✨ Bem-vindo ao meu espaço! ✨ Este blog é o diário de um otaku apaixonado por animes, tecnologia de mainframe e viagens. Cada entrada é uma mistura única: relatos de viagem com fotos, filmes, links, artigos e desenhos, sempre buscando enriquecer a experiência de quem lê. Sou quase um turista profissional: adoro dormir em uma cama diferente, acordar em um lugar novo e registrar tudo com minha câmera sempre à mão. Entre uma viagem e outra, compartilho também reflexões sobre cultura otaku/animes
sábado, 21 de outubro de 2017
O som do Taiko na festa das flores e Morango de Atibaia
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
O que aconteceu na Festa das Flores e Morango de Atibaia em 2017
Uma exposição rica em cores e odores
A Festa das Flores e Morangos de Atibaia foi uma grandiosa festa para a família, imaginem um grande parque com lago, pedalinhos, museu de historia natural, jardins, bosque, área de alimentação e muito verde para passar bons momentos.
Caminhando um pouco e encontramos o galpão preparado para abrigar em seu interior uma bela exposição de flores e frutas. Ao entrarmos sentimos um conforto delicioso, graças aos refrescante ar condicionado.
A primeira coisa que notamos foi a gruta preparando o belo cenário a seguir, tudo escuro com estalagmites e estalactites que estavam iluminadas por uma luz azul, ao fundo ouvimos um som de água em movimento. Caminhando chegamos ao átrio principal que nos saudava com uma bela cachoeira e um lago.
Havia tantas cores e tanta vida, de um lado um galo no bosque, ao centro um jardim com duas jovens em trajes orientais sentadas no banco, logo além um grande jardim, um deserto repleto de cactos, outro jardim com pontes orientais, lá além uma casa minka em miniatura.
Havia também varias esculturas compostas por morangos, borboletas, carriolas, bonecos, muitas e muitas flores preenchiam os mínimos detalhes, o perfume doce do morango e o delicioso perfume de inúmeras variedades de flores, deixava aquele lugar cheio de sensações.
Preparando-se para sair havia bonsais e uma incrível maquina giratória que exibia flores em espiral. Acho que falei tudo, mas se esqueci de algo assistam o vídeo, estará tudo la, mergulhem numa festa nipônica.
Após esta visita ao galpão da exposição fomos comer delicias da culinária nipônica, eu me acabei num bento, guloso que sou, ainda comi um pratinho de sushi e sashimi e terminei com um sorvete delicioso de melão.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
A Grande Expedição à Vila Alpina
A Grande Expedição à Vila Alpina
(por Bellacosa, Oni explorador e testemunha ocular do bombom de licor)
Existem viagens que, mesmo acontecendo a poucos quilômetros de casa, tinham a magnitude de uma epopeia.
E para nós, três pequenos Onis dos anos 1970, ir à Vila Alpina era praticamente atravessar um portal dimensional.
Ali morava um pedaço inteiro da família — o velho bisavô Luigi, sempre de cara fechada; os tio-avós Antonio e Maria, sempre de coração aberto; as primas Denise e Patrícia; a vizinha Renata, que parecia ter sido enviada pelos deuses do entretenimento infantil; e uma fauna de cachorro que era digna de mitologia própria.
🧓🇮🇹 O bisavô Luigi — O Titã da Mooca
Luigi era bruto como o aço, silencioso como monge budista e bravo como fiscal de CICS pegando programa sem HANDLE CONDITION.
Falava um italiano carregado com sotaque da Mooca — algo entre ópera, bronca e poesia.
Eu, pequenino, ficava ali escutando, tentando traduzir:
“Minghia, sto ragazzo…”
Era italiano? Era mooca? Era feitiçaria?
Nunca saberemos.
Meu pai, que não se dobrava diante de ninguém, virava manteiga derretida perto dele.
E eu achava aquilo um espetáculo antropológico fascinante.
🐕 A cachorra do leite empedrado e o coração mole do velho Luigi
Numa dessas visitas, lembro claramente de uma cachorra velha, sofrida, com leite empedrado.
Luigi cuidava dela com um cuidado quase religioso.
E aí vinha sempre a lenda:
“Luigi vivia recolhendo cachorro abandonado, doente, cego, manca, sem dente… tudo ia parar ali.”
E, quando a vizinhança reclamava do excesso de doguinhos — coisa que acontecia com frequência — ele dava um suspiro, praguejava em ítalo-mooca e… levava o pelotão inteiro para a chácara em Atibaia, onde cada cão ganhava um destino digno de novela rural.
