domingo, 10 de junho de 2018

🥪 Bauru Paulista: o mainframe dos lanches brasileiros

 


🥪 Bauru Paulista: o mainframe dos lanches brasileiros

Por Vagner Bellacosa ☕🧀

Há lanches que nascem de receitas.
E há lanches que nascem de épicos — o Bauru é um desses.
Não nasceu em cozinha industrial, mas no balcão de um bar universitário, sob luz amarelada, numa madrugada em que a fome e a genialidade decidiram rodar o mesmo job.




📜 O nascimento do Bauru

O ano era 1934.
O palco: o Ponto Chic, tradicional bar de estudantes na Avenida São João, coração pulsante da São Paulo boêmia.
E o herói? Casimiro Pinto Neto, um estudante de Direito apelidado de “Bauru”, por ser da cidade homônima do interior paulista.

Numa dessas noites de conversa e estômago vazio, Casimiro pediu ao balconista:

“Abre um pão francês, tira o miolo, põe rosbife, queijo derretido, tomate e picles.”

O atendente olhou, montou, serviu… e nasceu ali o lanche mais famoso do Brasil.
Os amigos provaram, pediram igual, e logo o lanche ganhou o apelido do criador: “Me faz um Bauru.”
O resto é história — e maionese caseira.




🧀 A arquitetura do Bauru original

O verdadeiro Bauru é quase uma especificação técnica de sistema legado:

  • Pão francês sem miolo (camada de apresentação leve);

  • Queijo derretido em banho-maria (subrotina nobre, preferencialmente emmental, estepe ou prato);

  • Fatias finas de rosbife artesanal (core logic da aplicação);

  • Rodelas de tomate e picles (os parâmetros opcionais que fazem toda a diferença).

É um código limpo: simples, elegante e sem redundância.
Nada de presunto, ovo, maionese, milho, batata palha ou catupiry — isso é customização de ambiente, não o sistema original.


🏙️ As mutações e as lendas

Com o tempo, o Bauru foi sofrendo o destino de todo clássico: forks não autorizados.
Nas lanchonetes de bairro, virou sinônimo de “mistão quente”: pão, presunto, queijo, tomate e o que mais couber.
Mas o Ponto Chic, guardião da origem, ainda serve o Bauru raiz, e até tem o nome registrado como patrimônio imaterial de São Paulo desde 2018.

Há também uma teoria folclórica que diz que o lanche teria sido “inspirado” num sanduíche europeu — mentira!
O Bauru é 100% tupiniquim com mentalidade de engenheiro: otimização de recursos, baixo custo, alta disponibilidade e sabor de uptime infinito.




💡 Curiosidades do sistema Bauru

  • Casimiro “Bauru” serviu na Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra — o homem literalmente levou o nome do lanche à guerra.

  • Em Bauru (a cidade), criaram uma versão local com carne assada, alface e molho especial — branch regional autorizado.

  • O lanche inspirou festivais, concursos e até museu temático na cidade natal do inventor.

  • O queijo derretido em banho-maria é o “coração do sistema” — se for feito na chapa, o Bauru perde performance.




Bellacosa comenta

O Bauru é o mainframe dos lanches brasileiros — robusto, clássico e impossível de substituir.
Enquanto os novos sistemas vêm e vão (burgers gourmet, wraps, sanduíches veganos), o Bauru segue ali, firme, servindo dados quentes desde 1934.
E quando você morde um Bauru bem feito, entende:
há mais engenharia numa lanchonete da São João do que em muito projeto corporativo por aí.



segunda-feira, 4 de junho de 2018

A Poesia Visual dos Animes: Onde Mora a Beleza dos Desenhos



 A Poesia Visual dos Animes: Onde Mora a Beleza dos Desenhos

Há algo de quase hipnótico em certos animes — uma harmonia entre traço, cor e silêncio que faz cada cena parecer um quadro vivo. Quem já se perdeu nas paisagens de Your Name, nas cores melancólicas de Mushishi ou na delicadeza dos gestos em Violet Evergarden sabe que há uma verdadeira poesia por trás dessas animações. Mas de onde vem essa beleza?

