sábado, 30 de setembro de 2017

Vagando pela Estação Ferroviária de Valinhos

Um estação que cresceu e construiu uma cidade.


Valinhos era um distrito de Campinas, que evolui muito com o advento da ferrovia. Nesta nossa visita podemos conhecer os dois prédios que foram estações de Valinhos e ver as mudanças que no decorrer dos anos, as deixaram muito descaracterizadas, vemos que o passar dos anos não foi muito generoso com elas.

A estação ferroviária transportava as cargas do precioso ouro verde, o café ia rumo ao porto de Santos, de lá trazia outros produtos e muitos imigrantes, que vieram povoar estas terras, trazendo sua cultura, sua força de trabalho e vontade de crescer e prosperar no interior de São Paulo.

A estação perdeu as cabines de controle, a caixa d´água, diversos trilhos de ramais e plataformas foram removidos, a passagem de nível entre as plataformas esta lacrada, as telhas mostram o peso dos anos, a eletrificação outrora existente foi removida. No começo do vídeo mostrei uma casa com muro e árvores, aquele edifício era a primeira estação.

Hoje Valinhos luta para ver o trem voltando a transportar passageiros e com isso a estação reviver. Tomará que consigam, sera uma vitoria para todos.

Visitem a cidade, comam figo e conheçam esta bela estação. 






sexta-feira, 29 de setembro de 2017

☁️ z/OS 2.3 — O Mainframe que Aprendeu a Falar Cloud, REST e IA 🤖💙

 





☁️ z/OS 2.3 — O Mainframe que Aprendeu a Falar Cloud, REST e IA 🤖💙

Por Bellacosa Mainframe — onde tradição e inovação dividem a mesma LPAR ☕


O z/OS 2.3, lançado oficialmente em setembro de 2017, marcou o início da era cognitiva e containerizada do Mainframe.
Enquanto o z/OS 2.2 abriu as portas para DevOps e automação, o 2.3 trouxe o que podemos chamar de "transformação digital de dentro pra fora": APIs nativas, integração com cloud híbrida, suporte a linguagens abertas e gerenciamento autônomo de recursos.

Sim, o z/OS 2.3 é aquele tiozão que um dia programava em Assembler e, do nada, aparece falando Python, gerenciando containers e exportando logs para o Splunk. 😎

Vamos decodificar juntos os avanços, as mudanças de arquitetura e as curiosidades dignas de café e nostalgia.


🧭 1. Contexto histórico — o z/OS na era do z14 e da IA

O z/OS 2.3 foi projetado para o IBM z14, lançado no mesmo ano — uma joia de engenharia com até 170 processadores, 32 TB de memória e suporte completo a cripto on-chip.

Dados principais:

  • 📅 Lançamento: setembro de 2017

  • 🧱 Compatível com: zEnterprise EC12, z13, z13s e z14

  • 🧠 Objetivo central: simplificar, automatizar e conectar o z/OS ao ecossistema híbrido e cognitivo

  • 🧩 Suporte fim (EOS): setembro de 2022

O slogan interno da IBM era quase poético:

“From Stability to Agility.”
Ou seja, transformar a robustez lendária do mainframe em agilidade sem sacrificar confiabilidade.


💾 2. Memória e endereçamento — 64 bits na veia e no coração

O z/OS 2.3 consolidou o modelo 64-bit total, o que significa:

  • Todas as principais áreas do sistema (LPA, CSA, SQA, Pageable link packs) passaram a operar em espaço de 64 bits.

  • Suporte a 2 TB por address space e melhorias no paging inteligente.

  • Memory Objects otimizados com menos overhead em z/Architecture.

📊 Resultado técnico: workloads como DB2 e IMS aumentaram 10 a 15% de throughput apenas pela reorganização do gerenciamento de memória.

💡 Bellacosa Curiosidade: o 2.3 foi o primeiro z/OS que praticamente aposentou o “modo 31 bits” no nível de sistema — mas ele ainda vive escondido em alguns programas legados (sim, aquele Assembler do século passado ainda funciona!).


⚙️ 3. PR/SM, HiperDispatch e créditos de CPU — inteligência no balanceamento

O PR/SM (Processor Resource/System Manager) e o HiperDispatch evoluíram consideravelmente no 2.3:

Destaques técnicos:

  • Dynamic Capping: redistribui créditos de CPU em tempo real com base no workload WLM.

  • SMF 70-1 passou a registrar novos campos de “LPAR entitlements” e “core utilization efficiency”.

