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Este blog é o diário de um otaku apaixonado por animes, tecnologia de mainframe e viagens.
Cada entrada é uma mistura única: relatos de viagem com fotos, filmes, links, artigos e desenhos, sempre buscando enriquecer a experiência de quem lê.
Sou quase um turista profissional: adoro dormir em uma cama diferente, acordar em um lugar novo e registrar tudo com minha câmera sempre à mão.
Entre uma viagem e outra, compartilho também reflexões sobre cultura otaku/animes
Um grupo de amigos há 10 anos atrás juntaram-se e começaram a trabalhar para por em pratica um sonho. Construir uma ferrovia em escala, com um trabalho sem parar, construíram mais de 300 metros de trilhos distribuídos em 3 níveis, criaram um diorama que representa a Estação Central de Campinas com varias estruturas, uma refinaria de petróleo, armazéns e silos, casa e botecos, pessoas e animais.
No material ferroviário existem diversas locomotiva a vapor, elétricas e diesel, vagões de carga e carruagens de passageiro, lindo de ser ver, perde-se a noção do tempo, assistindo o vai e vem das composições, o comboio parte da plataforma principal, gruas se movimentam com contentores.
O grau de realismo espanta vendo a vegetação rasteiro, as arvores, as construções com desgaste do tempo, as pontes em madeira, pontes em ferro. Tudo construído com profissionalismo e esmero para para comporem o cenário.
Quem curte maquetes em escala H0 tem a obrigação de visitar o complexo da Fepasa em Campinas. Aqui na sala de controle existe uma ferrovia em miniatura que encantara a todos.
O que é a Cabine de controle número 2?
É uma construção singular, situada na Estação Ferroviária de Campinas no sentido interior, próximo a a antiga plataforma da Mogiana. Sua função era controlar os movimentos das locomotivas e locomotoras nos diversos ramais que existiam na estação, através de alavancas mecanizadas abria-se ou fechava-se um desvio para outro trilho. Em suas paredes havia mostradores analógicos que indicavam o status da linha e a movimentação no local. O mostradores eram eletro-mecânicos numa era em que tudo era a válvulas, testemunhas de um tempo em que não existiam computadores nem celulares.
Devido a burocracia estatal e a falta de vontade de alguns políticos, a estação de São Roque esta voltando ao abandono. Infelizmente o projeto de trem turístico puxado por uma locomotiva a vapor esta empacado em alguma gaveta de gabinete.
Faz pouco mais de 10 anos que esta estação foi restaurada para abrigar um passeio sobre a serra em locomotivas a vapor, porém esta tudo parado, o prédio é aberto a visitação onde podemos ver a bilheteria, o posto de telegrafo, o saguão de espera, construída em estilo arquitetônico local, ela tem uma peculiaridade foi construída em cima de um morro.
Esta região esta próxima a serra do mar, por isso tem muitas colinas e montes, a cidade de São Roque foi construída num plato e como não havia outros os engenheiros da Estrada de Ferro Sorocabana tiveram que se esmerar e construíram muitas obras de arte da engenharia, pontes e viadutos, tornaram esta ferrovia bem cara e deficitária.
A cidade de São Roque é uma estancia turística, famosa por anualmente promover a Festa do Vinho e da Alcachofra, com vários pontos de natureza intocada, parques temáticos e hotéis fazendas fazem dela um destino agradável para feriados e finais de semana.
Sem contar o o vinho de São Roque nacionalmente conhecido, que segundo se consta, no passado quando o trem parava na estação, o publico masculino descia correndo para ir apreciar uma boa caneca de vinho e comprar um garrafão pra levar para casa.
Percorrendo o interior da Estação Central de Campinas
Todos a bordo, estamos no interior da estação central de Campinas, uma magnifica obra arquitetônica, hoje transformada em Centro Cultural com oficinas de danças, canto, teatro, pintura e espaço para todas as tribos, com animados encontros e festas.
