sexta-feira, 31 de dezembro de 2004

2004 os melhores momentos em Espanha

Uma passagem rápida por Espanha.


2004 foi um ano intenso com acontecimentos traumáticos para a Espanha. O atentado de Março foi devastador para o povo espanhol.



Mas as belezas de Espanhas conseguiram ocultar este momento menos belo da primeira década do século XXI. Os museus, os grandes edifícios, as riquezas das Américas.

Deixaram marcas maravilhosas em Espanha. A Catedral de Sevilha, a praça de Espanha, o museu do Prado são patrimónios que tornam Espanha um dos tesouros da Europa.

Conhecer a Torre do Ouro, navegar no rio Guadalquivir, caminhar pelo centro de Madrid e conhecer o melhor da Andaluzia foi uma grande aventura.

2004 e os melhores momentos em Portugal

As melhores imagens de Portugal em 2004.


Terminamos o ano com montes de passeios realizados em Portugal, onde tivemos a oportunidade de conhecer novas cidades, novos castelos e saborear as delicias da culinária regional.



Portugal é muito rico em historia, cada cantinho do pais possui seus castelos, construções históricas, ruínas arqueológicas, grandes e belíssimas igrejas.

Afinal Portugal possui mais de 2500 anos de historia registradas, desde que os fenícios iniciaram suas transaçoes comerciais com os lusitanos, depois vieram hispanos, cartagineses, romanos, vândalos, alamanos, visigodos, mouros etc. Cada um destes povos deixando sua marca em território português.

Venha se perder e procurar esses vestígios de norte a sul em Portugal, não esquecendo de saborear os deliciosos vinhos, os doces regionais e as delicias da culinária regional.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

GULLIVER — O REINO BRASILEIRO ONDE A IMAGINAÇÃO SEMPRE CABE NUMA MÃO

 


GULLIVER — O REINO BRASILEIRO ONDE A IMAGINAÇÃO SEMPRE CABE NUMA MÃO
Um post ao estilo Bellacosa Mainframe para o blog El Jefe Midnight Lunch





Quando pensamos em Brasil das décadas de 60, 70, 80 e 90, muita gente lembra primeiro de TV preto-e-branco, carro com carburador, feira na calçada, mercearia da esquina… Mas há um fio invisível que costura a infância de milhões de brasileiros: uma pequena legião de soldados de plástico, índios bravos, cowboys destemidos, super-heróis troncudos e monstros improváveis.
Esse fio tem nome: Gulliver.

E como todo bom mito pop, a história da Gulliver mistura engenho brasileiro, ousadia industrial, guerra cultural, brinquedos que viraram patrimônio afetivo — e muitos easter-eggs que ninguém imagina. Prepare seu cavalo, pegue sua Winchester de plástico e siga comigo.


🌄 A ORIGEM — O DESERTO, O SONHO E O PLÁSTICO

A Gulliver nasce em 1956, em São Caetano do Sul (SP), fundada por José “Zeca” Matarazzo Filho — não o conde, mas um industrial com faro para um mercado que estava nascendo: o de brinquedos de plástico injetado.

Enquanto os brinquedos do Brasil ainda eram majoritariamente de lata, madeira ou pano, a Gulliver apostou forte na nova técnica. E acertou: o plástico permitia detalhes finíssimos, moldes ousados, variedade absurda e — principalmente — preço acessível.

E assim, num barracão no ABC paulista, começa o reinado que duraria gerações.




🏹 O FORTE APACHE — O PRIMEIRO UNIVERSO CINEMATOGRÁFICO BRASILEIRO

O carro-chefe absoluto?
O Forte Apache.

Originalmente licenciado da empresa norte-americana Louis Marx & Co., a Gulliver tropicalizou, expandiu, redesenhou e reinventou o playset até transformá-lo em algo 100% culturalmente brasileiro.

Versões em madeira, versões em plástico, versões pintadas à mão…
Sede, quartéis, torres, cavalaria, índios apaches, cowboys, meninos sorridentes, cachorros pastores, carroções, canhões — um universo inteiro numa mesa de poucas polegadas.

