sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

🏺 Diógenes e o século XXI: o cínico que habita o caos

 


🏺 Diógenes e o século XXI: o cínico que habita o caos

1. A vida minimalista e a rejeição de aparências

Diógenes rejeitava convenções, riqueza, fama e normas sociais vazias.
Ele vivia com o mínimo, questionava o poder e confrontava hipocrisia diretamente.
Hoje, você percebe paralelos:

  • Redes sociais forçam ostentação, performance e aprovação constante.

  • Trabalho e consumo saturam a vida de estímulos desnecessários.

  • Propagandas e algoritmos tentam manipular desejos.

O Cínico diria: “Desligue, minimize, questione — viva com o essencial.”
O problema moderno é que vivemos em uma aldeia de espelhos digitais que amplifica o supérfluo.


2. A crítica social radical

Diógenes não media palavras: criticava ricos, poderosos e moralistas com ironia direta.
Hoje, o equivalente seria alguém que expõe hipocrisia de mídia, política, religião e cultura pop, sem medo de ser cancelado ou silenciado.
A diferença é que o século XXI adicionou algoritmos de reforço, que podem amplificar crítica ou, ao contrário, aprisioná-lo em bolhas de confirmação.


3. Autossuficiência e liberdade interior

O Cínico acreditava que a felicidade não vinha de coisas externas — poder, dinheiro, fama — mas de autonomia e desapego.
Se refletirmos:

  • Muitos se irritam com comida, política, cinema ou trabalho (como você comentou).

  • Essa irritação é sinal de conflito entre valores internos e o ruído externo.

  • A escola cínica, nesse sentido, oferece uma ferramenta de sobrevivência mental: desprender-se do que não importa.


4. A vida moderna como “simulação de excesso”

O século XXI é como uma versão digital daquilo que Diógenes rejeitava:

  • Consumo desenfreado, aparências constantes, distrações infinitas.

  • Redes sociais criam palco para vaidade, competição e comparação.

  • Algoritmos alimentam polarização, medo e frustração.

Então, o “cínico moderno” precisa filtrar ruído, escolher autonomia, preservar atenção e discernimento — exatamente como Diógenes fazia, só que com desafios digitais e sociais diferentes.


5. Manipulação x realidade

A questão que você coloca — “quanto disso é real e quanto é manipulação do século XXI?” — é crucial.

  • O mundo moderno é projetado para explorar emoções e expectativas humanas.

  • Mas isso não invalida a percepção de injustiça, absurdo ou hipocrisia.

  • Diógenes nos ensina: a consciência do absurdo não depende da manipulação, mas de olhar com clareza e coragem.


☕ Epílogo Bellacosa

Se Diógenes vivesse hoje, provavelmente:

  • Moraria fora do consumo desenfreado, talvez numa “aldeia offline”.

  • Ignoraria polarização digital, focando em liberdade interior.

  • Questionaria a cultura, os algoritmos, a política e os rituais modernos, com ironia e lucidez.

E você, Vagner, ao se identificar com ele, está resgatando essa postura de autonomia, crítica e atenção ao essencial — algo que o século XXI insiste em ofuscar.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

🏰 As 20 Guildas e Grupos de Aventureiros Mais Emblemáticos do Universo Anime

 


🏰 As 20 Guildas e Grupos de Aventureiros Mais Emblemáticos do Universo Anime

"Uma guilda é mais do que um abrigo de missões. É onde nascem laços, cicatrizes e destinos."
— Bellacosa, Crônicas de Fiore ✨

 





🌟 1. Fairy Tail (Fairy Tail, 2009)

  • Reino: Fiore

  • Símbolo: Fada flamejante

  • Membros: Natsu, Erza, Lucy, Gray, Wendy, Happy

  • Essência: A guilda que transformou amizade em força mística.

  • Curiosidade: A sede foi destruída e reconstruída várias vezes, simbolizando a persistência e união.

  • 🎖️ Título: A Guilda das Emoções.


⚔️ 2. Adventurer’s Guild (Goblin Slayer, 2018)

  • Local: Reino sem nome, inspirado em D&D.

  • Sistema: Bronze → Adamantite.

  • Realismo brutal: Missões com morte, trauma e medo.

  • Curiosidade: A guilda é quase um sindicato burocrático — sem heróis, só sobreviventes.

  • 🎖️ Título: A Guilda do Mundo Real.


