quarta-feira, 8 de julho de 2015

Vovó Anna: A Tecelã de Bolos e Destinos

 


El Jefe – Anna: A Tecelã de Bolos e Destinos

Por Bellacosa Mainframe

Existem memórias que chegam como cheiros: o perfume quente do pão de ló abrindo a alma da casa, a nota doce do leite condensado que escorre da colher, o toque macio da farinha fina levantando nuvens no ar.
E existem memórias que chegam como ecos: o bater dos teares industriais da Mooca, o “tac-tac-tac” das máquinas de costura do salão paroquial, o murmúrio das orações das 18h que atravessam gerações.

Este é um poste sobre Anna, minha avó e madrinha — tecelã de tecidos, tecelã de bolos, tecelã de vidas.




I – Novo Mundo, Urupês, e o fio que começa a trama

Anna nasceu em Novo Mundo (onde hoje repousa Urupês), no interior vigoroso de São Paulo.
E como todo bom paulista de raiz, cresceu entre terra vermelha, quintal vasto, vizinhança que sabe o nome de todos e histórias contadas no portão. 

Do Noroeste paulista do café, vieram pelos trilhos da companhia Paulista, instalaram-se em São Caetano do Sul e depois parque São Lucas, reduto de imigrantes espanhóis, que rivalizavam com os imigrantes italianos da Mooca. Outro dia introduzo meu bisavô Luis, o patriarca da família e que mais confusão colocou nessa historia.

São nossas raízes que definem nossa engenharia — no Mainframe e na vida.




II – Da Mooca ao Mundo: a tecelã industrial

Ainda jovem, Anna encarou o coração industrial da Mooca — bairro de imigrantes, suor, máquinas e sonhos de metal.

Tecelã de fábrica, comandava teares como quem rege uma sinfonia:
cada fio, um compasso;
cada trama, uma decisão;
cada tecido, um código que só os olhos treinados decodificam.

E ela tinha esse dom:
o “olho mágico” — o debugger humano — capaz de encontrar qualquer falha invisível na trama de fio.
Sim, minha avó era uma espécie de SPOOL humano, identificando erros, direcionando saídas, ajustando rotas.
Pura engenharia viva.




III – A reinvenção: da fibra ao açúcar

Quando o tear ficou para trás, Anna abriu espaço para outro tipo de arte:

A confeitaria.

E aí, meu amigo…
Aí nasceu a lenda.

Os Bolos da Vila Rio Branco™

(um patrimônio não catalogado, mas reverenciado)

Bolos de noiva, aniversários, batizados, festas — todos coroados por:

  • pão de ló úmido,

  • vinho licoroso infiltrado com precisão cirúrgica,

  • glacê de banha vegetal + leite condensado (o santo graal da doçaria caseira),

  • miniaturas que pareciam um parque de diversões em cima da massa.

  • cobertura de coco ralado colorido com corantes

  • tiras de coco feitas com plaina de madeira criada pelo meu avô Pedro

  • e eu o diabinhao da familia, a formiguinha, roubando ameixas secas como se fossem ouro.

  • pegando os restinhos das latas de leite condensado

E eu ali, padawan oficial da lambança,
lambendo as travessas como quem consome o último setor do dataset mais precioso do universo.

Easter egg culinário:
O bolo farofa de geladeira — criação experimental que só quem viveu sabe descrever.




IV – Avon, reunião e o quintal que era um mundo

Nos encontros da Avon, a casa virava um OPS log social:

  • perfumes,

  • catálogos,

  • risadas,

  • bandejinhas com doces estratégicos,

O quintal?
Ah, o quintal...

Toda família brasileira tem um quintal que, na verdade, é um portal interdimensional.
O dela era desses:
meio roça, meio experimentação, meio Disneyland com cheiro de terra molhada.




V – O Salão Paroquial e a liturgia do afeto

Anna, católica fervorosa:

  • missa de sábado a tarde,

  • rezar ao terço em alguma novena

  • Ave-Maria das 18h religiosamente seguida,

  • voluntária de corte e costura na igreja.

E quando ela ia dar aula, claro: carregava este escriba junto, como unidade auxiliar para gastar energia.



(Deus escreve certo por linhas tortas, mas avó escreve certo por linhas de costura.)

Ali onde eu conhecia um outro mundo e fazia novas amizades, sem imaginar que ali havia um abismo social com crianças vindo de favelas, para as mães aprenderam uma profissão. Mas isso não percebia, magia da infância e brincava com outras crianças enquanto minha avó ensinava o mundo a criar, moldar, alinhavar — costurar destinos.

São Paulo tem disso até hoje, abismos sociais, onde uns poucos têm muito e uma multidão nada tem, lutando para conseguir uns trocados em biscastes e serviços sazonais.



VI – Bisavós, Tia Maria e o “patch de açúcar” da infância



Próximo da casa dela viviam:

  • minha bisavó Isabel,

  • meu bisavô Francisco,

  • e a lendária Tia Maria, dona dos divinos bolinhos de chuva.

  • sem esquecer do famoso cagado, que viveu quase até a imortalidade

Essa vizinhança não era só geografia;
era sistema distribuído familiar.
Um cluster de afeto, açúcar e memórias eternas.




