✨ Bem-vindo ao meu espaço! ✨ Este blog é o diário de um otaku apaixonado por animes, tecnologia de mainframe e viagens. Cada entrada é uma mistura única: relatos de viagem com fotos, filmes, links, artigos e desenhos, sempre buscando enriquecer a experiência de quem lê. Sou quase um turista profissional: adoro dormir em uma cama diferente, acordar em um lugar novo e registrar tudo com minha câmera sempre à mão. Entre uma viagem e outra, compartilho também reflexões sobre cultura otaku/animes
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
Paisagens de Van Gogh
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020
MUSEUS PRÓXIMOS A LINHA: AZUL, VERDE, VERMELHA E AMARELA.
MUSEUS DA LINHA VERDE DO METRÔ
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Museu do Objeto Brasileiro
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Museu do Futebol
Instituto Moreira Sales
Cemitério da Consolação
Centro de Memoria da Faculdade Ibero Americana
Museu Ceroplástico
Museu de Arte de São Paulo
Centro de Pesquisa e Formação do SESC
Centro de Cultura FIESP
Museu Herculano Pires - Itaú Cultural
Acervo Historico Irmã Heinrich
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Museu do Óculos
Museu do BIxiga
Museu do instituo Pasteur
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Museu do Bombeiro
Museu de Arte Moderna
Planeta dos Insetos
Museu da Matemática
Museu do Instituto Biológico
Museu de Arte Contemporânea
Museu Vicente de Azevedo
Museu do Ipiranga
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--MUSEUS PRÓXIMOS A LINHA AZUL DO METRÔ--
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--MUSEUS NA LINHA AMARELA DO METRÔ----
Pinacoteca
Museu da energia
Sala São Paulo
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Museu do Futebol
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Museu da pessoa
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Museu da Santa Casa de Misericórdia
Memoria Monteiro Lobato
Museu da Diversidade Sexual
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Museu do Teatro Municipal
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Memorial de 32
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Catavento Cultural
Museu da Imigração
Casa do Tatuapé
Casa do Regente Feijó
domingo, 16 de fevereiro de 2020
🍷 O Vinho Licoroso do Padre – o santo fermento dos botecos e sacristias
🍷 O Vinho Licoroso do Padre – o santo fermento dos botecos e sacristias
por El Jefe – Bellacosa Mainframe / Crônicas da Ressaca Sagrada
Há expressões que parecem inocentes, mas guardam histórias mais espirituosas que a própria bebida.
“Vinho licoroso do padre” é uma dessas.
Um nome que soa respeitoso, quase litúrgico — mas que, na prática, era o primeiro passo do fiel rumo ao pecado da ressaca.
Vamos destrinchar esse clássico com o respeito (e ironia) que ele merece.
⛪ 1. Origem: o vinho que atravessou a missa e foi parar no boteco
O “vinho licoroso” é, tecnicamente, um vinho fortificado — ou seja, um vinho ao qual se adiciona álcool (geralmente aguardente vínica) para aumentar o teor alcoólico e conservar melhor.
É o mesmo princípio do Porto e do Jerez.
Nos tempos coloniais e até boa parte do século XX, o Brasil importava ou produzia versões simples desse vinho para uso religioso — principalmente para missas.
A Igreja Católica precisava de algo doce, encorpado, estável e barato, que resistisse bem ao calor tropical sem azedar antes da comunhão.
E assim nasciam vinhos como o São Roque, Dom Bosco, Sangue de Boi, Canção e outros tantos “santos fermentos” nacionais.
Todos vinhos de cor rubi escura, adocicados e fortes — entre 16 e 18 graus alcoólicos —, usados não só pelo padre no cálice da missa, mas também pelo povo... no cálice de boteco.
🍇 2. A transubstanciação etílica – do altar ao balcão
O “vinho do padre” começou a circular fora da sacristia ainda nos anos 50 e 60, quando os fiéis descobriam que aquele vinho docinho, vendido em garrafa de litro com rótulo católico, era perfeito para adoçar o espírito nas tardes frias de São Paulo.
Nasceu ali um dos bordões mais espirituosos da malandragem paulistana:
“Hoje vou tomar o vinho do padre — porque o do boteco é mais forte que o da missa.”
E assim, nos bares da Mooca, do Brás, da Penha e da Lapa, o vinho licoroso ganhou seu novo altar: o balcão de madeira gasta.
Servido em copo americano, acompanhado de queijo minas ou mortadela, ele virou o drink dos humildes e dos nostálgicos.
🩸 3. O apelido e as lendas urbanas
O nome “vinho licoroso do padre” nasceu de duas referências:
-
A origem religiosa (era realmente usado em celebrações católicas).
