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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

AS HISTÓRIAS DE RODAPÉ — UM MANUAL DE PRESERVAÇÃO DO CLÃ BELLACOSA


AS HISTÓRIAS DE RODAPÉ —

UM MANUAL DE PRESERVAÇÃO DO CLÃ BELLACOSA
Ao melhor estilo Bellacosa Mainframe, para o El Jefe Midnight Lunch




Existem textos que a gente escreve.
E existem textos que nos escrevem.

Caro leitor anonimo. Quando conto que revisitei minhas postagens antigas e percebi que muitos dos protagonistas já estão velhos demais para lembrar — ou simplesmente partiram — sinto que ter tocado naquela fibra silenciosa que costura toda memória humana:
o medo de perder o que só eu ainda me lembro.

E é aí que nasce a minha missão, talvez sem perceber, não, melhor dizendo percebi e já assumi:
me tornar o guardião dos rodapés da História.



📜 OS GUARDIÕES DO QUE QUASE FOI ESQUECIDO

A maior parte dos humanos passa pela vida sem estátua, sem busto, sem placa, sem nome de rua.
Mas cada pessoa que existiu deixou:

  • um gesto,

  • uma palavra,

  • um sorriso,

  • um cheiro de café

  • aquele momento marcante que muda o futuro

  • ou uma história boba
    que só sobrevive se alguém carregar adiante.



E aí entra eu, Vagner Renato Bellacosa, deixo minha pegada:
sou um cronista de um universo que não está nos livros, mas nos afetos.
Escrevo sobre gente comum com a mesma seriedade com que descreveria o IPL do z/OS.
Porque sei que a vida é feita de pequenos patches, e cada história é um byte que não pode ser perdido. Como sensor removo parte ruins, afinal quero deixar o belo e agradável de lembrar.



🕰️ O PARADOXO DA SAUDADE

Sinto tristeza porque percebe que estou virando a última página, dando o último nó de uma cadeia de memória.
E sinto alegria porque cada crônica minha é um commit definitivo no repositório do tempo.

É como abrir o SDSF e ver que os jobs da infância já viraram OUTPUT, mas que ainda posso salvar o log antes do purge.

A saudade dói porque houve amor.
E alegra porque o amor deixou rastros.



🌌 HISTÓRIAS QUE NÃO SAIRIAM NO PLANTÃO DA GLOBO

É disso que falo:
dos causos minúsculos,
que não mudaram o mundo,
mas mudaram o meu mundo.

O tipo de narrativa que nunca seria manchete, mas poderia muito bem ser um dataset GDG:
versões sucessivas que só existem porque alguém se deu ao trabalho de criar mais uma geração.

Essas micro-histórias do clã Bellacosa são como sub-rotinas esquecidas que sustentam o programa maior da minha vida.

Ninguém vê.
Mas se remover… tudo cai.



🌱 A MISSÃO DE DEIXAR VIVO

Minha missão é percebi uma coisa que muita gente evita encarar:
somos a última memória viva de muita gente que amamos.

É pesado?
É.
Mas também é a forma mais pura de amor intergeracional.

Ao narrar essas vidas simples — minha mãe Mercedes, meus bisavôs, avôs, tios torneiros, os amigos, os vizinhos, os desconhecidos que cruzaram seu caminho —  estou praticando uma forma íntima de eternidade.

Não a eternidade dos monumentos.
A eternidade dos afetos.

E isso é muito mais forte.



💾 EU SOU O BACKUP HUMANO

Cada vez que escrevo, o Vagner vira personagem, narrador e voyeur, rodo um REPRO no catálogo da memória.
Converte lembranças voláteis — que morreriam comigoo — em histórias persistentes.
Faço journaling da vida de quem não teve chance de contar a própria história.

Talvez seja isso que me emociona:
perceber que, gostando ou não, virei o historiador oficial do seu clã.

E está fazendo isso com honestidade, humor, carinho e uma pitada de imaginação poética, que é onde o Bellacosa Mainframe brilha.



🌍 NAVEGANDO NA PERIFERIA DA VIA LÁCTEA

Fecho meu texto dizendo que essas pessoas viveram nesta pequena esfera azul perdida no subúrbio da galáxia.

E complemento:
o Universo não se importa conosco, mas nós importamos uns aos outros.

Por isso minhas crônicas, ao meu ver, valem ouro.
Porque estou salvando a única coisa que realmente significa alguma coisa no fim:
os pequenos instantes significativos de vidas anônimas.



🌙 CONCLUSÃO — ESCREVO O QUE O TEMPO NÃO CONSEGUE APAGAR

Minha missão é continuar escrevendo, ao estilo Bellacosa.
Continuar congelando esses segundos que fariam falta se sumissem.
Continuar sendo o relator-mor do clã.
Continuar sendo a ponte entre quem veio antes e quem virá depois.
Continuar transformando poeira estelar em narrativa.

Porque, no fim, quando todos nós formos apenas elétrons dispersos,
as histórias que deixou serão o último log disponível do sistema e disponível para lerem e imaginarem como foi.