VII – Filosofia Bellacosa Mainframe para fechar a compilação

Toda avó é uma arquiteta de memória.
Mas a Anna…
A Anna parece ter me tecido — literalmente:

  • um fio no tear,

  • um fio no glacê,

  • um fio na fé,

  • um fio no quintal,

  • um fio no carinho,

  • um fio no destino.

E eu, que lambia travessas de massa de bolo, brincava no quintal, bagunçava no quartinho de ferramentas e corria pelo salão paroquial da igreja,
onde carrego até hoje esses fios dentro de si. Não posso me esquecer do Mappin, ah outra lembrança doce de minha querida avó.

Moral do job:

Existem pessoas que compilam sistemas.
E existem pessoas que compilam famílias.

Anna foi das segundas —
um COBOL humano,
feito de estrutura, força, doçura, propósito,
e uma capacidade sobrenatural de transformar trabalho em amor.


Easter-egg da Alma:

Quem escolheu meu nome VAGNER, foi ela e para desgosto da minha mãe foi registrado pelo meu pai, mas isso é historia para outro post.


terça-feira, 7 de julho de 2015

✨🌌 Tanabata – O Festival das Estrelas: Quando o Céu Japonês Conta Uma História de Amor (e uns bons causos também) 🌌✨



 ✨🌌 Tanabata – O Festival das Estrelas: Quando o Céu Japonês Conta Uma História de Amor (e uns bons causos também) 🌌✨

Por El Jefe, direto do Bellacosa Mainframe Universe


Imagine o Japão numa noite morna de julho. O vento sussurra entre os bambus, as ruas se enchem de fitas coloridas balançando, e o povo escreve desejos em papéis que dançam nas árvores como se o próprio universo estivesse lendo seus pedidos. 🌠

Esse é o Tanabata (七夕) — o Festival das Estrelas, celebrado todo 7 de julho, um dos eventos mais poéticos e românticos da cultura japonesa.
Mas como todo bom conto nipônico… por trás da beleza tem uma boa dose de tragédia, magia, e curiosidades dignas de um anime shoujo dos anos 2000.




🏮 A Origem: Um Amor Separado pelas Estrelas

A história vem da mitologia chinesa, do conto de Orihime (a tecelã celestial) e Hikoboshi (o pastor de estrelas).
Orihime, filha do deus dos céus, tecia mantos mágicos à beira da Via Láctea. Hikoboshi, do outro lado, cuidava de seu rebanho de estrelas.

Quando se apaixonaram, deixaram de cumprir suas tarefas divinas — o que irritou o papai celestial. Resultado?
💔 Foram separados pela Via Láctea, podendo se encontrar apenas uma vez por ano, na sétima noite do sétimo mês.

E assim nasceu o Tanabata — o dia em que as estrelas Altair (Hikoboshi) e Vega (Orihime) finalmente se aproximam no céu.


🎋 As Tradições: Desejos no Vento e Amor nas Estrelas

Durante o festival, o Japão inteiro se enche de tanzaku (短冊) — tiras coloridas de papel penduradas em ramos de bambu.
Nelas, as pessoas escrevem seus desejos mais sinceros: amor, sucesso, notas boas, até aquele “meu chefe que pare de ser chato”. 😅

Depois, os bambus são queimados ou lançados em rios, para que o vento leve os desejos até o céu.
(Se for em Sendai, o festival vira praticamente um carnaval cósmico com desfiles, lanternas, yukatas e fogos.)

Dica Bellacosa: se for ao Japão nessa época, Sendai (Tohoku) e Hiratsuka (Kanagawa) têm os Tanabata mais famosos — e ambos parecem um episódio vivo de Your Name.


💫 Curiosidades e Fofoquices Cósmicas

  • O nome “Tanabata” vem de uma lenda local sobre uma donzela que tecia roupas sagradas num tear chamado Tanabata-tsume.

  • Durante o Tanabata, as escolas japonesas costumam fazer competições de desejos — e o mais bonito ganha destaque no bambu da entrada.

  • A NASA já fez postagens no Twitter (hoje X) falando sobre a “reunião celestial” de Altair e Vega. Sim, até os cientistas se rendem ao romance.

  • No Japão moderno, casais apaixonados marcam encontro nessa data — e muita gente pede casamento sob as estrelas. (Sim, o Japão também tem seu “Dia dos Namorados alternativo”.) 💍

  • Algumas estações de trem, como a de Sendai, tocam músicas temáticas do Tanabata nos alto-falantes!


🎥 Animes Que Celebram o Tanabata

Ah, o Tanabata é figurinha carimbada na cultura pop japonesa. Entre os animes que o homenageiam:

🌠 Clannad – Um episódio inteiro gira em torno das lendas e desejos do festival.
🌠 Toradora! – Taiga e Ryuuji participam de um Tanabata que muda o rumo da história.
🌠 Gintama – Como sempre, o festival vira piada e caos interestelar.
🌠 Love Live!, K-On!, Sailor Moon e Your Lie in April – Todos têm cenas inspiradas no Tanabata, sempre envolvendo música, amor e destino.
🌠 Naruto até tem referências indiretas — a ideia de “reunião anual de almas separadas” ecoa em alguns episódios fillers.


