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🔍 COBOL Mainframe e o Código Legado: sobreviver, entender e não quebrar produção
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✨ Bem-vindo ao meu espaço! ✨ Este blog é o diário de um otaku apaixonado por animes, tecnologia de mainframe e viagens. Cada entrada é uma mistura única: relatos de viagem com fotos, filmes, links, artigos e desenhos, sempre buscando enriquecer a experiência de quem lê. Sou quase um turista profissional: adoro dormir em uma cama diferente, acordar em um lugar novo e registrar tudo com minha câmera sempre à mão. Entre uma viagem e outra, compartilho também reflexões sobre cultura otaku/animes
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🔍 COBOL Mainframe e o Código Legado: sobreviver, entender e não quebrar produção
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🧠 Ferramentas para Análise de Código COBOL Legado no IBM Mainframe
Regra de ouro: no mainframe moderno, 80% do trabalho é entender o que já existe antes de mudar uma linha sequer.
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Antes mesmo do termo BUNCH existir:
UNIVAC reina absoluta
✔ Primeiro computador comercial
✔ Fama de “computador que prevê eleições”
❌ Péssima estratégia comercial
💬 Engenheiros brilhantes, vendedores fracos
IBM ainda era vista como “empresa de máquinas de escrever caras”.
👉 Plot twist histórico: a IBM aprende rápido… rápido demais.
IBM 1401 explode em vendas
Burroughs conquista bancos
CDC, com Seymour Cray, começa a assustar a IBM em performance científica
💬 Bastidor:
A IBM tinha medo real da CDC. Cray era visto como “o gênio imprevisível”.
📅 Abril de 1964
IBM lança o System/360
Uma arquitetura, vários modelos
Compatibilidade inédita
💰 Investimento colossal (bilhões, em valores atuais)
🔥 Reação do mercado:
O BUNCH entra em pânico
Clientes congelam compras esperando o 360
💬 Fofoquinha:
“A IBM apostou a empresa inteira. Se desse errado, teria acabado ali.”
Arquitetura orientada a pilha
Segurança forte
Bancos AMAVAM
💬 Problema:
Incompatível demais com o resto do mercado.
CDC 6600 = computador mais rápido do mundo
Seymour Cray vira lenda viva
💬 Easter egg:
A IBM tentou atrasar clientes da CDC com anúncios de máquinas que nem existiam ainda.
(Sim, isso gerou processos antitruste.)
Forte em governo e defesa
Compra a divisão da GE depois
💬 Bastidor:
Honeywell herdou mais problemas do que clientes.
Perdas gigantes
Vende tudo para a Honeywell
Arquiteturas caras
Poucos clientes
Estratégia confusa
💬 Frase clássica atribuída a executivos:
“Entramos tarde demais e caros demais.”
Governo dos EUA abre processo antitruste contra a IBM
Acusação: monopólio, vendas casadas, pressão sobre clientes
💬 Curiosidade:
O processo durou mais de 10 anos e moldou a forma como software passou a ser vendido separadamente.
📌 Resultado indireto:
Nascimento da indústria moderna de software independente
BUNCH perde força
CDC se fragmenta
Burroughs se funde com a Sperry (vira Unisys)
IBM continua dominante, mas mais vigiada
💬 Moral da história:
A IBM venceu… mas teve que aprender a jogar “menos sujo”.
Muitos conceitos de segurança bancária, transações ACID e processamento em lote nasceram fora da IBM
A fama de “mainframe = IBM” é mais marketing do que realidade histórica
Sem o BUNCH, a IBM talvez nunca tivesse inovado tão agressivamente
O BUNCH não perdeu por incompetência técnica, perdeu por:
Fragmentação
Falta de padrão
Incapacidade de criar ecossistema
A IBM venceu porque entendeu cedo algo que o Vale do Silício só aprendeu décadas depois:
quem controla o padrão, controla o mercado
https://eljefemidnightlunch.blogspot.com/2024/09/bunch-e-os-sete-anoes.html
A analogia “BUNCH e os Sete Anões” é uma das mais saborosas — e irônicas — da história do mercado de mainframes nas décadas de 1960 e 1970. Ela mistura rivalidade tecnológica, marketing agressivo e uma boa dose de folclore corporativo, exatamente no espírito old school do mundo mainframe.
O termo BUNCH surgiu dentro da própria indústria e da imprensa técnica norte-americana no final dos anos 1960. Ele não foi “oficialmente registrado” por uma única pessoa, mas é amplamente atribuído a analistas de mercado e jornalistas especializados, que buscavam uma forma rápida de classificar os concorrentes da IBM.
Já a contraparte “os Sete Anões” foi uma alfinetada informal, quase uma fofoca de corredor corporativo, atribuída a executivos e engenheiros da IBM, usada de forma meio jocosa (e meio arrogante) para se referir aos concorrentes menores.
A metáfora vinha diretamente do conto da Branca de Neve:
a IBM era a “Branca de Neve” dominante, e os outros… bem, os anões.
BUNCH é um acrônimo formado pelas iniciais dos principais concorrentes da IBM no mercado de mainframes:
Burroughs
Univac
NCR
Control Data Corporation (CDC)
Honeywell
Essas empresas disputavam grandes contratos governamentais, bancários, militares e científicos.
Além das empresas do BUNCH, o rótulo “Sete Anões” incluía também:
RCA
GE (General Electric)
Por isso, dependendo da época e da fonte, você verá variações na lista. Mas a ideia central era sempre a mesma:
👉 todos juntos ainda não alcançavam o domínio da IBM.
Nos anos 1960–70, a IBM dominava entre 65% e 75% do mercado mundial de mainframes. O lançamento do IBM System/360 (1964) foi um divisor de águas:
Arquitetura compatível entre modelos
Forte ecossistema de software
Suporte técnico agressivo
Contratos “casados” (hardware + software + serviços)
Isso deixou os concorrentes em desvantagem brutal.
💬 Diz-se que engenheiros da IBM usavam o termo “anões” em reuniões internas, nunca publicamente.
🧠 A CDC, com Seymour Cray, chegou a superar a IBM em computação científica, mas não em volume de vendas.
🏦 Burroughs dominava bancos porque sua arquitetura era orientada a transações e segurança.
🧾 Univac carregava o prestígio de ter feito o primeiro computador comercial da história.
💣 Honeywell era forte em contratos militares e aeroespaciais.
😬 A GE saiu do mercado de mainframes em 1970, vendendo sua divisão para a Honeywell.
🔥 A RCA fez o mesmo, abandonando o setor por prejuízos enormes.
Muitos sistemas do BUNCH tinham arquiteturas mais elegantes que as da IBM, mas perdiam no ecossistema.
Algumas linguagens e conceitos de segurança bancária nasceram nos mainframes da Burroughs.
A obsessão da IBM por compatibilidade nasceu do medo real de perder espaço para o BUNCH.
Entender o BUNCH ajuda a compreender por que a IBM virou sinônimo de mainframe.
Muitas ideias modernas de virtualização, segurança e transações nasceram nesses “anões”.
A arrogância da IBM quase virou fraqueza — e foi isso que levou aos processos antitruste nos anos 1970.
O BUNCH e os Sete Anões não eram fracos — eram fragmentados.
A IBM venceu menos pela tecnologia pura e mais pela estratégia, padronização e controle do ecossistema.
No fim das contas, a história dos mainframes prova uma velha verdade do mundo corporativo:
Não basta ser o mais inteligente da sala — é preciso ser o mais organizado.