quarta-feira, 31 de agosto de 2022

🔻 O Império do Medo: quando o autoritarismo russo ultrapassou o próprio mito

 


🔻 O Império do Medo: quando o autoritarismo russo ultrapassou o próprio mito

Por Bellacosa Mainframe | Dossiê da Dor Lúcida


Há algo de profundamente trágico na constatação de que o regime russo não é apenas autoritário — é imaginativamente cruel.
A história recente mostrou que o medo, quando institucionalizado, vira método de governo, e a mentira, quando repetida o bastante, adquire status de fé.

Durante décadas, o Ocidente quis acreditar que o autoritarismo russo era um resquício da Guerra Fria, uma herança congelada que o tempo derreteria.
Mas o tempo não derreteu nada.
Apenas revelou o que estava por baixo: uma máquina antiga, restaurada, polida e movida a paranoia.


🇷🇺 A Rússia Que Saiu do Espelho
O projeto político de Moscou já não finge ser democrático.
Não há mais máscaras, nem meias palavras. O regime aprendeu a transformar a brutalidade em estética — a censura virou patriotismo, o medo virou identidade nacional, e o exílio, uma nova forma de silêncio.

O Estado moderno russo parece viver num teatro de sombras, onde cada cidadão é plateia e prisioneiro ao mesmo tempo.
A tragédia é que muitos aplaudem.
A psicologia coletiva, treinada por gerações de trauma, aprendeu a confundir obediência com sobrevivência.


🩸 A Dor Além das Expectativas
A invasão da Ucrânia foi o ponto em que o autoritarismo russo deixou de ser um conceito e virou uma realidade transmitida em tempo real.
Foi ali que o mundo viu — sem filtros — o que acontece quando um sistema constrói sua força sobre o culto à humilhação.

As prisões de dissidentes, os jornalistas silenciados, as mães que recebem corpos e não respostas.
Tudo acontece com a frieza burocrática de um regime que já não precisa justificar nada — apenas continuar.

E o mais doloroso: essa dor é tão planejada quanto uma operação militar.
Cada silêncio é uma arma.
Cada mentira, uma bala.


🕳️ O Abismo Moral e o Espelho do Mundo
O autoritarismo russo não é uma aberração isolada — é um espelho distorcido do planeta cansado, que ainda acredita que a tirania é um problema distante.
Mas os algoritmos autoritários estão em toda parte: nos discursos que chamam censura de “ordem”, nas populações que trocam liberdade por estabilidade, nas nações que confundem neutralidade com covardia.

A Rússia apenas deu forma ao que muitos ainda fingem não ver:

o medo é uma moeda universal.


🔥 O Horror de Ter Razão
Quando intelectuais e dissidentes avisavam sobre a natureza expansionista e repressora do regime, o mundo respondeu com sarcasmo e contratos de gás.
Agora, é tarde.
O império do medo mostrou sua eficiência — não apenas em invadir países, mas em anestesiar consciências.

O horror é perceber que eles estavam certos.
E que a verdade, mesmo provada, continua impotente diante do cálculo político.


💬 Para o Padawan que observa da penumbra:
Aprenda esta lição: o autoritarismo nunca chega de repente — ele é cultivado.
E quando floresce, o perfume é sempre o mesmo: o da dor justificada, da mentira elegante, da fé deformada.

“O regime russo não apenas controla corpos — ele coloniza almas.”


🕯️ O século XXI prometeu progresso e trouxe de volta os fantasmas.
A Rússia, com sua fria precisão, apenas nos lembrou do que somos capazes quando esquecemos de sentir vergonha.


segunda-feira, 22 de agosto de 2022

🇯🇵✨ Guia Otaku de Boas Maneiras no Japão: Evite gafes e vire um convidado lendário!

 


🇯🇵✨ Guia Otaku de Boas Maneiras no Japão: Evite gafes e vire um convidado lendário!