  • Workload Manager (WLM) ganhou consciência cognitiva — adaptando pesos automaticamente segundo padrões históricos de uso.

  • PR/SM agora reconhece diferenças entre Integrated Facility for Linux (IFL), zIIP, ICF e CP, otimizando rotas de execução.

🎩 Easter Egg técnico: no SMF 72-3, um novo campo “WLM Decision Cycle Time” foi introduzido — uma pista do nascimento do Intelligent Resource Management, base do z/OS AI Framework do z16.


🧰 4. Aplicativos internos — o z/OS aprende a automatizar a si mesmo

O z/OS 2.3 levou o z/OSMF (z/OS Management Facility) ao próximo nível.
Antes um painel de controle, agora ele era uma plataforma completa de automação e APIs RESTful.

🌐 z/OSMF 2.3 — o cérebro orquestrador:

  • Novo Workflow Editor com suporte a JSON Templates e execução remota.

  • z/OSMF Workflows as a Service — rodar fluxos em outras LPARs.

  • REST APIs públicas para gerenciamento de datasets, JES, e parmlibs.

  • z/OSMF Lite Mode — uma versão enxuta para ambientes de teste e POCs.

  • ZOSMF Plug-ins: começou a era da extensibilidade via plugins customizados.

💬 Bellacosa Nota Técnica: essa mudança abriu espaço para integração nativa com Jenkins, Ansible e UrbanCode Deploy, nascendo o conceito de Mainframe DevOps Pipeline.


🧩 5. Softwares e subsistemas — o ecossistema se reinventa

🔹 JES2 2.3

  • Suporte completo a Unicode e UTF-8.

  • Dynamic Checkpoint Rebuild (não precisava mais reiniciar para reconstruir spool).

  • Novo job hold reason codes (para debugging mais detalhado).

  • Preparado para JES2 running em z/OSMF APIs — sim, o spool agora tinha REST!

🔹 RACF 2.3

  • Autenticação multifator experimental (MFA via IBM TouchToken e RSA).

  • Políticas de senha mais granulares via IRRPRMxx.

  • Novos registros SMF 83 para auditoria de MFA e certificados digitais.

🔹 UNIX System Services

  • OpenSSH 7.4, Python 3.6, Node.js 8 e Zowe compatibility layer.

  • Melhorias no zFS (z/OS File System) com asynchronous write cache.

  • Enhanced fork — 25% mais rápido em execução de scripts longos.

🔹 DFSMS 2.3

  • Tiering automático baseado em ML heuristics.

  • Catalog search engine redesenhado (adeus à lentidão crônica do IDCAMS LISTCAT 😅).

  • DFSMShsm otimizado para fast recall e HSM journaling.


🧠 6. Instruções de máquina e o poder do z14

Com o z14, vieram instruções novas e poderosas, que o z/OS 2.3 aproveitou ao máximo:

  • Crypto on-chip AES-GCM e SHA-3 (sem precisar de Crypto Express externo).

  • Vector Packed Decimal (VPD) — aceleração matemática de 8 a 10x.

  • Hardware-assisted garbage collection para Java.

  • Machine Check Enhancements (MCE): detecção proativa de falhas em memória.

📈 Em benchmarks internos, workloads Java no z/OS 2.3 rodando em z14 mostraram ganhos de 30% de performance, com menos 40% de uso de CPU.


🧩 7. z/OS Connect EE e a era das APIs REST

O z/OS Connect Enterprise Edition (v3) virou cidadão de primeira classe no 2.3.
Com ele, CICS, IMS e DB2 passaram a se comunicar com o mundo moderno via REST e JSON.

  • Suporte nativo a Swagger/OpenAPI 2.0

  • API Toolkit para criação visual de endpoints

  • Conversão automática de COBOL copybooks para JSON

  • Integração direta com API Gateway e IBM DataPower

💬 Bellacosa Curiosidade: durante os testes internos, engenheiros IBM chamavam o z/OS Connect EE de “Alexa do CICS” — porque ele transformava transações em conversas entre sistemas. 😂


🔒 8. Segurança e criptografia — o z/OS mais paranoico da história

O z/OS 2.3 trouxe uma revolução silenciosa na segurança:

  • Pervasive Encryption: suporte completo a datasets criptografados com chaves AES-256 no DFSMS.

  • ICSF (Crypto Services Facility) expandido para ECC e SHA-512.

  • AT-TLS com SNI e suporte a TLS 1.3 (beta).

  • SMF 119 — logs detalhados para auditorias TLS e IPsec.