💥 3. Axel Adventurer’s Guild (Konosuba, 2016)

  • Cidade: Axel – “Cidade dos Recomeços”.

  • Personagens: Kazuma, Aqua, Megumin, Darkness.

  • Características: A paródia perfeita de uma guilda de RPG.

  • Curiosidade: Nenhuma guilda tem tanto caos, sarcasmo e sapos gigantes.

  • 🎖️ Título: A Guilda do Caos e da Comédia.


🏰 4. Ainz Ooal Gown (Overlord, 2015)

  • Origem: MMORPG Yggdrasil

  • Líder: Momonga (Ainz)

  • Natureza: Guilda que virou império.

  • Curiosidade: Cada sala da Tumba de Nazarick homenageia um jogador original.

  • 🎖️ Título: A Guilda Divinizada.


⚜️ 5. Loki Familia (DanMachi, 2015)

  • Cidade: Orario

  • Deusa Líder: Loki

  • Rival: Hestia Familia (Bell Cranel)

  • Curiosidade: O status dos aventureiros é medido como “Ficha Divina” — quase um DB2 celestial.

  • 🎖️ Título: A Guilda dos Deuses e Mortais.


🔥 6. Black Bulls (Black Clover, 2017)

  • Líder: Yami Sukehiro

  • Membros: Asta, Noelle, Magna, Luck.

  • Características: Desordeiros e carismáticos.

  • Curiosidade: Considerada a pior esquadra — até começar a salvar o reino.

  • 🎖️ Título: A Guilda dos Marginais.


🕶️ 7. Akatsuki (Naruto, 2002)

  • Origem: Grupo mercenário ninja.

  • Membros: Itachi, Pain, Kisame, Deidara, Konan.

  • Objetivo: Coletar bijuus para “paz forçada”.

  • Curiosidade: Cada membro representa um ideal quebrado.

  • 🎖️ Título: A Guilda dos Renegados.


🐉 8. Blue Pegasus, Lamia Scale e Sabertooth (Fairy Tail)

  • Essência: As guildas rivais que dão brilho às competições mágicas.

  • Curiosidade: São o contraponto — a sombra e o reflexo da Fairy Tail.

  • 🎖️ Título: As Guildas Rivais da Honra.


🌌 9. Team Natsu (Fairy Tail)

  • Descrição: Subgrupo lendário da Fairy Tail.

  • Curiosidade: Mesmo sem intenção, derrotaram dragões, deuses e impérios.

  • 🎖️ Título: O Coração da Fairy Tail.


🧭 10. Familia Hestia (DanMachi)

  • Membros: Bell Cranel, Hestia, Liliruca, Welf.

  • Curiosidade: A menor Familia do mundo... mas de alma gigante.

  • 🎖️ Título: A Guilda do Crescimento e da Esperança.


🧙 11. Phantom Troupe (Hunter x Hunter, 1999)

  • Símbolo: Aranha com número.

  • Líder: Chrollo Lucilfer.

  • Curiosidade: Mistura de guilda e seita — unem lealdade e loucura.

  • 🎖️ Título: A Guilda do Caos Elegante.


🌑 12. Gotei 13 (Bleach, 2004)

  • Função: Força militar espiritual — protetores da Soul Society.

  • Curiosidade: 13 divisões, cada uma com filosofia e honra própria.

  • 🎖️ Título: A Guilda das Almas.


🧭 13. The Guild (Made in Abyss, 2017)

  • Função: Controlar as expedições ao Abismo.

  • Curiosidade: O abismo é quase uma entidade viva — a guilda é o portal entre o humano e o desconhecido.

  • 🎖️ Título: A Guilda dos Exploradores do Infinito.


💀 14. Night Raid (Akame ga Kill!, 2014)

  • Função: Assassinato político e libertação do império.

  • Curiosidade: Todos sabem que morrerão — e mesmo assim lutam.

  • 🎖️ Título: A Guilda dos Mártires.


🕊️ 15. Straw Hat Pirates (One Piece, 1999)

  • Capitão: Monkey D. Luffy

  • Função: Piratas e sonhadores.

  • Curiosidade: Não é uma guilda formal, mas a essência da guilda: companheirismo e propósito.

  • 🎖️ Título: A Guilda dos Sonhos Livres.


⚙️ 16. Survey Corps (Attack on Titan, 2013)

  • Missão: Explorar o mundo fora das muralhas.

  • Curiosidade: Mais do que um exército — um ideal de liberdade.

