segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

🕴️ O Homem Médio: o “Salaryman” dos Animes



🕴️ O Homem Médio: o “Salaryman” dos Animes

💼 Quem é o Salaryman?

O salaryman (サラリーマン) é o trabalhador assalariado urbano japonês — terno escuro, gravata, pastinha na mão, metrô lotado às 7 da manhã. Ele é o homem médio, aquele que vive para o emprego, fiel à empresa quase como a um clã.
O termo nasceu no pós-guerra, quando o Japão reconstruía sua economia. As grandes corporações ofereciam emprego vitalício e esperavam, em troca, lealdade total. O resultado? Uma geração de homens moldados pela rotina e pelo sacrifício pessoal.


☕ O arquétipo nos animes

Nos animes, o salaryman aparece tanto como figura trágica quanto cômica. Ele é o homem invisível da metrópole, cercado de néon e solidão. Alguns exemplos emblemáticos:

  • “Aggretsuko” (2018) – Um retrato hilário e melancólico: Retsuko, uma panda-vermelha contadora, sofre com o chefe abusivo e desabafa cantando death metal no karaokê.

  • “Shinya Shokudō” (Midnight Diner) – Mostra o lado humano do salaryman noturno: gente exausta que encontra um pouco de calor em uma tigela de sopa quente às 2 da manhã.

  • “Salaryman Kintarō” (1999) – Um ex-gângster tenta se adaptar à vida corporativa — uma crítica direta ao conformismo e à hierarquia do escritório japonês.

  • “Tokyo Godfathers” (2003) e “Perfect Blue” (1997) também mostram figuras masculinas presas à rotina, sufocadas pela cidade e pelo peso das aparências.


🔁 O ciclo da rotina

O dia do salaryman é quase ritualístico:

  • Acordar cedo, metrô lotado.

  • Trabalho até tarde.

  • Bebedeira com os colegas (por obrigação).

  • Dormir poucas horas, e repetir tudo amanhã.

É uma vida sem clímax narrativo, o oposto da jornada do herói — e justamente por isso, fascinante. O salaryman é o anti-herói moderno: alguém que vive para manter o sistema em funcionamento, sem jamais ser notado.


💔 O custo da conformidade

Essa cultura gera o fenômeno do karōshi (過労死) — morte por excesso de trabalho. Também alimenta temas como solidão, escapismo, jōhatsu (desaparecimento voluntário) e hikikomori.
Nos animes mais sérios, o salaryman é usado para discutir a perda da identidade e o vazio existencial na sociedade japonesa contemporânea.


🌃 Curiosidades e detalhes culturais

  • Muitos salarymen dormem no trem e decoram o tempo exato da viagem para acordar na estação certa.

  • As empresas incentivam o nomikai (bebedeira corporativa) como forma de “harmonizar o grupo”, o que mistura hierarquia e alcoolismo leve.

  • mangás slice of life só sobre o cotidiano desses homens, como “Hataraki Man” e “Shima Kōsaku” — ambos exploram as pressões e pequenas vitórias do mundo corporativo.


💡 Porque o “salaryman” importa

Ele é o espelho do cidadão comum — aquele que trabalha, sofre e sonha pequeno. No Japão, onde o coletivo vale mais que o indivíduo, o salaryman é o herói trágico que sustenta a engrenagem.
Nos animes, ele é lembrado como o homem que não salvou o mundo, mas o manteve girando.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Artigos para ler, Um Roteiro teórico para trabalhar com Mainframe

Roteiro para aprender Mainframe Antes de começarmos, vamos falar sobre computadores, vamos ver as origens, saber sobre computadores e computação.
Leia na Integra

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

🔮 Um Ano Depois — A Memória e a Ferida

 



🔮 Um Ano Depois — A Memória e a Ferida
Por Bellacosa Mainframe | Crônicas do Brasil Inacabado


Um ano.
Doze voltas completas do sol desde o dia em que Brasília foi tomada pela própria sombra.
As vidraças já foram trocadas, os tapetes lavados, os salões voltaram ao brilho cerimonial —
mas as feridas que importam não sangram por fora.

