🎬 Eiken — quando o fanservice vira protagonista
Título original: Eiken: Eiken Bu yori Ai wo Komete (エイケン〜栄研より愛をこめて〜)
Ano de lançamento: 2003
Autor: Seiji Matsuyama
Estúdio: J.C. Staff
Episódios: 2 OVAs
👩🎓 Personagens principais:
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Densuke Mifune — o típico protagonista indeciso e tímido que cai nas situações mais constrangedoras possíveis.
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Chiharu Shinonome — a garota doce e meiga, mas dona de proporções que desafiam a gravidade e o bom senso.
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Komoe Harumachi — a líder do clube Eiken, figura energética e caótica.
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Kyoko Morooka — a “rival” com um toque sadomasoquista, que torna tudo ainda mais… peculiar.
📖 Sinopse:
Densuke entra em uma nova escola e, sem entender como, é “recrutado” para o misterioso Clube Eiken — uma mistura de atividades absurdas, situações nonsense e fanservice em níveis épicos. O enredo, no papel, é uma comédia romântica colegial. Na prática, é um desfile de cenas exageradas, ângulos estratégicos e uma coreografia de constrangimentos.
🎨 Estilo:
Visualmente, Eiken mistura traços coloridos e caricatos com exageros anatômicos que deixariam até o ecchi mais ousado de cabelo em pé. O design reflete o início dos anos 2000: saturado, hiperativo e completamente sem filtros. É quase um estudo sociológico sobre como o anime pode desafiar os limites do bom gosto (e ainda assim conquistar audiência).
🧠 Filosofia (ou tentativa dela):
Se olharmos com um olhar mais zen-bellacosa, Eiken é a representação da era pré-moe, um ponto de inflexão onde a indústria testava o limite entre erotismo, humor e narrativa. Há quem diga que ele existe apenas para rir do próprio absurdo — e, em certo nível, isso o torna uma pequena pérola do caos criativo japonês.
💬 Comentário Bellacosa:
Assistir Eiken é como abrir um pacote surpresa e descobrir que o brinde é um manual de constrangimentos. É bizarro, exagerado e totalmente autoconsciente de sua insanidade. E talvez por isso ele seja lembrado até hoje: não como uma obra-prima, mas como uma lenda urbana animada.
📊 Crítica e recepção:
A recepção foi... explosiva (no mau sentido). A crítica especializada o classificou entre os “piores animes já feitos” por falta de enredo e excesso de fanservice. Ainda assim, há uma pequena legião de fãs que o consideram um cult classic justamente por ser tão “ruim que é bom”.
⭐ Pontos de interesse:
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Um dos animes mais citados em listas de “ecchi extremo”.
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Curiosamente, o estúdio J.C. Staff depois produziria obras sérias como Toradora! e Shokugeki no Soma.
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A trilha sonora é surpreendentemente agradável — contraste total com o conteúdo.
💡 Dica Bellacosa:
Assista só se você for colecionador de curiosidades do mundo otaku, e de preferência com o coração leve e o senso crítico ativado. Eiken não é sobre o que ele mostra — é sobre o que ele representa: o lado mais excêntrico e sem vergonha da animação japonesa.
☕ Opinião final:
Eiken é o primo distante que aparece nas reuniões de família do anime só para causar. Não é bom, mas é impossível ignorar. E no fundo, esse é o seu charme — o caos puro, embalado em 40 minutos de pura incredulidade.
Bellacosa diria: “Não é uma obra, é uma experiência.”