domingo, 18 de janeiro de 2015

💋 O Primeiro Beijo – Entre a Praia Grande e o Folclore Familiar

 


🎬 *Poste para o Blog El Jefe – Série “Crônicas do Pequeno Bellacosa”
Título: 💋 O Primeiro Beijo – Entre a Praia Grande e o Folclore Familiar
(Bellacosa Mainframe, episódio especial: “O Dia em que a Novela Invadiu a Vida”)


Alguns beijos são poesia.
Outros são rebeldia.
E alguns… são simplesmente o caos mais divertido da infância.

O meu primeiro beijo pertence à última categoria — aquele caos puro, espontâneo, sem roteiro, que só uma criança de cinco anos, turbinada por imaginação e novelas, pode produzir.



Estamos na segunda metade da década de 1970. Crise do petróleo, fim do milagre econômico, inflação começando a assustar. Os adultos falavam de política; eu falava de brincar. Meu pai, fotógrafo profissional, fazia mágica para garantir renda. Além dos retratos, organizava excursões com a galera do bairro: Pirapora do Bom Jesus, Aparecida do Norte, Itu e seus exageros, represas, sítios e, claro… a Praia Grande, sempre lotada e sempre divertida.




E foi numa dessas viagens de bate e volta, com ônibus lotado, farofa, gritaria, cadeiras de praia amarradas com barbante e cheiro de bronzeador solar barato, que a história aconteceu.

No grupo estava um amigo de infância do meu pai, também casado, também pai. A filha dele, a Patrícia, tinha 4 anos — cabelos lisinhos, vestido florido e uma simpatia que encantava o ônibus inteiro. A partir dali começou o shippamento ancestral:

Ahhhh, quando crescerem vão namorar!
Vai ser casamento marcado!
Já pensou unir as famílias?

E eu, pequeno Bellacosa, com meus 5 anos, só pensava:
“Que povo chato!”

Mas repetiram tanto, tanto, TANTO… que eu, pequeno diabinho inquieto, resolvi:
“Vou acabar com essa conversa AGORA.”

E acabei.

No meio da praia, sem anúncio, sem preparação, sem trilha sonora, fui até a pobre Patrícia e tasquei um beijo.

Mas não foi um selinho inocente.
Não, senhor.
Foi um beijo cinematográfico, aprendido nas novelas que eu nem deveria assistir. Um beijo digno de Tony Ramos e Elizabeth Savalla, daqueles que até a câmera gira.



O mundo congelou.
Adultos boquiabertos.
Minha mãe chocada.
Meu pai tentando entender.
E o resto do ônibus… CAINDO NA RISADA.

“É precoce!”
“Filho de peixe, peixinho é!”
“Só podia ser filho do Wilson!”

Foi a primeira vez que ouvi o conceito de hereditariedade social aplicado a mim — e por causa de um beijo.

Detalhe: meu irmãozinho Dandan ainda estava na barriga da minha mãe. Ou seja, o primogênito entregou o espetáculo antes mesmo da família ficar completa e a Vivi alheia e ocupada com castelinhos de areia nada percebeu.

A Patrícia ficou sem entender nada, mas que retribuiu, retribuiu kkkkk


Eu fiquei orgulhoso. Do meu feito, algo que dali para frente virou parte da lenda, do meu legado de contador de histórias e mais uma peraltice do diabinho.


E a excursão inteira ganhou história pra contar por décadas.


🧩 Easter Egg Bellacosa

Nos anos 70, beijo na TV era um evento nacional. Os adultos viam, comentavam, analisavam… e eu, claro, achei que era só replicar a técnica. Afinal, se a Regina Duarte podia, por que eu não?


🎞️ Moral da história:

Alguns beijos a gente vive.
Outros a gente lembra.
E alguns, como esse, ninguém jamais deixa você esquecer.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

🐑🌈 O que é a “Ovelha Arco-Íris” nos animes japoneses?

 


🐑🌈 O que é a “Ovelha Arco-Íris” nos animes japoneses?

Curiosidade fácil de explicar, mas deliciosa de analisar.

