terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Brincadeiras de criança, memoria do Luigi a enviar beijinhos a Tia Nana...

 Nanazinha com carinho e amor do seu pequeno sobrinho Luigi, um super beijo para começar 2010 com ótimo estilo.

Fim de ano, 2009 terminando e o pequeno Luigi bem animado, brincando com seu pai lelé, mandando muitos beijos e abraços.... Ficando com frio e fazendo careta por causa do cheirinho ruim, ai esse pequeno é um barato, que rapazola fofo... te amo pequenino.



terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Coral dos Esquilinhos Malucos


O Natal dos Esquilinhos

Foi uma diversao quando comprei os Esquilinhos Cantores e ainda nao tinha ideia que o Luigi voce adorar a brincadeira. Imagine ele do alto dos seus quase 2 anos... iria abraçar, agarrar e brincar com eles.

E aproveitando o espirito natalino, aproveitamos para deixar mensagens de carinho para a familha.


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

☕ Um Café no Bellacosa Mainframe — z/OS 1.11: o sistema operacional que trouxe o mainframe para a era da automação e integração inteligente







Um Café no Bellacosa Mainframe — z/OS 1.11: o sistema operacional que trouxe o mainframe para a era da automação e integração inteligente


🕰️ Ano de lançamento

O IBM z/OS 1.11 foi lançado em setembro de 2009, acompanhando o System z10 e já projetado para explorar os novos recursos do futuro zEnterprise z196.
Essa versão marcou o início de uma nova filosofia da IBM: transformar o mainframe em uma plataforma de nuvem corporativa, com automação, padronização e serviços integrados.

Se o z/OS 1.9 foi o cérebro que aprendeu a se ajustar, o 1.11 foi o que começou a conversar com o mundo — do batch ao web service, do COBOL ao Java.


⚙️ Introdução técnica

O z/OS 1.11 foi uma das versões mais importantes na linha evolutiva do sistema operacional da IBM.
Seu foco foi automação, integração e modernização de workloads, incluindo:

  • Melhorias em Parallel Sysplex, WLM e Sysplex Distributor;

  • Suporte estendido para Java 6 e J2EE workloads;

  • Inovação com o z/OS Management Facility (z/OSMF) — a primeira interface web administrativa nativa;

  • Preparação do sistema para ambientes de nuvem privada com gerenciamento centralizado.

Foi o primeiro passo concreto rumo ao conceito de z/OS como um serviço, uma base sólida para DevOps e administração simplificada.


🧠 Avanços na memória e arquitetura

O z/OS 1.11 consolidou o uso inteligente da memória com diversas melhorias:

  • Suporte ampliado ao 64-bit Real Memory (memória física acima de 2 TB nos novos mainframes);

  • Introdução de Large Memory Workload Management, otimizando o balanceamento entre LPARs e processadores zIIP/zAAP;

  • Novo modelo de páginas grandes (1MB e 2GB) — reduzindo TLB misses e melhorando performance para Java, DB2 e IMS;

  • HiperDispatch aprimorado, permitindo que o sistema entenda afinidade entre processadores e cache L3 — essencial no z10.

Esses avanços permitiram que o z/OS 1.11 alcançasse níveis inéditos de throughput e paralelismo, mantendo latência mínima mesmo sob carga mista (CICS, batch e WebSphere simultaneamente).


🧩 Aplicativos internos e softwares embarcados

O ecossistema do z/OS 1.11 foi um verdadeiro salto de modernização.
Alguns destaques:

  • z/OS Management Facility (z/OSMF):
    Primeira interface web oficial para administração do sistema, com painéis para automação, diagnóstico, configuração e gerenciamento de políticas WLM.
    Simplificou tarefas antes realizadas apenas via TSO/ISPF.

  • RACF (Security Server):
    Suporte a Kerberos, LDAPv3 aprimorado, autenticação forte e integração com certificados X.509 e tokens digitais.
    Introduziu segurança contextual (baseada em aplicação e identidade).