Você finalmente chegou ao Japão, o lar dos animes, do ramen autêntico e das máquinas de venda automática que parecem saídas de um episódio de Steins;Gate. Mas cuidado, jovem padawan — um simples gesto pode te transformar de turista simpático em protagonista de comédia constrangedora!

Este é o Guia Bellacosa de Boas Maneiras no Japão, pra garantir que sua visita seja digna de respeito, bons encontros e nenhuma vergonha alheia. 🍵


🏯 1. Nada de abraços e toques

No Japão, abraçar ou encostar em alguém que você acabou de conhecer é considerado invasivo. Um simples “ojigi” (reverência com a cabeça) já é demonstração de respeito.
👉 Dica: o ângulo da inclinação importa — 15° para um “oi” casual, 45° para respeito, e quase 90° se você quebrou algo valioso na casa do anfitrião! 😅


👟 2. Tirando os sapatos: o ritual sagrado

Antes de entrar numa casa (e até alguns restaurantes), tire os sapatos. Sempre há um espaço chamado genkan para isso.
Coloque-os com a ponta voltada para a porta, e use as pantufas oferecidas.
🚫 Jamais entre no tatame com sapato! Isso é quase como pisar em um altar.


🍚 3. Etiqueta alimentar ninja

  • Não espete os hashis no arroz — isso lembra rituais funerários.

  • Nunca passe comida de um par de hashis para outro — isso também remete a cerimônias de cremação.

  • Faça barulho ao comer ramen: é sinal de que está gostando!

🍱 Dica Bellacosa: se não quiser mais comida, não vire a tigela de cabeça pra baixo. Basta colocar os hashis sobre ela.


🗣️ 4. Silêncio é ouro

Falar alto em público, especialmente em trens, é malvisto. No Japão, os vagões parecem bibliotecas.
💬 Use o modo “otaku discreto”: sussurre, observe e sorria.


💴 5. Dinheiro é coisa séria

Entregue o dinheiro com as duas mãos, de preferência usando uma bandejinha (sashi-zara).
📦 Mesmo notas pequenas são tratadas com respeito — afinal, cada iene é fruto de disciplina quase samurai.


♻️ 6. Lixo? Boa sorte!

O Japão é tão limpo que parece um cenário pós-apocalíptico sem humanos.
Mas não há lixeiras por todo lado! Cada pessoa leva seu lixo até casa.
Separe recicláveis, queimeis e não queimeis (sim, é assim mesmo).


🧘‍♂️ 7. Templos, santuários e respeito espiritual

  • Lave as mãos antes de entrar (na fonte chamada chōzuya).

  • Não fotografe tudo — especialmente orações e cerimônias.

  • Faça silêncio, mesmo que o cosplay esteja incrível demais pra conter a empolgação.


🎌 8. Trens: o dojo da paciência

  • Espere todos saírem antes de entrar.

  • Forme fila e não bloqueie portas.

  • Evite mochilas nas costas (carregue à frente).

🚄 O shinkansen é tão pontual que parece programado em COBOL — então, respeite o horário!


💡 Curiosidades otakus de sobrevivência

  • “Itadakimasu” antes da refeição e “Gochisousama deshita” depois — é etiqueta e gratidão.

  • Evite dar presentes em número de 4: o número é associado à morte (shi).

  • Nunca escreva o nome de alguém em vermelho — é considerado amaldiçoado.


🎯 Dica final Bellacosa:

O segredo é simples — observe antes de agir. Os japoneses valorizam o respeito e o esforço. Mesmo que você erre, se demonstrar humildade, será perdoado com um sorriso sincero.

Seja o visitante que deixa boas lembranças — e não o protagonista do episódio “O Gaijin que Pisou no Tatame Sagrado”. 😆

Boa viagem, otaku-sensei! 🌸
E lembre-se: educação é o verdadeiro poder oculto de qualquer protagonista.


quinta-feira, 18 de agosto de 2022

🖥️ Screensavers que dançavam na madrugada – O Museu dos Micreiros Anos 90

 




🖥️ Screensavers que dançavam na madrugada – O Museu dos Micreiros Anos 90
(Por Vagner Bellacosa ☕ — Bellacosa Mainframe / El Jefe Midnight Lunch Edition)


Ah, as madrugadas dos anos 1990...
O barulho do modem discando, o brilho do monitor CRT iluminando o quarto, e o som suave do cooler misturado ao zumbido do transformador.
Era a era dourada dos micreiros românticos, os guardiões do DOS, os padres do Windows 3.11 e os filósofos do Pentium 100.
E quando o cansaço batia — ou o download do ICQ demorava três horas — o PC começava a sonhar.