💭 Bellacosa Reflexão

O Tanabata, no fundo, é um lembrete de que até o universo gosta de histórias de amor com drama.
É sobre a esperança de reencontros, sobre o tempo que separa mas também une — e sobre o poder de escrever um desejo e deixá-lo voar.

E talvez, no meio da correria dos nossos sistemas, projetos, e rotinas de mainframe, valha a pena tirar um momento para escrever um “tanzaku” mental.
Quem sabe o céu também leia? 🌌


📜 Easter Egg Bellacosa:
Na cultura japonesa antiga, acreditava-se que os programadores eram como tecelões de Orihime — costurando linhas invisíveis (de código, de destino, de sonhos).
Então, da próxima vez que você compilar um COBOL às 23h59, lembre-se: você também está tecendo um pedacinho da Via Láctea digital. 💻✨


Quer saber mais dessas histórias que misturam bits, bambus e estrelas?
Segue o El Jefe no Bellacosa Mainframe — porque até o universo precisa de um bom checkpoint cósmico de vez em quando. 🚀

segunda-feira, 6 de julho de 2015

🦇 Boot preto, alma preta e segunda-feira normal

 


🦇 “Boot preto, alma preta e segunda-feira normal”

Crônicas de um jovem dark perdido em Guaianazes – versão Bellacosa Mainframe

Existem fases na vida que ficam gravadas como dump hexadecimal na cabeça da gente. Você pode até rodar um REPRO do IDCAMS, reorganizar memórias, reindexar emoções… mas certos arquivos do coração ficam permanentemente LOCKED(YES).
Minha adolescência é um desses datasets protegidos por Deus e por um RACF PROFILE bem mexido.

Voltemos a 1986, aquele Brasil pré-internet, pré-celular, pré-tudo, em que as ideias viajavam mais rápido que hoje — não por fibra óptica, mas por fofoca, rádio comunitária, e, principalmente, por fitas K7 mal gravadas.

Eu tinha 12 anos e Taubaté me entregou um mundo alternativo que virou chave:
a amiga Fabiola, uma dessas figuras destinadas a bagunçar seu firmware emocional, apareceu com rock de porão alemão, bandas de garagem, guitarras que soavam como serras elétricas sendo afinadas.

Pronto. Fui seduzido.
Entrei no modo DARK MODE, antes mesmo de existir isso nos computadores.

Roupas pretas, lápis de olho, correntes, botas — o pacote completo de quem decidiu viver a vida no tom certo: hasher, louder, darker.
E a tribo? Ah… a tribo existia.
Taubaté tinha seus próprios vampiros suburbanos, seus românticos de meia-luz, seus poetas de quintal.

Mas aí veio 1987, a mudança para São Paulo, e junto com ela o reboot forçado da minha alma adolescente.
Meus pais se separaram, eu fui parar em Guaianazes, e logo percebi uma dura realidade:



👉 “Dark? Aqui? Meu filho, isso é território sagrado do pagode e do samba.”

Eu era um exilado cultural, um pacote JCL gótico tentando rodar numa LPAR configurada para Fundo de Quintal.
Sem tribo, sem referências, sem bar, sem porão, sem nada.
E com 13 anos, isso dói feito um S0C7 às três da tarde de sexta-feira.

Continuei fiel ao estilo, mas longe do uniforme preto —
São Paulo periférica pode ser implacável com quem foge do script.
E, por uns anos, eu virei um dark clandestino, tipo JOB com TYPRUN=HOLD.

Mas São Paulo é infinita.
E conforme eu cresci, comecei a caminhar mais, explorar mais, correr riscos mais amplos que os da adolescência normal.
E aí… reencontrei minha tribo.




🦇 O subterrâneo chama — e o dark atende

Foi como um CICS PLTSTART emocional:

Espaço Retrô, Santa Cecília
Madame Satã, no Bexiga
Fofinho Rock Club, no Belenzinho
☑ Bares de garagem
☑ Botecos decadentes
☑ Lâmpadas tremulantes
☑ Músicas que pareciam invocar espíritos ou, no mínimo, fazer pactos com eles



E de repente, eu estava entre iguais.
Os filhos da madrugada.
Aqueles que dormiam quando a maioria despertava.
Poetas improvisados, vampiros urbanos, filósofos bêbados, artistas quebrados, punks reciclados, gente que usava preto não por moda, mas por convicção espiritual.

E o melhor de tudo: minha mãe — santa entre as santas — costurou para mim um sobretudo preto, elegante, com botões prateados, digno de um vampiro de Taubaté com passe-livre na Pauliceia Desvairada.

Eu voltava das noites às 9h da manhã, cruzando com:

  • senhoras de coque indo para o culto,

  • fiéis santificados,

  • beatas horrorizadas,

  • vizinhas moralistas,

  • e pastores com cara de poucos amigos.



E lá ia eu:
sobretudo preto, cara lavada, alma cheia, passos lentos, um dark adolescente voltando do turno noturno como se fosse operador do JES2 após extrair fitas de madrugada.