  • DFSMS:
    Recursos de automated data tiering e policy management que ajustam classes de armazenamento automaticamente conforme o uso.
    O sistema agora entende se um dataset é “quente” (muito acessado) ou “frio”.

  • JES2/JES3:
    Novas funções de checkpoint automático, otimização de spool e integração direta com WLM.
    Suporte a batch pipes aprimorado — essencial em grandes ambientes financeiros.

  • RMF (Resource Measurement Facility):
    Painéis gráficos via z/OSMF e suporte a monitoramento em tempo real.
    Agora o RMF conversa com o WLM, ajudando a ajustar prioridades de forma preditiva.

  • UNIX System Services (USS):
    Suporte a NFSv4, POSIX Threads 2008, 64-bit shared libraries e novas APIs para Java e CICS TS 4.1.
    O USS finalmente se torna um “Unix de verdade” dentro do z/OS.


🔬 Instruções de máquina e PR/SM

Com o System z10, o z/OS 1.11 pôde explorar um conjunto poderoso de novas instruções:

  • Decimal Floating Point (DFP) — um divisor de águas para cargas financeiras e científicas, agora executadas nativamente em hardware.

  • Improved Branch Prediction e Pipeline Control, otimizando ciclos por instrução.

  • Criptografia CPACF v3 com suporte a SHA-2 e AES-256 de alta velocidade.

  • Hardware-based time synchronization (STCKE) — precisão de microssegundos entre LPARs.

No firmware, o PR/SM ganhou refinamentos que transformaram a administração:

  • Dynamic Logical Processor Management, permitindo ligar/desligar CPUs sem IPL;

  • Group Capacity Capping Inteligente, ajustando limites conforme a carga;

  • HiperDispatch Awareness — o PR/SM entende quais threads se beneficiam de caches próximos, reduzindo cross-LPAR latency.

Essas mudanças deram ao z/OS 1.11 o status de sistema operacional consciente de hardware, capaz de usar cada ciclo de CPU de forma estratégica.


🧮 Créditos de CPU e virtualização

O z/OS 1.11 trouxe um dos avanços mais finos em gerenciamento de CPU:

  • O WLM (Workload Manager) foi redesenhado para funcionar com HiperDispatch e PR/SM inteligente.

  • Créditos de CPU dinâmicos agora são realocados em tempo real com base em service classes e goals.

  • Integração mais profunda com zAAPs e zIIPs, permitindo que workloads Java e DB2 usem processadores especializados sem penalizar o uso geral.

  • Introdução do Soft Capping Dinâmico 2.0 — controle fino de MIPS por LPAR com base em carga real, não apenas limite estático.

Esse conjunto de recursos transformou o z/OS 1.11 em um ambiente de computação previsível, otimizado e autocorretivo.


🧭 Curiosidades e bastidores

  • O projeto interno da IBM foi apelidado de “Aurora”, simbolizando o nascer de uma nova era de gerenciamento visual e automação.

  • O z/OS 1.11 foi o primeiro sistema operacional IBM com interface web embarcada (z/OSMF) — um marco histórico.

  • Também foi a primeira versão compatível nativamente com Java 6, o que revolucionou o uso do WebSphere Application Server no mainframe.

  • O RMF começou a gerar dados exportáveis via XML e HTTP, prenúncio da integração com ferramentas de monitoramento modernas.


Dica Bellacosa Mainframe

Quer ver o z/OS conversar com o operador?
O z/OSMF é o ponto de virada. Se você nunca testou, vale rodar em um zPDT ou zD&T.
Além disso, o z/OS 1.11 é excelente para quem quer entender a transição do mainframe clássico (verde e 3270) para o mundo Web, API e automação.


