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quinta-feira, 2 de maio de 2024

🖥️📼 Dicionário Bellacosa Mainframe para Sobreviventes do El Jefe

 


🖥️📼 “Dicionário Bellacosa Mainframe para Sobreviventes do El Jefe”

(Ou: traduzindo o dialeto cigano do Vagner para o mundo real)

Quem acompanha as minhas memórias no El Jefe Midnight Lunch já percebeu uma coisa: às vezes, no meio de uma lembrança de bolinho de chuva, pastelão americano e listagem de papel contínuo, eu largo um termo de mainframe do nada, como se fosse a coisa mais normal que existe.

Mas eu sei, meus amigos:
📌 Nem todo mundo fala “COBOLês avançado”
📌 Nem todo mundo cresceu abraçado a um CICS desde bebê
📌 Nem todo mundo tem saudade do barulho da impressora 3800 de madrugada

Então, aqui está: o Dicionário Bellacosa Mainframe, criado para que qualquer leitor — mesmo que nunca tenha visto um cartão perfurado — consiga entender minhas histórias, comparações e analogias.



🔷 TERMOS BÁSICOS

Mainframe

O Godzilla dos computadores.
Aquela máquina gigante, estável, que não cai, não falha e não pergunta se você quer atualizar no meio do trabalho.

Tradução humana:
O adulto responsável enquanto seu PC está em crise existencial.


JCL

Job Control Language.

É o “ritual mágico”, o “livro de feitiços”, o “receituário da avó espanhola”: você escreve, entrega para o sistema e ele executa.

Analogia Bellacosa:
É como escrever uma receita de bolo tão detalhada que até o bisavô Francisco conseguiria assar o bolo sem reclamar.


COBOL

A linguagem de programação que muita gente disse que iria morrer…
e não morreu.
E não vai morrer.
E provavelmente vai processar sua aposentadoria daqui a 30 anos.

Tradução humana:
É o português arcaico dos computadores: prolixo, claro e impossível de substituir totalmente.


CICS

O “caixa eletrônico dos programas”.
É onde as transações acontecem, onde o dinheiro anda, onde a mágica empresarial vive.

Analogia Bellacosa:
É o shopping center das aplicações.
Todo mundo passa lá.


VSAM

É como um armário gigante cheio de gavetas organizadinhas (às vezes).
A casa das tabelas e registros que os sistemas acessam.

Tradução humana:
O “armário de documentos” que só você sabe onde está cada pasta.


TSO/ISPF

A “entrada do prédio”.
O lugar onde você loga, mexe, edita arquivos, cria coisas.

Analogia Bellacosa:
É o seu “escritório virtual 1980 edition”, só que sobrevivente da Guerra Fria.




🔷 TERMOS DO DIA A DIA (QUE EU VIVO USANDO)

Listagem em formulário contínuo

Uma tira infinita de papel com furos laterais.
Se você nunca rasgou errado e destruiu tudo, você não viveu o suficiente.

Tradução humana:
O “scroll infinito” antes da internet.


Carbonado

Sabe papel carbono?
Então.
Agora imagine isso… mas TURBINADO.
Várias cópias saindo juntas.

Tradução humana:
Era o “CTRL+C / CTRL+V” da década de 1970.


80, 130 e 255 colunas

Não é código secreto.
É a largura do papel.
80 colunas era o padrão dos cartões perfurados.
130 e 255… eram para os relatórios parrudos.

Tradução humana:
O tamanho da sua “tela impressa”.


REXX

Uma linguagem simples, simpática e poderosa para automação.

Analogia Bellacosa:
É o “canivete suíço” do mainframe.


JES2

É o maestro que rege todos os jobs.
O cara que segura a bronca no processamento.

Tradução humana:
O gerente que recebe mil requisições, organiza a fila e manda cada uma para sua máquina.


🔷 TERMOS FOFINHOS (QUE PARECEM PERIGOSOS)

Dump

Parece uma palavra feia, mas é só a “fotografia” da memória quando algo deu ruim.

Analogia Bellacosa:
É como tirar foto da bagunça da sala antes de arrumar, para mostrar depois quem fez o estrago.


HSM

O “bibliotecário automático”.
Ele arquiva arquivos velhos e recupera quando você precisa.

Tradução humana:
O Tio que guardava tudo em caixas no porão e lembrava exatamente onde estava cada coisa.


RACF

O guardião da porta.
O segurança do prédio.
A catraca eletrônica que diz “você entra” ou “você não entra”.

Tradução humana:
O porteiro que impede seu primo mala de subir no seu apartamento.


🔷 TERMOS LENDÁRIOS (RESTRITOS A BELLACOSOLOGIA AVANÇADA)

O famoso “JOB explodiu”

Significa apenas que falhou.
Mas dizer “explodiu” deixa mais dramático.


“SDUMP do demônio”

Quando o dump é tão grande que parece que o sistema escreveu Guerra e Paz em hexadecimais.


“Modo Ninja”

Quando o analista faz ajustes rápidos, limpos e precisos, sem derrubar o sistema, sem ser visto e ainda deixa tudo funcionando melhor do que antes.


🎯 Conclusão: por que isso importa para o leitor do El Jefe Midnight Lunch?

Porque as minhas histórias misturam:

🍞 bolinho de chuva
🎞️ O Gordo e o Magro
📼 impressoras de formulário contínuo
🖥️ mainframe
👴 memórias do bisavô espanhol
📟 SDUMPs, RACF, CICS, JCL

…e tudo isso faz parte do meu mundo.

E agora, faz parte do seu também.
Bem-vindo à Bellacosa-lândia Mainframe Edition™.