Nascia o espetáculo dos screensavers dançarinos, o ballet pixelado que embalava as madrugadas de quem acreditava que tecnologia também podia ser poesia.




🕊️ Flying Toasters – os anjos do ciberespaço

Antes do metaverso, vieram as torradeiras voadoras.
Criadas pela Berkeley Systems, no pacote lendário After Dark, eram ícones flutuando no infinito digital — asas metálicas, pão quentinho e música imaginária.
Não serviam pra nada.
Mas hipnotizavam como um mantra eletrônico.

💡 Curiosidade: o sucesso foi tão absurdo que gerou uma linha de produtos — canecas, camisetas, até adesivos de carro.
Ter o Flying Toasters era sinal de status tecnológico. Era dizer: “Meu monitor é SVGA e meu coração é ASCII.”


🏝️ Johnny Castaway – o náufrago do microchip

O screensaver mais filosófico da história.
Criado pela Sierra On-Line (1992), mostrava Johnny, um solitário náufrago preso em uma ilha minúscula, vivendo pequenas aventuras animadas: pescava, dormia, falava com gaivotas e tentava fugir.
Cada aparição era diferente — um pequeno episódio inédito, um slice of life do mar digital.

💾 Segredo: quem deixava o PC ligado por horas, via novas cenas escondidas — Johnny construindo jangada, recebendo visitas, ou olhando pro horizonte… esperando alguém que nunca vinha.

O Johnny não era só um protetor de tela.
Era uma metáfora da vida do programador dos anos 90.


🐶 Bad Dog – o mascote destruidor

Esse vinha no After Dark e era pura anarquia digital.
Um cachorro de desenho animado invadia o desktop, cavava buracos, mordia ícones e arrastava janelas como se fosse um hacker canino.
Nos escritórios, era o terror dos chefes e o deleite dos estagiários.

🐾 Fofoquice: diziam que o animador se inspirou no cachorro do vizinho — um dálmata chamado “Bingo”, que realmente roía cabos de impressora.
Ironia: o Bad Dog foi acusado de “comportamento destrutivo” por empresas de antivírus, o que o tornou ainda mais amado.


🌌 Starfield Simulation – o salto para o hiperespaço

Vinha de fábrica no Windows 95 e transformava o monitor num túnel de estrelas.
Simples, hipnótico e infinitamente elegante.
Era o screensaver oficial dos sonhadores espaciais e dos micreiros que juravam que um dia seriam astronautas… ou pelo menos comprariam uma Voodoo 3Dfx.

💡 Dica técnica: quanto mais rápido o seu processador, mais rápido o salto estelar.
Nos Pentium 200, parecia que o computador ia decolar de verdade.


🔮 Mystify / Pipes 3D – o balé geométrico

Linhas dançantes, cores mutantes e tubos 3D crescendo como se o Windows tivesse vida própria.
Era o show de luzes particular de quem deixava o PC renderizando sonhos.

Nos laboratórios de informática, o Pipes 3D era o padrão: o símbolo visual do poder — e do tédio — das máquinas modernas.
💾 O ritual era clássico:
“Sai do Word, não mexe, deixa o Pipes rodar...”
E todo mundo hipnotizado vendo aquele labirinto infinito nascer.


🐠 Aquarium & Planetarium – zen digital

Enquanto o caos reinava nas planilhas e nos disquetes, havia os screensavers serenos.
Peixes pixelados nadando suavemente, planetas girando em silêncio cósmico.
Eram o lo-fi beats dos anos 90 — calmaria de bits para quem passou o dia digitando comandos em CAPS LOCK.