Entrando pela porta principal podemos vislumbrar toda a grandiosidade da Cia Paulista, seu imponente lobby, hoje transformado em galeria com muitas exposições de artes, que engrandecem esse espaço. o salão principal antigamente eram repleto de bancos, onde passageiros e suas bagagens aguardavam a chegada do seu trem, familiares ansiosos esperavam a chegada dos entes queridos. Palco de despedidas e reencontros.
O complexo da estação é rico em construções, com diversos prédios, escritórios, depósitos, almoxarife, usina termoelétrica, oficinas, galpões, ranchos, 2 plataformas uma da Paulista e outra da Mogiana e a cabine de controle número 2.
Para quem ama ferrovia esta estação eh bem completa pode-se conhecer visualmente como funcionava uma estação, espero que gostem do video, esqueci de mencionar que ali funciona uma barbearia retro, o tiro de guerra e tem uma lanchonete, ora aberta, ora fechada.
Aviso aos navegantes, cuidado ao caminhar nos trilhos, pois as linhas ainda funcionam para o transporte de carga e não vai querer ser atropelado por um comboio de 50 toneladas. Compareça aos sábados e veja a vida voltando a fluir na estação, cheia de gente e com muita animação.
Começamos nossa aventura caminhando pela Catedral de Campinas, seguindo rumo há um tesouro arquitetônico do seculo XIX, que passou por 8 grandes transformações até chegar ao estado atual. Estamos caminhando rumo a estação ferroviária Central de Campinas, outrora um centro nevrálgico da cidade.
Daqui partiam trens para o interior do estado, para a capital e o porto de Santos, para Jaguariúna com constante movimento, 24 horas por dia, trens de passageiros, trens de carga, ligando todo o estado de São Paulo. Neste micro cosmo da cidade, passavam trabalhadores durante o dia e na calada da noite boêmios, prostitutas, marginais e mendigos. Aqui havia oportunidade para todos ganharem alguns trocados ou pelos menos uma boa diversão.
Passaram por aqui milhões de pessoas em seu quase 150 anos de existência, viu o transporte ferroviário, evoluir e gradualmente desaparecer. Foi abandonada, ficou decadente, até que virou centro Cultural, venha prestigiar o trabalho de tantos homens que desde o seculo XIX trabalharam aqui modificando e incluindo novos acabamentos, ou ao menos conservando para que não virem ruínas.
Veja o trabalho em tijolo, as peças em ferra forjado e fundido, a torre do relógio, as exposição temporárias no salão principal, veja as peças expostas que lembram o passado da Estação, adentre pelas salas, veja como eram as bilheteiras, passe a plataforma número 1 e relembre como era uma vez, quando os trens aqui chegavam, locomotivas a vapor, trens elétricos, trens a diesel.
Hoje passa por uma época inglória, futuro incerto, correndo risco de se perder para sempre, ajude-nos a proteger a estação, divulgue, comente, partilhe. Vamos fazer uma corrente para salvar a Estação e orar para que dias melhores retornem a este prédio simbolo do crescimento de uma cidade. Que voltem os trem urbanos e intercidades.
O passado exposto do Mercado Municipal de Campinas.
Todos a bordo!!!! Estamos em mais uma exploração ferroviária, hoje em Campinas visitando a antiga e descaracterizada estação Carlos Botelho da antiga Ferrovia Funilense.
O Mercado Municipal de Campinas um prédio único com suas linhas moçárabes desenhado e construído por Ramos de Azevedo hoje abriga o Mercado Municipal, porem outrora fora o quilometro zero da Funilense, servindo de garagem, galpão, armazém, abrigo, deposito e escritório central desta ferrovia.
De um lado ferrovia com trilhos e do outro doca seca para desembarque e embarque de produtos agrícolas da região, venha ate aqui e solte sua imaginação para viajar no tempo das locomotivas a vapor.
Um belo exemplo da arquitetura inovadora de Ramos de Azevedo, memoria viva do século XIX, quando nosso país fervilhava em ideias, o progresso obtido pelas receitas do café fez Campinas crescer, tanto economicamente, como culturalmente, escritores, jornalistas, músicos, poetas e pintores. Sendo o exponente máximo o maestro Carlos Gomes.
