1. Formato de TV japonês (cour)
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A TV japonesa organiza sua grade em blocos de 3 meses (um cour):
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Inverno: janeiro a março
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Primavera: abril a junho
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Verão: julho a setembro
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Outono: outubro a dezembro
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Cada cour equivale a 11 a 13 semanas, o que dá espaço exato para 12 ou 13 episódios (com uma ou outra semana “roubada” por eventos, esportes ou especiais).
👉 Ou seja: 12 episódios = um cour completo.
2. Orçamento e riscos
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Anime é caro: um episódio pode custar de 100 a 300 mil dólares.
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12 episódios = projeto mais barato e menos arriscado.
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Se fizer sucesso, pode ganhar segunda temporada (outro cour), filme ou até spin-off.
👉 Um “piloto de luxo” que testa se o público e a venda de Blu-rays/streaming valem a pena.
3. Marketing e mídia física
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Antigamente (anos 90–2000), o anime era usado para impulsionar vendas de mangá, light novels e Blu-rays.
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12 episódios cabem bem em 3 a 6 discos (DVD/Blu-ray), o que encaixa no modelo de lucro.
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Hoje o mesmo raciocínio serve para streaming: série curta → mais fácil de maratonar → mais chances de engajamento.
4. Adaptação de material original
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Muitos animes são adaptações de light novels ou mangás.
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12 episódios dão tempo de adaptar:
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~3–5 volumes de mangá
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~2–3 volumes de novel
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Assim a editora “vende” a história até certo ponto, mas deixa gancho para o fã comprar o material original.
5. Flexibilidade de produção
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Estúdios de anime são sobrecarregados e muitas vezes trabalham em vários projetos ao mesmo tempo.
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Produzir 12 episódios = mais viável para equipes pequenas.
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Se for muito longo (como 24–26 episódios), o estúdio precisa ter mais recursos ou arrisca cair na famosa “queda de qualidade”.
📌 Curiosidades
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Nos anos 70–90, animes de TV frequentemente tinham 50 episódios ou mais, porque eram ligados a brinquedos (mecha, tokusatsu) ou grandes shōnens semanais.
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Hoje, séries longas contínuas (tipo One Piece, Boruto) são exceções, sustentadas por gigantes editoriais.
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O “12 episódios” virou um padrão de mercado: simples, barato, cabendo certinho no cour.
👉 Resumindo: a maioria dos animes tem 12 episódios porque é o tamanho exato de um cour de TV japonesa, equilibrando custos, riscos, marketing e adaptação.

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