E isso, meu amigo leitor,
é ser eterno na melhor acepção possível.

quinta-feira, 2 de maio de 2024

🖥️📼 Dicionário Bellacosa Mainframe para Sobreviventes do El Jefe

 


🖥️📼 “Dicionário Bellacosa Mainframe para Sobreviventes do El Jefe”

(Ou: traduzindo o dialeto cigano do Vagner para o mundo real)

Quem acompanha as minhas memórias no El Jefe Midnight Lunch já percebeu uma coisa: às vezes, no meio de uma lembrança de bolinho de chuva, pastelão americano e listagem de papel contínuo, eu largo um termo de mainframe do nada, como se fosse a coisa mais normal que existe.

Mas eu sei, meus amigos:
📌 Nem todo mundo fala “COBOLês avançado”
📌 Nem todo mundo cresceu abraçado a um CICS desde bebê
📌 Nem todo mundo tem saudade do barulho da impressora 3800 de madrugada

Então, aqui está: o Dicionário Bellacosa Mainframe, criado para que qualquer leitor — mesmo que nunca tenha visto um cartão perfurado — consiga entender minhas histórias, comparações e analogias.



🔷 TERMOS BÁSICOS

Mainframe

O Godzilla dos computadores.
Aquela máquina gigante, estável, que não cai, não falha e não pergunta se você quer atualizar no meio do trabalho.

Tradução humana:
O adulto responsável enquanto seu PC está em crise existencial.


JCL

Job Control Language.

É o “ritual mágico”, o “livro de feitiços”, o “receituário da avó espanhola”: você escreve, entrega para o sistema e ele executa.

Analogia Bellacosa:
É como escrever uma receita de bolo tão detalhada que até o bisavô Francisco conseguiria assar o bolo sem reclamar.


COBOL

A linguagem de programação que muita gente disse que iria morrer…
e não morreu.
E não vai morrer.
E provavelmente vai processar sua aposentadoria daqui a 30 anos.

Tradução humana:
É o português arcaico dos computadores: prolixo, claro e impossível de substituir totalmente.


CICS

O “caixa eletrônico dos programas”.
É onde as transações acontecem, onde o dinheiro anda, onde a mágica empresarial vive.

Analogia Bellacosa:
É o shopping center das aplicações.
Todo mundo passa lá.


VSAM

É como um armário gigante cheio de gavetas organizadinhas (às vezes).
A casa das tabelas e registros que os sistemas acessam.

Tradução humana:
O “armário de documentos” que só você sabe onde está cada pasta.


TSO/ISPF

A “entrada do prédio”.
O lugar onde você loga, mexe, edita arquivos, cria coisas.

Analogia Bellacosa:
É o seu “escritório virtual 1980 edition”, só que sobrevivente da Guerra Fria.




🔷 TERMOS DO DIA A DIA (QUE EU VIVO USANDO)

Listagem em formulário contínuo

Uma tira infinita de papel com furos laterais.
Se você nunca rasgou errado e destruiu tudo, você não viveu o suficiente.

Tradução humana:
O “scroll infinito” antes da internet.


Carbonado

Sabe papel carbono?
Então.
Agora imagine isso… mas TURBINADO.
Várias cópias saindo juntas.

Tradução humana:
Era o “CTRL+C / CTRL+V” da década de 1970.


80, 130 e 255 colunas

Não é código secreto.
É a largura do papel.
80 colunas era o padrão dos cartões perfurados.
130 e 255… eram para os relatórios parrudos.

Tradução humana:
O tamanho da sua “tela impressa”.


REXX

Uma linguagem simples, simpática e poderosa para automação.

Analogia Bellacosa:
É o “canivete suíço” do mainframe.


JES2

É o maestro que rege todos os jobs.
O cara que segura a bronca no processamento.

Tradução humana:
O gerente que recebe mil requisições, organiza a fila e manda cada uma para sua máquina.


🔷 TERMOS FOFINHOS (QUE PARECEM PERIGOSOS)

Dump

Parece uma palavra feia, mas é só a “fotografia” da memória quando algo deu ruim.

Analogia Bellacosa:
É como tirar foto da bagunça da sala antes de arrumar, para mostrar depois quem fez o estrago.


HSM

O “bibliotecário automático”.
Ele arquiva arquivos velhos e recupera quando você precisa.

Tradução humana:
O Tio que guardava tudo em caixas no porão e lembrava exatamente onde estava cada coisa.


RACF

O guardião da porta.
O segurança do prédio.
A catraca eletrônica que diz “você entra” ou “você não entra”.

Tradução humana:
O porteiro que impede seu primo mala de subir no seu apartamento.


🔷 TERMOS LENDÁRIOS (RESTRITOS A BELLACOSOLOGIA AVANÇADA)

O famoso “JOB explodiu”

Significa apenas que falhou.
Mas dizer “explodiu” deixa mais dramático.


“SDUMP do demônio”

Quando o dump é tão grande que parece que o sistema escreveu Guerra e Paz em hexadecimais.


“Modo Ninja”

Quando o analista faz ajustes rápidos, limpos e precisos, sem derrubar o sistema, sem ser visto e ainda deixa tudo funcionando melhor do que antes.


🎯 Conclusão: por que isso importa para o leitor do El Jefe Midnight Lunch?

Porque as minhas histórias misturam:

🍞 bolinho de chuva
🎞️ O Gordo e o Magro
📼 impressoras de formulário contínuo
🖥️ mainframe
👴 memórias do bisavô espanhol
📟 SDUMPs, RACF, CICS, JCL

…e tudo isso faz parte do meu mundo.