A imigração trouxe novos habitantes e diversos distritos se transformaram em cidades, fazendo o mapa de São Paulo fragmentar-se como uma colcha de retalhos, vivo, pulsante e cheio de vida. Tal como é o mercadão hoje, venha visitar e sentir os aromas das especiarias, comprar peixes e mariscos frescos, grãos e frutos secos.
Quando estiver aqui, pense que aqui era uma estação com locomotiva a vapor chegando e apitando forte piuuuiiiiiiiiiiiii!!!!
A linha das colinas da Mogiana em Monte Alegre do Sul
Na área escondidinha do local onde se inicia a serra da Mantiqueira, numa pequena e bucólica cidade no alto das montanha esta localizada a estação ferroviária de Monte Alegre do Sul, ponto final do ramal Amparo da Antiga Cia Estrada de Ferro Mogiana.
A primeira vez que estive em Monte Alegre do Sul foi em 1994, me apaixonei pelo lugar, muito verde e construções que preservam a memoria da cidade, quem for curioso, pode explorar outras áreas da cidade, pois existem algumas fontes de águas medicinais, uma deliciosa terma para relaxar do stress, aqui é um lugar onde o verde é predominante na região, muitas árvores, parques e jardins para uma boa caminhada, alguns momentos de tranquilidade e um bom bate papo.
Voltando na estação podemos ver os antigos escritórios da ferrovia, armazém de cargas e podemos usar a imaginação, voltando no tempo e vendo as charretes esperando o trem chegar para levar os passageiros recém chegados as fazendas, as carroças descarregando sacas de café e carregando itens que chegavam nos trens cargueiros.
Aqui nesta cidade em 2017 encontramos 500 metros de linha ferroviária, construídos em anos recentes para pequenos passeios e atração turísticos, uma ponte de ferro que segue rumo a Socorro, que foi um sub-ramal do ramal prolongando a estrada de ferro por mais alguns quilômetros.
A locomotiva a vapor
Nossa outra bela surpresa è uma locomotiva a vapor com seu tender e um carro de passageiros em madeira com bancos de 1 classe (couro e estofado).
A locomotiva inglesa Beyer de Manchester 4-6-0 de 1910 com numero 351 da Mogiana com tender, esta operacional e em eventos festivos ela percorre os trilhos existentes, apitando, tocando o sino e avisando a todos que a locomotiva esta aqui.
A cidade de Itapetininga surgiu graças aos tropeiros que seguiam rumo ao sul do país, por ser uma planície bem irrigada e com muita áreas de terras férteis, rapidamente produtores de café vieram se estabelecer e com isso houve a necessidade de se escoar esta produção.
Mas existe um porém a ferrovia não chegava, coube a EFS - Estrada de Ferro Sorocabana administrar essa linha férrea, que sofreu durante muito tempo com o abandono governamental, desde as obras paradas e lentidão das construções, em nossa visita a Itapetininga o ano de 1995 visitamos a estação que era o 3º prédio construído para este fim.
Muito movimentada nos tempos dos caminhos de ferro, fazia ligação com a linha Paraná que permitia chegar até Curitiba e o porto de Paranaguá, caminho alternativo para desafogar o Porto de Santos. Deste ramal ferroviário surgiram diversas cidades da parte sul do estado.
No largo da estação na época havia uma locomotiva a vapor e seu tender, protegida por grades estava em bom estado de conversação e ainda podíamos ver o poste de telégrafos com seus diversos ramais.
Falando da Locomotiva
Estamos visitando a Estrada de Ferro Sorocabana e visitamos a estação ferroviária de Itapetininga mostrando a evolução desde 1995 para verem como o patrimônio ferroviário esta abandonado. Inclusive existe uma locomotiva 4-8-0 a vapor estacionado no patio juntamente com seu tender.... onde estará? Quem sabe mais detalhes técnicos sobre ela? comentem. obrigado
Tomar a mítica cidade dos Cavaleiros da Ordem de Cristo, sucessores dos Cavaleiros Templários, esta cidade foi durante muitos anos a fronteira entre o mundo cristão e os mouros, daqui se planejavam todos os movimentos da reconquista.