A ovelha arco-íris (虹色の羊 – nijiiro no hitsuji) NÃO é uma criatura folclórica japonesa tradicional.
Ela vem de um meme cultural moderno, usado em animes, mangás e games para representar:

✔️ 1. Algo extremamente raro

Tipo a lenda urbana japonesa equivalente ao “unicórnio do mundo real”.
Personagens dizem “uma ovelha arco-íris” para descrever algo quase impossível de encontrar.

✔️ 2. Sortudo de forma absurda

Em muitos animes de comédia, quando um personagem tem uma sorte bizarra, outro comenta:
“Você encontrou uma ovelha arco-íris, só pode!”

✔️ 3. Coisas fofas e nonsense — o DNA da cultura otaku moderna

A estética kawaii nonsense (coisas estranhas e fofas sem explicação) nasceu nos anos 90–2000.
A ovelha arco-íris virou um símbolo visual desse humor aleatório, tipo:

  • alpaca rosa,

  • polvo arco-íris,

  • gato pão,

  • batata falante.

Sim, é isso. O Japão é o Japão.


🧠 Origem?

Não há registro histórico no folclore clássico.
O mais aceito é que ela surgiu dos MMOs e jogos mobile japoneses, onde criaturas “rainbow” significavam:

  • loot raro

  • item lendário

  • buff temporário

  • mob ultra difícil

Daí migrou para mangás e animes como um easter-egg visual de “raro + fofo + estranho”.


🎨 Por que o Japão usa o arco-íris para “raro”?

Porque em muitos JRPGs:

➡️ cinza = comum
➡️ verde = incomum
➡️ azul = raro
➡️ roxo = épico
➡️ arco-íris = lendário de quebrar o jogo

Isso influenciou a lógica estética dos animes.


📺 Onde ela costuma aparecer?

Ela surge como gag visual em produções de:

  • Isekai (claro, tudo cabe num isekai)

  • Slice of life de comédia

  • Anime escolar

  • Paródias de RPG

Normalmente só aparece de relance, numa piada, num plush toy, num desenho de fundo ou como mascote.


🥚 EASTER-EGG curioso

Em algumas animações japonesas, dizer que “viu uma ovelha arco-íris” é uma maneira humorada de insinuar que a pessoa:

  • está delirando

  • está apaixonada

  • está distraída

  • viu algo paranormal

  • ou está num nível supremo de azar/sorte

Tipo:
"Isso é tão improvável quanto ver uma ovelha arco-íris em Shibuya."


🔮 Versão Bellacosa Mainframe (paralela)

Se fosse no mainframe…

A ovelha arco-íris seria o abend que você jura que viu, mas nunca mais aparece no log.
Um bug lendário.
Um SYSOUT mágico.
Um módulo que só compila na sua máquina e em nenhuma outra.
Um DFHxxxx que reaparece apenas em noites de lua cheia.


🧵 Resumo Final

A ovelha arco-íris nos animes é:

➡️ objeto de gag visual
➡️ símbolo de raridade extrema
➡️ mascote nonsense kawaii
➡️ referência a jogos e loot lendário
➡️ metáfora para algo impossível ou surreal

Não é folclore — é cultura pop moderna, com DNA de games.


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

⚙️ IBM System z13 – O Mainframe que Sonhava em Tempo Real

 





⚙️ IBM System z13 – O Mainframe que Sonhava em Tempo Real

O gigante projetado para o mundo móvel, cognitivo e analítico.


🧭 Introdução Técnica

Em 2015, a IBM lançou o System z13 (z13 EC) — sucessor direto do zEnterprise EC12 (z11) e herdeiro da arquitetura zEnterprise BC12 (z12).
Foi o primeiro mainframe da história projetado para a era dos dispositivos móveis, quando bilhões de transações em tempo real passaram a acontecer a cada segundo.

A palavra-chave do z13 é integração cognitiva: projetado para Big Data, Analytics, Cloud e Segurança Avançada, ele uniu processamento de alto desempenho, criptografia on-chip e análise em tempo real, abrindo caminho para a era Watson + z/OS.