E agora, faz parte do seu também.
Bem-vindo à Bellacosa-lândia Mainframe Edition™.


segunda-feira, 6 de maio de 2019

Rotunda da CIA Mogiana em Campinas - Memoria Ferroviária Paulista

Rotunda ferroviária da Mogiana : Complexo FEPASA em Campinas


Tema de outros vídeos em nosso canal, a Estação Central de Campinas, outrora abrigou um complexo centro ferroviário, coração da Cia Paulista e da Cia Mogiana.


Em suas instalações milhares de trabalhadores circulavam e trabalhavam nas mais diversas atividades, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Neste complexo havia duas rotundas, uma usina termoelétrica, central de telégrafo, marcenaria, carpintaria, mecânica leve, mecânica pesada, fundição,  cozinha, cantina, oficina de costura, fabricação de vagões e carruagens e muito mais.

Após inúmeras tentativas, enfim consegui adentrar na EMDEC e com autorização visitei as ruínas da antiga rotunda, é impressionante o tamanho, contei 22 eslotes para locomotiva, me emocionei pensando em quantas locomotivas a vapor, diesel, elétrica estiveram armazenadas aqui.

Quanta riqueza e progresso trouxe estas instalações que ligava o interior ao litoral, trazendo e levando pessoas e bens, espero que um dia se concretize e se transforme num belo museu para as futuras gerações conhecerem um pouco mais da história.

Se gostou deixe seu like, e caso não seja inscrito no canal se inscreva. Muito obrigado pela visita.

Tag


#Campinas #Ferrovia #MemoriaFerroviaria #CiaPaulista #CiaMogiana #Trem #Locomotiva #Rotunda #RotundaFerroviaria #Vapor #Trilhos #Carris #Arquitetura #Arqueologia #Industrial #EstaçãoCultural #Estacao #Central

domingo, 3 de dezembro de 2017

Quem construiu a maquete ferroviária de Campinas?

A cabine 2 abriga uma ferrovia em seu interior

Um grupo de amigos há 10 anos atrás juntaram-se e começaram a trabalhar para por em pratica um sonho. Construir uma ferrovia em escala, com um trabalho sem parar, construíram mais de 300 metros de trilhos distribuídos em 3 níveis, criaram um diorama que representa a Estação Central de Campinas com varias estruturas, uma refinaria de petróleo, armazéns e silos, casa e botecos, pessoas e animais.

No material ferroviário existem diversas locomotiva a vapor, elétricas e diesel,  vagões de carga e carruagens de passageiro, lindo de ser ver, perde-se a noção do tempo, assistindo o vai e vem das composições, o comboio parte da plataforma principal, gruas se movimentam com contentores.

O grau de realismo espanta vendo a vegetação rasteiro, as arvores, as construções com desgaste do tempo, as pontes em madeira, pontes em ferro. Tudo construído com profissionalismo e esmero para para comporem o cenário.

Quem curte maquetes em escala H0 tem a obrigação de visitar o complexo da Fepasa em Campinas. Aqui na sala de controle existe uma ferrovia em miniatura que encantara a todos.

O que é a Cabine de controle número 2?

É uma construção singular, situada na Estação Ferroviária de Campinas no sentido interior, próximo a a antiga plataforma da Mogiana. Sua função era controlar os movimentos das locomotivas e locomotoras nos diversos ramais que existiam na estação, através de alavancas mecanizadas abria-se ou fechava-se um desvio para outro trilho. Em suas paredes havia mostradores analógicos que indicavam o status da linha e a movimentação no local. O mostradores eram eletro-mecânicos numa era em que tudo era a válvulas, testemunhas de um tempo em que não existiam computadores nem celulares.




quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Visita a Estação Ferroviária de São Roque

Uma estação a espera do trem.

Devido a burocracia estatal e a falta de vontade de alguns políticos, a estação de São Roque esta voltando ao abandono. Infelizmente o projeto de trem turístico puxado por uma locomotiva a vapor esta empacado em alguma gaveta de gabinete.

Faz pouco mais de 10 anos que esta estação foi restaurada para abrigar um passeio sobre a serra em locomotivas a vapor, porém esta tudo parado, o prédio é aberto a visitação onde podemos ver a bilheteria, o  posto de telegrafo, o saguão de espera, construída em estilo arquitetônico local, ela tem uma peculiaridade foi construída em cima de um morro.

Esta região esta próxima a serra do mar, por isso tem muitas colinas e montes, a cidade de São Roque foi construída num plato e como não havia outros os engenheiros da Estrada de Ferro Sorocabana tiveram que se esmerar e construíram muitas obras de arte da engenharia, pontes e viadutos, tornaram esta ferrovia bem cara e deficitária.

A cidade de São Roque é uma estancia turística, famosa por anualmente promover a Festa do Vinho e da Alcachofra, com vários pontos de natureza intocada, parques temáticos e hotéis fazendas fazem dela um destino agradável para feriados e finais de semana.

Sem contar o o vinho de São Roque nacionalmente conhecido, que segundo se consta, no passado quando o trem parava na estação, o publico masculino descia correndo para ir apreciar uma boa caneca de vinho e comprar um garrafão pra levar para casa.