Nos tempos de planejaram as grandes navegações portuguesas, auxiliaram financeiramente a construção de navios e contratação de bons marinheiros, centro de cultura com uma grande abadia, castelo defensivo, estábulos, forjas, armeiros, ferreiros, carpinteiros e construtores fizeram a fama de Tomar correr os seculos.
Quem pensa que as aventuras são fáceis, ledo engano, para terem uma ideia, na viagem a Tomar, saímos de casa por volta das 5 e só fomos chegar as 10. Correndo sempre atrasados para pegar um transporte.
Para chegar a Tomar tivemos que pegar trem e metro ate chegar na Expo (Estação Oriente) e de la seguir ate a estação de Tomar, apreciando a paisagem, as vezes dormindo, as vezes conversando e fazendo piquenique dentro do Comboio.
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Mas toda viagem é uma delicia, chegamos em Tomar e fizemos a exploração básica, vendo a estação minuciosamente, encontrando uma bomba d'água antiga, um belo exemplar de relógio de estação, vendo vagões estacionados nas plataformas e vendo os trens e caminhando acabamos encontrando a estação de caminhoneta.
Um tesouro escondido entre prédios e sofrendo pela especulação imobiliária.
A cidade de Campinas por estar em uma região estratégica serviu de entroncamento para diversas estradas de ferro, devido ao boom econômico provocado pelo café, ponto de partida para a expansão rumo ao interior.
Para aqueles que não conhecem a história ferroviária, Campinas teve inúmeras estações: Estação Central, Estação Guanabara, Estação Boa Vista, Estação Bonfim, Estação Carlos Botelho, sem contar as outras pequenas e os apeadeiros espalhados pelos quatros cantos do município.
As grandes companhias também estavam aqui: Companhia Paulista de Estrada de Ferros, Companhia Mogiana de Estrada de Ferros, Estrada de Ferro Sorocabana, Companhia Carril Funilense e depois a FEPASA assumiu tudo.
A estação do Guanabara foi restaurada e hoje foi transformada em centro cultural, pena que as oficinas foram demolidas e o trilhos removidos, ao fundo ainda podemos ver algumas ruínas, será que algum dia um mecenas as restaura-las. Alguns armazéns também foram poupados e nos fornecem uma visão de como eram os trabalhos.
Acredito que nosso governo deveria proteger esse legado e arrumar alternativas para que não caiam no esquecimento e sejam demolidos para se transformarem em edifícios ou shoppings centers.
Valinhos era um distrito de Campinas, que evolui muito com o advento da ferrovia. Nesta nossa visita podemos conhecer os dois prédios que foram estações de Valinhos e ver as mudanças que no decorrer dos anos, as deixaram muito descaracterizadas, vemos que o passar dos anos não foi muito generoso com elas.
A estação ferroviária transportava as cargas do precioso ouro verde, o café ia rumo ao porto de Santos, de lá trazia outros produtos e muitos imigrantes, que vieram povoar estas terras, trazendo sua cultura, sua força de trabalho e vontade de crescer e prosperar no interior de São Paulo.
A estação perdeu as cabines de controle, a caixa d´água, diversos trilhos de ramais e plataformas foram removidos, a passagem de nível entre as plataformas esta lacrada, as telhas mostram o peso dos anos, a eletrificação outrora existente foi removida. No começo do vídeo mostrei uma casa com muro e árvores, aquele edifício era a primeira estação.
Hoje Valinhos luta para ver o trem voltando a transportar passageiros e com isso a estação reviver. Tomará que consigam, sera uma vitoria para todos.
Visitem a cidade, comam figo e conheçam esta bela estação.