🕰️ Ficha Técnica – IBM System z13

ItemDetalhe
Ano de Lançamento2015
Modelosz13 EC (Enterprise Class) e z13s (Small Enterprise, 2016)
CPU22 núcleos por chip (hexacore evoluído), 5 GHz, 22 nm SOI CMOS
ArquiteturaIBM z/Architecture (64 bits)
Sistema Operacionalz/OS 2.1 – 2.3
Memória Máxima10 TB (z13 EC) / 4 TB (z13s)
AntecessorzEnterprise EC12 (System z11) / BC12 (System z12)
SucessorIBM z14 (2017)

🔄 O que muda em relação ao System z12

  1. Novo processador de 22 núcleos com arquitetura superscalar e pipelines paralelos otimizados para workloads analíticos.

  2. Memória gigantesca: até 10 TB — 3x mais que o zEC12 — abrindo caminho para análises em tempo real e in-memory DB2.

  3. Instruções SIMD (Vector Facility): suporte nativo a cálculos paralelos — precursor do Machine Learning embarcado.

  4. Criptografia On-Chip: cada núcleo traz co-processadores AES, SHA e RSA — segurança full-speed.

  5. zEDC aprimorado: compressão até 2,5x mais eficiente.

  6. zAware 3.0: IA de autodiagnóstico ainda mais precisa, integrada ao IBM Operational Analytics.

  7. Suporte completo a Linux on Z e OpenStack, além de integração direta com IBM Bluemix (atual IBM Cloud).

  8. Virtualização ampliada: até 85 LPARs, cada uma podendo hospedar milhares de VMs via z/VM 6.3+.


🧠 Curiosidades Bellacosa

  • Codinome interno: “T-Rex II”, em homenagem à robustez do EC12.

  • Primeiro mainframe da IBM com suporte total a computação cognitiva e mobile banking, projetado para mais de 2,5 bilhões de transações por dia.

  • A IBM usou o z13 para simular redes neurais antes de lançar o PowerAI e Watson Machine Learning.

  • Foi a primeira máquina Z com criptografia “sempre ligada” (always-on), sem impacto de performance.

  • No lançamento, o z13 foi anunciado como o “mainframe para a economia digital” — com destaque à capacidade de processar transações móveis seguras em milissegundos.

  • A IBM criou até uma campanha visual épica: o “Mainframe Reloaded”, celebrando 50 anos de plataforma Z.


💾 Nota Técnica

  • Clock: 5,0 GHz

  • Cache: L1 – 96 KB, L2 – 2 MB, L3 – 64 MB, L4 – 480 MB por drawer

  • Memória: até 10 TB

  • Canais I/O: FICON Express16S, OSA-Express5, PCIe Gen3, InfiniBand

  • Criptografia: CryptoExpress5S + CPACF on-chip

  • Hypervisor: PR/SM + z/VM 6.3/6.4

  • Firmware: HMC 2.16 com Capacity on Demand em tempo real

  • Linux Integration: SUSE, RHEL, Ubuntu com KVM nativo


💡 Dicas Bellacosa para Padawans e Jedi da Plataforma Z

  1. Estude o SIMD (Vector Facility): foi o início do suporte nativo a cálculos paralelos — fundamental para IA e ML em z/OS.

  2. Explore o zAware 3.0: aqui nasceu o conceito de AIOps cognitivo no mainframe.

  3. Aprofunde-se no z13s: uma versão mais compacta, perfeita para laboratórios e bancos regionais.

  4. Dica prática: o z13 ainda é amplamente usado em ambientes de z/OS 2.3 e z/VM 6.4 — ótimo para quem quer estudar containers Linux on Z.

  5. Curiosidade de aula: o z13 foi o primeiro mainframe projetado sob a ótica do IBM Design Thinking, com 400 engenheiros e designers trabalhando em conjunto.


🧬 Origem e História

O projeto z13 (EC13) começou em 2010, ainda durante a maturação do EC12, com codinome “Cyclone”.
Desenvolvido nos laboratórios IBM de Poughkeepsie (EUA), Boeblingen (Alemanha) e Haifa (Israel), ele representou o maior investimento da história da IBM em um único sistema corporativo: US$ 1 bilhão.

Lançado oficialmente em 14 de janeiro de 2015, o z13 foi celebrado como o mainframe para o mundo móvel e analítico, com o lema:

“O primeiro sistema do mundo projetado para a era das transações digitais em tempo real.”

Em 2016, veio o z13s, uma versão compacta e mais acessível, projetada para empresas médias e ambientes híbridos.