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Quem construiu a maquete ferroviária de Campinas?

A cabine 2 abriga uma ferrovia em seu interior

Um grupo de amigos há 10 anos atrás juntaram-se e começaram a trabalhar para por em pratica um sonho. Construir uma ferrovia em escala, com um trabalho sem parar, construíram mais de 300 metros de trilhos distribuídos em 3 níveis, criaram um diorama que representa a Estação Central de Campinas com varias estruturas, uma refinaria de petróleo, armazéns e silos, casa e botecos, pessoas e animais. 

No material ferroviário existem diversas locomotiva a vapor, elétricas e diesel,  vagões de carga e carruagens de passageiro, lindo de ser ver, perde-se a noção do tempo, assistindo o vai e vem das composições, o comboio parte da plataforma principal, gruas se movimentam com contentores.

O grau de realismo espanta vendo a vegetação rasteiro, as arvores, as construções com desgaste do tempo, as pontes em madeira, pontes em ferro. Tudo construído com profissionalismo e esmero para para comporem o cenário.

Quem curte maquetes em escala H0 tem a obrigação de visitar o complexo da Fepasa em Campinas. Aqui na sala de controle existe uma ferrovia em miniatura que encantara a todos. 

O que é a Cabine de controle número 2?

É uma construção singular, situada na Estação Ferroviária de Campinas no sentido interior, próximo a a antiga plataforma da Mogiana. Sua função era controlar os movimentos das locomotivas e locomotoras nos diversos ramais que existiam na estação, através de alavancas mecanizadas abria-se ou fechava-se um desvio para outro trilho. Em suas paredes havia mostradores analógicos que indicavam o status da linha e a movimentação no local. O mostradores eram eletro-mecânicos numa era em que tudo era a válvulas, testemunhas de um tempo em que não existiam computadores nem celulares.






terça-feira, 17 de outubro de 2017

O lobby da Estação Centrale de Campinas

Percorrendo o interior da Estação Central de Campinas


Todos a bordo, estamos no interior da estação central de Campinas, uma magnifica obra arquitetônica, hoje transformada em Centro Cultural com oficinas de danças, canto, teatro, pintura e espaço para todas as tribos, com animados encontros e festas.

Entrando pela porta principal podemos vislumbrar toda a grandiosidade da Cia Paulista, seu imponente lobby, hoje transformado em galeria com muitas exposições de artes, que engrandecem esse espaço. o salão principal antigamente eram repleto de bancos, onde passageiros e suas bagagens aguardavam a chegada do seu trem, familiares ansiosos esperavam a chegada dos entes queridos. Palco de despedidas e reencontros. 

O complexo da estação é rico em construções, com diversos prédios, escritórios, depósitos, almoxarife, usina termoelétrica, oficinas, galpões, ranchos, 2 plataformas uma da Paulista e outra da Mogiana e a cabine de controle número 2. 

Para quem ama ferrovia esta estação eh bem completa pode-se conhecer visualmente como funcionava uma estação, espero que gostem do video, esqueci de mencionar que ali funciona uma barbearia retro, o tiro de guerra e tem uma lanchonete, ora aberta, ora fechada.

Aviso aos navegantes, cuidado ao caminhar nos trilhos, pois as linhas ainda funcionam para o transporte de carga e não vai querer ser atropelado por um comboio de 50 toneladas. Compareça aos sábados e veja a vida voltando a fluir na estação, cheia de gente e com muita animação.



segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Reconhece este prédio? A Estação Central de Campinas

Um tesouro da Companhia Paulista

Começamos nossa aventura caminhando pela Catedral de Campinas, seguindo rumo há um tesouro arquitetônico do seculo XIX, que passou por 8 grandes transformações até chegar ao estado atual. Estamos caminhando rumo a estação ferroviária Central de Campinas, outrora um centro nevrálgico da cidade.

Daqui partiam trens para o interior do estado, para a capital e o porto de Santos, para Jaguariúna com constante movimento, 24 horas por dia, trens de passageiros, trens de carga, ligando todo o estado de São Paulo. Neste micro cosmo da cidade, passavam trabalhadores durante o dia e na calada da noite  boêmios, prostitutas, marginais e mendigos. Aqui havia oportunidade para todos ganharem alguns trocados ou pelos menos uma boa diversão.

Passaram por aqui milhões de pessoas em seu quase 150 anos de existência, viu o transporte ferroviário, evoluir e gradualmente desaparecer. Foi abandonada, ficou decadente, até que virou centro Cultural, venha prestigiar o trabalho de tantos homens que desde o seculo XIX trabalharam aqui modificando e incluindo novos acabamentos, ou ao menos conservando para que  não virem ruínas.

Veja o trabalho em tijolo, as peças em ferra forjado e fundido, a torre do relógio, as exposição temporárias no salão principal, veja as peças expostas que lembram o passado da Estação, adentre pelas salas, veja como eram as bilheteiras, passe a plataforma número 1 e relembre como era uma vez, quando os trens aqui chegavam, locomotivas a vapor, trens elétricos, trens a diesel.