💡 Curiosidade: alguns pacotes de Aquarium vinham com trilhas sonoras MIDI e “bolhas” em estéreo — um luxo digno de Sound Blaster 16.


Bellacosa comenta:

Os screensavers dos anos 1990 eram mais do que proteção contra o burn-in.
Eram o espelho da nossa relação com a máquina.
Enquanto os atuais pedem login, nuvem e IA, aqueles precisavam só de uma pausa e um pouco de curiosidade.

Eles dançavam quando você descansava.
Sonhavam quando você dormia.
E, talvez sem querer, ensinaram uma geração que tecnologia pode — e deve — ter alma.


💡 Dica do El Jefe Midnight Lunch:

Quer reviver essa magia?

  • Baixe o After Dark Revival ou o OpenSaver Project.

  • Ligue seu monitor de tubo (ou um emulador CRT).

  • Coloque um MIDI de Enigma ou Jean-Michel Jarre tocando ao fundo.

E quando o Johnny Castaway aparecer na tela, acene pra ele.
Porque ele ainda está lá —
esperando por nós, micreiros da madrugada.

sábado, 13 de agosto de 2022

“Vinte anos depois…”

 






“Vinte anos depois…”

Vinte anos depois, a memória coloriu tudo. Já não sei mais o que foi imaginação e o que foi realidade. Só sei que um dia, cansado e entediado com meu trabalho no Banco Real ABN Amro, entre planilhas, protocolos e o barulho das teclas, eu me perdi de mim mesmo.
As longas viagens de fretado até São Paulo me roubavam o brilho dos olhos e o resto da paciência. Era o tempo que escorria entre o asfalto e os fones de ouvido, enquanto eu sonhava em ser qualquer coisa, menos aquilo.

Meu namoro com a Giovana estava morno — e, ainda assim, eu me embriagava nos olhos dela, azuis como promessa de verão. Havia amor, havia encanto, mas também uma névoa. Um lado meu queria fincar raízes, casar, construir. O outro queria vento na cara, estrada, caos, Europa.
Ela estudava sem parar, obcecada, como quem luta contra o destino. Medicina era o sonho; Biologia, a realidade possível. E eu, perdido entre o amor e a inquietude, decidi chutar o pau da barraca.

Foi assim, sem mapa nem certeza, que nasceu a minha aventura.
Entre malas malfeitas e coragem improvisada, parti — não apenas para a Europa, mas para dentro de mim mesmo.

Deixando as deliciosas tarde de sábado, sentados no banco da praça, comendo algodão-doce, caminhando as margens do rio Camanducaia em Amparo, vendo preguiçosas capivaras, trocando deliciosos beijos e me encantando com lindos olhinhos azuis.

Às vezes lembrar sinto um pesar, aquele nó no estômago, imaginando o é se... mas tantas coisas aconteceram, que criaram toda uma nova narrativa emocionante e alucinante.

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Venha fazer parte da Historia

é nosso dever cívico, lutar pela democracia, participe e assine, faça a diferença. #Dionitos em Ação IBM #analistas #mainframe #cobol #liberdade #democracia #eleiçãoLivre
https://www.estadodedireitosempre.com/adesao/BF773B3C-52DC-4D05-B307-B64474E9D65C?t=li

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

📺 Sessão Sala Especial – TV Record, anos 1980

 



📺 Sessão Sala Especial – TV Record, anos 1980
(No tom Bellacosa Mainframe, com memória de televisor de tubo, chiado VHF e cheiro de sofá de corino no verão.)


Ah, a década de 1980… quando televisão era compromisso, gravação era fita VHS de 3 cabeças e ninguém “pulava intro” porque ela era parte da experiência. Entre tantas sessões de filmes que marcaram gerações, uma brilha de forma quase mitológica para quem viveu a telinha daquela época: a Sala Especial, exibida pela TV Record.



⭐ O que era?

