⚙️ z/OS 2.2 — O despertar do Mainframe DevOps 🧩☁️
Por Bellacosa Mainframe — onde o passado conversa com o futuro em EBCDIC e RESTful 😎💻
O z/OS 2.2, lançado oficialmente em setembro de 2015, foi mais que uma simples atualização: foi um marco de mentalidade.
Depois do z/OS 2.1 abrir as portas para a era híbrida e cognitiva, o 2.2 consolidou o conceito do Mainframe moderno, automatizado e pronto para DevOps, com uma pegada mais “cloud-native”, mas ainda com o DNA sólido do System z.
Prepare seu café ☕, porque hoje vamos mergulhar nas entranhas técnicas dessa revolução — o sistema que transformou o jeito de pensar, operar e programar no mundo z.
🧬 1. Contexto histórico — o z/OS entra na era da automação inteligente
O z/OS 2.2 nasceu junto ao IBM z13, uma máquina lendária com até 141 processadores, 10 TB de memória e clock de 5 GHz.
O z13 não era apenas rápido — ele foi desenhado para o mundo do analytics, mobilidade e integração contínua, e o z/OS 2.2 veio para acompanhá-lo.
🔹 Data de lançamento: setembro de 2015
🔹 Última entrega de service: 2017, antes da chegada do 2.3
🔹 Compatível com: zEnterprise EC12, BC12 e z13
O foco? Simplificação da administração, escalabilidade e automação das operações.
O mainframe, enfim, começava a falar “DevOpsês”.
💾 2. O cérebro expandido — memória, CSA e o poder 64-bit
A IBM refinou o modelo de endereçamento 64-bit iniciado no 2.1.
Com o z/OS 2.2, praticamente todo o ambiente de sistema passou a ser endereçável em 64 bits, incluindo:
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LPA (Link Pack Area) e CSA (Common Service Area) — agora totalmente relocáveis e expansíveis.
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SQA (System Queue Area) — reorganizada para uso mais eficiente.
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Memory Objects de até 2 TB por address space.
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Paging mais inteligente, com balanceamento dinâmico entre SSD e DASD.
💡 Bellacosa Curiosidade: Foi a primeira vez que a IBM implementou algoritmos de prefetch baseados em machine learning interno para otimizar cache e paging — sem precisar de software externo.
⚙️ 3. PR/SM e créditos de CPU — o cérebro oculto do equilíbrio
O PR/SM (Processor Resource/System Manager) ganhou um novo conjunto de truques com o z/OS 2.2, otimizando a interação entre LPARs e workloads concorrentes.
Avanços notáveis:
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HiperDispatch aprimorado, com melhor localização de cache e “affinity awareness”.
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WLM (Workload Manager) mais sensível a prioridades de negócios.
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Dynamic LPAR weight adjustment: o sistema redistribui automaticamente créditos de CPU entre partições conforme o workload.
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Soft Capping “aware” — agora detecta picos temporários e aplica limites de forma inteligente, evitando throttling brusco.
🎩 Easter Egg técnico: Se você observar o SMF 70-1 do z/OS 2.2, vai notar métricas novas de “CPU delay by dispatch group”. Essa foi uma das primeiras sementes do que viria a ser o Container Performance Management no z/OS 2.4+.
🧰 4. Aplicativos internos e softwares — o z/OS vai para a nuvem
O z/OS 2.2 trouxe uma das maiores ondas de modernização da história do sistema:
🔹 z/OSMF (Management Facility) 2.2
O grande astro da versão.
O z/OSMF deixou de ser “um web painel bonito” e virou uma plataforma de orquestração e automação, com:
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Workflows automáticos para instalação, migração e tuning;
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REST APIs nativas para integração com ferramentas externas (Jenkins, Ansible, UrbanCode, etc.);
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Wizard de Parmlib e profile assistido — o sistema se “autoafina”.
💬 Bellacosa Insight: Foi o nascimento do conceito “Mainframe as Code” dentro da IBM.
🔹 JES2 (V2R2)
Mais rápido, mais limpo e finalmente unicode-aware.
