sexta-feira, 20 de setembro de 2002

Coimbra a Primeira Cidade Universitaria de Portugal

Visitando a universidade mais velha de Portugal


Em minhas andanças por Portugal não podia deixar de visitar Coimbra e prestar homenagem a tantas personagens ilustres de nossa historia que ali estudaram.



Coimbra é uma cidade  universitária por vocação desde que a universidade de Lisboa foi transferida para cá, há de 900 anos. De la para cá Coimbra virou sinonimo de conhecimento, universidade e universitário fazem uma simbiose perfeita com a cidade.

Existe tantas coisas para ver a beira do rio Mondego, pode ser ver ruínas de um convento, o complexo universitário conhecido como Palácio das Escolas, a Se Catedral, prédios históricos, vestígios históricos dos diversos povos que aqui passaram.

segunda-feira, 16 de setembro de 2002

☕ Bellacosa Mainframe Blog — z/OS 1.4: A Consolidação da Era 64 bits e a Maturidade da z/Architecture

 





Bellacosa Mainframe Blog — z/OS 1.4: A Consolidação da Era 64 bits e a Maturidade da z/Architecture
Por Vagner Bellacosa — Café quente, spool limpo e memória virtual de sobra


🕰️ z/OS 1.4 – O equilíbrio entre estabilidade e inovação

O z/OS 1.4, lançado oficialmente em outubro de 2003, marcou o fechamento do primeiro ciclo de maturação do novo sistema operacional da IBM.
Se o z/OS 1.0 (2000) foi o nascimento da z/Architecture, o 1.4 foi o momento em que o mainframe se estabilizou em 64 bits, ganhou robustez corporativa, e começou a se integrar de forma mais natural com o mundo distribuído — redes, Java, web e segurança digital.

Essa versão estreou junto com o IBM z990 (System z9 “T-Rex”), trazendo uma combinação de força bruta e refinamento técnico que consolidou o mainframe como plataforma universal de TI corporativa.


⚙️ Ficha técnica — z/OS 1.4

CategoriaDetalhes
Lançamento oficialOutubro de 2003
Hardware de referênciaIBM z990 (System z9 EC)
Arquiteturaz/Architecture 64 bits madura
Versões JESJES2 1.13 / JES3 1.13
Modo de endereçamento24, 31 e 64 bits simultâneos
Kernel / Base MVSMVS núcleo estabilizado com z/OS UNIX Services aprimorado
Firmware PR/SMNível 70.x – com suporte a Dynamic LPAR Resource Management
Gerenciamento de CPUCréditos dinâmicos com balanceamento automático via WLM
Uso de memóriaExpansão plena de real storage 64-bit com suporte a “Large Pages”
SegurançaRACF 1.9 e z/OS Security Server
Rede / TCP/IPIPv4 otimizado, início do suporte a IPv6
Subsistemas chaveDB2 V8, CICS TS 2.3, IMS 8, WebSphere 5.0, MQSeries 5.3
Ambiente UNIXHFS consolidado e início da transição para zFS

🚀 O que mudou em relação ao z/OS 1.3

O z/OS 1.3 (2002) já tinha estabilizado o modo 64-bit, mas ainda dependia de ajustes na performance e integração com workloads mistos.
O 1.4 trouxe grandes mudanças no núcleo e nos serviços de sistema, como:

  1. Melhorias em gerenciamento de memória 64-bit

    • Introdução de Large Pages (1MB), reduzindo page faults e aumentando a eficiência em aplicações Java e DB2.

    • Novos algoritmos de Real Storage Manager (RSM) para cache em memória expandida.

  2. PR/SM aprimorado (Processor Resource/System Manager)

    • Agora com Dynamic LPAR Resource Management, permitindo redistribuição automática de CPUs e memória entre partições sem reinicialização.

    • Implementação de LPAR groups e políticas de CPU weight dinâmico — o embrião do que seria o Shared Processor Pools no z10.

  3. Suporte a novas instruções de máquina z990

    • Instruções avançadas para criptografia AES, compressão, e inteiros de 64 bits otimizados.

    • Introdução do HiperDispatch experimental, melhorando a afinidade CPU-thread.

    • Melhoria em instruções de E/S para FICON e OSA-Express2 (rede gigabit).