Hoje passa por uma época inglória, futuro incerto, correndo risco de se perder para sempre, ajude-nos a proteger a estação, divulgue, comente, partilhe. Vamos fazer uma corrente para salvar a Estação e orar para que dias melhores retornem a este prédio simbolo do crescimento de uma cidade. Que voltem os trem urbanos e intercidades.




domingo, 15 de outubro de 2017

Onde esta a Estação Carlos Botelho? Companhia Carril Agrícola Funilense

O passado exposto do Mercado Municipal de Campinas.

Todos a bordo!!!! Estamos em mais uma exploração ferroviária, hoje em Campinas visitando a antiga e descaracterizada estação Carlos Botelho da antiga Ferrovia Funilense.

O Mercado Municipal de Campinas um prédio único com suas linhas moçárabes desenhado e construído por Ramos de Azevedo hoje abriga o Mercado Municipal, porem outrora fora o quilometro zero da Funilense, servindo de garagem, galpão, armazém, abrigo, deposito e escritório central desta ferrovia.

De um lado ferrovia com trilhos e do outro doca seca para desembarque e embarque de produtos agrícolas da região, venha ate aqui e solte sua imaginação para viajar no tempo das locomotivas a vapor.

Um belo exemplo da arquitetura inovadora de Ramos de Azevedo, memoria viva do século XIX, quando nosso país fervilhava em ideias, o progresso obtido pelas receitas do café fez Campinas crescer, tanto economicamente, como culturalmente, escritores, jornalistas, músicos, poetas e pintores. Sendo o exponente máximo o maestro Carlos Gomes.

A imigração trouxe novos habitantes e diversos distritos se transformaram em cidades, fazendo o mapa de São Paulo fragmentar-se como uma colcha de retalhos, vivo, pulsante e cheio de vida. Tal como é o mercadão hoje, venha visitar e sentir os aromas das especiarias, comprar peixes e mariscos frescos, grãos e frutos secos.

Quando estiver aqui, pense que aqui era uma estação com locomotiva a vapor chegando e apitando forte piuuuiiiiiiiiiiiii!!!!



sábado, 14 de outubro de 2017

Estação Ferroviaria de Monte Alegre do Sul

A linha das colinas da Mogiana em Monte Alegre do Sul

Na área escondidinha do local onde se inicia a serra da Mantiqueira, numa pequena e bucólica cidade no alto das montanha esta localizada a estação ferroviária de Monte Alegre do Sul, ponto final do ramal Amparo da Antiga Cia Estrada de Ferro Mogiana.

A primeira vez que estive em Monte Alegre do Sul foi em 1994, me apaixonei pelo lugar,  muito verde e construções que preservam a memoria da cidade, quem for curioso, pode explorar outras áreas da cidade, pois existem algumas fontes de águas medicinais, uma deliciosa terma para relaxar do stress, aqui é um lugar onde  o verde é predominante na região, muitas árvores, parques e jardins para uma boa caminhada, alguns momentos de tranquilidade e um bom bate papo. 

Voltando na estação podemos ver os antigos escritórios da ferrovia, armazém de cargas e podemos usar a imaginação, voltando no tempo e vendo as charretes esperando o trem chegar para levar os passageiros recém chegados as fazendas, as carroças descarregando sacas de café e carregando itens que chegavam nos trens cargueiros.

Aqui nesta cidade em 2017 encontramos 500 metros de linha ferroviária, construídos em anos recentes para pequenos passeios e atração turísticos, uma ponte de ferro que segue rumo a Socorro,  que foi um sub-ramal do ramal prolongando a estrada de ferro por mais alguns quilômetros.  

A locomotiva a vapor

Nossa outra bela surpresa è uma locomotiva a vapor com seu tender e um carro de passageiros em madeira com bancos de 1 classe (couro e estofado).

A locomotiva inglesa Beyer de Manchester 4-6-0 de 1910 com numero 351 da Mogiana com tender, esta operacional e em eventos festivos ela percorre os trilhos existentes, apitando, tocando o sino e avisando a todos que a locomotiva esta aqui.




domingo, 1 de outubro de 2017

Um velho armazem de Cafe da linha Mogiana na Estação Guanabara de Campinas

Um tesouro escondido entre prédios e sofrendo pela especulação imobiliária.


A cidade de Campinas por estar em uma região estratégica serviu de entroncamento para diversas estradas de ferro, devido ao boom econômico provocado pelo café, ponto de partida para a expansão rumo ao interior.

Para aqueles que não conhecem a história ferroviária, Campinas teve inúmeras estações: Estação Central, Estação Guanabara, Estação Boa Vista, Estação Bonfim, Estação Carlos Botelho, sem contar as outras pequenas e os apeadeiros espalhados pelos quatros cantos do município.

As grandes companhias também estavam aqui: Companhia Paulista de Estrada de Ferros, Companhia Mogiana de Estrada de Ferros, Estrada de Ferro Sorocabana, Companhia Carril Funilense e depois a FEPASA assumiu tudo.

A estação do Guanabara foi restaurada e hoje foi transformada em centro cultural, pena que as oficinas foram demolidas e o trilhos removidos, ao fundo ainda podemos ver algumas ruínas, será que algum dia um mecenas as restaura-las. Alguns armazéns também foram poupados e nos fornecem uma visão de como eram os trabalhos. 