-
O gosto doce e intenso, que parecia coisa de missa, mas “batizado” com o dobro do álcool.
E como toda boa história brasileira, há lendas:
Dizem que alguns padres mais espertos produziam suas próprias versões caseiras, “um pouco mais encorpadas para as celebrações de domingo”.
Outros juram que o nome surgiu num boteco do Brás, quando um freguês perguntou:
“Que vinho é esse?”
E o balconista respondeu:
“É o do padre — pra abençoar o fígado.”
📜 4. O vinho do povo simples
Nos anos 70 e 80, o vinho licoroso virou símbolo de um Brasil analógico e sem frescura.
Era o vinho de domingo, o que acompanhava frango assado, macarronada e rádio AM.
O que o pobre podia comprar e chamar de “vinho fino”.
Uma taça de Sangue de Boi na mesa era o equivalente proletário de um Romanée-Conti — só que com muito mais sinceridade e menos pretensão.
Os rótulos religiosos ajudavam na mística.
“Dom Bosco”, “Canção”, “São Francisco”, “Santa Felicidade” — todos pareciam bênçãos engarrafadas, mesmo quando deixavam o beato de joelhos na segunda-feira.
🍷 5. Curiosidades e bugs culturais
-
O “vinho licoroso do padre” foi muito usado como base para batidas caseiras, especialmente com leite condensado e canela.
-
No interior paulista, alguns bares misturavam o vinho com soda limonada, criando o lendário “vinho frisante do povo”.
-
E reza a lenda (sem trocadilho) que em certas paróquias do interior, os fiéis levavam a própria garrafa para a missa, para “garantir a comunhão mais intensa”.
🧠 6. Filosofia de balcão – a moral etílica
O vinho licoroso do padre é a prova líquida de que o sagrado e o profano compartilham o mesmo tonel.
É doce, mas não inocente.
É simples, mas cheio de camadas — como a alma paulistana.
É o drink da conciliação: entre fé e festa, entre missa e boteco, entre o altar e o balcão.
Como diria o Bellacosa:
“Há quem encontre Deus no vinho.
E há quem encontre o vinho no caminho até Deus.”
✨ Dica do El Jefe para os padawans nostálgicos:
Quer reviver a experiência?
Compre uma garrafa de Dom Bosco licoroso, sirva gelado no copo americano e escute um vinil do Agnaldo Rayol ou um tape do Demônios da Garoa.
Mas atenção: esse vinho é traiçoeiro.
Ele entra rezando... e sai cantando.
🕯️ Bellacosa Mainframe – onde até o altar tem balcão e o debug é feito com vinho doce.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020
📬 “Cartas ao Mar” — o verão de 1991 e o amor que viajava em envelopes
💌✨ Post Bellacosa Mainframe / El Jefe Midnight Lunch Edition
📬 “Cartas ao Mar” — o verão de 1991 e o amor que viajava em envelopes
Existem memórias que não se apagam — apenas ficam guardadas no spool do coração, esperando o comando certo pra serem impressas outra vez.
Verão de 1991, Praia Grande, São Paulo.
O som das ondas misturado com o apito do picolé Chica-Bon, o cheiro de protetor solar misturado com maresia, e o vento trazendo aquela promessa que só os amores de verão sabem fazer: a de durar pra sempre… mesmo que o sempre dure apenas até o próximo janeiro.
Foi ali que apareceu ela — Claudiane Peres, de Catanduva.
Cabelos ao vento, sorriso de pôr do sol, e aquele jeito tímido de quem dizia muito sem precisar falar nada.
Entre beijinhos roubados, sorvete de casquinha, e passeios de mãos dadas no calçadão, o tempo parecia suspenso — uma versão analógica do amor, sem filtros nem notificações.
💌 O tempo das cartas
Quando as férias acabaram, a maré levou cada um de volta ao seu porto.
Mas a história não se dissolveu — virou papel, tinta e selo.
Era o tempo do namoro por correspondência, aquele ritual sagrado que fazia o coração bater mais forte só de ouvir o carteiro gritar:
“Cooorreiooo!”
A expectativa era um misto de ansiedade e doçura.
Abrir o envelope era quase abrir o peito: o cheiro do papel, a letra dela, as palavras redondas e carinhosas, o “até logo” escrito com esperança.
Depois vinha o outro ritual — responder.
Caprichar na letra, escolher o envelope mais bonito, passar perfume (sim, perfume!), e caminhar até a agência dos Correios, coração em overclock, imaginando a carta cruzando estradas, cidades e saudades.