A Sala Especial era um slot semanal (ou quase isso — grade de TV dos 80 mudava como IPL com PARM mal ajustado) dedicado a filmes adultos – sensuais, eróticos, picantes, mas longe de pornografia explícita. Era o tipo de atração que começava tarde da noite, muitas vezes após o Jornal da Record, fazendo parte do que a gente hoje chamaria de softcore cinema nights.

Não era pornô. Era clima. Era expectativa. Era câmera lenta, música de saxofone e cortina balançando ao vento.
Era o máximo de “ousadia televisiva” que se podia ter sem precisar de codificador pirata.




🧬 Por que existiu?

A TV Record, ainda longe de ser a gigante evangélica que se tornaria nos anos 1990+, investia em programação para competir na guerra noturna com Globo e SBT. A Sala Especial foi parte do movimento das emissoras de buscar audiência no horário adulto, algo que também se via em:

📌 Cinema em Casa (SBT)
📌 Supercine / Sessão de Gala (Globo)
📌 Ciclo de Cinema Erótico (manjado nos 80 e início dos 90)



Mas a Sala Especial tinha um diferencial: trazia muitas produções da BOCA  DO LIXO PAULISTANA, com roteiros nada serio, historias malucas e títulos ainda mais malucos ainda, usando de duplo sentindo, os antepassados diretos do click bait. Às vezes aparecei um casting de primeira linha, mas era normalmente composto por estrelas decadentes. ou iniciantes no cinema artesanal brasileiro. 

Tipo  O Bom Marido, Como é Boa Nossa Empregada, Nos tempos da Vaselina, As cangaceiras eróticas, Pensionato de Vigaristas, Historias que nossas babas não contavam, Sábado Alucinante. Alguns eram  filmes de qualidade com boas história e elenco, outras eram a perversão pura. Mas sem pornografia.

Em 90 minutos de filmes, talvez uns 2 minutos de peitinho, 3 minutos de bumbum, nada de nudez frontal, simulações de cena sexual embaixo do lençol ou sombras, muito palavrão e ataque velado a ditadura, aos conservadores e a tradicional família brasileira. Nada comparado com os filmes europeus soft-porn que chegaram em 1990 em outros canais e mesmo com a internet e sua pornografia hardcore.




🔥 Como o público via?

Era praticamente um ritual urbano-suburbano-nacional:

  • Pai ligava a TV baixinho

  • Mãe fingia que ia dormir

  • Criança inventava de beber água às 23h45

  • Antena de VHF ajustada com Bombril

  • E lá estava ela: Sala Especial, em cores saturadas e néon imaginário.

Quem viveu… sabe. Quem não se lembra da Wilza Carla?




🎭 Curiosidades, fofocas & "print screen mental"

🥃 Filmes muitas vezes eram reclassificados com sinopses mais “poéticas” para driblar a censura.
📼 Muita gente usou VHS para gravar escondido — e escondia embaixo do guarda-roupa.
🔊 Trilha sonora quase sempre com sax ou sintetizador estilo Giorgio Moroder versão cafona.
📡 Em algumas cidades a transmissão era instável — formando o fetiche da imagem quase invisível.
🎞 Nos anos 90 a sessão sumiu — a TV mudou, a moral mudou, a concorrência ficou adulta demais.



🔐 Easter egg (Bellacosa Mainframe style)

Havia uma mística urbana entre adolescentes:

“Se acertar a sintonia fina no botão do televisor preto-e-branco, dá pra ver mais do que devia”.

Nunca confirmado. Nunca negado. Um mito majestoso dos 80.
Como achar EXIT em COBOL quando só te deram GOTO.


🔚 Em resumo

A Sala Especial da TV Record foi o soft-erotismo elegante do horário nobre tardio,
um pedaço de liberdade televisiva num Brasil pré-internet, pré-streaming, pré-tudo.
Era proibido para menores, liberado para insone e cultuado por quem descobria o mundo.

Um capítulo da televisão brasileira que hoje parece impossível —
mas que existe vivo e elétrico na memória RGB de quem esteve lá.