  • 🎖️ Título: A Guilda dos Que Ousam.


🧩 17. SOS Brigade (The Melancholy of Haruhi Suzumiya, 2006)

  • Curiosidade: Paródia moderna de guilda estudantil.

  • 🎖️ Título: A Guilda dos Absurdos e Deusas Tímidas.


⚖️ 18. Fairy Hunters (Fairy Tail Movie)

  • Curiosidade: Grupo rival que persegue magos da Fairy Tail.

  • 🎖️ Título: A Guilda Sombria das Lendas.


🗡️ 19. Silver Fang Guild (Ragna Crimson, 2023)

  • Função: Caçar dragões e proteger reinos.

  • Curiosidade: Inspirada em guildas nórdicas de mitos antigos.

  • 🎖️ Título: A Guilda da Vingança.




☠️ 20. Nazarick NPCs (Overlord)

  • Natureza: Servos criados por jogadores.

  • Curiosidade: Fieis até o fim — mesmo sem saber o que é ser humano.

  • 🎖️ Título: A Guilda dos Ecos Eternos.


🕯️ Epílogo Bellacosa

“Uma guilda, seja de aventureiros, magos, ou sonhadores, sempre guarda um ideal: pertencer a algo maior que si mesmo.
É o elo entre o herói e o mundo, entre o sonho e o risco.
Por isso, mesmo o aventureiro solitário, em algum canto da alma, pertence a uma guilda que só ele conhece.”

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

🏰 As Guildas Mais Emblemáticas do Universo Anime

 


🏰 As Guildas Mais Emblemáticas do Universo Anime

1. Fairy Tail – “Fairy Tail” (2009)

💫 A guilda mais famosa de todas.

  • Local: Reino de Fiore.

  • Membros icônicos: Natsu Dragneel, Lucy Heartfilia, Erza Scarlet, Gray Fullbuster, Happy.

  • Características:

    • Um símbolo de amizade, lealdade e caos divertido.

    • A guilda é quase uma família barulhenta, onde as brigas são tão comuns quanto os abraços.

    • O lema: “Não importa o que aconteça, você nunca está sozinho.”

  • Curiosidade: O autor Hiro Mashima se inspirou em bares de RPG e grupos de aventureiros dos games.

  • 🎖️ Status: A mais amada e reconhecida guilda da cultura otaku.


2. Aventureiros de “Goblin Slayer” (2018)

⚔️ A guilda mais realista e sombria.

  • Local: Um mundo medieval brutal e pragmático.

  • Características:

    • Sistema de classificação por rank (porções de aço até adamantina).

    • Retrata de forma crua o dia a dia dos aventureiros, sem glamour — com mortes, medo e trauma.

    • O protagonista, Goblin Slayer, é uma lenda por sua especialização em... goblins.

  • Curiosidade: A guilda aqui é mais um órgão burocrático e perigoso do que uma fraternidade — um retrato cru do RPG realista.


3. Guilda de Aventureiros – “Konosuba” (2016)

😂 A guilda mais caótica e engraçada.

  • Membros principais: Kazuma, Aqua, Megumin e Darkness.

  • Características:

    • Paródia direta das guildas clássicas de RPG.

    • O quadro de missões é repleto de tarefas inúteis (como “matar sapos gigantes”) e o bar da guilda é o centro da comédia.

    • A guilda representa o caos e a sorte que movem os aventureiros do gênero isekai.

  • Curiosidade: As interações na guilda são tão icônicas que viraram memes eternos na comunidade otaku.


4. Ainz Ooal Gown – “Overlord” (2015)

👑 A guilda de poder supremo.

  • Origem: MMORPG Yggdrasil.

  • Fundador: Momonga (Ainz Ooal Gown).

  • Características:

    • Uma guilda de magos e seres poderosíssimos, hoje personificada por Ainz em um novo mundo.

    • Mistura o conceito de “guilda” com “império”.

  • Curiosidade: Embora tenha começado como um grupo de amigos jogadores, tornou-se uma legião de NPCs leais e um império sombrio.


5. Loki Familia – “DanMachi” (2015)

🗡️ A guilda mais estruturada e mitológica.

  • Local: Cidade de Orario.

  • Características:

    • No universo de DanMachi, as guildas são chamadas de Familias, comandadas por deuses.

    • A Loki Familia e a Hestia Familia (de Bell Cranel) são as mais icônicas.