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Melhor compressão de spool.
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Novo formato de checkpoint em 64 bits.
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Subsystem Interface (SSI) modernizada para integração com automações externas.
🔹 RACF
Revisado para suportar mais de 1 milhão de perfis ativos sem degradação.
Novos logs SAF, e suporte inicial a password phrases com 100 caracteres.
🔹 UNIX System Services
Expansão para POSIX 2008, suporte nativo a Python e Node.js (início da integração com z/OS Open Tools).
Shells mais leves, com fork otimizado.
🔹 DFSMS e DFSMShsm
Reorganização total do storage management — agora com:
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Data Class-aware Tiering, movendo datasets frios para fita automaticamente.
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Catalog Search Rebuild mais rápido (aquela lerdeza do IDCAMS LISTCAT começou a sumir 😅).
🧩 5. Instruções de máquina e z13 — performance turbinada
O z/OS 2.2 foi otimizado para o novo z13 chip, que trouxe inovações absurdas em instruções e performance:
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SIMD (Single Instruction, Multiple Data): acelera cálculos matemáticos e criptográficos.
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Vector Facility: base do que hoje o z16 usa para IA e analytics.
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Crypto Express5S com hardware AES-GCM e SHA-3 nativo.
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Transactional Memory 2.0, reduzindo o overhead de locks no DB2.
📈 Resultado: workloads Java, DB2 e CICS ficaram 20% a 30% mais rápidos só com recompilação ou tuning leve.
☁️ 6. Nuvem, APIs e o z/OS Connect (preview edition)
Sim, o z/OS 2.2 foi o “berço” do z/OS Connect Enterprise Edition.
Pela primeira vez, o mainframe falava JSON nativo, publicando e consumindo REST APIs com segurança RACF.
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CICS TS 5.3 passou a ser o host natural para APIs REST.
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MQ 8.0 foi integrado como canal de comunicação padrão.
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E os workloads IMS/DB2 começaram a se comportar como microservices antes da moda.
💬 Curiosidade Bellacosa: algumas demos internas da IBM em 2015 chamavam o z/OS Connect de "Mainframe Tinder", porque ele fazia “match” entre o legado e o mobile. 😂
🔐 7. Segurança, criptografia e auditoria
A segurança subiu de patamar:
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ICSF (Integrated Cryptographic Services Facility) expandido com novos algoritmos ECC e RSA 4096.
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Audit Trail centralizado via SMF 80/81, pronto para frameworks como SIEM e QRadar.
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AT-TLS reforçado com certificados SHA-256.
E claro — zAware (z/OS Analytics for z) ganhou integração nativa: o sistema começava a “entender seu próprio comportamento”.
🧙♂️ 8. Curiosidades, bastidores e “fofoquices” IBMianas
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🧠 Internamente, o z/OS 2.2 era chamado de “Blue Lightning” — pela cor e velocidade do z13.
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☕ O time do z/OSMF 2.2 tinha devs que antes trabalharam no Lotus Notes (sim, os mesmos!).
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🧩 Foi a primeira versão que recebeu testes de integração contínua com Jenkins rodando no próprio z/OS.
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💬 Rumores dizem que a IBM testou o z/OS 2.2 no “Blue Cloud Lab”, um datacenter experimental com PR/SM distribuído entre continentes.
🚀 9. Conclusão — o Mainframe acorda para o DevOps
O z/OS 2.2 não é só uma atualização: é um ponto de virada cultural e técnico.
Ele uniu o tradicional mundo batch e transacional à filosofia DevOps, APIs e automação, consolidando o que hoje conhecemos como o ecossistema “Hybrid Mainframe”.
O gigante não apenas sobreviveu — ele se reinventou com estilo.
E nós, mainframers, ganhamos um novo brinquedo para brincar de futuro. 😎
Bellacosa Mainframe
☕ Onde bits têm alma e memória tem história.
💬 E você, padawan — lembra a primeira vez que viu o z/OSMF com REST APIs?
Deixe nos comentários: foi amor, susto ou “onde fica o ISPF disso aí?” 😂
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