O Brasil chegou a 8 de janeiro de 2024 com o mesmo espelho rachado na alma.
O concreto foi restaurado.
A confiança, não.


🌫️ O Tempo Cura — Mas Não Apaga
O país tenta seguir.
As manchetes mudaram de tema, os discursos migraram para novas polêmicas,
mas basta uma imagem — a bandeira caída, a cúpula quebrada —
para que tudo volte como um eco.

Aquela tarde virou símbolo e cicatriz.
Não mais o susto, mas o sintoma de uma doença longa:
a incapacidade nacional de escutar antes de gritar.


⚙️ O Ano Seguinte em Cinco Movimentos

  1. Os Julgamentos: o STF, agora símbolo de reconstrução, virou palco de justiça e debate moral. As sentenças se tornaram espelhos — uns viram punição, outros viram vingança.

  2. O Esquecimento: o noticiário se cansou. As redes seguiram o ciclo do novo escândalo. Mas há quem ainda acorde com a lembrança de sirenes ecoando no coração da Praça dos Três Poderes.

  3. A Política dos Cacos: os discursos ficaram mais afiados, o país mais cético. Brasília aprendeu a temer o próprio povo — e o povo a desconfiar de tudo.

  4. Os Documentários: o cinema e a TV começaram a narrar o episódio com a frieza do tempo — como quem tenta compreender um trauma coletivo.

  5. O Turismo da Memória: hoje há visitas guiadas que mostram onde o caos entrou. Brasília transformou o horror em aula de história.


💀 Curiosidades do Esquecimento
🔸 As cadeiras do plenário do STF foram restauradas por artesãos de Minas — cada entalhe feito à mão, como quem reza.
🔸 Uma pintura destruída naquele dia, “A Justiça”, foi restaurada e hoje carrega uma marca discreta da invasão, deixada propositalmente — uma cicatriz exposta como lembrança.
🔸 Professores de História chamam o episódio de “Domingo de Cinzas da República”.
🔸 E há quem colecione souvenirs digitais: prints, vídeos, memes — fragmentos de um pesadelo transmitido ao vivo.


🕯️ A Ferida e o Aprendizado
Um país não amadurece sem olhar seus fantasmas.
O 8 de janeiro ensinou que a democracia não morre em golpes súbitos —
ela morre aos poucos, na banalização da mentira,
na paixão cega, na desistência de pensar.

O Brasil vive a ressaca de um delírio coletivo.
E, no meio da confusão, descobre que reconstruir não é punir —
é educar, é lembrar, é repetir até que doa menos.


💭 Para o Padawan, aprendiz do caos e da calma:

“O poder é frágil quando o povo esquece o porquê das leis.
A liberdade não se sustenta no grito, mas no entendimento silencioso.”

Um ano depois, Brasília segue de pé,
mas cada vidro reflete mais do que o horizonte —
reflete a dúvida que paira sobre todos nós:
seremos capazes de aprender com o erro?


🌌 Epílogo: A Cidade Que Sobreviveu ao Seu Povo
Brasília, com suas linhas perfeitas e vazios geométricos,
segue sendo o coração de um país emocionalmente caótico.
O concreto resistiu.
O mito da estabilidade, não.

Mas talvez, como toda ferida, essa também traga um antídoto escondido:
a lembrança de que a democracia é obra diária, não monumento.


🕯️ Um ano depois, o Brasil não é o mesmo —
e talvez isso seja o primeiro sinal de que ainda há salvação.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Descubra o que foi/é a Crise do Software.

Do que estou falando? Do caos atrás dos teclados, devido a instabilidade dos primeiros anos da computação com softwares imprecisos e os gastos milionários em CPDS. Esse termo foi cunhado na década de 70 do século passado e até hoje motiva muita discussão entre acadêmicos e profissionais.
Leia na InTEGRA

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

COBOL : O mundo depende de um código de quase 65 anos que ninguém conhece mais

Uma parcela alarmantemente grande dos sistemas empresariais e financeiros do mundo funciona em COBOL, e apenas uma pequena comunidade de programadores sabe disso. A IBM acha que o Watson pode ajudar, mas não é garantido.
Leia na Integra

sábado, 30 de dezembro de 2023

⚙️ 2023: O Ano da Retomada e do Cansaço Crônico

 


⚙️ 2023: O Ano da Retomada e do Cansaço Crônico

Por ElJefe — crônicas de um mundo tentando se reencontrar


Padawan, chegamos a 2023, o ano em que o planeta tentou apertar o reset — mas percebeu que o botão estava emperrado.
Depois do medo e da ressaca, veio a exaustão.
O mundo reabriu, os eventos voltaram, os escritórios acenderam as luzes…
mas dentro das pessoas, ainda reinava um cansaço que não passava com férias nem café.