    • Mistura de mitologia e RPG clássico.

  • Curiosidade: Cada Familia tem uma divindade patrona e um sistema de bênção que concede status e habilidades — conceito muito admirado entre fãs de RPG.


6. Blue Pegasus, Sabertooth, Lamia Scale – “Fairy Tail”

🌠 As guildas rivais lendárias.

  • Têm presença carismática e participam dos grandes torneios mágicos.

  • Representam as nuances da honra, rivalidade e redenção dentro do universo de Fairy Tail.


🏅 Conclusão — A Guilda Mais Emblemática

👉 Título incontestável:
💥 Fairy Tail (Guilda Fairy Tail) é a mais icônica, emocionalmente marcante e culturalmente difundida guilda de aventureiros em todo o universo dos animes.

Ela transcende o conceito de “grupo de missões” — é uma metáfora da amizade, superação e do poder do vínculo humano, tão presente no DNA dos shounens clássicos.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

🧠 Ferramentas para Análise de Código COBOL Legado no IBM Mainframe

 

🧠 Ferramentas para Análise de Código COBOL Legado no IBM Mainframe

Regra de ouro: no mainframe moderno, 80% do trabalho é entender o que já existe antes de mudar uma linha sequer.




🔎 1. IBM Code Review for COBOL (z/OS & IDz)

🎯 Finalidade

Análise estática de código COBOL baseada em regras configuráveis.

🛠 O que detecta

Exatamente as regras que você listou (e mais):

  • Código inacessível (Unreachable Code)

  • EVALUATE sem WHEN OTHER

  • PERFORM potencialmente recursivo

  • Violação de intervalo PERFORM

  • GO TO não estruturado

  • Uso inadequado de EXIT

  • ALTER (👻 proibidão moderno)

  • ACCEPT FROM CONSOLE / SYSIN / SYSIPT

  • STOP RUN

  • Escopos implícitos e terminadores opcionais

  • Parágrafos vazios

  • Múltiplos verbos na mesma linha

  • NEXT SENTENCE suspeito

  • CONTINUE mal utilizado

📌 Ponto forte:
Excelente para ambientes regulados, auditoria, padronização e hardening de código legado.

📎 Documentação oficial:
IBM Docs – Code Review for COBOL Rules


🧰 2. IBM Developer for z/OS (IDz)

🎯 Finalidade

IDE moderna para desenvolvimento e análise de código existente.

🛠 Recursos-chave

  • Navegação de código legado

  • Call Hierarchy (quem chama quem)

  • Data Flow Analysis

  • Impact Analysis

  • Syntax Check avançado

  • Integração com Git / RTC

  • Integração direta com Code Review for COBOL

📌 Ponto forte:
Transforma o “monolito obscuro” em algo navegável e compreensível.

🧠 Easter egg Bellacosa:
IDz é o “ISPF com esteroides, café gourmet e DevOps”.


🧬 3. IBM Application Discovery & Delivery Intelligence (ADDI)

🎯 Finalidade

Raio-X completo do legado

🛠 O que faz

  • Mapeia dependências entre:

    • Programas COBOL

    • Copybooks

    • JCL

    • DB2

    • CICS

    • VSAM

  • Gera diagramas automáticos

  • Análise de impacto de mudanças

  • Identifica código morto

  • Classifica aplicações por risco

📌 Ponto forte:
Ideal antes de modernização, refactoring ou migração.

🔥 Uso típico:

“Se eu mexer nesse campo, o que quebra no banco inteiro?”


🧪 4. IBM Debug Tool for z/OS

🎯 Finalidade

Análise dinâmica (runtime).

🛠 Recursos

  • Debug passo a passo

  • Inspeção de variáveis

  • Breakpoints condicionais

  • Debug em batch, CICS e IMS

  • Análise de loops e PERFORMs suspeitos

📌 Ponto forte:
Quando o código parece correto, mas explode em produção.

🧨 Bellacosa mode:
“Quando o dump mente, o Debug Tool fala a verdade.”


📊 5. Fault Analyzer for z/OS

🎯 Finalidade

Análise pós-falha (dump analysis).

🛠 O que entrega

  • Dumps estruturados

  • Análise de corrupção de memória

  • Identificação de variáveis problemáticas

  • Histórico de falhas

  • Integração com IDz

📌 Ponto forte:
Essencial para legado crítico 24x7.


📐 6. IBM Application Performance Analyzer (APA)

🎯 Finalidade

Entender performance do código legado.

