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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

In memoriun Vereador - LIA DE ARAÚJO OLIVEIRA MARCHI

Vereador - LIA DE ARAÚJO OLIVEIRA MARCHI - PPB - PPB

Eleita Vereadora pela legenda do PMDB, nas eleições 15/11/1982, com 545 votos, para um mandato de 6 anos. Tomou posse no dia 01/02/1983.

Eleita Vereadora pela legenda do PDS, nas eleições 15/11/1988, com 398 votos, para um mandato de 4 anos. Tomou posse no dia 01/01/1989, tendo sido escolhida para 1ª Vice-Presidente da Mesa Diretora, para os exercícios de 1989/1990.

Eleita Presidente da Mesa Diretora para o exercício de 1991.

Eleita 3ª Suplente de Vereadora pela legenda do PPB, nas eleições 03/10/1996, com 476 votos, tendo assumido a vereança em 29/09/1999, por um período de 08 dias, em substituição ao Vereador Sebastião Mantovani.

Legislaturas

DescriçãoData InícioData TérminoPartidoVotosCargo
9ª Legislatura02/02/198331/12/1988PMDBTitular
10ª Legislatura01/02/198931/12/1992PDSTitular

Proposituras

Tipo19911992Total
Projetos de Lei213
Total


Projetos de Lei (3)

Nº 88/1992 - 09/12/1992 - DISPÕE SOBRE DENOMINAÇÃO DE VIA PÚBLICA - ANTINESCHA PRAVATO TRAUZOLA, NO LOTEAMENTO RESIDENCIAL FLAMBOYANT
Nº 89/1991 - 14/10/1991 - DISPÕE SOBRE DENOMINAÇÃO DE VIA PÚBLICA. OVÍDIO NUNES DA COSTA, NA VILA BRASILEIRA

Nº 70/1991 - 27/08/1991 - DISPÕE SOBRE DENOMINAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS - RUA ANTONIO BENEDETTI, LUIZ ANTONIO VICENTINI, NO NÚCLEO RES. PORTO SEGURO

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Lia Araújo


Poesias



Eu ainda existo, sabia?

Ainda sou alegre, até moleca,

sei rir, contar piadas, continuo sapeca,

me iludo e vivo uma fantasia.



Como vê, não mudei.

Continuo a mesma mulher

que quando quer, sabe o que quer

as vezes... impossivel... bem sei.



Se me abalo com uma adversidade

lembro-me do pacto de fidelidade

que uma verdadeira amizade supõe.



O espaço , o tempo são ultrapassados

e meus dias continuam despreocupados...

como Deus quizer... como a vida me 

impõe.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

1979–1982: Crônica Bellacosa Mainframe — O Menino, a Vila e a Democracia que Voltava



🗳️ 1979–1982: Crônica Bellacosa Mainframe — “O Menino, a Vila e a Democracia que Voltava”

(Para o blog El Jefe Midnight Lunch)


Se tem anos que passam batidos, há outros que viram marcos.
E no meu spool de memória, dois deles tremeluzem como lâmpadas de poste em noite úmida: 1979 e 1982.

1979 foi a abertura.
1982 foi o primeiro sopro de democracia respirado sem medo.
Eu, pequeno, sem entender nada de DOI-CODI, AI-5 ou Congresso fechado…
mas entendendo perfeitamente o brilho nos olhos dos meus pais.



📅 1979: O Garoto que Não Entendia, mas Sentia

Eu ainda era muito pequeno para compreender anistia, cassação, exílio.
Mas criança tem radar fino —
e eu percebia que algo grande estava acontecendo.

Meus pais, politizados até o osso, eram daqueles que não fugiam do debate.
Participaram da Marcha pela Anistia, vibraram com cada discurso, cada passeata, cada boletim lido em jornal alternativo.

Se filiaram ao MDB, aquele partido que, sozinho, segurava a tocha da oposição institucional na noite longa dos anos de chumbo.