Acredito que nosso governo deveria proteger esse legado e arrumar alternativas para que não caiam no esquecimento e sejam demolidos para se transformarem em edifícios ou shoppings centers.


sábado, 30 de setembro de 2017

Vagando pela Estação Ferroviária de Valinhos

Um estação que cresceu e construiu uma cidade.


Valinhos era um distrito de Campinas, que evolui muito com o advento da ferrovia. Nesta nossa visita podemos conhecer os dois prédios que foram estações de Valinhos e ver as mudanças que no decorrer dos anos, as deixaram muito descaracterizadas, vemos que o passar dos anos não foi muito generoso com elas.

A estação ferroviária transportava as cargas do precioso ouro verde, o café ia rumo ao porto de Santos, de lá trazia outros produtos e muitos imigrantes, que vieram povoar estas terras, trazendo sua cultura, sua força de trabalho e vontade de crescer e prosperar no interior de São Paulo.

A estação perdeu as cabines de controle, a caixa d´água, diversos trilhos de ramais e plataformas foram removidos, a passagem de nível entre as plataformas esta lacrada, as telhas mostram o peso dos anos, a eletrificação outrora existente foi removida. No começo do vídeo mostrei uma casa com muro e árvores, aquele edifício era a primeira estação.

Hoje Valinhos luta para ver o trem voltando a transportar passageiros e com isso a estação reviver. Tomará que consigam, sera uma vitoria para todos.

Visitem a cidade, comam figo e conheçam esta bela estação. 






sexta-feira, 29 de setembro de 2017

A falta que faz a Estação ferroviária de Valinhos

O povo quer a ferrovia de volta.


A Companhia Paulista colonizou e povoou estas terras, antigos distritos se transforam em cidades tais como Louveira, Vinhedo e Valinhos que devem sua desenvolvimento e prosperidade aos caminhos de ferro, estas cidades se desenvolveram a partir das estações ferroviárias. 

Valinhos é um caso impar, originalmente tinha uma pequena estação, quase um apeadeiro, mas a cidade se desenvolveu tanto e tao rápido que passado 20 anos da primeira estação, estava obsoleta foi necessário ser construída a segunda estação esta que existe ate os nossos dias.

Num caso curioso a primeira estação não foi demolida, mas sim convertida em casa de habitação, sendo a casa em tijolos mais antiga ainda existente em Valinhos. Em nosso vídeo eu mostro os muros e o telhado desta casa.

Nós visitamos todos os detalhes da estação ferroviária com um marco de tombamento do IBGE, é uma pena a antiga caixa d´água ter sido demolidas e a as cabines de controle ferroviários. Vários trilhos da plataformas laterais e ramais foram removidos ficando apenas uma pálida memoria daquilo que foi.

Oxalá um dia esta estação retorne aos dias gloriosos dos caminhos de ferro e volte a receber composições de passageiros.




quinta-feira, 28 de setembro de 2017

O Museu Fantástico na Estação ferroviária de Valinhos

Mais que memorias, homenagem as pessoas que fizeram a diferença.

Um Museu é um lugar único, um janela aberta para o passado, onde podemo encontrar coisas únicas que pertenceram a alguém e foram muito importante para elas, pois a conservaram com muito carinho. Nós somos consumistas natos e quando algo perde a utilidade vai direto para o lixo. Por isso admiro essas pessoas que guardaram e conservaram esses objetos que hoje estou vendo em minha visita. 

Estou em Valinhos, dentro do átrio principal da Estação Ferroviária de Valinhos, transformado em Museu histórico e cultural da cidade, as salas que antes faziam parte do cotidiano da Estação tais como : sala de espera, administração, sala do chefe, refeitório, guiché da bilheteria e o posto do telegrafo. Foram adaptadas e servem atualmente para expor os diversos objetos.

Visitamos a plataforma principal  com os dados geográficos com a distancia em Km da estação principal (Jundiaí) e altitude, encontramos os restos da alavanca da cabine de controle, a passagem subterrânea e varias obras de arte espalhadas pela estação.

No século XIX esta região eram pasto de engorda e entreposto de trocas comerciais dos bandeirantes paulistas, ninguém imaginava que um dia a ferrovia chegaria e mudaria esta cidade, atualmente a população esta ansiosa pelo retorno dos trens. Quem sabe um dia voltaremos a ouvir o apito do revisor e o característico grito TODOS A BORDO.




quarta-feira, 20 de setembro de 2017

O presente do Imperador: A Companhia Ytuana e sua Locomotiva a vapor No. 1

A Locomotiva a Vapor Número 1 : Regina

Iniciamos esta conversa falando do nosso Imperador Dom Pedro II, em alguns aspectos foi um dos monarcas mais mente aberta do seu tempo, um visionário que gostava de tecnologia e servia de mecenas a vários cientistas do mundo, incentivou o desenvolvimento do telefone do Graham Bell, inclusive instalando o primeiro telefone do Brasil no Palácio Imperial Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro. Patrocinou e difundiu a fotografia e o cinema, sendo um grande colecionador de fotos.

Com o surgimento das máquinas a vapor criou leis e incentivou a introdução dos transportes sobre os trilhos, inclusive comprou uma locomotiva a vapor Baldwin, que utilizou em trilhos no Rio de Janeiro e com o surgimento da Companhia Ytuana de Estradas de Ferro, dou este trem para a empresa.