🛠 Mede

  • Hotspots de CPU

  • I/O excessivo

  • Loops ineficientes

  • Uso de tabelas e ODO

  • Gargalos históricos

📌 Ponto forte:
Antes de “otimizar no chute”.


🔁 7. IBM Migration Utility for z/OS

🎯 Finalidade

Análise para migração e modernização.

🛠 Usado para

  • Identificar incompatibilidades

  • Preparar código para novos compiladores

  • Migrar ambientes antigos

  • Avaliar riscos técnicos

📌 Ponto forte:
Preparação técnica antes de mexer em décadas de história.


🧠 8. Ferramentas Clássicas (não subestime!)

🟢 ISPF

  • SRCHFOR

  • CHANGE

  • BROWSE

  • COMPARE

🟢 SDSF

  • Dumps

  • Jobs históricos

  • Outputs de teste

🟢 Abend-AID (quando disponível)

  • Análise visual de dumps

  • Navegação estruturada

📌 Ponto forte:
Ferramentas simples, mas insubstituíveis no dia a dia.


🧭 Como tudo isso se conecta (visão prática)

EtapaFerramenta
Entender o sistemaADDI
Ler e navegar códigoIDz
Padronizar e revisarCode Review for COBOL
Testar e depurarDebug Tool
Analisar falhasFault Analyzer
Melhorar performanceAPA
Planejar modernizaçãoMigration Utility



🧠 Conclusão Bellacosa

COBOL não sobreviveu por sorte.
Ele sobreviveu porque aprendeu a conviver com ferramentas modernas.

Trabalhar com código legado não é retrabalho — é engenharia de precisão, e essas ferramentas são o seu kit de sobrevivência.


quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

💉 2021: O Ano das Vacinas e das Conspirações

 


💉 2021: O Ano das Vacinas e das Conspirações

Por ElJefe — Crônicas do Pós-Caos para Padawans


Padawan, bem-vindo à segunda temporada do reality show mais caro da história da humanidade:
“Planeta Terra — a luta contra o invisível (parte II)”.
Depois do terror de 2020, chegou 2021, o ano em que o mundo quis acreditar que tudo voltaria ao normal.
Mas — spoiler alert — o normal já era.


⚔️ A Guerra das Agulhas

A palavra mágica do ano: vacina.
Pfizer, AstraZeneca, Coronavac, Moderna, Janssen — nomes que pareciam times de Fórmula 1, mas eram, na verdade, as grandes armas da humanidade.

Países começaram a disputar doses como se fossem ouro digital.
Alguns estocaram, outros mendigaram.
E no meio disso tudo, cada ser humano do planeta virou especialista em imunologia de WhatsApp.

— “Essa dá reação?”
— “E a eficácia?”
— “Mistura dá superpoder?”

Padawan, era o caos com bula.


🧠 O Exército das Teorias

Enquanto a ciência suava nos laboratórios, o Exército da Desinformação marchava firme pelas redes sociais.
De repente, tínhamos “médicos” de Facebook, “pesquisadores” de TikTok e “cientistas” de grupo de família.

Vacina tinha chip.
Máscara causava hipoxia.
Bill Gates queria te rastrear.
E a Terra? — ainda plana, claro.

ElJefe observava tudo com um café na mão e um suspiro no peito:

“A ignorância também é contagiosa, padawan — e o antivírus é o conhecimento.”




🕶️ O Mundo com Máscara (Ainda)

Mesmo com as vacinas, as variantes apareceram — Alpha, Delta, Ômicron.
Parecia um crossover de Pokémon com Resident Evil.
E o mundo descobriu que o vírus também sabia fazer update.

Trabalhar remoto virou padrão, as escolas tentaram se adaptar, e os tapetes vermelhos das premiações voltaram… mas com testagem e álcool em gel.
Era um mundo meio online, meio real, 100% confuso.


🏛️ Política, Polarização e Pandemia

2021 foi também o ano em que o vírus virou arma política.
Governos brigavam por narrativas, influenciadores vendiam pílulas mágicas, e a sociedade se dividia entre “vacinados” e “livres pensadores”.
O diálogo morreu, substituído por threads no Twitter e textões no Facebook.

Mas havia resistência: grupos de médicos, professores e cientistas que, mesmo exaustos, continuaram a lutar pela verdade.
E foi graças a eles que, pouco a pouco, o medo começou a perder força.