Eu era só um menino observando.
Mas aprendendo — sem perceber — que política não era palavrão;
era compromisso.



🏭 1982 — Vila Rio Branco: O Bairro Operário Abre as Portas

A Vila Rio Branco era um bairro operário raiz:
casas simples, chão de terra em alguns trechos, cheiro de café coado invadindo a manhã e o rádio ligado sempre muito alto.

E foi ali que a democracia decidiu bater à porta.

O salão paroquial da Comunidade de Nossa Senhora das Graças foi aberto para receber os candidatos do PMDB, liderados por Franco Montoro — o homem que simbolizava esperança, dignidade e aquela força tranquila que só estadistas de verdade têm. Quercia senador, Ulisses deputado e tantos outros historicos do partido.

E então chegou o dia.
As portas se abriram.
O salão encheu.

E eu, um garoto, vivendo um momento histórico sem saber que aquilo seria contado nos livros no futuro.



🤝 Quando Conheci Covas e FHC

Ali, na simplicidade de um bairro operário, eu vi chegar Mário Covas — forte, direto, sem rodeios.
E Fernando Henrique Cardoso, com seu jeito professoral, explicando o país como quem traduz o manual do sistema operacional para um usuário avançado.

A velha guarda do MDB estava lá para organizar cabos eleitorais, explicar propostas, distribuir material…
e preparar a militância para o 15 de Novembro de 1982, data que respirava esperança.

Para mim, era um parque de diversões político:

  • camisetas;

  • bandeirolas;

  • santinhos voando como confete;

  • bottons que grudávamos no peito com orgulho;

  • chaveiros que viravam tesouro infantil.

E, claro, o treinamento para o futuro boca de urna.
Era quase um RPG da democracia.



❤️ E então apareceu o PT… pequenininho, mas cheio de fogo

Numa dessas reuniões e visitas de candidatos, surgiu também um grupo novo, pequeno, barulhento, cheio de vida: o PT.
E entre eles… Lula.

Não era mito, nem presidente, nem figura pop.
Era só o Lula sindicalista cheio de energia, barba negra, voz rasgada e um carisma que dava trabalho até para os adversários.

E o mais incrível:
mesmo meus pais sendo mdbistas convictos, ajudaram o pessoal do PT quando o padre autorizou uma barraquinha na quermesse para arrecadar fundos.

Era um tempo em que adversário não era inimigo.
Era só alguém que acreditava no mesmo país por caminhos diferentes.



🍢 Meu Primeiro Trabalho Voluntário pela Democracia

O padre liberou o espaço.
O PT montou a barraquinha.
Os militantes correram.
E eu, esse escriba que vos tecla…
fui parar no caixa.

Conferindo troco.
Vendendo refrigerante, pastel, vinho quente.
Ajudando gente grande a fazer política de forma doce — literalmente.

Foi ali que fiz meu primeiro trabalho voluntário.
E sem entender metade de nada, eu já estava do lado certo da história:
o lado de quem queria escolher.



🗳️ 1982: O Ano em que o Brasil Respirou Fundo

A censura havia perdido força.
Os espiões já não rondavam tanto.
O medo diminuía.
As conversas ficavam mais longas.
As pessoas sorriam mais.

Em 1982, a democracia voltou a ter cheiro, cor e som.
E no dia 15 de Novembro, eu estava lá — pequeno, mas afiado — distribuindo santinhos, fazendo boca de urna com orgulho, vestindo camiseta do MDB, acreditando que o Brasil estava finalmente acordando.

Seria preciso mais de uma década para votar para presidente, é verdade.
Mas naquela tarde, o futuro já tinha começado.



Easter Egg Bellacosa Mainframe

Se você procurar nos arquivos da época, muitas fotografias de campanha mostram crianças nas quermesses, com bandeiras e chaveiros.
Na Vila Rio Branco…
eu sou uma delas.