🌸 A origem estética: da arte tradicional japonesa ao anime moderno

O anime herda muito da estética japonesa clássica — especialmente da pintura ukiyo-e, do minimalismo zen e da filosofia wabi-sabi (a beleza do imperfeito e efêmero). Em séries como Mononoke Hime (Princesa Mononoke) ou Spirited Away, de Hayao Miyazaki, vemos composições inspiradas em gravuras de Hiroshige e Hokusai, com planos abertos, neblinas sutis e uso da natureza como espelho da alma humana.

O foco não está apenas na ação, mas no intervalo — o ma — aquele espaço entre sons, movimentos e emoções onde mora a contemplação.


🎨 Principais estilos visuais de anime

  1. Realismo poético – traços detalhados, iluminação suave e foco emocional. Exemplo: 5 Centimeters per Second (Makoto Shinkai).

  2. Estilo pictórico – uso de cores planas e texturas que lembram pintura. Exemplo: The Tale of Princess Kaguya (Isao Takahata).

  3. Expressionismo emocional – exageros visuais para expressar sentimentos. Exemplo: Evangelion (Hideaki Anno).

  4. Minimalismo atmosférico – simplicidade e silêncio como força estética. Exemplo: Mushishi (Hiroshi Nagahama).



✍️ Autores e estúdios que transformaram a animação em arte

  • Hayao Miyazaki (Studio Ghibli) – poeta da natureza e da infância.

  • Makoto Shinkai – mestre da luz e da distância emocional.

  • Masaaki Yuasa – experimenta com movimento e surrealismo visual.

  • Mamoru Hosoda – equilibra tecnologia e emoção humana.

  • Hideaki Anno – transforma a psicologia em linguagem visual.



💡 Dicas para apreciar a beleza de um anime

  • Pause. Observe os cenários como se fossem telas de pintura.

  • Note a luz: manhãs, crepúsculos e reflexos d’água são símbolos de passagem e tempo.

  • Ouça o silêncio — ele diz tanto quanto os diálogos.

  • Pesquise os bastidores: muitos animadores se inspiram em locais reais, capturando a atmosfera do cotidiano japonês.

🌅 Curiosidade final

Sabia que o termo “anime” vem de animēshon (do inglês animation) mas foi moldado com alma japonesa? Enquanto o Ocidente via animação como entretenimento, o Japão a transformou em linguagem poética e filosófica — uma forma de sentir o mundo.

A beleza dos animes está naquilo que eles não precisam explicar, mas apenas mostrar: o vento movendo o campo, o som da chuva, o olhar perdido no horizonte. É ali que a poesia nasce — entre o traço e o silêncio.

Quer que eu acrescente uma parte final com recomendações de animes poéticos (com breve descrição e autor)? Isso deixaria o post mais completo para leitores que buscam começar a explorar esse lado artístico.

terça-feira, 15 de maio de 2018

🍩 Churros Paulista: o mainframe açucarado das ruas de São Paulo

 


🍩 Churros Paulista: o mainframe açucarado das ruas de São Paulo

Por Vagner Bellacosa ☕💭

Existem sons que definem uma cidade.
Em São Paulo, é o apito do metrô, o freio do busão… e o bip-bip mágico do carro de churros subindo a rua às quatro da tarde.
Esse é o chamado ancestral da infância, o interrupt mais doce do sistema operacional da memória paulistana.

O churros, que nasceu na Espanha, atravessou o oceano e chegou ao Brasil pelas mãos dos imigrantes ibéricos e feirantes criativos. Mas foi nas ruas de São Paulo, nos anos 1970 e 1980, que ele ganhou alma própria: recheado, doce e ambulante.
Nada de café com leite e jornal. O verdadeiro lanche da tarde era um churros de doce de leite escorrendo, embalado em guardanapo e saudade.


🌆 De Madrid ao M’Boi Mirim

Na Espanha, churros se come com chocolate quente, em cafés fechados.
Em São Paulo, se come na calçada, em pé, ao som do trânsito.
O paulista, prático e faminto, não quis esperar o chocolate derreter — preferiu o recheio pronto, direto da máquina prateada que parece saída de um laboratório soviético.

O carro de churros virou parte do DNA das quebradas: inox reluzente, aroma de fritura, doce de leite fervendo, e aquele operador lendário — o sysadmin do açúcar — girando a manivela com a precisão de um programador COBOL veterano.