🌈 Os Primeiros Raios de Esperança

Lá pelo meio do ano, algo mudou:
As filas de vacinação começaram a andar, os gráficos de contágio começaram a cair, e o mundo voltou a sorrir — mesmo que por trás das máscaras.

As pessoas voltaram às ruas, os abraços voltaram a acontecer (ainda tímidos), e os sonhos começaram a ser reescritos.
A humanidade, ferida, mas resiliente, lembrava o que era viver.


☕ Epílogo de ElJefe

2021 foi o ano do antídoto, mas também da reflexão.
Descobrimos que a cura não vem só da seringa — vem da empatia, da paciência e do discernimento.

O vírus revelou não apenas nossa vulnerabilidade biológica, mas nossa fragilidade emocional e social.
E quando o pó baixou, restou a pergunta:

“Depois de tanto isolamento… ainda sabemos ser humanos?”

Padawan, 2021 ensinou que a ciência salva corpos,
mas a verdade e o amor salvam civilizações.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

🎄「日本のクリスマス」– O Natal no Japão: amor, bolo e frango frito🎄

 


🎄 El Jefe | Bellacosa Mainframe apresenta:

「日本のクリスマス」– O Natal no Japão: amor, bolo e frango frito

☕ Um feriado sem feriado, mas com muito coração


Enquanto o mundo ocidental se reúne em torno de lareiras, presépios e panetones, o Japão… faz fila no KFC 🍗 e reserva mesas em restaurantes chiques para encontros românticos.
Sim, meu caro leitor: o Natal japonês é uma obra-prima da reinvenção cultural, um fork da tradição ocidental com commits de fofura, marketing e amor em alta resolução.




🎅 Origens: quando o Papai Noel chegou de navio

O Japão conheceu o Natal no século XVI, quando missionários portugueses e espanhóis trouxeram o cristianismo e suas celebrações.
Mas com o fechamento do país durante o período Edo (1603–1868), a prática foi banida — o Natal sumiu dos logs.

Somente após a Restauração Meiji, com a abertura ao Ocidente, é que o espírito natalino voltou, sem religião, mas com decoração.
Lojas de Tóquio começaram a exibir vitrines iluminadas, e o Papai Noel se tornou símbolo de alegria e prosperidade — um personagem “shinto-friendly” que cabia bem no código cultural japonês.



🍰 Natal à moda japonesa: doce, leve e romântico

O Natal no Japão não é feriado nacional, mas é uma das datas mais kawaii (fofas) do calendário.
É celebrado na noite de 24 de dezembro, e o foco não é família — é romance.

Casais marcam jantares, trocam presentes e veem as luzes de inverno (イルミネーション).
🎁 Amigos trocam doces e lembrancinhas simples.
🎄 Famílias fazem jantares modestos em casa, mas sempre com dois itens obrigatórios:

🍗 Frango frito — graças a uma das campanhas de marketing mais lendárias da história do Japão.
Nos anos 1970, a KFC lançou o slogan “Kentucky for Christmas!”, e o país inteiro acreditou.
Hoje, reservar um balde de frango para o Natal é tão sério quanto comprar ingresso para o Comiket.

🍰 Bolo de Natal japonês — leve, fofo, coberto de chantilly e morangos.
Símbolo de pureza e felicidade, ele é praticamente o JCL do amor natalino: simples, bonito e sem erro de sintaxe.


🕯️ Curiosidades dignas de Bellacosa

  • 🎅 O Japão tem Natal, mas não tem feriado. O dia 25 é um dia normal de trabalho — mas as luzes continuam piscando.

  • 🍓 O Christmas Cake é tão icônico que o termo virou gíria cruel para mulheres solteiras acima de 25 — “bolo de Natal que passou do dia 25”. (Felizmente, a expressão caiu em desuso.)

  • 🕊️ Muitos templos budistas realizam concertos de sinos na virada para o Ano Novo, misturando o Natal com rituais de purificação.

  • 💡 O país investe pesado em iluminações de inverno (Winter Illuminations) — um espetáculo de LED digno de mainframe em modo gráfico.


💕 Fofoquices saídas das luzes de Tóquio

Em 1980, uma pesquisa mostrou que metade dos japoneses acreditava que o Natal era o aniversário do “Papai Noel”.
Já nos anos 2000, empresas começaram a criar pacotes de hotéis “Christmas Lovers Special” — com jantares, champanhe e vista para a Tokyo Tower iluminada.
Resultado? O Natal virou o Valentine’s Day de dezembro.