A Companhia Paulista colonizou e povoou estas terras, antigos distritos se transforam em cidades tais como Louveira, Vinhedo e Valinhos que devem sua desenvolvimento e prosperidade aos caminhos de ferro, estas cidades se desenvolveram a partir das estações ferroviárias.
Valinhos é um caso impar, originalmente tinha uma pequena estação, quase um apeadeiro, mas a cidade se desenvolveu tanto e tao rápido que passado 20 anos da primeira estação, estava obsoleta foi necessário ser construída a segunda estação esta que existe ate os nossos dias.
Num caso curioso a primeira estação não foi demolida, mas sim convertida em casa de habitação, sendo a casa em tijolos mais antiga ainda existente em Valinhos. Em nosso vídeo eu mostro os muros e o telhado desta casa.
Nós visitamos todos os detalhes da estação ferroviária com um marco de tombamento do IBGE, é uma pena a antiga caixa d´água ter sido demolidas e a as cabines de controle ferroviários. Vários trilhos da plataformas laterais e ramais foram removidos ficando apenas uma pálida memoria daquilo que foi.
Oxalá um dia esta estação retorne aos dias gloriosos dos caminhos de ferro e volte a receber composições de passageiros.
Mais que memorias, homenagem as pessoas que fizeram a diferença.
Um Museu é um lugar único, um janela aberta para o passado, onde podemo encontrar coisas únicas que pertenceram a alguém e foram muito importante para elas, pois a conservaram com muito carinho. Nós somos consumistas natos e quando algo perde a utilidade vai direto para o lixo. Por isso admiro essas pessoas que guardaram e conservaram esses objetos que hoje estou vendo em minha visita.
Estou em Valinhos, dentro do átrio principal da Estação Ferroviária de Valinhos, transformado em Museu histórico e cultural da cidade, as salas que antes faziam parte do cotidiano da Estação tais como : sala de espera, administração, sala do chefe, refeitório, guiché da bilheteria e o posto do telegrafo. Foram adaptadas e servem atualmente para expor os diversos objetos.
Visitamos a plataforma principal com os dados geográficos com a distancia em Km da estação principal (Jundiaí) e altitude, encontramos os restos da alavanca da cabine de controle, a passagem subterrânea e varias obras de arte espalhadas pela estação.
No século XIX esta região eram pasto de engorda e entreposto de trocas comerciais dos bandeirantes paulistas, ninguém imaginava que um dia a ferrovia chegaria e mudaria esta cidade, atualmente a população esta ansiosa pelo retorno dos trens. Quem sabe um dia voltaremos a ouvir o apito do revisor e o característico grito TODOS A BORDO.
A Estrada de Ferro Sorocabana é o maior exemplo de como as coisas funcionam no Brasil, infelizmente ela é o exemplo clássico da má gestão do dinheiro público. Inicialmente iniciou suas atividades como empresa privada, deficitária passou por diversas administrações ruinosas até que passaram a mãos do estado.
Seu nome original era Companhia de Estrada de Ferro Sorocabana em 1875, iniciou suas atividades deficitárias, pois sua operação era mais dispendiosa que suas receitas, operando no vermelho já e seus primórdios, após troca de gestores resolveram fazer um aumento de capitais e expandiram a ferrovia rumo a áreas mais propicias no oeste do estado de São Paulo, por volta desta altura possuía 422 quilômetros.
Em 1892 nova alteração nos quadros uniram-se a Estrada de Ferro Ytuana dando origem a uma nova empresa a CUSI - Companhia União Sorocabana e Ituana funcionou aos trancos e barrancos até que em 1904 foi a falência, sendo adquirida por um consórcio do Governo Federal que revendeu a província de São Paulo.
Em 1907 foi arrendada e passou a fazer parte da Brazil Railway Company, essa nova empresa não durou nada, foi apenas uma troca de dinheiro, com avultosa perda para o Estado, em completa penúria, com locomotivas sucateadas e trilhos em completo abandono.