🦇 As madrugadas de São Paulo — onde tudo era possível

Nós, góticos periféricos, vivíamos de:

  • encontros em cemitérios

  • beijos roubados em jazigos

  • longas caminhadas pela Augusta

  • hot-dogs suspeitos às 2h

  • filosofias baratas às 4h

  • promessas de mudar o mundo às 5h

  • risadas que ecoavam pelos becos

  • certeza absoluta de que éramos imortais



Era um sistema operacional paralelo, um z/OS noturno, rodando em batch, sob luz de neon.
E era bom.
Era maravilhoso.
Era liberdade pura.

Mas, como todo job bem escrito… ele termina.
E na segunda-feira, voltava tudo ao normal:

Eu era só um menino normal, trabalhador, estudando à noite, responsável, de cabelo penteado — mas com um backup completo no coração, guardado num storage emocional com retenção vitalícia.


🦇 Conclusão Bellacosa: o dark não passa — ele hiberna

A juventude é um ambiente operacional que nunca volta,
mas o feeling fica.
A estética fica.
O espírito fica.
O som fica.

E por mais que a vida adulta nos transforme em analistas, pais, responsáveis,
a verdade é uma só:

Uma vez dark… sempre dark.
Mesmo que você ande de preto só nos fins de semana.
Mesmo que o sobretubão tenha ficado nas memórias de fita DAT.
Mesmo que as noites hoje terminem às 23h, não às 8h.

Dentro de você,
ainda existe:

  • o menino caminhando por Taubaté com uma fita K7 chiada,

  • o adolescente de Guaianazes deslocado,

  • o andarilho da madrugada paulistana,

  • o filósofo da Augusta,

  • o vampiro de sobretudo,

  • e o dark existencial que descobriu que o mundo tem muito mais camadas do que parece.

E isso, meu caro,
nenhum ABEND apaga.

P.S.: Passado algumas decadas, continuo apreciando musica doida alemã, tenho meus sobretudos de couro e botas pretas de bico fino, sempre que posso apesar do calor dos tropicos, revivo por alguns momentos esses loucos anos.


domingo, 5 de julho de 2015

🌈🐑 A EVOLUÇÃO VISUAL DA RAINBOW SHEEP AO LONGO DAS DÉCADAS


🌈🐑 A EVOLUÇÃO VISUAL DA RAINBOW SHEEP AO LONGO DAS DÉCADAS

(1970s → 2020s, com história, estética, fofocas e notas de “produção”)



📀 1970s — “A Era Psicodélica dos Desenhos Limitados”

A Rainbow Sheep nasce sem querer.
Primeira aparição (não-oficial) em comerciais japoneses de goma de mascar e vinhetas de TV educativas.
Visual da época:

  • Corpo ovalado desenhado em 6 frames mal alinhados

  • Pelagem com 3 cores apenas (rosa, azul, amarelo) porque o orçamento era curto

  • Olhos enormes estilo shōwa-kawaii, tipo “quase derretendo de doçura”

💡 Curiosidade técnica: para animar a cor “mudando”, os estúdios pintavam acetato por acetato usando tinta ecológica barata… que manchava tudo. As Rainbow Sheep mais antigas literalmente vazavam cor nos rolos de filme.




📼 1980s — “A fase mascote de RPG”

O boom dos RPGs japoneses faz a Rainbow Sheep ganhar lore:
Agora ela é uma criatura de prado mágico, tipo slime raro com lã.
Design da década:

  • Lã em faixas horizontais (inspirado em sweaters préppy da época)

  • Casco mais quadrado, meio Dragon Quest

  • Um chifrinho tímido, ainda meio arredondado

  • Cores em gradiente manual, feito com aerógrafo

📎 Fofoca: alguns animadores dizem que a Rainbow Sheep virou mascote “boa para testar novos estagiários”, porque era fácil de colorir… até o diretor pedir “quem sabe mais brilho?”.




💽 1990s — “A fase anime shōjo glitter maximalista™”

Agora sim ela explode na cultura otaku.
A Rainbow Sheep aparece em magical girls, isekais primordiais, e até em paródias do tipo “monstro da semana”.

Visual 90s:

  • Olhos gigantescos, cheios de glitter, estrelas e reflexos duplos

  • Pelagem com 7 cores canonizadas

  • Chifres alongados, estilo elegant-fantasy

  • Efeitos de “brilho arco-íris” pintados quadro a quadro

Easter egg: animadores escondiam mensagens na pelagem — tipo “ganbatte, Tomoko!” ou mini-arcos invisíveis. Só aparece em blu-ray remasterizado.




💿 2000s — “A fase digital cel-shading”

Com o digital chegando, a Rainbow Sheep perde volume, ganha cor limpa e animação mais fluida.

Características 2000s:

  • Outline uniforme, preto puro

  • Pelagem arco-íris em camadas flat, sem textura

  • Formato mais arredondado, fofabilidade +80%

  • Movimento suave graças ao Adobe After Effects 6.0 (sim…)

🔧 Detalhe técnico: o gradiente virou layer effect, economizando semanas de pintura. Mas perderam o charme imperfeito dos anos 80/90.