⏳ A lentidão bonita
Hoje tudo é instantâneo: mensagens que atravessam o mundo em segundos.
Mas naquela época, o amor tinha latência de semanas — e era justamente isso que o tornava especial.
Cada carta era um checkpoint emocional, um snapshot da alma de dois adolescentes tentando entender o tempo.
A espera era parte da magia.
Com o tempo, claro, as cartas foram rareando.
Vieram as provas, os empregos, os compromissos, os desencontros.
Até que um dia o carteiro deixou de gritar seu nome, e a caixa de correio ficou muda.
Mas o coração… o coração guardou backup.
🌅 Trinta anos depois
Hoje, em 2020, o verão ainda tem o mesmo cheiro salgado da Praia Grande.
Você passa pelo mesmo calçadão e quase pode ver o reflexo de dois jovens caminhando lado a lado.
O tempo apagou as pegadas, mas não o arquivo de memória.
E fica aquela pergunta que ecoa suave, entre uma onda e outra:
“Será que a Claudiane casou?
Teve filhos? Netos?
Será que às vezes ela também pensa naquele verão?”
Talvez sim, talvez não.
Mas o importante é que houve.
Houve aquele amor simples, sincero, que cabia em duas páginas de papel almaço e um selo de 50 cruzeiros.
🕯️ Filosofia de balcão do El Jefe
O amor de carta é o COBOL dos sentimentos — antigo, mas confiável.
Demora pra compilar, mas quando roda, grava tudo na fita da memória.
E enquanto houver lembrança, sempre haverá um E SE… flutuando no ar, suave como o vento do mar em 1991.
📮 Dica de El Jefe:
Se um dia achar uma carta antiga numa gaveta, não jogue fora.
Leia.
Sinta.
Ali mora um pedaço do que você foi — e talvez do que ainda é.
“Cartas são como conchas: simples por fora, mas cheias de oceano por dentro.” 🌊💙
Crônica – O Sobrado da Tia Guiomar e a Descoberta do Telefone
Crônica – O Sobrado da Tia Guiomar e a Descoberta do Telefone
Voltar para a Vila Rio Branco é como abrir um álbum de figurinhas antigas: cada página tem cheiro, voz, textura.
E numa dessas páginas mora um castelo — o sobrado da Tia-Avó Guiomar.
Guiomar, irmã da minha vó Alzira, formava com o Tio Francisco e os primos Silas, Noemi e Mirian aquela parte da família que, para os olhos de dois pequenos aventureiros, parecia viver num outro nível de existência. Eram a “parte rica”, como diziam os adultos, mas para mim e para a Vivi, aquilo significava apenas mais magia por metro quadrado.
O sobrado tinha escadas enormes, corredores que pareciam passagens secretas e um brilho diferente — talvez fosse da cera no chão, talvez fosse da fartura que parecia morar ali. Porque, olha… as mesas da Tia Guiomar!
Cada visita era um banquete digno de chefão final de fase. A gente mal chegava e já via os pratos alinhados, cheiro de bolo, carne assando, suco fresco… E sempre, sempre alguém dizendo: “Come mais um pouquinho, menino.”
E eu comia, claro.
Por educação.
(E porque era tudo maravilhoso.)
Mas havia algo ainda mais impressionante naquela casa. Algo que, para um garoto no final dos anos 70, era praticamente tecnologia alienígena.
O telefone.
Sim, senhor(a). UM TELEFONE.
Daqueles com fio, disco giratório e um som que parecia abrir um portal interdimensional.
Era raro, raríssimo.
No Brasil daquela época, a tal da Telesp tinha o “Plano de Expansão”. Você pagava e… esperava. E esperava. E esperava mais um pouco. E só então, anos depois, recebia a linha telefônica. Era quase como ganhar um dragão adestrado pelo correio.
Mas a Tia Guiomar… ah, ela já tinha o dela.
E aquilo me fascinava.
Eu passava horas ligando para o Disque-Historinha – 200-1234, aquele número mítico onde vozes mágicas contavam contos infantis direto para o ouvido de um menino encantado. Ligava para parentes, ligava para ninguém, ligava só para ouvir o disco girando e o click da conexão.
Era o ápice da tecnologia.
E eu, pequenino, me senti pela primeira vez um viajante intergaláctico, conversando com mundos distantes através de um aparelho fixado na parede.
Enquanto isso, o Tio Francisco, pastor da Assembleia de Deus e homem que ajudou a construir trilhos e estações do metrô de São Paulo com as próprias mãos, me ouvia. Com uma paciência bíblica, respondia minhas enxurradas de porquês. E olha que eu era um tagarela nível hard… daqueles que só param quando o sono vence.