Luigi era bravo.
Mas o coração?
Ah… esse era pixelado em 16 cores de pura bondade.
🏡 A Casa dos Tio-Avós — O Paraíso Alternativo dos Onis
Se Luigi era o chefe final,
então Tio-Avô Antonio e Tia-Avó Maria eram o “checkpoint” onde a vida ficava mais fácil.
Toninho trabalhava no Juventus e, para nós, ganhar uma bola usada era como receber o Santo Graal versão futebolística.
Bola nova?
Impossível.
Bola gasta de estádio?
Status de nobreza infantil.
Mas o verdadeiro paraíso era o quintal.
E QUE quintal!
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plantas por todo lado
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cheiro de terra molhada
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sol entrando entre as folhas
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e o tesouro supremo:
o canteiro de morangos
Nós ajudávamos a regar, o que significava:
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20% água nos morangos
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80% água nos Onis
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100% bagunça
E Tia-Avó Maria ria.
Sempre ria.
Como se tudo aquilo fosse parte essencial da infância.
E era.
🍰 A Cristaleira do Poder
Mas Jefe…
Entre todas as maravilhas, havia uma joia sagrada:
a cristaleira com bombons de licor.
Aquilo era item proibido.
Item de adulto.
Item de visita.
O que, claro, significava que os Onis queriam DE QUALQUER JEITO.
Quando um dos adultos distraía, o outro virava a esquina, e o terceiro falava alto na sala…
PÁ!
Mãozinha furtiva, bombom sequestrado, energia máxima liberada.
Sim — crianças comendo chocolate com licor.
Era outro tempo, Jefe.
Ninguém morreu.
E a infância ganhou um patch de +10 felicidade.
👧🤣 A Renata — A vizinha que valia uma temporada inteira de TV
Renata era o tipo de criança que transformava o dia em episódio especial.
Brincava, gritava, corria, contava histórias, inventava jogos —
ela era tipo o Z/OS Connect da diversão: integrava tudo e todos.
Encontrá-la era certeiro:
horas de risadas e zero chance de tédio.
🎞️ A Grande Lição da Vila Alpina
Ir à Vila Alpina não era só visitar parentes.
Era:
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ouvir histórias da Itália sem legenda
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ganhar bolas semi-aposentadas com status de Copa do Mundo
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brincar até escurecer
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comer morangos direto do canteiro
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assaltar cristaleiras com bombons proibidos
-
observar a complexa diplomacia do velho Luigi com seus doguinhos
-
sentir um pedaço da família que o tempo não apaga
E, principalmente, era eu — pequenino —
tentando entender aquela gente toda,
suas manias, seus silêncios, suas risadas,
e tentando descobrir onde eu, um Oni mirim,
encaixava naquele mosaico afetivo.
🎂 Vivi Days
No fim das contas, acho que me encaixava em tudo. A Vivi ficava maravilhada, afinal, tio-avõ Toninho e sua esposa Maria eram padrinhos de batismo dela, logo ela era o centro das atenções, a pequena bonequinha loira. Para minha irmã era festa em dobro, alegria infinita em rever os padrinhos. Lembrando hoje é dia dela, 8 de dezembro, uma data sempre festiva para o Clã Vivi. Parabéns maninha.
🚌 Meu terror andar de onibus
A jornada não era das mais fáceis, sair da Vila Rio Branco de condução até a Vila Alpina precisava de muito conhecimento estratégico e logístico. A cidade de São Paulo tem um problema incrível no Transporte Publico, em que o sistema não foi pensado em transportar pessoas, mas atender empresários e montadoras de ônibus. Abandonaram os trilhos e levou quase 50 anos para o Metrô realmente furar toda a cidade, somente quando não era mais possível abrir avenidas. Enfim, às vezes o antigo Fusca Azul era acionado e nos levava, porém, o grande problema eram as paradas emergências, para substituir alguma peça defeituosa e ter dinheiro para o conserto. Ai a solução e o jeito era apelar para o bom e velho busão.
Um outro grande detalhe, isso uma grande ironia: eu quando viajo em veículos, fico com tontura e enjoo. Então grandes viagens no município poluído e caótico de São Paulo do final do século XX, acabavam comigo, mas o prazer de rever os parentes era maior, mas esse que vos escreve tinha grandes problemas e muitas vezes, para terror do pessoal da limpeza, deixava o ônibus um pouco sujo. :(