💾 Arquitetura de um churros perfeito

Um churros é basicamente uma transação batch de felicidade:

  • Massa quente (input).

  • Fritura crocante (processamento).

  • Doce de leite ou goiabada (output).

  • Açúcar e canela (logging).

Quando tudo roda sem erro, o resultado é um commit direto no coração.




🍯 Curiosidades e cultura

  • O primeiro carro de churros paulistano data do início dos anos 70, inspirado nas “churrerías” espanholas, mas adaptado ao estilo de rua brasileiro.

  • Nos anos 90, o churros de feira virou febre: doce de leite, chocolate, goiabada — e mais tarde, até “duplo recheio”, uma inovação que faria Turing sorrir.

  • Hoje, há food trucks gourmet tentando reinventar o clássico… mas a verdade é: churros bom é o do tio da esquina, com óleo duvidoso e amor garantido.




Bellacosa comenta

O churros paulista é o mainframe do açúcar urbano — sólido, resiliente e sempre em produção, mesmo sem contrato de manutenção.
Ele representa o Brasil como ele é: doce, criativo e um pouco improvisado.
E quando o bip-bip ecoa pela rua, não é só comida… é o ping da infância chamando pra login.


domingo, 13 de maio de 2018

📟🌸 “ABEND NO SISTEMA, FOME NO SISTEMA — UM DIA COMUM NO ANTIGO ABN AMRO REAL”

 


📟🌸 “ABEND NO SISTEMA, FOME NO SISTEMA — UM DIA COMUM NO ANTIGO ABN AMRO REAL”
Crônica Bellacosa Mainframe para os padawans otakus com CPF ativo e saudade de São Paulo raiz


Estamos em 1999, avenida Paulista, coração financeiro do Brasil, ainda atarefados com a fusão do banco, as correções do bug do milenio, o famoso Y2k. Mas era um dia absolutamente comum no antigo ABN AMRO Real, aquele prédio onde a gente sabia que se o CICS estivesse lento, provavelmente a cafeteria também estaria, entupida de analistas parlapiando. Eu e a Lili estávamos naquela conversa matinal clássica de quem já sobreviveu a mais dumps do que relacionamentos:

“Capitão, você já viu esse ABEND S0C7? Seu programa de rateio de acionista,, aqui tá mastigando alfanumérico como se fosse RAMEN.”
“Manda o dump, Lili… vamos ver qual tabela ODO explodiu desta vez.”



Enquanto o SYSLOG cuspia mensagens $HASP e o RACF fazia aquele “não vai passar!” digno de Gandalf corporativo, monte de memos enviados a Analise de Produção e naquele status de waiting, quando a conversa desandou — como sempre — para comidas japonesas.

Porque é isso: nada une mais um time de mainframe do que COBOL e carboidratos.







🍙 ONIGUIRI — O Capitão jurava que era coxinha triangular

Lili, com a sabedoria ancestral de quem já brigou com VSAM RLS, disse:

“Lili, não se estresse, mas eu sempre achei que oniguiri era tipo uma coxinha de sushi.”

E Lili, já em modo senpai, mas quase tacando o teclado na minha cabeça:

“Oniguiri é arroz moldado com carinho e desespero… tipo adaptar copybook novo às 11h58 antes de virar janela.”

Falamos de umeboshi, nori, triângulos, e daquela clássica cena dos animes em que o herói segura o oniguiri com brilho mágico como se fosse um “recupera arquivo perdido” do SDSF.


🍢 DANGO — O trio bolinha que parece job rodando em classe A

Eu ri:

“Dango parece spool: tudo em filinha.”

E a Lili:

“E quando vem com molho mitarashi, parece até que passaram caramelo na JCL pra ver se roda mais rápido.”

Já estávamos naquele nível da fome em que qualquer objeto circular virava comida.


🍰 CASTELLA — O bolo que engana qualquer analista no horário da tarde

Este curioso e atrapalhado amigo:

“Esse é aquele bolo de mel que parece pão de ló?”

Lili no comando...


“Sim, o bolo importado pelos portugueses no século XVI… o único código legado dessa época que ainda funciona sem ABEND.”


