segunda-feira, 19 de outubro de 2015

⚙️ z/OS 2.2 — O despertar do Mainframe DevOps 🧩☁️



 






⚙️ z/OS 2.2 — O despertar do Mainframe DevOps 🧩☁️

Por Bellacosa Mainframe — onde o passado conversa com o futuro em EBCDIC e RESTful 😎💻


O z/OS 2.2, lançado oficialmente em setembro de 2015, foi mais que uma simples atualização: foi um marco de mentalidade.
Depois do z/OS 2.1 abrir as portas para a era híbrida e cognitiva, o 2.2 consolidou o conceito do Mainframe moderno, automatizado e pronto para DevOps, com uma pegada mais “cloud-native”, mas ainda com o DNA sólido do System z.

Prepare seu café ☕, porque hoje vamos mergulhar nas entranhas técnicas dessa revolução — o sistema que transformou o jeito de pensar, operar e programar no mundo z.


🧬 1. Contexto histórico — o z/OS entra na era da automação inteligente

O z/OS 2.2 nasceu junto ao IBM z13, uma máquina lendária com até 141 processadores, 10 TB de memória e clock de 5 GHz.
O z13 não era apenas rápido — ele foi desenhado para o mundo do analytics, mobilidade e integração contínua, e o z/OS 2.2 veio para acompanhá-lo.

🔹 Data de lançamento: setembro de 2015
🔹 Última entrega de service: 2017, antes da chegada do 2.3
🔹 Compatível com: zEnterprise EC12, BC12 e z13

O foco? Simplificação da administração, escalabilidade e automação das operações.
O mainframe, enfim, começava a falar “DevOpsês”.


💾 2. O cérebro expandido — memória, CSA e o poder 64-bit

A IBM refinou o modelo de endereçamento 64-bit iniciado no 2.1.
Com o z/OS 2.2, praticamente todo o ambiente de sistema passou a ser endereçável em 64 bits, incluindo:

  • LPA (Link Pack Area) e CSA (Common Service Area) — agora totalmente relocáveis e expansíveis.

  • SQA (System Queue Area) — reorganizada para uso mais eficiente.

  • Memory Objects de até 2 TB por address space.

  • Paging mais inteligente, com balanceamento dinâmico entre SSD e DASD.

💡 Bellacosa Curiosidade: Foi a primeira vez que a IBM implementou algoritmos de prefetch baseados em machine learning interno para otimizar cache e paging — sem precisar de software externo.


⚙️ 3. PR/SM e créditos de CPU — o cérebro oculto do equilíbrio

O PR/SM (Processor Resource/System Manager) ganhou um novo conjunto de truques com o z/OS 2.2, otimizando a interação entre LPARs e workloads concorrentes.

Avanços notáveis:

  • HiperDispatch aprimorado, com melhor localização de cache e “affinity awareness”.

  • WLM (Workload Manager) mais sensível a prioridades de negócios.

  • Dynamic LPAR weight adjustment: o sistema redistribui automaticamente créditos de CPU entre partições conforme o workload.

  • Soft Capping “aware” — agora detecta picos temporários e aplica limites de forma inteligente, evitando throttling brusco.

🎩 Easter Egg técnico: Se você observar o SMF 70-1 do z/OS 2.2, vai notar métricas novas de “CPU delay by dispatch group”. Essa foi uma das primeiras sementes do que viria a ser o Container Performance Management no z/OS 2.4+.


🧰 4. Aplicativos internos e softwares — o z/OS vai para a nuvem

O z/OS 2.2 trouxe uma das maiores ondas de modernização da história do sistema:

🔹 z/OSMF (Management Facility) 2.2

O grande astro da versão.
O z/OSMF deixou de ser “um web painel bonito” e virou uma plataforma de orquestração e automação, com:

  • Workflows automáticos para instalação, migração e tuning;

  • REST APIs nativas para integração com ferramentas externas (Jenkins, Ansible, UrbanCode, etc.);

  • Wizard de Parmlib e profile assistido — o sistema se “autoafina”.

💬 Bellacosa Insight: Foi o nascimento do conceito “Mainframe as Code” dentro da IBM.