📜 Resumo técnico rápido

ItemDescrição
Versãoz/OS 1.11
Ano de lançamento2009
Hardware principalIBM System z10 / início do z196
Arquiteturaz/Architecture (64-bit total)
PR/SMDynamic LPAR, HiperDispatch, Soft Capping 2.0
Instruções novasDecimal Floating Point, SHA-2, AES-256
WLMHiperDispatch-aware, credit realocation em tempo real
SegurançaRACF com Kerberos e autenticação forte
RedeNFSv4, IPv6, IPsec e QoS avançado
CuriosidadePrimeira versão com z/OSMF (interface web nativa)

💬 “O z/OS 1.11 não apenas gerenciava o mainframe — ele aprendeu a mostrá-lo ao mundo.”

segunda-feira, 1 de junho de 2009

🍙 Oniguiri — O “JCL da Comida Japonesa”

 


🍙 Oniguiri — O “JCL da Comida Japonesa” que Todo Anime Usa (Post Bellacosa Mainframe Para Otakus)

(um relato épico, técnico-sentimental e cheio de curiosidades estilo Bellacosa Mainframe, direto do cluster gourmet do z/OS otaku)


🍙 O QUE É UM ONIGUIRI?

Padawans otakus, preparem-se:
O oniguiri é basicamente o snack oficial do Japão desde antes do Japão existir.
Definição técnica? Arroz prensado, geralmente com um recheio no meio, embrulhado com alga (norimaki).
Definição estilo Bellacosa?

👉 É o sanduíche do samurai, o marmitex do ninja, o XP boost do protagonista shonen.

Nos animes, ele aparece em absolutamente tudo:

  • Naruto usa para repor chakra (mentalmente).

  • Dragon Ball usa para repor calorias (1 oniguiri = 0,0003% da fome do Goku).

  • Sailor Moon usa pela fofura.

  • Your Name usa pela estética de derreter o coração.

  • Jujutsu Kaisen tem o Panda comendo, porque… porque é o Panda.




🏯 ORIGEM — O ALIMENTO MAINFRAME DO JAPÃO

Se você acha que oniguiri começou por causa de bentô kawaii moderno, engano total, jovem padawan.
Na verdade:

📜 Existem registros de oniguiri desde o século XI, antes mesmo da palavra “sushi” existir.
Os guerreiros carregavam triângulos de arroz porque era:

  • portátil

  • barato

  • prático

  • e o melhor: não estragava fácil graças ao sal.

Ou seja, era o JCL da comida: simples, robusto, confiável, funciona em qualquer ambiente.


🧂 SIGNIFICADO DO FORMATO TRIANGULAR

Aqui tem a parte easter egg de templo xintoísta:
O formato triângulo simboliza uma montanha.
E na cultura japonesa, montanhas = lugar dos deuses (kami).

Então teoricamente, cada oniguiri é uma oferenda miniatura, um abraço dos ancestrais no seu estômago.


🍘 CURIOSIDADES QUE O SEU SENSEI NÃO TE CONTOU

🕵️ “Oniguiri” era comida de espionagem

Samurais escreviam mensagens secretas dentro do recheio.
Tipo: “Encontramos o inimigo“ → recheio de salmão.
“Tragam reforços” → umeboshi.
Um primitivo steganography food mode.

🎭 No início dos anos 2000, oniguiri era censurado nos animes no ocidente

Sim!
Na versão americana de Pokémon, eles trocaram o oniguiri por:

👉 um “jelly donut”.
É sério.
Eles olharam para um triângulo branco com alga e pensaram: “parece um donut”.
E a gente achando que bug de produção só existia em mainframe…

🍙 O recheio mais clássico é umeboshi

Aquela bolinha vermelha azeda que aparece em Himouto! Umaru-chan, Shokugeki no Souma e milhões de outros.

Ele serve como conservante natural — tipo um RACF da comida, protegendo o arroz contra abend microbiológico.