💡 Bellacosa Insight: foi o primeiro passo para o “zero trust” real no mainframe.


🧙‍♂️ 9. Curiosidades e bastidores (as fofoquices técnicas que a IBM não conta 😏)

  • Internamente, o projeto era chamado de “Project Aurora”, porque o z/OS 2.3 nascia junto ao z14, codinome Mills (em homenagem a Frederick P. Brooks).

  • O time do z/OSMF implementou a primeira interface REST testada via Postman.

  • Foi a primeira vez que o z/OS foi testado rodando em um ambiente virtual distribuído híbrido (z14 + z13).

  • Algumas demos internas mostravam um chatbot RACF — sim, um protótipo de IA respondendo “quem tem acesso ao dataset X?”. 😂


🚀 10. Conclusão — o z/OS 2.3 e o nascimento do Mainframe Híbrido

O z/OS 2.3 é o ponto onde o mainframe deixou de ser apenas um sistema operacional robusto e virou um ecossistema digital inteligente.
Ele abriu caminho para o Zowe, para a observabilidade moderna, e para o DevSecOps mainframe, que hoje são realidade no z/OS 3.x.

💬 O 2.3 foi o último z/OS da velha guarda — e o primeiro da nova geração.
Um verdadeiro divisor de eras entre o batch e o cognitivo, entre o 3270 e o JSON.


Bellacosa Mainframe ☕
🧠 Onde bits têm alma, spool tem ritmo e o JES dança conforme o WLM.
💬 E você, padawan — lembra a primeira vez que rodou um workflow no z/OSMF 2.3 e ele simplesmente funcionou?
Conta aí: foi magia, medo ou “só pode ser bruxaria IBM”? 😄



A falta que faz a Estação ferroviária de Valinhos

O povo quer a ferrovia de volta.


A Companhia Paulista colonizou e povoou estas terras, antigos distritos se transforam em cidades tais como Louveira, Vinhedo e Valinhos que devem sua desenvolvimento e prosperidade aos caminhos de ferro, estas cidades se desenvolveram a partir das estações ferroviárias. 

Valinhos é um caso impar, originalmente tinha uma pequena estação, quase um apeadeiro, mas a cidade se desenvolveu tanto e tao rápido que passado 20 anos da primeira estação, estava obsoleta foi necessário ser construída a segunda estação esta que existe ate os nossos dias.

Num caso curioso a primeira estação não foi demolida, mas sim convertida em casa de habitação, sendo a casa em tijolos mais antiga ainda existente em Valinhos. Em nosso vídeo eu mostro os muros e o telhado desta casa.

Nós visitamos todos os detalhes da estação ferroviária com um marco de tombamento do IBGE, é uma pena a antiga caixa d´água ter sido demolidas e a as cabines de controle ferroviários. Vários trilhos da plataformas laterais e ramais foram removidos ficando apenas uma pálida memoria daquilo que foi.

Oxalá um dia esta estação retorne aos dias gloriosos dos caminhos de ferro e volte a receber composições de passageiros.




quinta-feira, 28 de setembro de 2017

O Museu Fantástico na Estação ferroviária de Valinhos

Mais que memorias, homenagem as pessoas que fizeram a diferença.

Um Museu é um lugar único, um janela aberta para o passado, onde podemo encontrar coisas únicas que pertenceram a alguém e foram muito importante para elas, pois a conservaram com muito carinho. Nós somos consumistas natos e quando algo perde a utilidade vai direto para o lixo. Por isso admiro essas pessoas que guardaram e conservaram esses objetos que hoje estou vendo em minha visita. 

Estou em Valinhos, dentro do átrio principal da Estação Ferroviária de Valinhos, transformado em Museu histórico e cultural da cidade, as salas que antes faziam parte do cotidiano da Estação tais como : sala de espera, administração, sala do chefe, refeitório, guiché da bilheteria e o posto do telegrafo. Foram adaptadas e servem atualmente para expor os diversos objetos.

Visitamos a plataforma principal  com os dados geográficos com a distancia em Km da estação principal (Jundiaí) e altitude, encontramos os restos da alavanca da cabine de controle, a passagem subterrânea e varias obras de arte espalhadas pela estação.