Ah, e há quem diga que muitos casais terminam logo depois — quando o “romance de Natal” expira, tipo um JOB com time-out. 😅


📺 O Natal japonês nos animes

🎄 “Tokyo Godfathers” – um dos filmes mais bonitos sobre humanidade, redenção e milagre natalino nas ruas de Tóquio.
🎁 “Toradora!” – episódio natalino clássico, com drama adolescente e luzes piscando em sincronia com corações confusos.
🍓 “Love Hina Christmas Special” – a busca por amor e confissões sob o céu de dezembro.
🎅 “K-On!” e “Cardcaptor Sakura” – mostram a fofura das festas escolares e as luzes que tornam o Natal japonês um espetáculo visual.
🎆 “Amagami SS” – transformou o Natal em evento de confissões românticas e beijos sob a neve.


💡 Dica Bellacosa Mainframe

Se quiser celebrar como um verdadeiro japonês de alma geek:

  1. Compre frango frito 🍗 (pode ser KFC, mas o air fryer também compila).

  2. Faça um bolo com morangos 🍰.

  3. Acenda luzes de LED no monitor.

  4. E envie uma mensagem:

    DISPLAY "Merry Kurisumasu, from SYSJPN!" RETURN CODE = 0000

🎅 Conclusão

O Natal no Japão não fala de religião — fala de sentimento.
É sobre pequenos gestos, luzes artificiais que aquecem corações reais, e sobre como um povo pode reescrever um feriado inteiro em sua própria linguagem.

Porque no fim das contas, seja em Tóquio ou no TSO, o que importa é o mesmo comando:
PERFORM LOVE UNTIL FOREVER.


🎄 Bellacosa Mainframe – onde até o Papai Noel usa JCL para entregar presentes.
Post do blog El Jefe, edição especial de Natal japonês.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

🌑 A solidão na estrada, rumo ao adeus

 


🌑 A solidão na estrada, rumo ao adeus

(Por Vagner Bellacosa – Bellacosa Mainframe)

No dia 20 de dezembro de 2021, a morte de meu pai ainda era uma notícia em suspenso, um pressentimento que pairava no ar como um fio de fumaça.


Mas o que realmente me feriu naquele dia não foi a morte em si — foi a reação da pessoa que deveria estar ao meu lado.

Minha namorada, na época, se chateou.
Disse que a perda do meu pai, tão próxima ao aniversário dela, era uma infelicidade, que “estragava a data”, que “marcaria para sempre aquele dia”.
Ouvi, em silêncio, tentando entender como a morte de um pai poderia ser tratada como um contratempo de calendário.
Ali percebi, com uma clareza quase cruel, o quanto estava sozinho — mesmo acompanhado.

Peguei o ônibus, naquela longa viagem rumo ao féretro e encarei os 300 quilômetros entre Campinas e Taubaté. Pensando num ciclo que terminaria ali, o adeus definitivo a Taubaté




A viagem prosseguiu com a alma em pedaços, tentando costurar o pensamento ao som do motor, sentindo o peso invisível da ausência. As inúmeras paradas pelo caminho, o chacoalhar do ônibus, as lembranças das primeiras idas ao Quiririm, ainda na década de 70. Pensando como a vida mudou e algumas coisas ficaram paradas no tempo.

Ao mesmo tempo, procurando não pensar no que ficou em Campinas, em tantos falatorios e por fim, tão pouca ação. Pensei que talvez ela pudesse ter vindo comigo — não por obrigação, mas por reciprocidade.


Afinal, eu mesmo já estivera ao seu lado em despedidas, em enterros de conhecidos dela, em momentos onde só a presença importava.

Mas dessa vez, não.



Dessa vez, era eu, o volante, a estrada e o eco das minhas próprias lembranças.

A cada quilômetro, crescia uma certeza amarga:
em muitas das minhas dores, sempre estive só.
E talvez essa solidão tenha sido o verdadeiro luto que começou naquele dia —
não o da morte do meu pai, mas o da ilusão de companhia.



Cheguei a Taubaté com o coração já em meio luto.
O silêncio da estrada parecia me preparar para o silêncio final que viria no dia seguinte.
Aquela viagem foi, no fundo, o velório antecipado —
do meu pai, da relação, e de uma parte minha que ainda acreditava que amor e presença eram sinônimos.