✨ Bem-vindo ao meu espaço! ✨ Este blog é o diário de um otaku apaixonado por animes, tecnologia de mainframe e viagens. Cada entrada é uma mistura única: relatos de viagem com fotos, filmes, links, artigos e desenhos, sempre buscando enriquecer a experiência de quem lê. Sou quase um turista profissional: adoro dormir em uma cama diferente, acordar em um lugar novo e registrar tudo com minha câmera sempre à mão. Entre uma viagem e outra, compartilho também reflexões sobre cultura otaku/animes
domingo, 16 de agosto de 2020
43 anos sem o rei do Rock. Tributo a Elvis Presley
sábado, 4 de junho de 2016
Os cowboys dançam com os chicotes
O Catatau e a dança dos chicotes
Esses pequenos cowboys são fogo... meio caipiras, meio harleiros estão com o chicote todo... dançando Oh Susana na maior bagunça.
O Formiga como sempre, aprontando mil e uma, todo animado que o Vaguinho ta filmando ... q ele fica muito curioso para assistir depois.
El Formiga e a dança do Laço
A turminha do Catatau esta com a corda toda.
Literalmente esta turminha esta dançando com o laço ao som de oh Suzana, bem animados e um pouco desconcertados, correm de um lado a outro fazendo aquela bagunça.
sábado, 14 de junho de 2014
O formiguinha arteiro brincando no Tobogan
Festa Junina da Bosch e o tobogan
Estamos na gesta Junina da Bosch Campinas organizada pelo grémio de funcionários, com muita diversão, barraca de brincadeiras, jogos para adultos e crianças, bingos e vários brinquedos inflaveis.
O formiguinha neste dia brincou a pescaria, ao atirar latas, viu a fogueira de São João e fez aquilo que mais adora: andou de trenzinho dentro das instalações da Bosch.
Para terminar o dia em grande fomos para a área de brinquedos inflaveis, lugar onde ele se acabou, virando cambalhota, pulando, escorrendo, virando e fazendo arte.
Foi um dia delicioso para guardar na memoria.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
O NOIVINHO DA QUADRILHA
O NOIVINHO DA QUADRILHA — UMA CRÔNICA BELLACOSA MAINFRAME
PARA O EL JEFE MIDNIGHT LUNCH
Vasculhar um arquivo de fotos antigas é como abrir um dataset sentimental: cada imagem é um registro, cada rosto um campo, cada memória um load module carregado direto da infância.
E no meio desse inventário do tempo, você encontrou ela:
a foto épica do noivo da quadrilha, um Vaguinho vestido com toda a elegância que só a década de 1970 conseguia produzir.
Terno remendado branco, gravata vermelha, chapéu de palha torto e aquele sorriso de quem não fazia ideia de que um dia se tornaria o cronista oficial do clã Bellacosa.
E como tudo na sua vida vem com história, essa não seria diferente.
1. A QUADRILHA RAIZ – QUANDO JUNHO ERA REALMENTE FRIO
Antes de o clima enlouquecer, junho era junho de verdade:
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vento gelado cortando o rosto,
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moletom grosso,
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fogueira estalando na calçada,
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e o cheirinho de milho verde misturado com fumaça.
neblina, garoa e geada
Era inverno, gente.
Inverno raiz, de fazer a criançada encostar a mão no caneco de quentão (sem álcool, claro) só pra esquentar os dedos.
As festas juninas vinham direto do DNA português, importada dos Santos Populares —
Santo Antônio, São João e São Pedro,
mas aqui ganharam pitadas afro-brasileiras, italianas, indígenas e imigrantes de todas as latitudes.
O resultado?
Uma mistura única que só o Brasil consegue fazer.
2. A ESCOLINHA DA DEPORTAÇÃO — O PRIMEIRO ESCÂNDALO BELLACOSA
A foto pertence àquela mesma escolinha onde eu, segundo registros pseudo-históricos, apócrifos e de testemunhos maternos, foi deportado por:
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não parar quieto,
ser arteiro,
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ser criativo demais,
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ser inquieto,
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e estar levando Dona Mercedes à beira da insanidade.
Mas após a deportação efetiva, os novos amiguinhos na escola, a disciplina da sala de aula, os primeiros contatos com o abcedário, veio o evento dos eventos, a dança Quadrilha.
E nela, você brilhou como o noivinho oficial do arraial.
3. O CASAMENTO CAIPIRA — A NOVELA DE JUNHO
A quadrilha sempre foi um micro teatro do Brasil profundo:
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Tinha noivo, noiva, padre,
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O delegado suspeito, para pegar o noivo fujão
os pais da noiva, que estavam ali para garantir o final da cerimonia
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Convidados animados,
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Emboscadas e fugas,
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E aquele momento mágico:
“É mentiraaaa!”
O roteiro era uma novela rural, uma pequena ópera cômica encenada por crianças com dentes faltando, vestidos floridos e bigode pintado com rolhas queimadas, simulando bigodes e barbas.
Eu ali, no meio, sendo levado até o altar improvisado, cercado de bandeirinhas coloridas, fogueira cenográfica e o olhar orgulhoso (e exausto) da Dona Mercedes, da minha madrinha vó Anna e o vô Pedro, tio Pedrinho, tia Mirian e familia.
4. AS BARRAQUINHAS — O PARQUE DE DIVERSÕES DOS ANOS 70
Junho era também o mês das barraquinhas de quermece:
🎣 Pescaria — com peixinhos de madeira e prêmios que iam de pirulito a dominó.
🎯 Tiro ao alvo — onde sempre tinha um primo que jurava ser “bom de mira”.
⚾ Arremesso de bolinha — que jamais derrubava as latas, misteriosamente coladas.
📦 Rifas e correio elegante — o Tinder da época.
🫥 Prisão — onde se pagava para prender o amigo e pagava para soltar.
(engenharia financeira brasileira desde sempre).
5. COMIDAS — O BANQUETE SAGRADO DE JUNHO
E como esquecer o cardápio sagrado?
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Canjica cremosa,
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Arroz-doce com canela,
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Pamonha quentinha,
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Milho assado,
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Churrasquinho suspeito,
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Quentão fumegante,
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Paçoca e pé de moleque.
Vinho quente.
Sagu com vinho de São Roque
Cada aroma era um portal para a infância.
6. A FOTO — UM PEDAÇO DE TEMPO CONGELADO
Naquela imagem perdida no meu arquivo, o que vemos não é apenas um menininho vestido de noivo.
Vemos:
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a escolinha que fez Dona Mercedes descansar um pouco,
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o Brasil dos anos 70, entre o caos financeiro da ditadura militar e as famílias se virando para sobreviver,
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a alegria simples das festas de bairro,
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a energia daquele pequeno Vagner arteiro,
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e um pedaço da alma Bellacosa que resistiu ao tempo.
A foto é prova de que a memória não é só um arquivo:
é um job que roda eternamente no sistema da gente.
7. EPÍLOGO — O NOIVO QUE SOBREVIVEU AO ARRAIAL E À VIDA
Hoje, adulto, olho essa foto e entendo:
Aquele noivinho da quadrilha é um símbolo.
Um lembrete do que sempre fui:
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sonhador,
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imaginativo,
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inquieto,
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criador de histórias,
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e dono de uma alma que, mesmo deportada,
sempre encontra caminho para continuar pulando fogueiras.
Porque aprendi a dançar a quadrilha da vida…
aprendi também a desviar do delegado, da ponte quebrada, da cobra, do tombo, das armadilhas e dos sustos —
e ainda dar risada no caminho.