O Forte Apache da Gulliver foi, para uma geração, o primeiro “metaverso” de verdade:

  • sem login,

  • sem Wi-Fi,

  • sem NFT,

  • mas com imaginação ilimitada.



👊 A ERA DE OURO — SUPER-HERÓIS, MONSTROS E UM BRASIL POP

Dos anos 60 aos 90, a Gulliver reinou absoluta.

🦸 Super-Heróis

Licenciou Marvel e DC quando isso ainda não era cool.
Se você lembra de um Hulk verde berrante, um Thor cabeçudo, um Superman com peito em formato de barril, você sabe do que estou falando.

👽 Monstros

Godzilla, King Kong, criaturas do espaço — tudo ganhava forma em PVC duro e eternizava tardes inteiras de batalha no chão da sala.

⚔️ Playsets temáticos

Forte Apache, Castelo Medieval, Vila do Zorro, Piratas, Cavaleiros, Romanos…
Cada kit era um portal instantâneo para outra época.

🚀 Ficção Científica & Robôs

Robôs de fricção, astronautas, monstros radioativos — um eco direto da paranoia nuclear e dos seriados japoneses que chegavam ao Brasil.

🗡️ Os eternos gladiadores Gulliver

Pequenos, coloridos, com poses icônicas — presentes em cada mercearia, banca de jornal e lojinha da 25 de Março.



🧩 CURIOSIDADES E EASTER-EGGS PARA COLECIONADORES

A Gulliver produziu peças para outras empresas — incluindo lotes secretos exportados sem marca.
Muita coisa hoje é “Gulliver sem saber”.

Existem moldes perdidos — literalmente extraviados nos anos 80 e 90. Alguns foram recuperados décadas depois em galpões abandonados.

A pintura a mão do Forte Apache original foi feita majoritariamente por equipes femininas do ABC Paulista, artesãs com precisão impressionante.

O cachorro pastor preto que acompanhava o menino no playset original foi inspirado no cão real de um funcionário da empresa.

✔ Nos anos 70 e 80, a Gulliver teve licenças do Ultraman, Jaspion e outros tokusatsu, mas muitos produtos nunca chegaram às lojas.

✔ A empresa criou a primeira linha nacional de minimodelos históricos, usada até em escolas durante anos.


📉 O DECLÍNIO — A INVASÃO DOS IMPORTADOS

A partir dos anos 90, com a abertura econômica e a entrada massiva de brinquedos chineses, o cenário mudou:

  • O custo de moldes metálicos era altíssimo.

  • As linhas clássicas vendiam menos.

  • O varejo migrou para produtos mais baratos e descartáveis.

  • Empresas nacionais sofreram — a Gulliver, inclusive.

A produção foi reduzida, algumas linhas desapareceram, outras tiveram tiragens curtas. Mas a marca nunca morreu.


🔥 O ESTADO ATUAL — GULLIVER, A FÊNIX DO PLÁSTICO

Hoje, a Gulliver existe — viva, reinventada e nostálgica.

A empresa se reposicionou como marca clássica, apostando em:

  • relançamentos de linhas vintage,

  • séries de edição limitada,

  • produtos colecionáveis,

  • parcerias com grupos de fãs e historiadores do brinquedo brasileiro.

O público?
Adultos entre 35 e 60 anos que carregam na alma o chão da sala onde guerrearam com cavaleiros e apaches.


🌵 DICAS PARA COLECIONADORES (AO ESTILO BELLOSA MAINFRAME)

  1. Prefira moldes antigos — geralmente mais pesados, com PVC mais duro e detalhes mais finos.

  2. Evite restaurações mal feitas — tinta errada destrói valor.

  3. Guarde em estojos fechados — o PVC é sensível à luz e pode ficar quebradiço.

  4. Fique de olho em relançamentos oficiais — alguns são raros já ao nascer.

  5. A comunidade “Gullivermaníacos” no Brasil é riquíssima — grupos no Facebook, Orkut ressuscitado, fóruns especializados.

