| Analisando dump em listagem de código mainframe cobol |
🔍 COBOL Mainframe e o Código Legado: sobreviver, entender e não quebrar produção
#ibm #mainframe #cobol #refatorar #abend #bug #anomalia
✨ Bem-vindo ao meu espaço! ✨ Este blog é o diário de um otaku apaixonado por animes, tecnologia de mainframe e viagens. Cada entrada é uma mistura única: relatos de viagem com fotos, filmes, links, artigos e desenhos, sempre buscando enriquecer a experiência de quem lê. Sou quase um turista profissional: adoro dormir em uma cama diferente, acordar em um lugar novo e registrar tudo com minha câmera sempre à mão. Entre uma viagem e outra, compartilho também reflexões sobre cultura otaku/animes
| Analisando dump em listagem de código mainframe cobol |
🔍 COBOL Mainframe e o Código Legado: sobreviver, entender e não quebrar produção
#ibm #mainframe #cobol #refatorar #abend #bug #anomalia
🧠 Ferramentas para Análise de Código COBOL Legado no IBM Mainframe
Regra de ouro: no mainframe moderno, 80% do trabalho é entender o que já existe antes de mudar uma linha sequer.
#ibm #mainframe #cobol #analise #sistemas #legado #migracao #refatoraçao #tools
A analogia “BUNCH e os Sete Anões” é uma das mais saborosas — e irônicas — da história do mercado de mainframes nas décadas de 1960 e 1970. Ela mistura rivalidade tecnológica, marketing agressivo e uma boa dose de folclore corporativo, exatamente no espírito old school do mundo mainframe.
O termo BUNCH surgiu dentro da própria indústria e da imprensa técnica norte-americana no final dos anos 1960. Ele não foi “oficialmente registrado” por uma única pessoa, mas é amplamente atribuído a analistas de mercado e jornalistas especializados, que buscavam uma forma rápida de classificar os concorrentes da IBM.
Já a contraparte “os Sete Anões” foi uma alfinetada informal, quase uma fofoca de corredor corporativo, atribuída a executivos e engenheiros da IBM, usada de forma meio jocosa (e meio arrogante) para se referir aos concorrentes menores.
A metáfora vinha diretamente do conto da Branca de Neve:
a IBM era a “Branca de Neve” dominante, e os outros… bem, os anões.
BUNCH é um acrônimo formado pelas iniciais dos principais concorrentes da IBM no mercado de mainframes:
Burroughs
Univac
NCR
Control Data Corporation (CDC)
Honeywell
Essas empresas disputavam grandes contratos governamentais, bancários, militares e científicos.
Além das empresas do BUNCH, o rótulo “Sete Anões” incluía também:
RCA
GE (General Electric)
Por isso, dependendo da época e da fonte, você verá variações na lista. Mas a ideia central era sempre a mesma:
👉 todos juntos ainda não alcançavam o domínio da IBM.
Nos anos 1960–70, a IBM dominava entre 65% e 75% do mercado mundial de mainframes. O lançamento do IBM System/360 (1964) foi um divisor de águas:
Arquitetura compatível entre modelos
Forte ecossistema de software
Suporte técnico agressivo
Contratos “casados” (hardware + software + serviços)
Isso deixou os concorrentes em desvantagem brutal.
💬 Diz-se que engenheiros da IBM usavam o termo “anões” em reuniões internas, nunca publicamente.
🧠 A CDC, com Seymour Cray, chegou a superar a IBM em computação científica, mas não em volume de vendas.
🏦 Burroughs dominava bancos porque sua arquitetura era orientada a transações e segurança.
🧾 Univac carregava o prestígio de ter feito o primeiro computador comercial da história.
💣 Honeywell era forte em contratos militares e aeroespaciais.
😬 A GE saiu do mercado de mainframes em 1970, vendendo sua divisão para a Honeywell.
🔥 A RCA fez o mesmo, abandonando o setor por prejuízos enormes.
Muitos sistemas do BUNCH tinham arquiteturas mais elegantes que as da IBM, mas perdiam no ecossistema.
Algumas linguagens e conceitos de segurança bancária nasceram nos mainframes da Burroughs.
A obsessão da IBM por compatibilidade nasceu do medo real de perder espaço para o BUNCH.
Entender o BUNCH ajuda a compreender por que a IBM virou sinônimo de mainframe.
Muitas ideias modernas de virtualização, segurança e transações nasceram nesses “anões”.
A arrogância da IBM quase virou fraqueza — e foi isso que levou aos processos antitruste nos anos 1970.
O BUNCH e os Sete Anões não eram fracos — eram fragmentados.
A IBM venceu menos pela tecnologia pura e mais pela estratégia, padronização e controle do ecossistema.
