinicia com mais uma cerveja.

🥩 Salame, mortadela e as carnes frias do balcão
Nas antigas rotisserias e bares do centro, era comum o garçom cortar salame ou mortadela em fatias grossas, servidas com azeitonas e picles, como se fosse um antipasto operário.
E foi assim que o boteco criou sua própria charcutaria popular — rústica, sem frescura, mas com sabor de conversa boa e pão francês amanhecido.

📜 Lendas, histórias e subversões etílicas
Há quem diga que o primeiro ovo colorido paulistano nasceu no Bar do Estadão, nos anos 60, por um erro de cozinha: corante vermelho caído no vinagre.
Outros juram que o tremoço era senha de confiança — só cliente antigo podia se servir à vontade, direto do vidro.
E tem a velha lenda urbana do ovo azul da Barra Funda, que teria derrubado um político em plena campanha.

Nos anos 80, os petiscos ganharam nova vida com o boteco universitário — o ovo rosa virou meme antes da internet, o amendoim virou moeda de troca por histórias e o tremoço, item de sobrevivência entre uma cerveja e outra.

🍋 Adaptações e modernidades indevidas
Chegaram os “botecos gourmet”, e com eles o “tremoço orgânico com flor de sal”, o “ovo caipira curado na beterraba artesanal” e o “mix de embutidos defumados no carvalho”.
Mas o paulistano raiz sabe: petisco bom vem em vidro antigo, com pegador torto, azeite reciclado e risada de balcão.
É o tipo de coisa que não se embeleza — se vive.

💬 Fofoquices do balcão
Conta o garçom Zé da Sé que Cauby Peixoto era freguês fiel do ovo colorido — dizia que dava “sorte antes do show”.
E que o amendoim do Bar Léo já serviu de aperitivo para Vinícius de Moraes, que filosofou: “o boteco é o templo onde o álcool é comunhão e o tremoço, hóstia popular”.

💡 Dicas do Bellacosa Mainframe
Quer viver o protocolo real de um boteco raiz?

  • Peça um copo americano trincado de chope.

  • Escolha um petisco de vidro com tampa de alumínio.

  • Observe o ambiente: cada conserva ali tem mais uptime que muito servidor IBM Z.

  • E lembre-se: nunca confie em quem não come tremoço com a mão.

🖤 Reflexão do El Jefe Midnight Lunch
O petisco de boteco é o mainframe emocional da cidade.
Ele processa saudades, distribui gargalhadas, faz backup de histórias e nunca desliga.
Enquanto houver um ovo rosa num balcão de inox e alguém dizendo “só mais uma”, São Paulo continua rodando estável, firme, resiliente — como um CICS da madrugada.


🍺 Bellacosa Mainframe – porque há mais sabedoria num pote de tremoço do que em muita reunião de diretoria.