Com verbas estatais atingiu sua época de ouro, criou-se a oficina de Assis, completou a expansão a oeste, ligou-se a ferrovias no sul do país, permitindo viagens até o sul do país, desenvolveu a região oeste e trouxe progresso até nova reestruturação em 1971, passando a denominar-se FEPASA. Com tantas fusões, aquisições, cisões, incorporações e outras tentativas de salvar a saúde financeira, mesmo assim a empresa morreu em 1995
Voltando a Indaiatuba e sua estação central.
Num tremendo golpe de sorte, o povo de Indaiatuba conseguiu a guarda da locomotiva Baldwin 4-4-0 Regina número 10 da Estrada de Ferro Sorocabana, usando de manobras politicas e muito jogo de gabinete, para trazer esta icônica locomotiva a vapor..
A cidade deve conservar seus tesouros e lutar por adquirir mais, neste contexto Indaiatuba esta de parabéns. Conseguiram resgatar o seu passado histórico reformando e conservando o antigo complexo ferroviário, instalando alguns metros de trilho. Criando um museu ferroviário e partilhando sua historia, neste espaço geográfico estão juntas a primeira e a segunda estação ferroviária central, separadas por apenas alguns metros.
Esta locomotiva foi a primeira locomotiva da extinta companhia Ytuana de Estradas de Ferro, doada pelo imperador Dom Pedro II, sendo importada dos EUA, restaurada em 2002 e devolvida ao publica em sua extrema gloria.
Iniciamos esta conversa falando do nosso Imperador Dom Pedro II, em alguns aspectos foi um dos monarcas mais mente aberta do seu tempo, um visionário que gostava de tecnologia e servia de mecenas a vários cientistas do mundo, incentivou o desenvolvimento do telefone do Graham Bell, inclusive instalando o primeiro telefone do Brasil no Palácio Imperial Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro. Patrocinou e difundiu a fotografia e o cinema, sendo um grande colecionador de fotos.
Com o surgimento das máquinas a vapor criou leis e incentivou a introdução dos transportes sobre os trilhos, inclusive comprou uma locomotiva a vapor Baldwin, que utilizou em trilhos no Rio de Janeiro e com o surgimento da Companhia Ytuana de Estradas de Ferro, dou este trem para a empresa.
Uma locomotiva a vapor Baldwin 4-4-0, carinhosamente nomeada "Regina" foi entregue a Estrada de Ferro Ytuana, fundada através de outorga de 1870, entrando em operação em 1873, ligando diversas cidades do interior, no auge contou com 261 quilômetros de trilhos, posteriormente em uma fusão com outras ferrovias transformou-se na Estrada de Ferro Sorocabana que funcionou até ser fusionada na FEPASA.
Em nossa visita a Indaiatuba visitei a estação restaurada e percorri a pé o poucos metros de trilhos remanescente, porém a oportunidade de visualizar uma locomotiva tão importante e histórica valeu pela visita, é uma pena não estar trabalhando e possuir tão poucos trilhos.
Um pouco de historia
Esta grande maquina pertenceu ao imperador Dom Pedro II, que a adquiriu na Feira Mundial, posteriormente a dou para a Ytuana onde esteve a serviço com a locomotiva número 1, com a fusão com a Estrada de Ferro Sorocabana esta locomotiva a vapor foi renomeada para número. 10, mantendo o cognome Regina. Ficou operacional durante mais de 60 anos, terminou exposta no patio da Sorocabana ate ser resgatada e restaurada.
Neste nosso vídeo iniciamos a exploração pelas antigas linhas da Companhia Ferroviária Ytuana, em tempos idos ela floresceu na região de Itu, em caminho chegou a Jundiaí vindo se ligar a Companhia Paulista, este entrocamento tinha como objetivo servir para escoar a safra cafeeira da região de Itu até o Porto de Santos.
Em nossos dias a Estação Ferroviária Central de Indaiatuba, não presta mais serviços ferroviários, tendo sido utilizada para a divulgação cultural e museológica, sendo convertida em um museu ferroviário e atual local de repouso da magnifica locomotiva número 1 da Ytuana, locomotiva que pertenceu a Dom Pedro II e foi doado a ferrovia de Itu.