No fim das contas, a história dos mainframes prova uma velha verdade do mundo corporativo:
Não basta ser o mais inteligente da sala — é preciso ser o mais organizado.
(Ou: traduzindo o dialeto cigano do Vagner para o mundo real)
Quem acompanha as minhas memórias no El Jefe Midnight Lunch já percebeu uma coisa: às vezes, no meio de uma lembrança de bolinho de chuva, pastelão americano e listagem de papel contínuo, eu largo um termo de mainframe do nada, como se fosse a coisa mais normal que existe.
Mas eu sei, meus amigos:
📌 Nem todo mundo fala “COBOLês avançado”
📌 Nem todo mundo cresceu abraçado a um CICS desde bebê
📌 Nem todo mundo tem saudade do barulho da impressora 3800 de madrugada
Então, aqui está: o Dicionário Bellacosa Mainframe, criado para que qualquer leitor — mesmo que nunca tenha visto um cartão perfurado — consiga entender minhas histórias, comparações e analogias.
O Godzilla dos computadores.
Aquela máquina gigante, estável, que não cai, não falha e não pergunta se você quer atualizar no meio do trabalho.
Tradução humana:
O adulto responsável enquanto seu PC está em crise existencial.
Job Control Language.
É o “ritual mágico”, o “livro de feitiços”, o “receituário da avó espanhola”: você escreve, entrega para o sistema e ele executa.
Analogia Bellacosa:
É como escrever uma receita de bolo tão detalhada que até o bisavô Francisco conseguiria assar o bolo sem reclamar.
A linguagem de programação que muita gente disse que iria morrer…
e não morreu.
E não vai morrer.
E provavelmente vai processar sua aposentadoria daqui a 30 anos.
Tradução humana:
É o português arcaico dos computadores: prolixo, claro e impossível de substituir totalmente.
O “caixa eletrônico dos programas”.
É onde as transações acontecem, onde o dinheiro anda, onde a mágica empresarial vive.
Analogia Bellacosa:
É o shopping center das aplicações.
Todo mundo passa lá.
É como um armário gigante cheio de gavetas organizadinhas (às vezes).
A casa das tabelas e registros que os sistemas acessam.
Tradução humana:
O “armário de documentos” que só você sabe onde está cada pasta.
A “entrada do prédio”.
O lugar onde você loga, mexe, edita arquivos, cria coisas.
Analogia Bellacosa:
É o seu “escritório virtual 1980 edition”, só que sobrevivente da Guerra Fria.
Uma tira infinita de papel com furos laterais.
Se você nunca rasgou errado e destruiu tudo, você não viveu o suficiente.
Tradução humana:
O “scroll infinito” antes da internet.
Sabe papel carbono?
Então.
Agora imagine isso… mas TURBINADO.
Várias cópias saindo juntas.
Tradução humana:
Era o “CTRL+C / CTRL+V” da década de 1970.
Não é código secreto.
É a largura do papel.
80 colunas era o padrão dos cartões perfurados.
130 e 255… eram para os relatórios parrudos.
Tradução humana:
O tamanho da sua “tela impressa”.
Uma linguagem simples, simpática e poderosa para automação.
Analogia Bellacosa:
É o “canivete suíço” do mainframe.
É o maestro que rege todos os jobs.
O cara que segura a bronca no processamento.
Tradução humana:
O gerente que recebe mil requisições, organiza a fila e manda cada uma para sua máquina.
Parece uma palavra feia, mas é só a “fotografia” da memória quando algo deu ruim.
Analogia Bellacosa:
É como tirar foto da bagunça da sala antes de arrumar, para mostrar depois quem fez o estrago.
O “bibliotecário automático”.
Ele arquiva arquivos velhos e recupera quando você precisa.
Tradução humana:
O Tio que guardava tudo em caixas no porão e lembrava exatamente onde estava cada coisa.
O guardião da porta.
O segurança do prédio.
A catraca eletrônica que diz “você entra” ou “você não entra”.
Tradução humana:
O porteiro que impede seu primo mala de subir no seu apartamento.
Significa apenas que falhou.
Mas dizer “explodiu” deixa mais dramático.
Quando o dump é tão grande que parece que o sistema escreveu Guerra e Paz em hexadecimais.
Quando o analista faz ajustes rápidos, limpos e precisos, sem derrubar o sistema, sem ser visto e ainda deixa tudo funcionando melhor do que antes.
Porque as minhas histórias misturam:
🍞 bolinho de chuva
🎞️ O Gordo e o Magro
📼 impressoras de formulário contínuo
🖥️ mainframe
👴 memórias do bisavô espanhol
📟 SDUMPs, RACF, CICS, JCL
…e tudo isso faz parte do meu mundo.
E agora, faz parte do seu também.
Bem-vindo à Bellacosa-lândia Mainframe Edition™.