🍮 PUDIM JAPONÊS — O PUDIM OTAKU OFICIAL

E, obviamente, caímos na discussão eterna: “Por que no anime o pudim brilha?”

Minha resposta técnica:

“Porque os animadores usam brilho pra dizer: ‘se alguém comer isso sem permissão, o episódio vira filler de briga’.”


De repente…

O relógio do CICS marcava 11h59

E Lili soltou:

“Capitão, se a gente não sair AGORA, só sobra aquele obentô triste com arroz duro do bar da esquina.”

E como dois analistas experientes evitando S322 em batch crítico, levantamos imediatamente.


🍜 Destino: Um restaurante japonês delicioso na Brigadeiro Luís Antônio

Saímos pela Paulista com aquela sensação de missão crítica:
“Se não chegar antes do meio-dia, a fila é maior que validação de RACF num dia de troca de senha.”

E fomos lembrando dos clássicos:

  • Temaki do tamanho de um volume VSAM

  • Lámen fumegante que cura até dump de madrugada

  • Katsu que crunch-crunch igual teclado mecânico novo do programador

  • Karaage que te dá vontade de escrever copybooks melhores

Lili, empolgada:

“Hoje eu quero katsudon. Igual o do Yu-Gi-Oh.”
“Mano… katsudon é do Yuri on Ice.”
“É tudo com Y… deixa quieto.”

E rimos.

Porque mainframe é isso:
entre um ABEND e outro, a gente cria histórias, gargalha e sempre, sempre planeja o almoço.



🍡🍡🍡 Para saber mais sobre delícias da culinária niponica: 🍱🍱🍱

30 comidas japonesas em animes

https://eljefemidnightlunch.blogspot.com/2012/08/30-comidas-otaku-que-aparecem-em-animes.html


Doces niponicos para otakus

https://eljefemidnightlunch.blogspot.com/2013/06/parte-1-doces-otaku.html


Comidas japonesas de rua e barraquinhas

https://eljefemidnightlunch.blogspot.com/2014/10/parte-2-lanches-street-food-otaku.html


Pratos quentes e deliciosos da culinaria japonesa

https://eljefemidnightlunch.blogspot.com/2015/09/parte-3-pratos-quentes-caseiros-otaku.html


Comidas classicas japonesas.

https://eljefemidnightlunch.blogspot.com/2016/07/parte-4-classicos-tradicionais.html


Comidas exoticas e bizarras no Japão

https://eljefemidnightlunch.blogspot.com/2017/01/parte-5-comidas-estranhas-bizarras-dos.html


sábado, 12 de maio de 2018

🧨 Parte 2 — O Século da Pressa: O Mercado Engoliu o Homem

 


🧨 Parte 2 — O Século da Pressa: O Mercado Engoliu o Homem

por Bellacosa Mainframe ☕💼

O novo milênio chegou prometendo liberdade, tecnologia e prosperidade.
Mas entregou algo bem diferente: pressa, cobrança e cansaço crônico.

Os anos 2000 e 2010 foram o laboratório da ansiedade.
O crachá, antes símbolo de pertencimento, virou algema digital.
E o antigo pacto entre empresa e empregado se dissolveu como café solúvel na água morna do RH.

A meritocracia virou religião, e o PowerPoint, seu evangelho.
Coach virou profeta, KPI virou mandamento.
Aquele escritório onde o chefe conhecia o nome de todos foi substituído por open spaces com eco de solidão — e frases motivacionais coladas na parede pra disfarçar o vazio:

“Sonhe grande”,
“Pense fora da caixa”,
“Vista a camisa.”

Sim, a mesma camisa que agora ninguém mais lavava — porque ninguém mais tinha tempo.


⚙️ A Era do Desempenho Infinito

A lógica mudou.
Trabalhar deixou de ser um meio de vida e passou a ser um modo de sobrevivência emocional.
As metas se multiplicaram, os bônus diminuíram, e a pressão virou combustível.

As empresas descobriram que o medo é mais eficiente que o salário.
Basta ameaçar o desligamento, e pronto: nasce o colaborador ideal, sempre disponível, sempre sorrindo, mesmo com o burnout pendurado no crachá.

💻 As salas ficaram mais modernas, as pessoas mais exaustas.
Os computadores ficaram mais rápidos, os dias mais curtos.
E o elogio se tornou uma moeda rara — trocada apenas por “proatividade”, “resiliência” e “espírito de dono”.