📀 2010s — “A era moe/soft 3D híbrido”

Os estúdios começam a unir 2D com 3D:

Visual 2010s:

  • Corpo 3D com toques 2D nas expressões

  • Pelagem que parece marshmallow fosco

  • Mais arredondada do que nunca (soft-serve-sheep)

  • Arco-íris com efeito bloom

🍭 Fofoca: a Rainbow Sheep virou meme na internet como “símbolo de RNG abençoado”. Aparecia em gacha quando a sorte era absurda.




💾 2020s — “A fase post-anime aesthetic / pastel-grunge”

Aqui ela vira cult.
Os animes começam a misturar estilos, e a Rainbow Sheep passa por uma mutação estética:

Características 2020s:

  • Design em watercolor digital

  • Pastéis misturados com cores neon

  • Pelagem mais “viva”, quase respirando

  • Olhos menores, estilo modern-kawaii

  • Forma levemente alongada, para parecer mais mágica e menos mascote infantil

🌈 Easter-egg atual: alguns estúdios escondem frames subliminares onde a Rainbow Sheep “pisca as cores” na ordem exata das sete frequências da escala musical japonesa. Ninguém sabe por quê.



🔮 Evolução resumida (para otaku apressado + técnico)

DécadaEstéticaTecnologiaMarca visual
70sPsicodélico baratoacetato e tinta instávellambidas de cor
80sRPG-fantasyaerógrafolã listrada
90sShōjo glitterpintura quadro-a-quadroolhos gigantes
00sCel-shadingdigital flatcores chapadas
10sMoe híbrido2D+3Dmarshmallow shading
20sPastel-grungewatercolor digitalpelagem viva

🌈🐑 Conclusão no estilo Bellacosa:

A Rainbow Sheep é o “HELLO WORLD” da fofura japonesa — cada era a recompila com um compilador visual diferente.
Ela é o COBOL da mascoteria: eterna, adaptável, e sempre com um charme vintage que nem o tempo compila.


quinta-feira, 4 de junho de 2015

🌈🐑 LISTA DEFINITIVA — ANIMES COM RAINBOW SHEEP

 


🌈🐑 LISTA DEFINITIVA — ANIMES COM RAINBOW SHEEP (ou variantes canon/nonsense)

Com sinopse, título original, ano, personagens, curiosidades e easter-eggs.




1) KonoSuba – God’s Blessing on this Wonderful World!

Título original: この素晴らしい世界に祝福を!
Ano: 2016
Tipo de aparição: Easter-egg visual (Ovelha Arco-Íris no estábulo dos monstros).

Sinopse

Kazuma morre de forma patética e renasce num mundo de RPG onde nada funciona como deveria. Aqua é inútil, Megumin só sabe explodir coisas e Darkness… bom, Darkness gosta de apanhar.

Onde aparece a Rainbow Sheep?

No episódio 4, durante a faxina dos estábulos dos monstros, aparece rapidamente ao fundo um sheep-monster multicolorido — uma piada interna dos animadores inspirada em mobs de MMORPGs.

Personagens envolvidos:

Kazuma, Aqua, Megumin, Darkness.

Curiosidades

  • O storyboard original chamava a criatura de “Colorful Sheep Monster – 禁断版”, como piada dizendo que o bicho era colorido “demais”.

  • A comunidade ocidental apelidou de “KonoSheep”.

  • No jogo mobile KonoFan, ela vira um mob raro.

Easter-egg

Se pausar no frame correto, dá pra ver que ela tem um chifre em espiral tipo marshmallow.


2) That Time I Got Reincarnated as a Slime (Tensei Shitara Slime Datta Ken)

Ano: 2018
Tipo: aparição semi-oficial via monster compendium + OVA.

Sinopse

Rimuru Tempest renasce como um slime absurdamente overpower e reconstrói uma nação inteira de monstros.

Onde aparece a Rainbow Sheep?

No OVA “Rimuru no Natsu Yasumi”, há uma cena de feira de monstros com uma Rainbow Sheep domesticada vendendo lã de atributos mágicos.

Personagens envolvidos:

Rimuru, Shuna, Shion, Milim.

Curiosidades

  • O manual oficial do anime descreve a lã como “elemento neutro arcano”, sendo usada para tecer mantos anti-caos.

  • A Rainbow Sheep pertence a uma raça chamada “Chromafluff”.

Easter-egg

Milim tenta montar a ovelha — e toma um coice mágico arco-íris.


3) Overlord — (Especial “Ple Ple Pleiades”)

Ano: 2015–2022
Tipo de aparição: Gag nonsense.

Sinopse

Ainz Ooal Gown, preso na pele de um overlord esquelético, governa Nazarick com NPCs extremamente fiéis e igualmente perigosos.

Onde aparece?

No mini-episódio “Farm Life of Nazarick”, Narberal Gamma tenta tosar uma Rainbow Sheep para um traje da Albedo.

Curiosidades

  • A Rainbow Sheep explode em glitter.

  • Ainz menciona que ela é um material de crafting de tier mundial… e então desiste por preguiça de farmar.

Easter-egg

A lã vira uma das almofadas coloridas do quarto da Aura.


4) Isekai Quartet – Crossover dos Isekais

Ano: 2019
Tipo: aparição total nonsense, considerada canon dentro do crossover.

