✨ Bem-vindo ao meu espaço! ✨ Este blog é o diário de um otaku apaixonado por animes, tecnologia de mainframe e viagens. Cada entrada é uma mistura única: relatos de viagem com fotos, filmes, links, artigos e desenhos, sempre buscando enriquecer a experiência de quem lê. Sou quase um turista profissional: adoro dormir em uma cama diferente, acordar em um lugar novo e registrar tudo com minha câmera sempre à mão. Entre uma viagem e outra, compartilho também reflexões sobre cultura otaku/animes
sexta-feira, 29 de março de 2019
El Jefe Midnight Lunch - Facebook
quinta-feira, 28 de março de 2019
Psicoterapia Virtual Itatiba - Facebook
Psicoterapia Virtual Itatiba
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quarta-feira, 27 de março de 2019
Pães e panifacação no Facebook
Pães e Panificação
Visite e veja algumas receitas deliciosas
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terça-feira, 12 de março de 2019
🧭 PROTOCOLO BELLACOSA PARA REDUZIR A CORRERIA MENTAL
🧭 PROTOCOLO BELLACOSA PARA REDUZIR A CORRERIA MENTAL
(Um pequeno manual para quem vive correndo até quando está parado)
☀️ 1. START SLOW – O início define o ritmo
Acorde sem pressa.
Antes de abrir o celular, abra os olhos para o dia.
Observe a luz, o som, o cheiro do café.
Quem começa em silêncio mantém o controle do scheduler interno.
A pressa na largada rouba a paz do percurso.
🧘♂️ 2. CHECK VITALS – Faça login em si mesmo
Pergunte-se: “como estou hoje?”
Não o que tenho pra fazer, mas quem eu sou agora.
Cansado? Tranquilo? Irritado?
Essa verificação é o IPL da consciência: sem ela, o sistema roda em automático.
💬 3. LIMIT INTERRUPTS – Reduza notificações, aumente presença
Cada distração é um interrupt request que derruba o foco.
Defina janelas de tempo para mensagens, redes, e-mails.
O cérebro precisa de CPU exclusiva para pensar, sentir e existir.
Foco é o firewall da paz mental.
🌿 4. REFRESH LOOP – Saia do script diário
Mude o trajeto, o sabor do almoço, o fundo musical, o horário da caminhada.
Pequenas mudanças impedem o loop mental infinito que gera tédio e ansiedade.
O novo não precisa ser grandioso — basta ser diferente.
💻 5. PROCESS LESS, LIVE MORE
Não abrace mais jobs do que cabe na CPU do seu dia.
A cada “sim” que você dá para os outros, veja se não está dando um “no” para si mesmo.
Produtividade sem propósito é apenas processamento inútil.
🌙 6. END OF DAY – Feche o log, não só os olhos
Antes de dormir, faça um log review emocional:
O que te fez sorrir hoje? O que drenou energia?
Agradeça, perdoe, solte.
Só então desligue o terminal.
Dormir com a alma leve é o melhor tipo de shutdown.
🪞 7. MAINTENANCE WEEKLY – O ritual da realocação emocional
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Um dia sem relógio.
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Um passeio sem destino.
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Uma conversa sem propósito produtivo.
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Um momento de arte, música ou contemplação.
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Um café em silêncio, apenas pra saborear o presente.
A vida precisa de pausas de sistema. É nelas que o coração se reindexa.
☕ Epílogo Bellacosa
No fundo, não queremos parar o tempo — queremos apenas andar no mesmo ritmo que ele.
Viver não é correr contra o relógio, é aprender a compilar emoções, tarefas e sonhos sem abend.
E talvez o segredo esteja em algo simples:
“Quem desacelera não perde tempo — ganha existência.” 💻❤️
segunda-feira, 11 de março de 2019
🥙 A Esfiha Paulista – Do Deserto à Esquina da Padaria
🥙 A Esfiha Paulista – Do Deserto à Esquina da Padaria
(Por Vagner Bellacosa ☕ — Bellacosa Mainframe / El Jefe Midnight Lunch Edition)
Há sabores que viajam o mundo em silêncio, cruzando oceanos e culturas até encontrar um novo lar.
E poucos se aclimataram tão bem no Brasil quanto a esfiha, esse pequeno triângulo de massa que conquistou o coração (e o estômago) do paulistano.
Na São Paulo dos anos 1950, o trânsito era tímido, o bonde ainda tocava o sino, e nas portas das colônias libanesas e sírias começava a se espalhar um aroma que ninguém conseguia identificar, mas todo mundo queria provar.
Era o começo da lenda da esfiha paulista — a comida de rua que aprendeu a falar “ô, meu!” com sotaque do Brás.
🏺 Das areias do Levante ao balcão da padaria
A esfiha original vem da Síria e do Líbano — chamada sfiha (صفيحة), “massa fina” em árabe.
No Oriente Médio, era uma massa aberta, coberta com carne temperada, cebola, pimenta e um toque de iogurte azedinho.
Assada em forno de pedra, era comida comunitária, de festa, servida em bandejas grandes, sempre acompanhada de chá forte e conversa longa.
Mas quando os imigrantes árabes chegaram ao Brasil — especialmente ao bairro do Brás, à Rua 25 de Março e à região da Aclimação, — perceberam que aqui o forno era outro, o gosto era outro, e o público... era faminto.
Foi assim que a esfiha mudou de sotaque:
ficou mais gordinha, mais suculenta e ganhou recheios que nenhum libanês imaginaria — frango com catupiry, calabresa, queijo e até chocolate.