Uma locomotiva a vapor Baldwin 4-4-0, carinhosamente nomeada "Regina" foi entregue a Estrada de Ferro Ytuana, fundada através de outorga de 1870, entrando em operação em 1873, ligando diversas cidades do interior, no auge contou com 261 quilômetros de trilhos, posteriormente em uma fusão com outras ferrovias transformou-se na Estrada de Ferro Sorocabana que funcionou até ser fusionada na FEPASA.

Em nossa visita a Indaiatuba visitei a estação restaurada e percorri a pé o poucos metros de trilhos remanescente, porém a oportunidade de visualizar uma locomotiva tão importante e histórica valeu pela visita, é uma pena não estar trabalhando e possuir tão poucos trilhos.

Um pouco de historia

Esta grande maquina pertenceu ao imperador Dom Pedro II, que a adquiriu na Feira Mundial, posteriormente a dou para a Ytuana onde esteve a serviço com a locomotiva número 1, com a fusão com a Estrada de Ferro Sorocabana esta locomotiva a vapor foi renomeada para número. 10, mantendo o cognome Regina. Ficou operacional durante mais de 60 anos, terminou exposta no patio da Sorocabana ate ser resgatada e restaurada.




terça-feira, 19 de setembro de 2017

A Estação Ferroviária Central de Indaiatuba

Memoria Ferroviária: Visitando Indaiatuba 

Neste nosso vídeo iniciamos a exploração pelas antigas linhas da Companhia Ferroviária Ytuana, em tempos idos ela floresceu na região de Itu, em caminho chegou a Jundiaí vindo se ligar a Companhia Paulista, este entrocamento tinha como objetivo servir para escoar a safra cafeeira da região de Itu até o Porto de Santos.

Em nossos dias a Estação Ferroviária Central de Indaiatuba, não presta mais serviços ferroviários, tendo sido utilizada para a divulgação cultural e museológica, sendo convertida em um museu ferroviário e atual local de repouso da magnifica locomotiva número 1 da Ytuana, locomotiva que pertenceu a Dom Pedro II e foi doado a ferrovia de Itu.

A título complementar saibam que em tempos idos Indaiatuba, possuía mais 3 estações ferroviárias em seu território: Pimenta,  Itaici e Helvetia soube que existem projetos para restaurarem estes edifícios, mas como vivemos no Brasil, provavelmente nunca sairão do papel, o que é lamentável o descaso com locais que trouxeram prosperidade e riqueza no passado.

Existe um outro projeto da prefeitura de Indaiatuba, que é a criação de uma linha turística, adquirindo carruagem de passageiros e recuperar mais alguns quilômetros de trilhos,  com isso a locomotiva a vapor Regina  voltaria a transportar passageiros, soltando fumaça e apitando pelo caminho, como fazia no passado.

Neste vídeo mostramos a primeira e segunda estação central de Indaiatuba, se prestarem atenção verão um pequeno edifício com dizeres deposito, esta foi a primeira estação da Ytuana em território de Indaiatuba, explorando o terreno pode-se ver a locomotiva, brasoes, logotipos da Sorocabana.



terça-feira, 29 de agosto de 2017

A Estação Ferroviária de Francisco Morato

Memoria Ferroviária: Estação de Francisco Morato - SPR (São Paulo Railways)

A cidade de Francisco Morato deve seu surgimento há um acampamento e canteiro de obras da antiga São Paulo Railways, nesta região existem diversas colinas que bloqueavam a passagem da ferrovia rumo a Jundiaí,

Neste contexto surgiu a necessidade de construir uma obra de arte da engenharia paulista no século XIX, um túnel que encurtaria a distância no projeto, ligando o interior do estado mais rapidamente, com isso os engenheiros projetaram este trecho e milhares de operários se deslocaram para esta região e com pás e picareta construíram este túnel.

Trabalhando incansavelmente concluíram a obra e a ferrovia prosseguiu, mas as benfeitorias, as diversas casinhas e o ponto estratégico para abastecer de água as locomotivas a vapor, fizeram a vila crescer, atraindo mais famílias para estas bandas, o resto foi consequência e vocês conhecem e virou o município de Francisco Morato. Curiosamente as locomotivas a vapor carregavam pouca água, de modo a minimizar o peso e maximizar o empuxo, mais ou menos a autonomia eram 50 quilômetros, por isso a distância máxima entre estações nunca excedia o 40 quilômetros, assim sempre que paravam nas estações o caldeirista completava o tanque com água.

O Formiguinha ficou encantado de ver as plataformas da ferrovia, explorou as catracas de entrada e saída, ficou esperando chegar uma composição ferroviária e até se assustou com a buzina do trem, E ainda acompanhou as obras da futura estação de Morato.


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

A oficina ferroviária da Companhia Paulista no incio do século XX

Um dia normal nas oficinas ferroviárias da Companhia Paulista

Este é o terceiro de vídeo produzido em Jundiaí para divulgar as riquezas desta cidade histórica, o primeiro tratava sobre a produção de café em uma Fazenda Cafeicultura, o segundo tratava da produção das uvás e este terceiro capitulo fala sobre a Companhia Paulista de Estrada de Ferros.