🔧 DICAS ESTILO BELLOCOSA — COMO IDENTIFICAR ONIGUIRI EM ANIME

Triângulo branco + faixa preta de alga = oniguiri clássico
(Shokugeki no Souma, Komi-san, Doraemon)

Oniguiri sem alga = estilo antigo
Muito visto em animes históricos.

Oniguiri com formato redondo = estilo da região de Kansai
Aparece em Inuyasha, quando a Kagome faz para o grupo.

Oniguiri como símbolo de amor
Sempre que uma personagem prepara onigiri para o crush, pode saber:
é o ‘Coração-Doce-Do-Episódio’™.
(Toradora, Clannad, K-On!)


🥷 ONIGUIRI NOS ANIMES — OS MOMENTOS MAIS ICÔNICOS

🍙 Naruto — a Hinata oferece oniguiri ao Naruto (subtexto nível -12, mas sabemos…)
🍙 One Piece — a menina Ryōga tenta fazer oniguiri para Zoro… e falha lindamente
🍙 Demon Slayer — Tanjiro come oniguiri durante treinamento (boost de moral)
🍙 Fruits Basket — Tohru é comparada a um oniguiri que não sabe que tem uma ameixa nas costas (metáfora linda!)
🍙 Jujutsu Kaisen — Panda comendo oniguiri é o pico da sofisticação da animação moderna


🧠 RESUMO NO MODO DUMP (Bellacosa TL;DR):

  • Oniguiri = avô do sushi.

  • É prático, portátil e robusto – igual um utilitário mainframe UNIX System Services.

  • Era comida de samurai e de deus.

  • Tem simbolismo xintoísta.

  • Tem mensagens escondidas no recheio (literalmente).

  • É meme, é nostalgia, é estética, é carinho em forma de triângulo.

  • Em anime, sempre significa aconchego, amizade, pausa na batalha ou amor silencioso.


🏁 E FECHO O TURNO:

Da próxima vez que aparecer um oniguiri no anime que você estiver vendo, lembre-se:

👉 Aquilo não é só comida.
É cultura, história, carinho — é o SYS1.PROCLIB das refeições japonesas.

E, sinceramente?
Eu comeria um agora.

🍙✨

segunda-feira, 6 de abril de 2009

💾 Capítulo 3 — Boot inicial: o mundo além da escola

 

📚 SÉRIE “Sempre um Isekai”

Por Bellacosa Mainframe
(Memórias de um garoto que aprendeu a trocar de mundo sem sair da sala de aula)


💾 Capítulo 3 — Boot inicial: o mundo além da escola

O fim do colegial chegou rápido — como o ponto final de um livro que a gente queria que tivesse mais capítulos.
Mas o próximo volume já estava sendo escrito: o mundo do trabalho.

Com o diploma técnico em mãos e a curiosidade de quem sempre foi estrangeiro de si mesmo, entrei no universo do Processamento de Dados — ainda não se falava em “TI”.
Era um tempo em que o computador ocupava salas inteiras, e a palavra “mainframe” soava como magia industrial.
Aquele mundo lógico e silencioso me acolheu como nenhum outro.
Ali, finalmente, eu não era o aluno novo — eu era o programador que aprendia a dialogar com máquinas, e cada compile successful era uma nova forma de pertencer.

Percebi que, afinal, viver em trânsito não era desvantagem — era um sistema operacional de alma.
Ser o “novo” sempre me ensinou a observar, adaptar e reconstruir — exatamente o que um bom analista faz.
Minha vida inteira foi um boot contínuo: cada cidade, uma reinicialização; cada escola, uma nova rotina; cada linha de código, uma lembrança em hexadecimal.

Trabalhando como office-boy foi conquistando meu espaço, crescendo, fiz a faculdade, pós-graduação e mestrado, cresci academicamente, mas não abandonei os meus, protegi o quanto pode e ajudei a todos a trilharem o bom caminho. Não imagina que seria apenas o começo e que este isekai iria ainda mais longe, desta vez atravessando o oceano, mas isso já é outra história.