📜 Legado e Impacto

O IBM z13 consolidou a transição do mainframe para o centro da economia digital.
Dele nasceram as bases técnicas do z14 e z15, com os pilares que até hoje sustentam o IBM Z:

  • Criptografia pervasiva

  • Analytics em tempo real

  • IA embarcada

  • Elasticidade cognitiva

Com o z13, o mainframe deixou definitivamente o estereótipo de “sistema legado” e tornou-se plataforma de inovação contínua.


Conclusão Bellacosa

O IBM System z13 foi o mainframe que aprendeu a pensar enquanto processava.
Projetado para entender padrões, proteger dados e analisar informações antes que os humanos percebessem.
Um marco que uniu performance bruta, inteligência cognitiva e elegância técnica.

“O z13 foi o cérebro que ensinou o mainframe a ouvir, prever e proteger.
O início da era cognitiva com alma z/OS.”
Bellacosa Mainframe

 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

📼✨ A Chegada dos Animes e Mangás no Brasil

 


📼✨ A Chegada dos Animes e Mangás no Brasil 

— A Crônica Bellacosa Mainframe Para o El Jefe Midnight Lunch

(ou: como meia dúzia de fitas VHS, alguns visionários e uma penca de gambiarra televisiva moldaram gerações inteiras — incluindo este que vos escreve, Vagner “Bellacosa Otaku”)


1. Prólogo: O Pacote Misterioso que Mudou o Brasil

Antes de Naruto correr de braços para trás, antes de Goku gritar três episódios para virar Super Saiyajin, antes da Sakura transformar cartas — o Brasil já era um país pronto para o encantamento oriental… só não sabia disso.

A explosão dos animes e mangás por aqui não foi planejada, não teve comitê, não teve PPT corporativo.
Foi gambiarra, paixão, importação clandestina, empresários visionários (e às vezes meio doidos), acordos de TV feitos na madrugada e fãs copiando fita VHS com tracking torto.

Assim começa nossa história.


2. O Primeiro Contato – O Embrião dos 1960–70



📺 National Kid (anos 60)

Embora muita gente pense que a invasão nipônica começou nos anos 70/80, o National Kid já mostrava para a criançada que o Japão sabia fazer super-heróis antes da Marvel dominar o mundo.
Ele foi importado pela Record e virou febre em São Paulo — inclusive em comunidades nikkei, que o adotaram como patrimônio.



⚡ Tokusatsu como ponte cultural

Nos anos 70, Ultraman, Ultraseven e Spectreman firmaram a presença da estética japonesa no Brasil.
É quase como se o Japão estivesse testando o ambiente antes de mandar sua tropa de elite animada.

Easter-egg: Spectreman passava com áudio levemente “atrasado” porque a emissora improvisava dublagem ao vivo em alguns episódios perdidos.


3. A Era Dourada dos 1980: A Explosão Controlada (ou não)



📼 TV Record e seu terça total com filmes marciais niponicos.

Primeiro contato com Karate, Ninja, Samurai, Dojos, Ronin e comidas japonesas e aquele tipico humor niponico.



📼 TV Manchete – A melhor amiga do otaku antes da internet existir

Quando a Manchete entra na jogada, o jogo muda.
Mas muda feio, muda forte, muda para sempre.

🌌 A Princesa e o Cavaleiro (1980)

Sim, Tezuka, o pai do mangá moderno, já dava as caras. Era experimental, suave, fininho — mas plantava sementes.

⚔️ Os Cavaleiros do Zodíaco (1986 – Brasil em 1994)

Aí acabou.
O país nunca mais foi o mesmo.

A importação foi obra de Francisco “Chico” Anysio Jr., que levou o anime para a Manchete acreditando que “ia dar bom”.
Deu muito bom.
Virou febre nacional, vendeu revistas, bonecos, pôsteres, álbuns de figurinhas, VHS, tudo.

Curiosidade Bellacosa: a dublagem brasileira era tão marcante que até hoje japonês fã de anime procura versão BR pela internet — e não é meme.

🐈 Yu Yu Hakusho

Outro clássico Manchete, outro anime que formou caráter.
Roteiro adulto, lutas icônicas, e uma abertura brasileira que até hoje mora na cabeça de toda uma geração.