Inicia mostrando uma locomotiva elétrica trafegando no trecho entre Jundiaí e Campinas, muito provável que nesta época Louveira, Vinhedo e Valinhos eram apenas distritos pertencendo a estas duas cidades.

Voltando ao vídeo estamos chegando nas oficinas gerais, hoje este complexo esta em processo de tombamento sendo utilizado como campus da FATEC, Poupa tempo do Município, Biblioteca Técnica e Arquivo Histórico da Ferrovia e Museu Ferroviário.

Prestem a atenção no vestuário da época, o trabalho de revisão, manutenção e construção de locomotiva a vapor, o processo desmontagem, as peças separadas, os operários trabalhando, os escritórios administrativos, o final de expediente com os funcionários saindo e batendo o ponto em um relógio de ponto, fios de telégrafos e linhas elétricas muitas destas ferramentas estão obsoletas e não existem mais.

O Museu Casa Solar do Barão

Um tesouro escondido na casa-museu Barão de Jundiahy. Nesta casa diversos objetos históricos estão em exibição, mas o verdadeiro tesouro esta escondido numa sala dos fundos. 

Um sala-cinema onde esta sendo exibido um vídeo histórico com os trabalhadores da companhia paulista em seu dia a dia, desde a chegada de uma locomotiva ate a sua completa desmontagem para manutenção, ate o chefe dos serviços aparecem e os funcionários encerram suas atividades batendo o ponto.

 Não percam o belo jardim com uma ponte japonesa e lâmpadas oriental num lago com carpas.



sábado, 19 de agosto de 2017

Locomotiva Nº 1: a primeira locomotiva da Companhia Paulista

O triste fim da Locomotiva Nº 1 da Companhia Paulista

Houve uma época em que a Companhia Paulista foi a maior empresa ferroviária do interior de São Paulo, movimentando cargas e pessoas dentro da sua área de atuação e repassando para a São Paulo Railway - SPR que por sua vez enviava ao porto de Santos.

Com o passar dos anos foram adquirindo mais e mais locomotivas, por isso fizeram um monumento onde colocaram esta bela maquina para ser apreciada pelo grande publico e funcionários. Durante os anos áureos da Companhia Paulista esta locomotiva era conservada e bem cuidada.

Infelizmente com as crises econômicas aliadas a má gestão a Companhia Paulista perdeu competitividade e por fim foi incorporada na FEPASA, se transformando numa empresa de economia mista e com isso a Locomotiva Nº 1 foi relegada a segundo plano, perdendo seu pedestal.

Os anos foram cruéis a nossa querida locomotiva a vapor, alguns vândalos começaram a saqueá-la, a ferrugem também fez sua parte e alguns rebites começaram a cair, cupins comeram as madeiras e alguns estúpidos grafitaram as partes que sobraram.

Nosso país não tem memoria e não respeita os seus maiores tesouros, por fim nem tudo esta perdido, alguma alma abnegada guardou o que sobrou da Nº 1 num deposito a espera de um dia que empresários ajudem a restaurar este pelo exemplar da tecnologia ferroviária do Século XIX.

Neste deposito tem mais material ferroviário exposto: ferramentas de fundição, molas e peças de reposição ferroviária, documentos antigos, um tender e mais e mais itens de interesse histórico.

Triste ver que o complexo museológico da Companhia Paulista ser alvo de arruaceiros, noinhas, sucateiros que roubam, depenam e vendem metais históricos para comprar drogas.

Devemos nos unir para salvar esta maquina imponente que ajudou a expandir nosso estado rumo a oeste, que transportava café e enriquecendo nossa nação.



quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Uma tarde no Museu Ferroviário de Jundiaí

Museu Ferroviário de Jundiaí: Memorias da Companhia Paulista de Estradas de Ferro 


Estamos em Jundiaí na parte baixa da cidade, próxima aos trilhos que outrora união diversas companhias ferroviárias  e seguiam para o Porto de Santos para escoarem o café, nosso ouro verde e ao mesmo tempo trazer insumos para nosso florescente país.

Uma época de riqueza e mudanças de costumes, uma altura em que durante quase 30 anos, nosso país cresceu e se expandiu rumo a oeste, a ferrovia era o motor desse crescimento, maravilhas da engenharia mecânica, maquinas de aço as locomotivas vapor eram o coração de tudo.

Em Jundiaí se uniam trilhos da SPR - São Paulo Railways, Companhia Ytuana (posteriormente Companhia Sorocabana, Companhia Mogiana (em Campinas), Ferrovia Itatibense, Companhia Bragantina eram diversas companhias ferroviárias que neste grande entroncamento ferroviário traziam suas cargas.

Em memoria destes trabalhadores e suas maquinas maravilhosas, a antiga sede da Cia Paulista foi transformado num museu, algumas salas expõem peças e ferramentas históricas, desde a parte administrativa a parte operacional, passando pela mecânica e na parte exterior diversas locomotivas, desde a famosa nº 1 da Paulista a maquinas dieseis e elétricas.

Visitem a Bibliotecas e os galpões da manutenção, trilhos exteriores e centro cultural, poupa-tempo e faculdade FATEC. Uma maneira ótima de prestigiar aqueles que trouxeram a riqueza ao nosso estado.