A título complementar saibam que em tempos idos Indaiatuba, possuía mais 3 estações ferroviárias em seu território: Pimenta, Itaici e Helvetia soube que existem projetos para restaurarem estes edifícios, mas como vivemos no Brasil, provavelmente nunca sairão do papel, o que é lamentável o descaso com locais que trouxeram prosperidade e riqueza no passado.
Existe um outro projeto da prefeitura de Indaiatuba, que é a criação de uma linha turística, adquirindo carruagem de passageiros e recuperar mais alguns quilômetros de trilhos, com isso a locomotiva a vapor Regina voltaria a transportar passageiros, soltando fumaça e apitando pelo caminho, como fazia no passado.
Neste vídeo mostramos a primeira e segunda estação central de Indaiatuba, se prestarem atenção verão um pequeno edifício com dizeres deposito, esta foi a primeira estação da Ytuana em território de Indaiatuba, explorando o terreno pode-se ver a locomotiva, brasoes, logotipos da Sorocabana.
A estação ferroviária de Jundiaí esta funcionando desde o seculo XIX e ela é um daqueles tesouros arquitetônicos que guardam a memoria de nossa terra. Foi construída para receber os passageiros da linha Santos - Jundiaí, no auge da imigração foi ponto de chegada de milhares de imigrantes em busca de um futuro melhor.e em suas proximidades também serviu para abrigar os galpões de carga que serviam para armazenar o cafe que estava sendo exportado por via do Porto de Santos.
Esta estação foi testemunha do crescimento da cidade, passou por grandes mudanças, o ciclo do cafe chegou ao fim, as locomotivas a vapor foram substituídas pelas elétricas, posteriormente por diesel e hoje elétricas novamente. Viu o transporte ferroviário de passageiros sumir do mapa.
Nesta região serviu de entroncamento com diversas ferrovias hoje extintas: Itatibense, Ytuana, Mogiana, Sorocabana, Bragantina, Fepasa, RFFSA. Por alguns anos ficou abandonada e seus prédios outrora majestosos começaram a ruir, quando os olhos dos dirigentes políticos voltaram fizeram algumas reformas, mas seu destino é incerto, enquanto o transporte ferroviário não for respeitado esta bela estação com seus mai de 150 anos corre perigo.
Divulgue o vídeo e ajude a proteger a histórica Estação Ferroviária de Jundiaí.
Memoria Ferroviária: Estação de Francisco Morato - SPR (São Paulo Railways)
A cidade de Francisco Morato deve seu surgimento há um acampamento e canteiro de obras da antiga São Paulo Railways, nesta região existem diversas colinas que bloqueavam a passagem da ferrovia rumo a Jundiaí,
Neste contexto surgiu a necessidade de construir uma obra de arte da engenharia paulista no século XIX, um túnel que encurtaria a distância no projeto, ligando o interior do estado mais rapidamente, com isso os engenheiros projetaram este trecho e milhares de operários se deslocaram para esta região e com pás e picareta construíram este túnel.
Trabalhando incansavelmente concluíram a obra e a ferrovia prosseguiu, mas as benfeitorias, as diversas casinhas e o ponto estratégico para abastecer de água as locomotivas a vapor, fizeram a vila crescer, atraindo mais famílias para estas bandas, o resto foi consequência e vocês conhecem e virou o município de Francisco Morato. Curiosamente as locomotivas a vapor carregavam pouca água, de modo a minimizar o peso e maximizar o empuxo, mais ou menos a autonomia eram 50 quilômetros, por isso a distância máxima entre estações nunca excedia o 40 quilômetros, assim sempre que paravam nas estações o caldeirista completava o tanque com água.
O Formiguinha ficou encantado de ver as plataformas da ferrovia, explorou as catracas de entrada e saída, ficou esperando chegar uma composição ferroviária e até se assustou com a buzina do trem, E ainda acompanhou as obras da futura estação de Morato.