No século XIX esta região eram pasto de engorda e entreposto de trocas comerciais dos bandeirantes paulistas, ninguém imaginava que um dia a ferrovia chegaria e mudaria esta cidade, atualmente a população esta ansiosa pelo retorno dos trens. Quem sabe um dia voltaremos a ouvir o apito do revisor e o característico grito TODOS A BORDO.




quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Crise na saúde discutida na Sessão da Camara: panem et circenses

Uma sessão muito louca na Câmara Municipal de Itatiba

A crise na saúde publica de \Itatiba, a cada dia que passa, aumenta mais, Em 2017 foi um ano em que tudo que poderia dar errado, deu. Começa pelo convite sem licitação publica de prestadora de serviços, seguida pela demissão em massa de funcionários da Santa Casa, antiga prestadora do serviço.

Em paralelo é feita uma mega seletiva de empregos para ocuparem postos na nova prestadora de serviços, a noticia correu pelas redes sociais e veio gente de toda a região, que algumas pessoas acusaram de ser imparcial e não respeitar a experiencia dos envolvidos.

Enquanto isso divida com a Santa Casa continuou a aumentar, e o barulho começou a tomar proporções épicas, as redes sociais viraram palco de batalha, dividido em 2 alas principais, os defensores da nova gestão e os oposicionistas, com muito ruido para cada lado.

As sessões mais animadas ocorreram justamente quando os vereadores tentavam explicar para o povo, que estavam ali defendendo a saúde, e ao mesmo tempo a guerra que rolava nos microfones, todos querendo aparecer na tvi. Sim o barulho chegou a TV, Radio, Internet e boca do povo.

Para piorar ainda mais, acabou o contrato da nova empresa e passaram o novo contrato para a Santa Casa e para piorar outra empresa venceu o contrato e chegou uma nova, um verdadeiro samba do criolo doido.

Nessa bagunça ninguém mais sabe com certeza, quem foi demitido, quem foi readmitido, quem recebeu as contas direitinho e sem mutreta, enfim ta todo mundo muito louco.

Esse vídeo foi uma das diversas sessões animadas na Câmara Municipal de Itatiba. Tem sido um triste espetáculo de circo, como sabemos quem sempre paga o pato é o povo, muito circo e pouco pão.




E

terça-feira, 26 de setembro de 2017

SP 065 curtindo o entardecer numa viagem até Campinas

Viajando para Campinas e vendo um belo por do sol.

Adoramos pegar estrada e a rodovia SP 065 Dom Pedro é nossa avenida, faça chuva, faça sol estamos sempre circulando no sentido leste e oeste, apreciando a paisagem, vendo o que sobrou de antigas fazendas do século XIX.

No trecho entre Itatiba e Valinhos temos grande quantidades de pedra, parece que foram plantadas nas colinas, as vezes conseguimos ver trechos do Rio Atibaia, pontes sobre ribeirões e até mesmo um hidroelétrica dos primórdios do século XX. 

Entre o trecho de Valinhos e Campinas quase não existe mais zona rural, pois a cidade cresceu tanto que vemos inúmeros motéis, galpões e fabricas, tendo mesmo bairros residências com condomínios e vilas.

Nossa viagem segue tranquila com a bela luz vermelha do poente. O dia esta acabando logo estaremos em Campinas, pegando o Formiga, para em seguida irmos até o aeroporto de Viracopos retirar uma encomenda na Azul.






segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Procurando a DHL no Aeroporto de Viracopo

Andando em círculos no aeroporto de Viracopos - Campinas / SP

Estamos na estrada de novo, desta vez nos dirigindo ao Aeroporto de Viracopos em Campinas, o dia esta praticamente acabado, os últimos raios solares lançam sua luz lá longe no horizonte, o céu esta naquele azul escuro quase noturno, podemos vislumbrar as primeiras estrelas.

Viemos retirar uma encomenda aérea na Azul Cargas, com o AWB em mão estamos perdidos nas ruelas próximo ao aeroporto, realmente a sinalização existente não ajuda em nada, tivemos que perguntar para um segurança onde ficava a Azul, a referência que tivemos foi procurar a DHL.

Enfim estamos circulando pelo aeroporto em busca destas empresas, depois de algumas voltas para lá e cá, achamos a DHL e um pouco mais a frente a azul. Fiquei um pouco frustado pois esperava um hangar moderno, e encontrei um puxadinho feito com contentores e um telhado de zinco, pegamos nossa encomenda, diga-se de passagem um lugar meio assustador, quase no campo, com mato alto e pouca iluminação.

Agora vamos retornar a SP`075 Rodovia Santos Dumont no sentido Campinas e posteriormente a SP 065 Rodovia Dom Pedro Tendo como pano de fundo o anoitecer nesta visão pouco usual do aeroporto.