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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Completa integração na sociedade

Meios de transporte em Milão


Estamos na capital da Lombardia: Milão, estou andando na viale Molise e parei num cruzamento onde fiquei apreciando as pessoas andando, umas preocupadas e apressadas, outras displicentes e tranquilas.

Quem pensa que estamos andando nos bairros centrais, vejam todo integrados, pedestres, ciclistas, motociclistas em motorinos, lambretas e motos, automóveis e bondes. Para quem anda em São Paulo e se perde no caótico transito, em que ninguém é de ninguém, pedestre não tem vez, semáforos não são respeitados.

Espero que vejam o vídeo e saibam a qualidade de vida que existe, quando todos fazem a sua parte, sendo o mais importante o governo fornecer os meios para termos transporte publico de qualidade, interligando a cidade em anel com diversos níveis de integração e  a preços acessíveis.

Vejam com seus próprios olhos a paz no transito milanês.



quinta-feira, 24 de março de 2016

Sao Paulo e o transito na marginal Pinheiros na quinta-feira santa

Quinta-feira santa... retorno a casa.


Transito infernal na marginal Pinheiros, tudo enrolado todo mundo querendo sair de Sampa.

Para e arranca, apesar de tudo ainda estamos bem, dentro em pouco o caos sera instalado. Marginal Tiete começa a parar, a Pinheiro flui com lentidão.



O Fretado chegou e cá estou filmando a janelinha... fazendo este pequeno apanhado do caos reinante em Sampa. Quando será que esta cidade terá jeito?

Por que o metro não constrói mais linhas? Porque o trem não liga as cidades satélites? Por que depender tanto de automóveis e ónibus. Poluição, gastos de combustíveis fosseis, ineficiência, estradas e ruas precárias.

Multas e mais multas, o grande irmão aqui esta para te pegar e fotografar seu veiculo. Nao tem como escapar.

sexta-feira, 11 de março de 2016

SP 065 Parada: Alagamento na Dom Pedro Km 122

Presos no engavetamento


Como um evento prejudica a vida de tanta gente, devido ao alagamento das pistas da Rodovia Dom Pedro em Campinas, houve um grande  congestionamento que começou no quilometro 116 e seguiu ate o 122.



A pista estava alagada e  a policia rodoviária manteve o local sobre vigilância, auxiliando os motoristas a passarem e verificando a integridade da pista.

Foram quase 2 horas presos sem nenhuma informação nas rádios e outros meios de comunicação, seria interessante que houvessem mais informação na Internet, em radio e outros meios.

Uma coisa que nos faz pensar, realmente apesar de todo progresso tecnológico somos reféns das condições climatéricas: um ribeirão que transborda e destruiu meia cidade, uma das principais artérias de São Paulo não ter uma sistema de contingência para transbordamento de rios, barrancos ruindo e enchendo as pistas de barro, Realmente deveríamos aprender com os erros e tentar remediar estas situações para que no futuro nao voltassem a ocorrer.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Meu Pai, o Super-Herói do Formigueiro

 


🌆 El Jefe Midnight Lunch – Bellacosa Mainframe Log nº 005
“Meu Pai, o Super-Herói do Formigueiro”


Hoje eu escrevo não para debochar, não para cutucar feridas familiares, não para repassar as falhas que tantas vezes narrei com ironia ou mágoa.
Hoje é mea culpa.
Confissão.
Revisão de código emocional.

Porque, sim — eu já listei defeitos do meu pai como quem roda IEBGENER despejando linha por linha sem filtro, sem compressão. Já contei episódios que machucaram, já mostrei versões dele cheias de abend S0C7, falhas lógicas, corrupção de memória emocional. Mas existe uma verdade que preciso gravar neste blog como se fosse LOAD TO PDS PERMANENTE:


meu pai também foi herói.
De verdade. Daqueles que sangram e salvam.



Não sei se veio dos tempos de escoteiro.
Não sei se foi o treinamento duro na Polícia do Exército.
Só sei que havia nele algo raro:
conhecimento de primeiros socorros + uma coragem temerária, daquelas que fazem alguém correr em direção ao acidente enquanto os demais recuam ou entram em desespero. Se fosse em nossos dias estariam filmando e fazendo selfies.

E o trânsito brasileiro — você sabe — não perdoa nem no século XXI.


Imprudência alcoólica, velocidade inconsequente, ultrapassagem suicida, farol ignorado…
Um campo de batalha diário.
E lá estava Wilson, sempre em circulação: ônibus, caminhão, táxi, quilômetros de asfalto sob pneus e destino.
E quando havia acidente… ele não desviava.
Ele parava.

Sinalizava a via.
Corria.
Prestava socorro.
Voltava para casa com sangue seco na camisa e histórias que ele contava nas festas como quem narra guerra vencida com as próprias mãos.

E eu vi.
Com estes olhos que agora digitam.



Padaria da Vila Rio Branco, rua Utrecht.
Um Fusca verde atropela uma criança — pequena demais para o impacto da vida.
Antes da multidão, antes do caos, antes da gritaria, meu pai voou.
Literalmente.

Levantou o carro — sim, levantou — com ajuda de outros, mas ele na linha de frente, joelho cravado no asfalto, rosto vermelho de esforço.
Resgatou a criança do assoalho quente, aplicou primeiros socorros, conteve o sangramento até que outra alma caridosa a levou para o Hospital da Penha.
Eu, pequeno, petrificado.
Vendo meu pai com o carro erguido no ar.
Como se fosse Hulk em versão SP suburbana.
Como se nada no mundo fosse mais importante do que aquele menino preso entre o metal e o medo.



Outras vidas ele salvou.
Outras ele somente acompanhou no último suspiro — mas não deixou as pessoas morrerem sozinhas.
Essa parte ninguém conta, ninguém ergue estátua, ninguém registra na Wikipédia.
Mas eu registro aqui.

Porque às vezes esquecemos que heróis reais não usam capa.
Usam chave de fenda no bolso, mãos calejadas, coragem imprudente.
Erram muito.
Acertam onde importa.

Meu pai — com todas as falhas, com todos os logs sujos, com todo o dump de mágoas —
foi super-herói de formiguinha.
Daqueles anônimos que sustentam o mundo nas costas sem plateia.

E hoje, finalmente, eu reconheço.

Bellacosa — desligando, coração em RC=0000, consciência mais leve no spool.



Ps: Muitos anos depois, inspirado nesses eventos do meu pai, em diversos locais que trabalhei, sempre me escrevia como voluntario na Brigada de Incêndio e ao longo dos anos fiz alguns cursos de primeiros socorros, para poder ajudar, mas isso acaba sendo uma história para outro dia.