4. Mangás no Brasil: A Revolução Impressa

📚 Editora Abril — A pioneira acidental

Nos anos 80 a Abril lançou Lobo Solitário — mas em formato americano, ocidentalizado, corte, vira-página invertido…
A boa intenção existia, o know-how não.

📘 A virada — Conrad e JBC (anos 90/2000)

A Conrad chega com Dragon Ball e Cavaleiros, em formato quase original.
A JBC vem depois com Rurouni Kenshin, Sakura Card Captors, Love Hina, Evangelion

Easter-egg Editorial:
A fase em que os mangás eram impressos em papel jornal translúcido nivel papel de pão virou outro símbolo geracional.


5. A Chegada da Indústria — O Mercado Se Organiza

2000–2010: A consolidação

  • Anime no Cartoon Network

  • Fullmetal Alchemist na Animax

  • Naruto no SBT

  • Pokémon e Digimon reinando nos anos 2000

  • Eventos como Anime Friends, Ressaca Friends, Fest Comix

O fandom cresceu, o mercado entendeu que aquilo era ouro puro e começou a profissionalizar:

  • Editoras começaram a licenciar com prazos decentes

  • Lojas especializadas surgiram

  • Cosplay virou cultura e profissão

  • Streaming engatinhou com Crunchyroll e serviços locais


6. 2010–2020: O Brasil Entra na Rotação Mundial

Com a chegada dos streamings globais:

  • Crunchyroll oficializa lançamentos simultâneos com o Japão

  • Netflix investe em anime próprio

  • Amazon e Hulu entram no jogo

  • Dublagem brasileira volta a ser relevante na indústria japonesa

O Brasil vira um dos maiores mercados consumidores de anime do mundo.
E isso não é exagero.

Impacto cultural:

  • vocabulário japonês no dia a dia (“senpai”, “kawaii”, “baka”)

  • estética otaku em moda e publicidade

  • aumento de interesse por idioma e viagens ao Japão

  • influência em quadrinhos nacionais e animações

  • fanbases gigantes, organizadas, apaixonadas e altamente conectadas


7. 2020–2025: O Presente — Anime Mainstream Total

Hoje temos:

  • Streaming com catálogo vasto

  • Dublagens simultâneas

  • Mangás lançados com poucas semanas de diferença do Japão

  • Lojas e marcas nacionais vivendo exclusivamente de anime

  • A indústria brasileira de dublagem respeitadíssima lá fora

  • Eventos profissionais atraindo 100k+ pessoas

Anime deixou de ser “coisa de nerd isolado” e virou cultura pop dominante.


8. O Toque Pessoal do Vagner “Bellacosa Otaku”

Eu cresci assistindo anime em TV de tubo, com antena torta e som chiando quando alguém abria a geladeira.
Assisti Cavaleiros com o coração disparado, achando que Poseidon era invencível.
Gritei Kamehameha ao lado de amigos no recreio.
Copiei mangá no papel almaço.
Fui ao meu primeiro evento com cosplay improvisado.
E senti — como milhões de brasileiros — que o Japão tinha acabado de abrir uma janela para um mundo novo.

Anime não é só desenho.
É portal de entrada para cultura, linguagem, valores e sonhos.
E quando olho para o impacto gigantesco que isso teve em gerações inteiras, vejo claramente:

Se o Brasil ama anime, é porque o anime também amou o Brasil de volta.


9. Easter-Eggs para o Verdadeiro Fanático

  • O episódio “perdido” de Cavaleiros realmente existiu na Manchete.

  • A versão brasileira de Pokémon inspirou dubladores latinos a seguir a mesma linha emocional.

  • A abertura de Shurato no Brasil é mais famosa aqui do que no Japão.

  • Samurai X teve episódios reorganizados só no Brasil para ficar “mais lógico”.

  • A pirataria dos anos 2000 — controversa — foi um dos motores que pressionou editoras a trazer mais títulos.


10. Conclusão Bellacosa Mainframe

A chegada dos animes e mangás no Brasil foi:

  • improvisada

  • apaixonada

  • caótica

  • genial

E o resultado é um dos maiores polos otaku do mundo, onde o amor por arte, mitologia e narrativa japonesa se mistura com a criatividade brasileira.

O Brasil não apenas recebeu anime —
O Brasil adotou anime. E anime adotou o Brasil.