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segunda-feira, 2 de março de 2009

✏️ Capítulo 2 — Giz, Mimiógrafo e Destinos Impressos

 


📚 SÉRIE “Sempre um Isekai”

Por Bellacosa Mainframe
(Memórias de um garoto que aprendeu a trocar de mundo sem sair da sala de aula)

✏️ Capítulo 2 — Giz, Mimiógrafo e Destinos Impressos

Vim de um tempo em que mal aluno com fraco desempenho era reprovado mesmo — sem dó, piedade e sem discurso motivacional.

Mas eu era bom aluno, sempre me destaquei em todas as matérias, ops, quase todas, era abaixo da média em Educação Física, odiava os exercícios, ter que jogar bola, realmente era algo que não me dava prazer. O curioso é que fora a escola jogava vôlei e futebol normal, andava quilômetros em bicicleta, capinava quintais para ganhar uns trocos. O problema era a questão da aula mesmo... quero dizer não era preguiçoso, só não gostava mesmo, era um nerd, que vivia na biblioteca municipal fazendo pesquisas, numa era sem IA e Google para recuperar pontos em EF.

Passei pelos quatro anos do primário com sucesso, mantive boas notas no ginásio e alcancei a glória sendo um aluno brilhante e invejado e vi o colegial passar num piscar de olhos, nesta época já trabalhava então não foi o melhor alunos, mas estive no Top.

Foi ali que me formei técnico em Processamento de Dados, colegial-tecnico onde aprendiamos o suficiente para prestar o Vestibular, mas garantia uma profissão com melhor remuneração, que abriria as portas do mundo empresarial e me levaria, anos depois, aos corredores sagrados do mainframe.


Naquele tempo, informática ainda tinha cheiro de papel perfurado e fita magnética.
Falar em computador era falar em futuro — e eu queria estar lá, digitando linhas de destino no teclado verde-fósforo, não era um IBM Mainframe, mas sim um microcomputador de 8 bits da marca CP 500.

Participei do centro acadêmico no ginásio e no colegial — outros nomes, mesma essência: alunos que acreditavam poder melhorar o mundo começando pela escola.




Produzíamos jornalzinhos em mimiógrafo, ajudávamos em festas e eventos, organizávamos campeonatos e saraus.





Eram tempos simples, mas cheios de propósito e camaradagem.


Foram anos gratificantes, cheios de aventura, cheiro de álcool e papel úmido, onde cada professor era um farol e cada colega, um companheiro de travessia.