  6. Cuidado com falsificações chinesas — sim, existem.

  7. O Forte Apache completo com pintura à mão é um Graal — conserve como um DB2 catalog root page.


🌙 CONCLUSÃO — GULLIVER, O MAINFRAME DA NOSSA INFÂNCIA

O que o mainframe tem em comum com a Gulliver?
Longevidade, confiabilidade, legado e presença silenciosa na vida de milhões.

A Gulliver é o nosso “CICS da imaginação”:

  • sempre em produção,

  • sempre entregando,

  • sempre suportando volume,

  • sempre pronta para rodar mais uma aventura.

E assim como o mainframe, ela atravessou gerações — sólida, nostálgica, parte da história nacional.

Se você teve um Forte Apache, um cowboy, um índio, um Hulk esquisitão, um gladiador colorido…
Você carrega Gulliver no coração.

E como sempre digo: nostalgia também é arquitetura — arquitetura da alma.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2004

Visita natalícia ao amigo Cardoso


Aproveitando o final do ano, cá estamos novamente no norte, visitando o amigo Cardoso. Desta vez viemos ate Ermesinde, em uma pequena vila com casas construídas em pedra ao melhor estilo do Norte de Portugal.



Almoçamos em um tasca bem tradicional, uma deliciosa entremeada com batatas, regado ao bom vinho caseiro, retirado directo do barril e para fechar bem a refeição um bom prato de sopa de legumes a nortenha.

Aproveitamos o dia para visitar a região, colocar a conversa em dia e trazendo noticias do outro lado do atlântico.

Enfim um bom dia passado com um amigo.

domingo, 5 de dezembro de 2004

Alcobaça a cidade por trás do Mosteiro

Muita gente visita Alcobaça apenas pelo Mosteiro.


Mas esta cidade é tão rica em cultura e atraçoes naturais que acaba sendo um pecado não conhecer e visitar seus outros encantos.



Alcobaça tem lindas praias de falésia, tem florestas e bosques, um castelo em ruínas, vários palacetes e casas de interesse arquitectónico.

Suas ruas tem encantos de uma pequena vila, mas não se enganem Alcobaça é uma grande cidade, bem povoada e com grande infra-estrutura.

Um passeio por suas ruas tornara claro aquilo que digo, vale a pena explorar sem pressa, ver cada cantinho, conversar com as pessoas, sentar em um café local, provar um doce regional e jogar alguns minutinhos de conversa fiada.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2004

Nazaré e o funicular da cidade alta

Subindo ate a capela


Na parte baixa da cidade existe um fantástico funicular que nos leva para uma colina, onde tem diversas estruturas da cidade alta. Subindo uma encosta de aproximadamente 300 metros sobre trilhos, vislumbrando o oceano e a cidade que vai ficando pequenina la embaixo.



Ao chegarmos no final dos trilhos, nos deparamos com uma bela igreja, comercio, mirante, aqui sentimos todo o vento do oceano com seu cheiro delicioso de sal, aquela brisa marinha que nos transporta para o verão. Tendo uma visão privilegiada do Atlântico

No passado aqui ficavam os vigias, protegendo os moradores da parte baixo, das rasias de piratas em busca de escravos para o mercado de norte de África. Na idade media mulheres brancas eram muito valorizados nos harens espalhados por esse mundao afora.

Com um sinal de sinos os vigias avisavam os moradores que assim buscavam abrigo ao serem avistados barcos inimigos.

Nazare e suas praias

Nazaré a cidade das praias


Uma das cidades praianas mais famosa de Portugal com suas roupas típicas que correram o mundo em fotografias. As famosas 7 saias das nazarenas. o gorro dos pescadores.



Uma cidade tipicamente pesqueira que naquelas reviravoltas do destino, se tornou a meca do surf na Europa, inclusive com disputados campeonatos.

Cercada de belas casa antigas, praias belas, falésias e montes que atraem os turistas pela sua diversidade. Existem grandes monumentos próximos como o Mosteiro de Alcobaça.

Uma cidade com tradição, cheia de encantos inclusive com uma parte alta acessível por funicular. Alguns castelos na região tornam a estadia mais completa, podendo reservar alguns dia para banhos de sol e areia, pois a agua é bem fria, afinal estamos no Atlântico Norte