🧠 Curiosidade de bastidor

Foi nessa época que o departamento de Recursos Humanos deixou de cuidar de pessoas e passou a administrar métricas.
RH virou planilha, e gente virou dado.
Os “colaboradores” começaram a se tratar como “ativos humanos”.
A linguagem corporativa virou uma espécie de dialeto orwelliano:
“Desligamento” no lugar de “demissão”.
“Sinergia” no lugar de “ordem”.
“Propósito” no lugar de “lucro”.


📟 Easter-egg: O 3270 do Capitalismo Turbo

No mainframe, o terminal 3270 responde rápido — mas só se você sabe o comando certo.
No capitalismo moderno, os comandos mudaram.
O “F3=Exit” foi substituído por “F∞=MaisMetas”.
E o “Enter” virou o novo “Sim, senhor”.

A velocidade que antes era sinal de eficiência virou sinônimo de ausência de pausa.
Trabalhar virou rodar em loop, sem commit de reconhecimento.


💣 O novo credo

O trabalhador pós-2000 aprendeu a sorrir cansado.
A dizer “tudo bem” quando não está.
A acreditar que o sucesso está a um curso online de distância — quando o verdadeiro curso é pra dentro, não pra fora.

A empresa virou um organismo faminto:
se alimenta da energia, do tempo e da juventude de seus colaboradores.
E ainda manda um e-mail motivacional no fim do expediente com o assunto:

“Juntos, somos mais fortes.”


🎯 Conclusão Bellacosa

A pressa virou o novo status.
Quem dorme, perde.
Quem sente, atrasa.
Quem pensa, questiona — e quem questiona, é desligado.

Vivemos a era em que o crachá não abre portas — abre feridas.
A meritocracia virou máscara pra desigualdade, e o “propósito corporativo” virou anestesia pra um sistema que suga em nome da performance.

A alma do trabalho foi substituída por métricas, e o tempo virou um ativo tóxico.
Bem-vindo ao Século da Pressa —
onde todo mundo corre, mas ninguém chega a lugar nenhum.


💼 #ElJefeMidnight #BellacosaMainframe #CrônicasDoTrabalho
🚀 #Meritocracia #FuturoDoTrabalho #RH #Performance #AnsiedadeCorporativa #COBOLDaVida


quinta-feira, 10 de maio de 2018

🧠 Modems Clássicos dos Anos 1990

 



🧠 Modems Clássicos dos Anos 1990



AnoModelo / FabricanteVelocidade MáximaTipo / PadrãoObservações
1990U.S. Robotics Courier HST9.600 bpsProprietário (HST)Muito usado por BBS e hackers; top de linha.
1991Hayes Smartmodem 96009.600 bpsV.32Referência da época; “Hayes Compatible” virou padrão.
1992SupraFAXModem 1440014.400 bpsV.32bisPopular por incluir fax e preço acessível.
1993Zoom Telephonics 14.414.400 bpsV.32bisUm dos mais vendidos para uso doméstico.
1994USRobotics Sportster 2880028.800 bpsV.34Alta performance para BBS e primeiras ISPs.
1995Hayes Accura 2880028.800 bpsV.34Modem confiável e fácil de configurar.
1996USRobotics Courier V.34+33.600 bpsV.34+Um dos melhores modems analógicos antes do 56K.
19973Com/USRobotics 56K X256.000 bpsX2 (pré-V.90)Tecnologia proprietária, depois virou padrão.
1998Motorola VoiceSurfer 56K56.000 bpsV.90Primeiro padrão global de 56K.
1999Creative Modem Blaster 56K56.000 bpsV.90 / V.92Incluía software de fax e voz, muito usado no Windows 98.



💾 Extras e curiosidades

  • 🔌 Interface: maioria conectava via porta serial RS-232, e só no fim da década surgiram os modems PCI internos.

  • 📞 Linha telefônica: exigia conexão discada (com aquele som icônico “chiado de modem”).

  • 📠 Fax: muitos modelos tinham função fax embutida (classe 1 e 2).

  • 🖥️ Softmodems (“winmodems”) surgiram no final da década — mais baratos, mas dependentes da CPU.