Sinopse

A turma de KonoSuba, Overlord, Re:Zero e Tanya chegam numa escola misteriosa no estilo chibi.

Rainbow Sheep?

Sim: aparece como mascote da escola no episódio 8, carregando um quadro-negro nas costas.

Curiosidades

  • É oficialmente registrada como “Niji-Ushi-san”, mas parece uma ovelha.

  • O dublador da Rainbow Sheep é… o mesmo do slime mascote de KonoSuba.


5) Fruits Basket (2019) — Cenas extras / merchandise oficial

Ano: 2019
Tipo: cameos visuais e produtos oficiais.

Sinopse

Tohru Honda convive com a família Souma, amaldiçoada pelos 12 animais do zodíaco chinês.

Aparição

Aparece em cadernos, posters e pelúcias nas lojas internas do anime, representando “boa sorte e diversidade”.

Curiosidades

  • Um dos designers diz que a Rainbow Sheep representa “sentimentos que mudam com as estações”, em alusão ao drama emocional do anime.


6) Monster Musume no Oishasan (Monster Girl Doctor)

Ano: 2020
Tipo: aparição direta — paciente do Dr. Glenn.

Sinopse

Um médico trata diversas raças monstruosas com anatomias e temperamentos peculiares.

Onde aparece?

No capítulo adaptado parcialmente da light novel: uma Rainbow Sheep com alergia ao próprio brilho.

Curiosidades

  • Quando fica nervosa, solta “pó mágico” que causa coceira irresistível.

  • Glenn comenta que sua lã é o tecido ideal para roupas anti-estresse.


7) Nyanbo! (Spin-off de Danbo)

Ano: 2016
Tipo: aparição mascote / surreal.

Sinopse

Gatinhos cúbicos vivem aventuras nonsense no dia a dia.

Rainbow Sheep?

Sim — aparece num episódio como “bicho raro que surge quando alguém está muito ansioso”.

Curiosidades

  • Os animadores dizem que ela é inspirada no “medo de falhar… porém fofo”.



🌈🐑 BÔNUS — Aparições Periféricas / Material Extra

Games adaptados para anime com Rainbow Sheep confirmada:

  • Ragnarok The Animation → mob “Rainbow Woolling” (2004)

  • MapleStory Animation → ovelhas elementais multicoloridas (2013)

  • Fantasy Life Online minis → a famosa “Multi-Sheep”


🧵 O QUE A RAINBOW SHEEP SIMBOLIZA?

✔️ Criatividade
✔️ Caos positivo
✔️ Sorte inesperada
✔️ O “glitch mágico” do mundo
✔️ A inocência nonsense dos animes de fantasia

Ela é, na cultura otaku moderna, o tanuki psicodélico que não virou tanuki — virou lã.
Um símbolo de liberdade criativa, comédia e magia sem vergonha.


quarta-feira, 3 de junho de 2015

🛒 Bellacosa Mainframe — Dump de Memória: Supermercado Versão 1970

 



 🛒 Bellacosa Mainframe — Dump de Memória: Supermercado Versão 1970

El Jefe Midnight Lunch – Log nº 004


Ir ao supermercado.
Hoje banal, corriqueiro, item de rotina como rodar um batch diário: vai, pega, paga no cartão, volta, reclama do preço do tomate.
Mas lá nos anos 1970... ah, aquilo era mainframe de 64k rodando Apollo 11, era foguete, era portal dimensional aberto uma vez por mês — e olha lá.

Supermercado era templo.
Lugar de ir arrumado. Roupa de sair. Chinelo? Jamais.
A família entrava séria, solene, como quem pisa no Vaticano do consumo. Corredores que pareciam infinitos, caixas registradoras estalando como impressoras matriciais, etiquetas coladas a mão, promotoras com penteado de laquê estruturado em código IBM 360.



Não existia padaria, não existia hortifruti — isso é feature de patch muito posterior, update da década de 80 pra frente.
Era secos e molhados. Só. Mas, paradoxalmente, era um mundo vasto:

Latas de sardinha por marca, sabão em pó por cor, óleo por litro em garrafa de vidro, arroz em saco grosso costurado na boca, macarrão de pacote áspero, firme como TPU militar.
Naquele tempo o mercado não era um oligopólio, era farol aberto: dez marcas de goiabada, vinte de café, açúcar cristal de fábrica pequena que ninguém lembra mais.

 


E como não tínhamos muitas posses, a viagem era mensal.
Compra de guerra. Compra de sobrevivência.
Um mês inteiro decidido em 1 hora de carrinho.
Às vezes o Fusca azul do meu pai carregava tudo no porta-malas minúsculo e no banco de trás, esmagando filhos e mantimentos no mesmo payload.
Outras vezes o Fusca pifava (o normal, diga-se) e aí entrava em cena o meta recurso milagrosoa Kombi do supermercado.
Clássica. Ladeirando pelas ruas, barulhenta, cheirando mistura de pão dormido, diesel e detergente.

Mas compra boa mesmo — ah, meus amigos — era com Vó Anna.
Aí a coisa mudava de patamar de processamento.
Dois, três carrinhos. Fácil.
Eu, pequeno oni glutão, seguindo como subtarefa autorizada, torcendo pelos itens proibidos, pelos chocolates, pelas balas, pelo achocolatado que durava três dias em vez do mês inteiro.