  4. Nova camada de segurança

    • O RACF 1.9 passou a integrar o LDAP nativamente, facilitando autenticação unificada.

    • Introdução do z/OS Security Server como produto-base.

    • Criptografia SSL acelerada via CPACF (Crypto Processor Assist Facility) do z990.

  5. Otimização de Workload Manager (WLM)

    • Novo modo Goal Mode adaptativo, com redistribuição automática de recursos por performance class.

    • Integração nativa com Sysplex Distributor, abrindo caminho para balanceamento de cargas TCP/IP em larga escala.


🧠 Avanços em memória e performance

O z/OS 1.4 trouxe uma das maiores evoluções em real storage management desde o MVS/ESA.
A IBM aprimorou o RSM (Real Storage Manager) e introduziu o conceito de dataspaces expandidos em 64 bits, permitindo:

  • Maior isolamento entre aplicações batch, CICS e USS;

  • Cache persistente para DB2 e VSAM em memória real;

  • Redução drástica de page swapping;

  • Uso de hiperspaces 64-bit para armazenar tabelas de alta frequência.

O impacto disso foi enorme: aplicações como DB2 V8 e CICS TS 2.3 atingiram ganhos de 20 a 35% de throughput em relação à versão anterior, apenas pela nova forma de gestão de memória.


🔌 Integração e aplicações internas

O z/OS 1.4 trouxe a maturidade das camadas de integração corporativa:

  • UNIX System Services (USS) mais estável e rápido, com suporte pleno a threads POSIX 64-bit;

  • Java SDK 1.4.1 integrado com suporte a Just-In-Time (JIT) otimizado para Telum e CPACF;

  • WebSphere Application Server V5 nativo;

  • z/OSMF ainda não existia, mas o RMF Monitor III ganhou interface mais amigável e ferramentas de diagnóstico refinadas.

No backend, DB2 V8 ganhou suporte total a Unicode e 64-bit buffers, e o IMS 8 evoluiu para melhor desempenho em message queues.


🔐 Segurança, rede e conectividade

O z/OS 1.4 consolidou a IBM como líder em segurança corporativa:

  • Introdução do Integrated Cryptographic Service Facility (ICSF) compatível com novos processadores cripto do z990.

  • Melhorias em SSL/TLS e RACF Digital Certificate Management.

  • TCP/IP Stack revisada — melhor throughput, NAT, IPv6 experimental, e melhor integração com Sysplex Distributor.

A pilha de rede já operava em modo multi-stack, o que significava que uma única LPAR podia servir múltiplos contextos TCP/IP, algo essencial para ambientes com múltiplos clientes.


⚙️ Firmware PR/SM e créditos de CPU

O PR/SM (hypervisor de hardware) passou a operar com Dynamic Resource Balancing, alocando CPU e memória com base no workload WLM.
Foi aqui que surgiram os créditos dinâmicos de CPU, mecanismo que mede o “crédito” de uso de partições e ajusta o peso de cada uma sem interrupção — o ancestral do Dynamic Capacity Upgrade on Demand (CUoD).

Isso trouxe dois ganhos imediatos:

  • Melhor aproveitamento da CPU física (menos idle time).

  • Redução de custos de licenciamento (LPARs mais equilibradas).


Curiosidades e bastidores Bellacosa

  • O z/OS 1.4 foi a última versão da linha 1.x antes da chegada do z/OS 1.5, que seria o precursor direto do z/OS 2.1.

  • Internamente na IBM, essa versão era apelidada de “Rock Solid Release”, devido à sua estabilidade absurda — muitas empresas permaneceram nela por mais de uma década.

  • Foi também o primeiro z/OS amplamente adotado em bancos e seguradoras como plataforma de e-business.

  • O WebSphere 5.0 foi o primeiro middleware certificado para rodar 100% dentro do USS em produção crítica.

  • Alguns programadores veteranos brincavam:

    “No z/OS 1.4, você liga o café, e o IPL termina antes de esfriar.”