💼 Volta ao “Normal”? — Só Que Não

Empresas anunciaram a volta ao trabalho presencial como se fosse um retorno triunfal.
Mas o pessoal que passou dois anos de chinelo e notebook olhou pro trânsito e pensou:

“Isso aqui era mesmo o normal?”

O home office virou híbrido, o híbrido virou confusão, e a linha entre vida e trabalho simplesmente se dissolveu.
Muitos perceberam que estavam trabalhando mais e vivendo menos.
E nasceu uma nova filosofia global: o quiet quitting
trabalhar o suficiente pra não ser demitido, mas sem morrer por isso.

Padawan, 2023 foi o ano em que a humanidade descobriu o valor da pausa.


🧠 A Fadiga Invisível

Se 2020 foi o medo, 2021 a esperança e 2022 a adaptação,
2023 foi o esgotamento.

Era como se todos estivessem rodando com bateria baixa.
As pessoas queriam retomar os sonhos, mas o corpo dizia “não”.
As redes sociais mostravam viagens, festas, conquistas —
mas nos bastidores, ansiedade e burnout batiam recordes.

A OMS até começou a chamar de “epidemia global de exaustão”.
E não era exagero.

“A mente humana, padawan, é como um servidor: se não reiniciar, queima.”


🌐 A Era do “Tudo ao Mesmo Tempo Agora”

A tecnologia avançou como nunca.
IA, metaverso, ChatGPT (a Era do IA começou 👋),
carros autônomos e realidades aumentadas.

Mas, curiosamente, quanto mais conectados ficávamos,
mais perdidos nos sentíamos.

O mundo virou um grande feed infinito —
sempre rolando, nunca descansando.
E entre a enxurrada de informação,
ficou difícil distinguir o que era real do que era só performance digital.

Padawan, 2023 deixou claro:

“Não é a falta de informação que nos adoece — é o excesso dela.”


💉 O Fim da Pandemia (oficialmente, pelo menos)

A OMS declarou o fim da emergência global da COVID-19.
Soou bonito.
Mas quem viveu sabia: o vírus foi embora do noticiário, não da memória.

Ainda havia máscaras nos bolsos, álcool em gel nos carros
e um certo cuidado que virou reflexo.
Era o trauma coletivo transformado em hábito.

E nas entrelinhas, 2023 foi o ano em que o mundo olhou para trás e disse:
“Sobrevivemos. Mas e agora, o que fazemos com isso?”


❤️‍🔥 O Retorno dos Sonhos

Apesar do cansaço, 2023 também teve brilho.
Festivais voltaram, viagens explodiram, projetos engavetados renasceram.
Gente se reencontrou, amores começaram, novos capítulos foram escritos.
A vida, teimosa, floresceu entre os escombros.

E foi bonito ver o planeta, cambaleando, mas de pé —
tentando sorrir de novo.


☕ Epílogo de ElJefe

2023 foi o ano em que o mundo trocou o “sobreviver” por “existir de novo”.
Mas a pressa de viver trouxe uma nova lição:

“Nem todo recomeço precisa ser correndo.”

A pandemia acabou, mas o aprendizado ficou:
que tempo é luxo, saúde é poder,
e estar presente — realmente presente — é o novo privilégio.

O planeta girou mais rápido, mas o coração humano aprendeu a querer girar mais devagar.
E no fim, o que restou foi um mantra simples, digno de qualquer mestre Jedi cansado:

“Respire.
Viva.
Repita.
Mas só se fizer sentido.”