  • 🌐 Velocidade real: embora chamados “56K”, raramente passavam de 48 Kbps em uso real.,

Animes com Temas de Maturidade Emocional e Infância Distorcida

 


🧠 1. Animes com Temas de Maturidade Emocional e Infância Distorcida

Esses mostram crianças enfrentando o mundo adulto cedo demais — como Rin.

a) Usagi Drop (2011)

  • Tema: Adoção, crescimento, amadurecimento emocional.

  • Semelhança: Relação entre adulto e criança com tom sensível e ético.

  • Curiosidade: O mangá muda o tom no final (de forma polêmica), mas o anime foca apenas na parte pura e paternal.

  • Mensagem: Amor responsável e amadurecimento mútuo.

b) Aishiteruze Baby★★ (2004)

  • Tema: Responsabilidade, família, afeto.

  • Sinopse: Um adolescente mulherengo precisa cuidar de uma garotinha abandonada.

  • Semelhança: Mostra a transformação emocional de um adulto imaturo que aprende o valor da empatia e do cuidado.

c) Elfen Lied (2004)

  • Tema: Trauma, abandono, inocência e violência.

  • Semelhança: Assim como Rin, a protagonista Lucy carrega traumas profundos de infância e expressa amor de forma confusa e destrutiva.


💔 2. Animes sobre Amores Impossíveis e Relações Éticas

Retratam sentimentos complicados entre pessoas de idades ou mundos diferentes, mas com reflexão moral.

a) Koi Kaze (2004)

  • Tema: Relação proibida, moral e conflito interno.

  • Sinopse: Um homem adulto se apaixona pela própria irmã mais nova.

  • Semelhança: Conflito entre sentimento e ética, tratado com maturidade e sofrimento, não com fetichismo.

b) Mahou Shoujo Madoka Magica (2011)

  • Tema: Infância confrontando sacrifício e dor.

  • Semelhança: Crianças enfrentando dilemas adultos e consequências irreversíveis.

  • Mensagem: Crescer é entender a perda da inocência.


💬 3. Animes com Reflexão sobre Educação, Proteção e Psicologia Infantil

Retratam o papel do adulto como guia, e o impacto das emoções infantis.

a) Barakamon (2014)

  • Tema: Encontro entre um artista e uma menina curiosa de uma ilha.

  • Semelhança: A relação é de crescimento mútuo e ternura, sem tons provocativos.

  • Mensagem: A pureza da infância pode curar um adulto quebrado.

b) Bunny Drop (Usagi Drop) – novamente se destaca aqui, como versão ética e emocional do mesmo tema.

c) March Comes in Like a Lion (2016)

  • Tema: Depressão, trauma e cura emocional.

  • Semelhança: A relação entre o protagonista e as irmãs Kawamoto tem a mesma função curadora que Rin tinha para Aoki, mas sem transgredir limites morais.


🔥 4. Obras Mais Polêmicas e Psicologicamente Pesadas

Se você quer explorar o lado mais provocativo, sem cair no vulgar, mas sim no questionamento ético e humano, essas são opções interessantes:

a) School Days (2007)

  • Tema: Relações tóxicas, amor distorcido, consequência emocional.

  • Semelhança: Mostra o que acontece quando o desejo não é mediado pela ética.

b) Saishuu Heiki Kanojo (Saikano) (2002)

  • Tema: Amor e destruição no limite da inocência.

  • Semelhança: Personagens jovens enfrentando sentimentos e responsabilidades muito além de sua idade.

c) Kodomo no Omocha (1996)

  • Tema: Traumas de infância, amadurecimento, responsabilidade emocional.

  • Curiosidade: Apesar do tom de comédia, trata de abandono, violência doméstica e amadurecimento precoce — um espelho mais leve de Kodomo no Jikan.


💡 Se você busca a mesma “energia emocional” de Kodomo no Jikan:

→ Experimente começar nesta ordem:

  1. Usagi Drop (para o lado ético e emocional)

  2. Koi Kaze (para o dilema moral)

  3. Aishiteruze Baby★★ (para o amadurecimento afetivo)

  4. March Comes in Like a Lion (para a profundidade psicológica)

  5. Kodomo no Omocha (para o contraste infância x trauma)