Entre uma bronca suave e um ensinamento cristão, ele dividia histórias de vida, fé, trabalho e coragem. Para mim, era como ouvir parábolas modernas.
Noemi, a prima sempre risonha, era a guardiã das nossas aventuras internas.
A Vivi e eu corríamos de um canto ao outro, inventando mundos, criando monstros imaginários nos corredores, fingindo que o sobrado era um gigantesco castelo medieval — e ela vinha junto, rindo, guiando, às vezes tentando conter a bagunça e às vezes incentivando ainda mais.
Cada visita terminava com aquela sensação boa de tarde bem vivida.
O dia rendia, a barriga saía cheia, o coração aquecido, e a cabeça… a cabeça saía com mais histórias, mais perguntas, mais descobertas.
E o telefone.
Ah, o telefone.
Era como se, só de olhar para ele, eu visse o futuro chegando devagarinho — um futuro onde tudo seria conectado, rápido, pulsante.
Ali, naquele sobrado, eu aprendi que tecnologia não é só máquina — é encantamento, é poder falar com o distante, é encurtar mundos.
E uma história começava a ser contada só pra você.
Era bruxaria.
Era ficção científica.
Era o topo da pirâmide tecnológica dos anos 70.
Além disso, havia o êxtase supremo: falar com outros parentes pelo telefone.
Ouvir a voz deles, distante, viajando pelos fios metálicos, chegando até meu ouvido…
Era como magia industrial.
Virou um símbolo.
Do carinho da família.
Do luxo simples dos anos 70.
Da primeira vez que um menino descobriu o futuro dentro de um aparelho eletro-mecânico com um disco de plástico giratório e montes de fiozinhos de cobre.
E até hoje, quando fecho os olhos, ainda consigo ouvir o trrrrr-trrrrr da discagem, anunciando que a aventura ia começar.
Aquela casa era magica. Eu e Vivi corríamos pelo sobrado, inventando castelos e reinos, brigando, rindo, criando caos. Sempre acompanhados pela Noemi, com um sorriso enorme, olhando pra nós como quem cuida de dois pequenos monstros adoráveis — nossos “Onis de Vila Rio Branco”.
E assim, entre escadas, corredores, sermões, risadas, pratos cheios e aquele telefone que parecia abrir portais, a casa da Tia Guiomar se tornou mais do que uma lembrança.
Hoje, quando fecho os olhos, o som do disco girando ainda ecoa.
O corredor continua iluminado.
O cheiro da comida sobe do fogão.
E eu ainda sou aquele menino curioso, com a mão no telefone, descobrindo o tamanho do mundo.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020
Shindo Renmei uma história oculta pós-guerra no Brasil.
Meu pai foi hostilizados pelos Shindo Renmei
Um líder de comunidade em Garça no interior de São Paulo, foi perseguido e ameaçado por membros deste grupo, 1º de Janeiro de 1946 num discurso antes do início de uma partida de basebol. Foi o começo do fim, no dia seguinte esse homem foi marcado como traidor pelos membros da comunidade e teve que abandonar seu armazém de secos e molhados.
Um pouco de história, devido ao isolacionismo, a distância entre Brasil e Japão e os meios de comunicação ineficientes da década de 40 do seculo passado, muitos japoneses não acreditavam no final da guerra e a derrota do Japão na 2ª Grande Guerra Mundial. Por isso surgiu um grupo que negava a derrota, propagando que era invencionice dos aliados para minar a moral das pessoas, estes grupos se armaram e começaram a atacar pessoas que diziam o contrário. A comunidade de imigrantes japoneses no Brasil acabou sendo dividida em duas facções: Kachigumi: - os vitoristas, eram aqueles que acreditavam que a guerra continuava ou que tinha havido a vitória do Japão. Nem todos foram simpatizantes das ações da Shindo Renmei. Era constituído pelas pessoas mais pobres da comunidade e que ainda desejavam o retorno. Eram os mais numerosos. Makegumi: - os derrotistas, pejorativamente chamados de "corações sujos", eram os que acreditavam na derrota japonesa. Formavam o grupo mais próspero da colônia, eram melhor informados e melhor adaptados ao Brasil. Neste vídeo temos o orgulho de ouvir em primeira pessoa um relato sobre aqueles dias e suas consequências para as famílias. #Itatiba #CamaraMunicipal #Palestra #HIroshima #Nagasaki #TributoAPaz #Garça #Testemunho #Palestra #ShindoRenmei #GuerraMundial #Explosao #NUclear #Nuke #Assassinato #Politico