 

sábado, 23 de dezembro de 2023

🎅 Onde o Papai Noel olha antes de encher as meias

 


🎅 Onde o Papai Noel olha antes de encher as meias

Um inventário Bellacosa Mainframe para garantir que o cache natalino seja preenchido sem erro

Antes de encher cada meia com bombons, brinquedos e promessas, Papai Noel faz algumas verificações — não muito diferente de um sysprog conferindo um job crítico. Eis os “pontos de checagem” oficiais do Noel, em ordem de prioridade:






1) A lista (o famoso Nice/Naughty file)

Ele revisa o ledger ancestral: quem foi bonzinho, quem deu sopa no gato do vizinho, quem ajudou a avó. A lista é atualizada em tempo real — pense em algo como um z/OS audit log com carimbo de data e hora.

2) O coração da casa

Ele ouve: risos, conversas, abraços. O barulho de afeto pulsa mais alto que qualquer campainha. Casas com riso genuíno recebem bônus de carinho nas meias.

3) A chaminé / entrada (o checkpoint físico)

Se a chaminé está entupida, ele recalcula a rota (e devolve na próxima passagem). Em apartamentos sem chaminé, ele procura um cantinho discreto — por exemplo, a janela da sala com luz de Natal.

4) As meias em si (o buffer de recebimento)

Não é só enfiar a mão: Noel confere o estado da meia — limpa, pendurada, com um bilhetinho? Uma meia bem preparada aumenta o nível de presente (e diminui o risco de sock overflow).

5) A mesa de guloseimas (o staging area)

Cookies, leite, cenourinha para a rena — se a oferta estiver presente, ele marca multicore appreciation e deixa um agrado extra. Há quem diga que Noel tem preferências regionais: leite quente no Norte, chá em alguns lares do Leste.

6) O mapa astral da noite

Ele checa as estrelas, o vento e a rota — porque tempestade pode atrasar o cronograma. As renas têm um GPS ancestral, mas céu limpo = operação fluida.

7) O espírito das intenções

Não é só comportamento; Noel avalia intenções: tentativas de conserto, pedidos de desculpa, esforços feitos. A boa vontade vale tanto quanto uma lista impecável.

8) A lista dos adultos

Sim, Papai Noel tem olhos sagazes para os desejos silenciosos dos pais — paz, renda, saúde. Às vezes essas meias recebem presentes em forma de surpresa — um gesto, um bilhete, um momento.

9) O sistema de segurança das crianças

Ele garante que ninguém acorde no processo. Silent mode ativado: passos de rena em soft-landing, saco com noise-dampening e muita experiência noturna.

10) O último ajuste — o toque mágico

Antes de ir embora, ele dá uma verificada final: se a casa tem uma necessidade urgente (um bilhete escondido, um pedido secreto), ele faz um ajuste fino. E se sobrar um pedacinho de presente? Ele deixa para o café da manhã: surpresa adicional.







🎁 Dicas práticas para garantir meia cheia (Bellacosa Edition)

  • Pendure a meia com cuidado (não use prego horrível; um gancho é mais elegante).

  • Deixe um bilhete sincero — Noel lê a intenção.

  • Uma bebida quentinha ajuda (e evita quedas de energia por fome das renas).

  • Crianças: não trapaceiem no comportamento propositadamente só para ganhar; Noel tem detector de sinceridade (outra coisa que herdou do mainframe).

  • Para adultos: pedir coisas como “mais tempo com a família” funciona melhor do que “mais gadgets”.


🥚 Easter-eggs & curiosidades natalinas

  • Em algumas tradições europeias, as meias são vigiadas por um santo (São Nicolau) que chega de barco ou de casa.

  • Em países com clima quente, as meias às vezes são trocadas por chapéus ou sapatos deixados na porta.

  • Dizem que se você pendura uma meia extra para alguém que já se foi, Noel às vezes deixa uma luz — um presente simbólico de lembrança.

  • Papai Noel ajusta sua rota conforme feriados locais — ele é um otimista multicultural.


🧭 Conclusão Bellacosa Mainframe

Papai Noel olha para além do material: ele lê lista, som, símbolos, intenções e, claro, aquela meia suspensa que diz: “aqui mora alguém que acredita”.
É um processo meio técnico, meio poético — um batch de magia com checksums de afeto.