E talvez seja isso o que nos torna humanos no mundo das máquinas: a capacidade de recomeçar sem perder a memória.


☕ Epílogo — O Isekai Real

No fim das contas, percebo que nunca precisei ser transplantado para outro mundo.
Meu isekai sempre foi aqui mesmo — entre escolas, cidades e sistemas que me forjaram.
E, como todo bom personagem de jornada, aprendi que mudar é só outra forma de continuar.


Série “Sempre um Isekai”
Um relato sobre educação, adaptação e vocação — onde cada reboot é também um renascimento.
Assinado: Bellacosa Mainframe


segunda-feira, 2 de março de 2009

✏️ Capítulo 2 — Giz, Mimiógrafo e Destinos Impressos

 


📚 SÉRIE “Sempre um Isekai”

Por Bellacosa Mainframe
(Memórias de um garoto que aprendeu a trocar de mundo sem sair da sala de aula)

✏️ Capítulo 2 — Giz, Mimiógrafo e Destinos Impressos

Vim de um tempo em que mal aluno com fraco desempenho era reprovado mesmo — sem dó, piedade e sem discurso motivacional.

Mas eu era bom aluno, sempre me destaquei em todas as matérias, ops, quase todas, era abaixo da média em Educação Física, odiava os exercícios, ter que jogar bola, realmente era algo que não me dava prazer. O curioso é que fora a escola jogava vôlei e futebol normal, andava quilômetros em bicicleta, capinava quintais para ganhar uns trocos. O problema era a questão da aula mesmo... quero dizer não era preguiçoso, só não gostava mesmo, era um nerd, que vivia na biblioteca municipal fazendo pesquisas, numa era sem IA e Google para recuperar pontos em EF.

Passei pelos quatro anos do primário com sucesso, mantive boas notas no ginásio e alcancei a glória sendo um aluno brilhante e invejado e vi o colegial passar num piscar de olhos, nesta época já trabalhava então não foi o melhor alunos, mas estive no Top.

Foi ali que me formei técnico em Processamento de Dados, colegial-tecnico onde aprendiamos o suficiente para prestar o Vestibular, mas garantia uma profissão com melhor remuneração, que abriria as portas do mundo empresarial e me levaria, anos depois, aos corredores sagrados do mainframe.


Naquele tempo, informática ainda tinha cheiro de papel perfurado e fita magnética.
Falar em computador era falar em futuro — e eu queria estar lá, digitando linhas de destino no teclado verde-fósforo, não era um IBM Mainframe, mas sim um microcomputador de 8 bits da marca CP 500.

Participei do centro acadêmico no ginásio e no colegial — outros nomes, mesma essência: alunos que acreditavam poder melhorar o mundo começando pela escola.




Produzíamos jornalzinhos em mimiógrafo, ajudávamos em festas e eventos, organizávamos campeonatos e saraus.





Eram tempos simples, mas cheios de propósito e camaradagem.


Foram anos gratificantes, cheios de aventura, cheiro de álcool e papel úmido, onde cada professor era um farol e cada colega, um companheiro de travessia.


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

🏫 Capítulo 1 — O garoto das cidades trocadas

 


📚 SÉRIE “Sempre um Isekai”

Por Bellacosa Mainframe
(Memórias de um garoto que aprendeu a trocar de mundo sem sair da sala de aula)


🏫 Capítulo 1 — O garoto das cidades trocadas




As escolas que frequentei foram tantas que minha infância virou uma colcha de retalhos costurada à pressa.


Sempre fui mais tímido do que expansivo, mas a profissão do meu pai — fotógrafo — nos ensinou a viver em constante movimento.




Cada mudança era uma nova lente, um novo enquadramento, uma turma inteira tentando entender quem era o aluno recém-chegado.

