✨ Bem-vindo ao meu espaço! ✨ Este blog é o diário de um otaku apaixonado por animes, tecnologia de mainframe e viagens. Cada entrada é uma mistura única: relatos de viagem com fotos, filmes, links, artigos e desenhos, sempre buscando enriquecer a experiência de quem lê. Sou quase um turista profissional: adoro dormir em uma cama diferente, acordar em um lugar novo e registrar tudo com minha câmera sempre à mão. Entre uma viagem e outra, compartilho também reflexões sobre cultura otaku/animes
sexta-feira, 20 de setembro de 2024
Uma aula com a lendaria Grace Hopper
Pergunte ao Bat Computer
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
Mainframe na cultura popular : TV Shows e Filmes
Bunch e os sete anoes
Bunch e os sete anões
A analogia “BUNCH e os Sete Anões” é uma das mais saborosas — e irônicas — da história do mercado de mainframes nas décadas de 1960 e 1970. Ela mistura rivalidade tecnológica, marketing agressivo e uma boa dose de folclore corporativo, exatamente no espírito old school do mundo mainframe.
Quem cunhou o termo
O termo BUNCH surgiu dentro da própria indústria e da imprensa técnica norte-americana no final dos anos 1960. Ele não foi “oficialmente registrado” por uma única pessoa, mas é amplamente atribuído a analistas de mercado e jornalistas especializados, que buscavam uma forma rápida de classificar os concorrentes da IBM.
Já a contraparte “os Sete Anões” foi uma alfinetada informal, quase uma fofoca de corredor corporativo, atribuída a executivos e engenheiros da IBM, usada de forma meio jocosa (e meio arrogante) para se referir aos concorrentes menores.
A metáfora vinha diretamente do conto da Branca de Neve:
a IBM era a “Branca de Neve” dominante, e os outros… bem, os anões.
O que era o BUNCH
BUNCH é um acrônimo formado pelas iniciais dos principais concorrentes da IBM no mercado de mainframes:
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Burroughs
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Univac
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NCR
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Control Data Corporation (CDC)
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Honeywell
Essas empresas disputavam grandes contratos governamentais, bancários, militares e científicos.
Quem eram “os Sete Anões”
Além das empresas do BUNCH, o rótulo “Sete Anões” incluía também:
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RCA
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GE (General Electric)
Por isso, dependendo da época e da fonte, você verá variações na lista. Mas a ideia central era sempre a mesma:
👉 todos juntos ainda não alcançavam o domínio da IBM.
O papel da IBM: a “Branca de Neve”
Nos anos 1960–70, a IBM dominava entre 65% e 75% do mercado mundial de mainframes. O lançamento do IBM System/360 (1964) foi um divisor de águas:
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Arquitetura compatível entre modelos
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Forte ecossistema de software
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Suporte técnico agressivo
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Contratos “casados” (hardware + software + serviços)
Isso deixou os concorrentes em desvantagem brutal.
Curiosidades e fofocas corporativas 🧾
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💬 Diz-se que engenheiros da IBM usavam o termo “anões” em reuniões internas, nunca publicamente.
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🧠 A CDC, com Seymour Cray, chegou a superar a IBM em computação científica, mas não em volume de vendas.
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🏦 Burroughs dominava bancos porque sua arquitetura era orientada a transações e segurança.
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🧾 Univac carregava o prestígio de ter feito o primeiro computador comercial da história.
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💣 Honeywell era forte em contratos militares e aeroespaciais.
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😬 A GE saiu do mercado de mainframes em 1970, vendendo sua divisão para a Honeywell.
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🔥 A RCA fez o mesmo, abandonando o setor por prejuízos enormes.
Easter eggs técnicos
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Muitos sistemas do BUNCH tinham arquiteturas mais elegantes que as da IBM, mas perdiam no ecossistema.
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Algumas linguagens e conceitos de segurança bancária nasceram nos mainframes da Burroughs.
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A obsessão da IBM por compatibilidade nasceu do medo real de perder espaço para o BUNCH.
Dicas para quem estuda mainframe hoje
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Entender o BUNCH ajuda a compreender por que a IBM virou sinônimo de mainframe.
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Muitas ideias modernas de virtualização, segurança e transações nasceram nesses “anões”.
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A arrogância da IBM quase virou fraqueza — e foi isso que levou aos processos antitruste nos anos 1970.
Conclusão ao estilo Bellacosa Mainframe 😎
O BUNCH e os Sete Anões não eram fracos — eram fragmentados.
A IBM venceu menos pela tecnologia pura e mais pela estratégia, padronização e controle do ecossistema.