🔹 JES2 (V2R2)

Mais rápido, mais limpo e finalmente unicode-aware.

  • Melhor compressão de spool.

  • Novo formato de checkpoint em 64 bits.

  • Subsystem Interface (SSI) modernizada para integração com automações externas.

🔹 RACF

Revisado para suportar mais de 1 milhão de perfis ativos sem degradação.
Novos logs SAF, e suporte inicial a password phrases com 100 caracteres.

🔹 UNIX System Services

Expansão para POSIX 2008, suporte nativo a Python e Node.js (início da integração com z/OS Open Tools).
Shells mais leves, com fork otimizado.

🔹 DFSMS e DFSMShsm

Reorganização total do storage management — agora com:

  • Data Class-aware Tiering, movendo datasets frios para fita automaticamente.

  • Catalog Search Rebuild mais rápido (aquela lerdeza do IDCAMS LISTCAT começou a sumir 😅).


🧩 5. Instruções de máquina e z13 — performance turbinada

O z/OS 2.2 foi otimizado para o novo z13 chip, que trouxe inovações absurdas em instruções e performance:

  • SIMD (Single Instruction, Multiple Data): acelera cálculos matemáticos e criptográficos.

  • Vector Facility: base do que hoje o z16 usa para IA e analytics.

  • Crypto Express5S com hardware AES-GCM e SHA-3 nativo.

  • Transactional Memory 2.0, reduzindo o overhead de locks no DB2.

📈 Resultado: workloads Java, DB2 e CICS ficaram 20% a 30% mais rápidos só com recompilação ou tuning leve.


☁️ 6. Nuvem, APIs e o z/OS Connect (preview edition)

Sim, o z/OS 2.2 foi o “berço” do z/OS Connect Enterprise Edition.
Pela primeira vez, o mainframe falava JSON nativo, publicando e consumindo REST APIs com segurança RACF.

  • CICS TS 5.3 passou a ser o host natural para APIs REST.

  • MQ 8.0 foi integrado como canal de comunicação padrão.

  • E os workloads IMS/DB2 começaram a se comportar como microservices antes da moda.

💬 Curiosidade Bellacosa: algumas demos internas da IBM em 2015 chamavam o z/OS Connect de "Mainframe Tinder", porque ele fazia “match” entre o legado e o mobile. 😂


🔐 7. Segurança, criptografia e auditoria

A segurança subiu de patamar:

  • ICSF (Integrated Cryptographic Services Facility) expandido com novos algoritmos ECC e RSA 4096.

  • Audit Trail centralizado via SMF 80/81, pronto para frameworks como SIEM e QRadar.

  • AT-TLS reforçado com certificados SHA-256.

E claro — zAware (z/OS Analytics for z) ganhou integração nativa: o sistema começava a “entender seu próprio comportamento”.


🧙‍♂️ 8. Curiosidades, bastidores e “fofoquices” IBMianas

  • 🧠 Internamente, o z/OS 2.2 era chamado de “Blue Lightning” — pela cor e velocidade do z13.

  • ☕ O time do z/OSMF 2.2 tinha devs que antes trabalharam no Lotus Notes (sim, os mesmos!).

  • 🧩 Foi a primeira versão que recebeu testes de integração contínua com Jenkins rodando no próprio z/OS.

  • 💬 Rumores dizem que a IBM testou o z/OS 2.2 no “Blue Cloud Lab”, um datacenter experimental com PR/SM distribuído entre continentes.


🚀 9. Conclusão — o Mainframe acorda para o DevOps

O z/OS 2.2 não é só uma atualização: é um ponto de virada cultural e técnico.
Ele uniu o tradicional mundo batch e transacional à filosofia DevOps, APIs e automação, consolidando o que hoje conhecemos como o ecossistema “Hybrid Mainframe”.

O gigante não apenas sobreviveu — ele se reinventou com estilo.
E nós, mainframers, ganhamos um novo brinquedo para brincar de futuro. 😎


Bellacosa Mainframe
☕ Onde bits têm alma e memória tem história.
💬 E você, padawan — lembra a primeira vez que viu o z/OSMF com REST APIs?
Deixe nos comentários: foi amor, susto ou “onde fica o ISPF disso aí?” 😂

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