Era o nascimento da esfiha paulista, genuinamente híbrida, com alma árabe e coração de padaria brasileira.
🏠 A lenda da primeira esfiha “à brasileira”
Dizem que tudo começou com a família Abdo, na década de 1930, que vendia esfihas abertas no centro de São Paulo.
Mas foi só nos anos 1950 que o jogo virou: surge o lendário Ragazzo primitivo — o Habib’s original das padarias, um modelo de negócio familiar, com fornadas rápidas e preços populares.
Os imigrantes perceberam que o paulistano gostava de comer com pressa, mas bem.
E a esfiha, com seu tamanho portátil e sabor explosivo, encaixou-se perfeitamente na rotina do trabalhador urbano.
💡 Curiosidade Bellacosa: o primeiro forno de esfiha em São Paulo era movido a carvão e adaptado de uma antiga fornalha de pães italianos.
Multiculturalismo em nível de BIOS.
🍕 Quando a esfiha virou fast food
Nos anos 1980, o empresário Alberto Saraiva, filho de portugueses, criou o império Habib’s, que transformou a esfiha em fenômeno popular.
Custando o equivalente a um cafezinho, o quitute se espalhou por todos os bairros, democratizando o sabor árabe e tornando-o oficialmente brasileiro.
E assim nasceu o mito da esfiha de R$ 1, o lanche do estudante, do motoboy e do programador de COBOL das madrugadas.
Uma instituição paulistana.
🌯 As adaptações do Brasil tropical
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Esfiha fechada: o modelo “pastel árabe”, perfeito pra viagem.
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Recheio de frango com catupiry: invenção puramente paulista, e quase patrimônio cultural da zona norte.
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Esfiha doce: banana com canela, chocolate com morango — um heresia deliciosa.
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Mini-esfihas de festa: microversão criada pra caber no pratinho de aniversário infantil dos anos 90.
💬 Diz a lenda que o Habib’s chegou a testar uma esfiha de feijoada — e que um protótipo ainda existe em um servidor frio no Tatuapé.
🧠 Cultura de padoca e o dialeto da massa
A esfiha é o elo perdido entre o pastel e o kibe — mistura de imigrantes e improviso, da mesma linhagem que criou o hot dog paulista com purê e o yakisoba de trailer.
Na padaria, ela é sempre a primeira a acabar.
E ninguém chama de sfiha, claro. Aqui é “me vê duas esfiha fechada e um pingado, chefe!”
Esse é o verdadeiro idioma da convivência paulistana: árabe temperado com português de balcão.
☕ Bellacosa comenta:
A esfiha paulista é a metáfora perfeita da cidade que nunca dorme:
tem raízes no Oriente, coração no Brás e alma no balcão da esquina.
Nasceu artesanal, virou fast food e, no processo, se tornou símbolo de convivência — o lanche universal que atravessa classes, religiões e bairros.
No mainframe da memória gustativa paulistana, ela é um job eterno rodando em background:
sempre pronta, sempre quente, sempre ali — firme como um commit de sabor que nunca dá erro.
💡 Dica do El Jefe Midnight Lunch
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Quer sentir o sabor raiz? Procure esfiharias antigas da Rua Vergueiro e da Vila Mariana — forno de pedra, carne temperada com limão e aquele toque de pimenta síria.
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Quer nostalgia 90s? Peça uma dúzia no Habib’s drive-thru e ouça “Khaled – Aïcha” no rádio.
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Quer cultura? Sirva esfihas com café forte, conte histórias e veja a madrugada se transformar em memória.
No fim, a esfiha não é só comida.
É a prova viva de que São Paulo é um sistema operacional que roda todas as culturas.
E enquanto houver padoca aberta às 3 da manhã,
a esfiha paulista seguirá quente — e reinando.
🧾 Capítulo 2 — Minha Vida como Office-Boy
🧾 Capítulo 2 — Minha Vida como Office-Boy
Ser office-boy nos anos 80 não era pra qualquer um.
Precisava ter desenvoltura, perspicácia e um toque de loucura — além da eterna urgência de pagar os boletos.
Filho de uma mulher divorciada, com dois irmãos pequenos, eu carregava mais que pastas: carregava responsabilidade.
Cada vale-transporte, cada cesta básica, cada ajuda contava.
Com a pasta abarrotada de documentos e uma lista de lugares a visitar, eu cruzava a cidade.
Enfrentava filas intermináveis em bancos, cartórios, correios.
E de volta ao escritório, virava faz-tudo: comprava lanches, resolvia pendências, datilografava contratos em máquinas de escrever mecânicas, e quando o destino permitia, “pilotava” um terminal 3270 — a joia tecnológica do escritório.
O som das teclas ecoava como trilha sonora da minha juventude.
Tec-tec da Olivetti, o clique do teclado IBM, o burburinho dos colegas.
Era a música do trabalho.
Entre uma entrega e outra, levava comigo sempre um livro.
Lia no ônibus, estudava no trem, rabiscava anotações no papel amassado do caderno.
E ao final do expediente, corria feito louco pra chegar a tempo no colégio.
💼 Foram
anos duros — mas preciosos.
Ali aprendi o valor do esforço, da paciência e da dignidade.
E talvez, sem perceber, estava programando o primeiro sistema da minha vida:
o da persistência.
📘 Continua…
Próximo capítulo:
“Entre o 3270 e o XT – o despertar do programador”
💡 Onde o office-boy começa a decifrar o código da própria vida.