Um dia normal nas oficinas ferroviárias da Companhia Paulista
Este é o terceiro de vídeo produzido em Jundiaí para divulgar as riquezas desta cidade histórica, o primeiro tratava sobre a produção de café em uma Fazenda Cafeicultura, o segundo tratava da produção das uvás e este terceiro capitulo fala sobre a Companhia Paulista de Estrada de Ferros.
Inicia mostrando uma locomotiva elétrica trafegando no trecho entre Jundiaí e Campinas, muito provável que nesta época Louveira, Vinhedo e Valinhos eram apenas distritos pertencendo a estas duas cidades.
Voltando ao vídeo estamos chegando nas oficinas gerais, hoje este complexo esta em processo de tombamento sendo utilizado como campus da FATEC, Poupa tempo do Município, Biblioteca Técnica e Arquivo Histórico da Ferrovia e Museu Ferroviário.
Prestem a atenção no vestuário da época, o trabalho de revisão, manutenção e construção de locomotiva a vapor, o processo desmontagem, as peças separadas, os operários trabalhando, os escritórios administrativos, o final de expediente com os funcionários saindo e batendo o ponto em um relógio de ponto, fios de telégrafos e linhas elétricas muitas destas ferramentas estão obsoletas e não existem mais.
O Museu Casa Solar do Barão
Um tesouro escondido na casa-museu Barão de Jundiahy. Nesta casa diversos objetos históricos estão em exibição, mas o verdadeiro tesouro esta escondido numa sala dos fundos.
Um sala-cinema onde esta sendo exibido um vídeo histórico com os trabalhadores da companhia paulista em seu dia a dia, desde a chegada de uma locomotiva ate a sua completa desmontagem para manutenção, ate o chefe dos serviços aparecem e os funcionários encerram suas atividades batendo o ponto.
Não percam o belo jardim com uma ponte japonesa e lâmpadas oriental num lago com carpas.
Museu Ferroviário de Jundiaí: Memorias da Companhia Paulista de Estradas de Ferro
Estamos em Jundiaí na parte baixa da cidade, próxima aos trilhos que outrora união diversas companhias ferroviárias e seguiam para o Porto de Santos para escoarem o café, nosso ouro verde e ao mesmo tempo trazer insumos para nosso florescente país.
Uma época de riqueza e mudanças de costumes, uma altura em que durante quase 30 anos, nosso país cresceu e se expandiu rumo a oeste, a ferrovia era o motor desse crescimento, maravilhas da engenharia mecânica, maquinas de aço as locomotivas vapor eram o coração de tudo.
Em Jundiaí se uniam trilhos da SPR - São Paulo Railways, Companhia Ytuana (posteriormente Companhia Sorocabana, Companhia Mogiana (em Campinas), Ferrovia Itatibense, Companhia Bragantina eram diversas companhias ferroviárias que neste grande entroncamento ferroviário traziam suas cargas.
Em memoria destes trabalhadores e suas maquinas maravilhosas, a antiga sede da Cia Paulista foi transformado num museu, algumas salas expõem peças e ferramentas históricas, desde a parte administrativa a parte operacional, passando pela mecânica e na parte exterior diversas locomotivas, desde a famosa nº 1 da Paulista a maquinas dieseis e elétricas.
Visitem a Bibliotecas e os galpões da manutenção, trilhos exteriores e centro cultural, poupa-tempo e faculdade FATEC. Uma maneira ótima de prestigiar aqueles que trouxeram a riqueza ao nosso estado.
Uma antiga estação ferroviária toda abandonada com sucatas por todo lado, vagões incendiados, ferrugem e desolação.
Outrora um lugar que atraia pessoas, transportava a riqueza de Vinhedo para todo o estado, levando cafe para o porto de Santos e trazendo imigrantes ate esta região.
Para os aventureiros convido darem uma voltinha e conhecerem uma ponte de ferro, passagens de nível, cabine de operações e muitos destroços pelo caminho. Lembra um paisagem europeia do pós guerra.