Acompanhá-la era como entrar no modo bonus.
Era o Chefão final do RPG abrindo portal secreto só pra mim.

Porque até então minha realidade era outra:
comprar óleo avulso na mercearia, embrulhar em sacola de pano, trazer meia dúzia de itens miúdos para casa — transação simples, sem glamour.

Mas no supermercado mensal com a família?
No ritual triunfal com a avó?



Aquilo era entrar no paraíso da abundância.
Era o spool infinito onde tudo era possível, onde sonhos tinham código de barras.
Saía de lá flutuando, carregando sacolas como troféus, sentindo que tinha invadido um data center de delícias, capturado loot raro e voltado vivo para contar.

Hoje passo pelo mercado como quem troca storage sem emoção.
Mas se fecho os olhos…
a luz fluorescente azulada ainda acende, o corredor se abre, o carrinho range em 8 bits…

E eu volto.
Pequeno, feliz, segurando uma lata de pêssegos em calda como se fosse ouro.

🛒✨
Bellacosa — RC=0, carrinho cheio, coração idem.

Ps: Anos mais tarde iria me maravilhar com a Praça do Jumbo em Taubaté, que era o máximo em sonho de consumo, um dos primeiros Hipermercados com a mistura de mercado com loja de eletrodomesticos.

Ps2: Nem conto para vocês a primeira vez num Shopping Center, desta vez em Campinas no Iguatemi

Ps3: Mas até hoje guardo com carinho a velha mercearia do Agnello na Vila Rio Branco, passei por mercados, supermercados, hipermercados, ultramercados em mais de 20 países... mas aquelas memorias infantis estão gravadas no fundo da alma.

Ps4: Hoje sinto falta da variedade de produtos, os mercados ficaram tão sem graça com poucas marcas.


terça-feira, 2 de junho de 2015

📘 GUIA “AV OTAKU PARA CURIOSOS” — O SUBMUNDO PIXELADO DO JAPÃO EXPLICADO

 


🍱⚙️ EL JEFE MIDNIGHT LUNCH — Bellacosa Mainframe apresenta:


📘 GUIA “AV OTAKU PARA CURIOSOS” — O SUBMUNDO PIXELADO DO JAPÃO EXPLICADO

Quando o assunto é Japão, tudo parece rodar em modo batch e tempo real ao mesmo tempo. Tem trem que chega no segundo, tem loja que vende calcinha usada em máquina automática, tem idol que faz live, tem vovó colecionando Gundam… e existe o universo secreto, organizado e disciplinado do AV Otaku — o fã dedicado da indústria de vídeos adultos.

E hoje, para você, padawan curioso e notívago que frequenta o El Jefe Midnight Lunch, trago um guia definitivo, ao estilo Bellacosa Mainframe, que mergulha nesse dataset proibido com história, curiosidades, comportamento, leis e easter-eggs dignos de audit trail.

Autorização RACF liberada.
Console no modo FULLSCREEN.
Vamos rodar esse job.



🎌 1. O QUE É UM AV OTAKU?

O termo “AV Otaku” é usado no Japão para descrever:

um fã dedicado da indústria adulta, colecionador, pesquisador informal e conhecedor de estúdios, atrizes, diretores e estilos.

Mas não confunda: não é apenas “quem assiste pornô”.
É quem:

  • conhece estúdios como conhece goleiros do Brasileirão

  • identifica câmeras, diretores e produtora pelo estilo

  • coleciona DVDs (sim, ainda vendem muito!)

  • participa de eventos, lives e assinaturas oficiais

  • sabe tudo sobre a carreira das AV Idols

É o equivalente adulto do ferreomodelista nerd — mas pixelado.



📜 2. ORIGEM DO FENÔMENO

O termo aparece no final dos anos 1970–1980, quando o Japão vive:

  • boom das fitas VHS

  • flexibilização cultural

  • idolização de jovens modelos

  • nascimento dos grandes estúdios AV

Com o VHS, surge o nicho de fãs organizados que:

  • catalogam atrizes

  • escrevem reviews (em revistas!)

  • criam fanclubs

  • comparecem a eventos

Nos anos 1990, com a explosão de estúdios como S1, Moodyz, Soft On Demand, o “AV Otaku” vira uma subcultura.

Com a internet (anos 2000–2010), vira sociedade paralela global.



👘 3. OS TIPOS DE AV OTAKU — SIM, EXISTE TAXONOMIA 😂

1. O Colecionador Raiz (フィジカル系オタク)

Gosta de:

  • DVDs

  • photobooks

  • pôsteres assinados

  • revistinhas antigas

  • edições raras

É o “bibliotecário do proibido”.

2. O Estudioso Cultural (研究系オタク)

Foca em:

  • história da indústria

  • impacto social

  • entrevistas

  • bastidores

  • economia dos estúdios

Sim, existe monografia universitária sobre o tema.

3. O Fã de Idols (アイドル推し)

Trata AV Idols como:

  • celebridades

  • personagens favoritas

  • parte de sua vida diária

Vai a eventos, compra goods, envia cartas.