Memórias do primeiro ano, a professora Cecilia, brava e muito rígida para um pequeno garoto, que terminava muito rápido as lições, para poder desenhar mechs em antigos envelopes fotográficos. O unico amigo que me lembro de 1981, era um asiático chamado Fabio, cujo  o obâchan (

お ば あ ち ゃ ん
), era fotografo profissional e virou mentor do meu pai, evoluindo na amizade de ambos, que incluiu as respectivas familias, cimentando minha amizade com o Fábio, com isso ambos eramos fanáticos por mechs e robôs gigantes vindo da Terra do Sol nascente, 




Inclusive um dia, ambos muito inspirados em desenhar Spectreman, fomos apanhados pela professora Cecilia, que apesar de termos terminados nossas atividades escolares, fomos duramente repreendidos e colocados de castigo, em pé atras da porta. Algo que marcou minha memória até os dias atuais... 



Um ano bem traumático, tantas coisas ruim aconteceram em tão pouco tempo. No terceiro ano do primário, passei por três escolas diferentes em três municípios distintos.
Estudei em São Paulo, Pirassununga, Quiririm,

O terceiro ano começou bem, com muita expectativa com a professora Maria, mas a meio do ano uma catástrofe familiar, me derrubou. Nesse meio tempo retornamos a São Paulo em clima de tragédia. Despenquei nas aulas, notas sofríveis e quase reprovando o ano, porém com nova mudança ao Quiririm. Um recomeço com uma nova professora, Maria, recuperei de tal maneira, que a professora emocionada me presenteou com um troféu.



Quarto ano, uma professora bem velhinha, que amava ensinar a mitica Ligia, uma senhora que educou gerações de pessoas no Quiririm, que tinha prazer imenso em ensinar, uma excelente professora, que serviu de ritual de passagem entre o primário e ginásio. Deixando grandes e boas lembranças da turma do Quarto Ano B da escola Deputado Cesar Costa.

Outros passos do quinto e sexto ano em Taubaté… e novamente São Paulo para concluir o setimo e oitavo ano, sempre correndo, sempre me adaptando. Criando um novo ser a cada escola nova, novas regras, novos professores e novos amigos.

No Ginásio foram dezenas de professores, a memória perdeu o nome da maioria, mas aqueles especiais ficaram Mirtes e Luis de Matemática, Dinah de história, Edvan de ciências, a doce Regina de Educação Moral e Cívica, Miguel de Inglês, conforme for lembrando atualizarei o poste.



Na minha época escolar, a evolução era dividida em 3 etapas: primário primeiro ao quarto ano com educação básica, usando lápis e borracha, com caderno normal e no meu caso tarefas adicionais em caderno de caligrafia; ginásio do quinto ao oitavo ano com inúmeros professores, cada qual com sua disciplina usando caderno do ginásio e uso de canetas. Para finalmente o Colegial com a possibilidade de ir pelo científico vocacionado a Vestibulares de elite e o Técnico com profissão, mas acesso a faculdades de segunda linha.



Esqueci de comentar que antes de entrar em tudo isso tinha a pré-escola, onde recebíamos os fundamentos de leitura e escrita, matemática e preparava o aluno a entrar em escola no primário.

Até terminar o ginásio, minha vida escolar parecia uma sessão de slides — clique, nova imagem, novo começo.

O colegial fiz em Ferraz de Vasconcelos, o que me obrigou a ser mais aberto, a sorrir primeiro e esperar a empatia depois.


Aprendi cedo que mudar exige não apenas coragem, mas também leveza.

Sempre senti falta de raízes — daqueles amigos que crescem juntos, colecionam histórias e ficam na mesma rua por anos.
Mas a vida me direcionou para outro roteiro.
Sem perceber, vivi meu próprio isekai: em cada escola, um novo universo, uma chance de provar que eu pertencia àquele mundo.

E assim fui acumulando colegas, experiências e memórias, como quem vive duas vidas — uma em cada recomeço.