🔍 Resumo técnico comparativo

Itemz/OS 1.3z/OS 1.4
Arquitetura64 bits (inicial)64 bits madura
PR/SMEstático com updatesDinâmico (realocação sem IPL)
WLMGoal Mode básicoGoal Mode adaptativo
MemóriaPadrão 4K pagesSuporte a Large Pages (1MB)
RACFv1.8v1.9 + LDAP
CriptografiaCPACF inicialCPACF AES + SSL integrado
Java1.31.4.1 + JIT
TCP/IPIPv4IPv4 + IPv6 parcial
USSThreads limitadasMulti-thread 64-bit

🧭 Conclusão Bellacosa

O z/OS 1.4 foi o ponto de inflexão que transformou o mainframe moderno em uma plataforma realmente integrada, segura e escalável.
Foi ali que o casamento entre hardware (z990) e software (z/OS) atingiu maturidade plena, pavimentando o caminho para a automação e virtualização avançada que conhecemos hoje.

“Enquanto o mercado falava de servidores Linux, o z/OS 1.4 já entregava uptime de 99,999%, criptografia em hardware e Java nativo em 2003. O resto do mundo ainda estava acordando; o mainframe já estava tomando o segundo café.” ☕


 

sexta-feira, 30 de agosto de 2002

Peregrino rumo a Santiago de Compostela

Diário de um Peregrino 

O final da aventura e o começo de nova historia que carinhosamente chamava de Vagneida daqui ate 2013, onde aconteceram mil e uma coisas


Caminho de Santiago: Trecho 009 - Santiago de Compostela

Diário de um Peregrino : 9° Trecho


Enfim chegamos a Santiago de Compostela foram dias intensos, saibam que o cansaço físico, libera a mente, permitiu ver tantas coisas, sentir, descobrir mais sobre mim mesmo. Foi incrível como mergulhei dentro de mim.


Enfim cheguei a Santiago de Compostela. A emoção vem a tona, consegui. As vezes chuto uma pedra para ver se não é sonho, um delírio de uma mente cheia de imaginaçao, foi incrível vencer cada caminho, um dia apos o outro. Ora de voltar a realidade tantos problemas ainda necessitam ser resolvidos. Varias perguntas ainda aguardam respostas.




quinta-feira, 29 de agosto de 2002

Caminho de Santiago: Trecho 008 - Padron

Diário de um Peregrino : 8° Trecho


Segundo a tradição neste porto foi o local onde uma embarcação ancorou com os restos do apostolo Santiago, daqui foi levado ate Santiago onde foi enterrado, ate que ser perdeu os rastros e durante séculos ficou perdido para os homens.


Vou me descobrindo, estou muito emotivo, a cabeça esta em um turbilhao, bem proximo do destino, as vezes bate o medo da loucura que cometi, pensamentos sobre o futuro, o que vou fazer, tantas coisas e ao mesmo tempo vou me sentindo livre cheio de sonhos, sei que terei problemas mas sinto-me tao forte

Caminho de Santiago: Trecho 007 - Caldas del Rey

Diário de um Peregrino : 7° Trecho

Adentramos em uma zona vulcânica com varias fontes termais, o caminho esta mais calmo, próximos do meu destino, tenho um grupo de amigos que vamos conversando pelo caminho e a cada dia juntam.se mais novos, formando um grande grupo multinacional. partilhamos a comida, contamos historias de vida.




quarta-feira, 28 de agosto de 2002

Caminho de Santiago: Trecho 006 - Pontevedra

Diário de um Peregrino : 6° Trecho


Estamos próximos do destino, passamos por Pontevedra vi tantas igrejas, ouvi tantas lendas, passado quase 2000 anos a presença do apostolo continua forte, mito se mistura com lendas, fatos históricos são alterados.


O corpo não reclama mais, estou no ritmo emagreci bem desde o inicio do caminho, as botas estão bem gastas consigo chegar a Santiago com elas, mas estão bem surradas. Saboreei tantos gostos da terra os Galecos são um povo muito afectuoso e tratam bem os peregrinos que andam por suas terras. Continuo a mover-me por estradas romanas, mas o próximo trecho promete surpresas.
Sexta etapa da peregrinação ja não aguento mais comer maças, de tempos em tempo alguém oferece uma sacolinha com maças me desejando boa sorte na peregrinação, as cidades vão ficando maiores, as igrejas ficando mais sumptuosas e cheias de tesouro, a marca de um passado rico e glorioso.
Ouço novas historias, conheço mais peregrinos, agora quase não consigo mais andar sozinho, sempre topo com algum grupo, partimos juntos dos albergues e nos encontramos pelo caminho.