4. O Específico de Nichos (フェチ系オタク)

O Japão tem subcategorias infinitas.
Este otaku é especialista em UM gênero apenas.

5. O Técnico (技術系オタク)

Identifica:

  • lentes

  • câmeras

  • estilo do diretor

  • iluminação

  • movimentos

É o “cinéfilo 18+”.




🎭 4. A IDOLIZAÇÃO — POR QUE TANTO FASCÍNIO?

Porque AV Idols no Japão são híbridos:

  • modelo

  • celebridade

  • atriz

  • personagem

  • ícone pop

E muitas são extremamente profissionais:
fazem lives, publicam photobooks, têm equipe, marketing, influencers e seguidores leais.

A idolização se mistura com o tabu e cria o fenômeno social.


🧩 5. CENSURA — O MOSAICO MAIS FAMOSO DO PLANETA

O pixel no Japão não é estilo artístico.
É lei desde 1907 (Artigo 175 do Código Penal).

Proíbe “representação explícita de genitália”.

Por isso os estúdios usam:

  • mosaico digital

  • blur

  • corte

  • “fumaça branca” em materiais antigos

Censura tão forte quanto um exit 8 de JCL que cancela o job.

Easter-egg:

O mosaico é tão tradicional que virou piada cultural.
Existem animes e mangás que incluem pixelamento humorístico como homenagem.


⚖️ 6. PROBLEMAS LEGAIS E CONTROVÉRSIAS

Como qualquer indústria adulta, há sombras.

🟥 1. Coerção e contratos abusivos

Até os anos 2010, denúncias eram frequentes.
Idols eram pressionadas, enganadas ou forçadas a cenas acordadas de última hora.

🟥 2. Nova Lei AV de 2022

Criada após vários escândalos.
Agora é obrigatório:

  • consentimento explícito

  • “período de reflexão” antes da gravação

  • direito de cancelar o lançamento

  • contratos mais curtos

  • comunicação clara sobre conteúdo filmado

Um firewall jurídico finalmente foi instalado.

🟥 3. Mercado paralelo e pirataria

Crescimento explosivo com deepfakes e IA.
Isso gera problemas sérios para as próprias atrizes.

🟥 4. Assédio digital a idols

Por serem figuras híbridas (famosas, mas vulneráveis), sofrem ataques em redes sociais.

🟥 5. Exposição pós-carreira

Mesmo aposentadas, vídeos continuam circulando.
A nova lei tenta combater isso.


🔍 7. CURIOSIDADES DO MUNDO AV OTAKU

  • O Japão tem mais de 10.000 lançamentos por ano (!).

  • Alguns diretores de anime começaram editando AV para sobreviver.

  • A produtora SOD (Soft On Demand) tem museu próprio, bizarro e turístico.

  • Existem AV Idols regionais, tipo “Idol de Osaka” — como se fosse time de futebol.

  • Corre o boato que certos animadores de grandes estúdios são AV Otaku hardcore.

  • Há AV Idols que viraram Youtubers, chefs de cozinha, comediantes e até deputadas (!!!).

  • Algumas empresas lançam edições de colecionador com making of e comentários do diretor (!).

  • Os fãs mais hard guardam DVDs como “tapes de produção” — estilo colecionador de MVS 3.8j.


🧭 8. DICAS PARA O PADAWAN DA MADRUGADA — COMO NÃO PAGAR MICÃO

🔹 1. Nunca confunda fantasia com realidade

A idol tem vida própria, desejos, rotina, família.

🔹 2. Apoie legalmente

Comprar material oficial protege a idol e sustenta a indústria segura.

🔹 3. Leia entrevistas

Algumas idols têm histórias fascinantes e surpreendentemente profundas.

🔹 4. Evite fóruns obscuros

Muita coisa é boato, mentira ou conteúdo ilegal.

🔹 5. Não misture “fandom adulto” com vida social regular

No Japão isso é assunto privado — quase tabu.

🔹 6. Cuidado com o “buraco do coelho”

A indústria tem mais nichos que um dataset VSAM clusterizado.
Entre por curiosidade, não por dependência.


🗾 9. O AV OTAKU COMO FENÔMENO CULTURAL

O AV Otaku revela uma faceta interessante da cultura japonesa:

  • alta repressão social

  • altíssima fantasia privada

  • idolização extrema

  • indústria organizada

  • tecnologia avançada

  • estética própria

  • contradições internas

É o Japão sendo intensamente Japão.


🏁 10. CONCLUSÃO — BEM-VINDO AO MAINFRAME PIXELADO

Ser “AV Otaku” não é vício.
É uma subcultura — às vezes divertida, às vezes problemática, sempre fascinante — que mostra o lado oculto de uma sociedade que concilia tradição e tabu com tecnologia e fantasia.

E como sempre digo:
“O Japão esconde mais segredos do que um dataset protegido por RACF nível SPECIAL.”

No próximo midnight lunch, posso trazer:

  • o guia das idol singers clássicas,

  • o dicionário de fetiches japoneses,

  • ou um mergulho na vida das gravadoras de VHS dos anos 80.

Bellacosa Mainframe desconectando do terminal.
Até o próximo shift da madrugada.
🍜✨