No fim das contas, a história dos mainframes prova uma velha verdade do mundo corporativo:
Não basta ser o mais inteligente da sala — é preciso ser o mais organizado.
Em memória dos diversos fabricantes de Mainframe do seculo passado.
domingo, 8 de setembro de 2024
🌸 Linguagem da rua japonesa — o “slang” do cotidiano
🌸 Linguagem da rua japonesa — o “slang” do cotidiano
Enquanto o japonês formal é cheio de camadas de respeito (keigo, sonkeigo, kenjougo…), o japonês informal é puro improviso e emoção.
Essas palavras que você escuta em animes, dramas, ou no karaokê depois do saquê, nascem nas ruas de Shibuya, nas salas de aula, e até nos fóruns online tipo 2channel.
São expressões flexíveis, vivas e mutantes — um reflexo da cultura japonesa urbana e digital.
💥 1. Maji (マジ)
Significado: “Sério”, “de verdade”, “realmente”.
Origem: vem de majime (真面目), que significa “sério, honesto, aplicado”. Com o tempo, os jovens encurtaram pra “maji” — mais leve e expressivo.
Uso:
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「マジで?」 (Maji de?) → “Sério mesmo?”
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「マジかよ!」 (Maji kayo!) → “Tá brincando!?”
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「マジで疲れた。」 (Maji de tsukareta.) → “Tô cansado pra caramba.”
🧠 Curiosidade Bellacosa: é o equivalente japonês do nosso “sério mesmo?” ou “na moral?”. Hoje é quase universal entre jovens e aparece em quase todo anime escolar.
😩 2. Darui (だるい)
Significado: “Preguiça”, “moleza”, “sem energia”.
Origem: deriva de “darui” (怠い ou だるい) — uma palavra antiga que descrevia o corpo cansado ou sem ânimo.
Uso:
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「今日だるいなぁ。」 (Kyō darui naa.) → “Tô mole hoje.”
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「授業だるい。」 (Jugyō darui.) → “A aula tá chata/pesada.”
🧘 Bellacosa Note: É a palavra do adolescente de segunda-feira. É o “aff” japonês, o “que preguiça” dos tempos modernos.
⚡ 3. Yabai (ヤバい)
Significado: originalmente “perigoso”, mas hoje pode ser “incrível”, “tenso”, “lascou”, “da hora”, dependendo do contexto.
Origem: vem do dialeto de criminosos no Japão do século XX — yabai descrevia uma situação arriscada (tipo “a polícia tá vindo”).
Com o tempo, virou um gíria universal que expressa tanto perigo quanto admiração.
Uso:
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「このラーメンやばい!」 (Kono rāmen yabai!) → “Esse ramen tá incrível!”
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「テストやばい…」 (Tesuto yabai…) → “Tô ferrado na prova…”
🔥 Bellacosa Insight: É o “mano do céu!” japonês. Pode ser bom ou ruim — depende do tom e do contexto. É o camaleão das gírias nipônicas.
🤝 4. Sorena (それな)
Significado: “Verdade!”, “Exatamente isso!”, “Concordo total.”
Origem: junção de sore (isso) + na (partícula de concordância ou ênfase). Literalmente “isso aí, né”.
Uso:
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「あの先生うるさいよね。」→「それな!」 (Aquele professor é chato, né? → Pois é!)
☕ Bellacosa Reflexão: é o “totalmente”, “é isso aí”, o “fala tudo” japonês — usado em bate-papo entre amigos pra demonstrar sintonia.
🫡 5. Otsu (おつ)
Significado: abreviação de otsukaresama (お疲れ様) — algo como “bom trabalho”, “valeu pelo esforço”.
Origem: vem da etiqueta do trabalho japonês. É dito ao final de um expediente, ou ao terminar uma tarefa.
Uso:
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「おつかれ!」 (Otsukare!) → “Valeu, bom trabalho!”
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「おつ!」 (Otsu!) → “Falou!”, “Tamo junto!”
💼 Bellacosa Contexto: no mundo corporativo japonês, é quase um ritual: você diz “otsukaresama deshita” ao sair, mesmo que o colega ainda vá ficar.
No digital (LINE, Discord, games), virou o “flw”, “vlw”, “gg” japonês.
🎌 Epílogo Bellacosa Mainframe
Essas cinco palavras — maji, darui, yabai, sorena, otsu — são o código-fonte da alma jovem japonesa.
Misturam respeito e rebeldia, tradição e modernidade, como o COBOL e o JSON da língua falada.
O Japão pode ser milenar e hierárquico, mas na esquina de Akihabara, no Discord gamer, ou no barzinho de Shinjuku, o japonês vivo respira, ri e cria novas versões de si mesmo — sempre com um toque de yabai energia.
