sábado, 12 de abril de 2014

Visitando a fabrica de chocolate do Xuxa Park

Yes, nos tinhamos fabrica de chocolate.


Após perdermos os chocolates da Montanha Encantada do Playcenter, na capital só restou a fabrica de Chocolate do Xuxa Park.

Infelizmente me decepcionei, esperava algo parecido com os chocolates do Playcenter, esta versão foi bem mais simples. Um trenzinho que entrava num labirinto e percorria as instalações.



Infelizmente ou felizmente não me recordo muito do percurso, mas foi bem bobinho e ao final fiquei com a sensação de ter entrado numa furada.

Com o encerramento do parque esta atraçao ja foi tarde. Poderiam ter feito tantas coisas legais. Pena

Polvo maluco e seus peixinhos no carrosel do Parque da Xuxa

Parque da Xuxa o Polvo Carrosel


Passamos um dia diferente, a Ju viu no Facebook que tinha o parque da Xuxa no Shopping Interlagos em São Paulo, apos estudarmos como chegar resolvemos ir levar o formiguinha para se divertir um pouquinho.

Saímos de Itatiba numa viagem de quase 2 horas ate chegar no extremo sul da Capital, nos deparamos com um parque meio caquéctico, com muito a desejar, nem parecia que estava associado a imagem milionária dos produtos Xuxa.




O Xuxa Park provavelmente um dia foi um super parque, porem agora no seu apagar das luzes (ele encerrou as actividade no ano seguinte). Deixa muito a desejar aos olhos críticos de um adulto.

Para as crianças foi diversao garantida, o formiguinha brincou em todos os briquedos possiveis, ou seja permitidos para seu tamanho/idade. Por acaso este polvo ele riu bastante, fazendo bastante caretas e zoeiras.



quarta-feira, 2 de abril de 2014

🧔‍♂️ Caricaturas, Pastelões e o Doce Zigue-Zague da Saudade

 


📝 El Jefe Midnight Lunch — Crônica Bellacosa Mainframe
Caricaturas, Pastelões e o Doce Zigue-Zague da Saudade


Às vezes, meus caros Oni-Readers, a saudade dá aquele estouro de SVC no peito — uma interrupção emocional tão forte que trava o sistema, obriga o coração a rodar um pequeno abend S013 de lembranças, antes de voltar para o fluxo normal. E é nesses momentos que o Bellacosa aqui mergulha fundo nos arquivos do SMF da infância, lá no final dos anos 1970 e início dos anos 1980 — quando o mundo era simples, compacto, leve, como um JCL bem escrito.

Era um tempo em que as pessoas conviviam de verdade. A vizinhança era um CICS de portas abertas: todo mundo falando, todo mundo se vendo, todo mundo participando. Nada de DM no WhatsApp, nada de notificação push — era bater na porta, gritar no portão ou chegar de chinelo arrastando pelo corredor.

Tínhamos quatro canais de televisão. Quatro. E ainda assim parecia mais que suficiente. Aos sábados, depois de cumprir a “rotina batch doméstica” (leia-se: arrumar cama, guardar brinquedos, levar lixo), chegava a hora mágica dos pastelões americanos. O Gordo e o Magro, Os Três Patetas, os Irmãos Marx, Jerry Lewis rodando suas rotinas em preto e branco, com um humor tão puro e eficiente quanto um COBOL bem indentado. Imagine horas de riso facil, com torta na cara, lutas hilariantes, música de primeira e confusão sem igual, clássico dos clássicos, cenário de papelão meia boca, figurino modesto e orçamento menor ainda, mas riso garantido. O mais gostoso de tudo era estar na companhia dos meus avôs Pedro e Anna, sempre tinha um bolo delicioso, uma nova receita experimental e aquele carinho maravilhoso, que deixa lagriminhas nos olhos.



Era pastelão, era trapalhada, era perseguição no estilo GO TO sem PERFORM. E eu ria — oh, como ria! Até hoje, quando encontro um desses clássicos perdidos num super canal da vida, sinto o coraçãozinho dar aquele upgradinho gostoso, como se estivesse aplicando um PTF de alegria.



E aí, nesse batch job de memórias, minha fita magnética me leva direto para a casa do bisavô Francisco — o espanhol. Um homem durão, cara fechada, pose de Security Officer de RACF, mas com um coração mole escondido sob aquela casca rígida. Ele adorava minhas artes, meus rabiscos, meus desenhos, que ele chamava carinhosamente de “caricaturas”. E olha que naquela época eu rabiscava em qualquer superfície que não estivesse correndo, respirando ou gritando.



Mas o maior carinho era o ritual:
Sempre que o bisavô ia ao banco pegar a aposentadoria, pedia ao gerente listagens de formulário contínuo já usadas — aquelas enormes, brancas, com o contorno verde zebrado. E levava pra mim. Um pacotão. Um mainframe delivery de pura felicidade.



Engraçado pensar que dez anos depois eu estaria exatamente ali, adulto, vivendo profissionalmente entre listagens contínuas, formulários carbonados, 80, 130 e 255 colunas… Era como se o bisavô tivesse enviado um pequeno JOB para o futuro, preparando meu DESTINY. Ou pelo menos meu DDN.

E falando em doçuras do passado — como não lembrar da bisavó Isabel? Ah, a rotina dela guardando a nata que subia no leite fervido para fazer manteiga… aquilo era alquimia culinária. Um assembler culinário, instrução por instrução, mexendo devagarinho, apertando o tempo certo, virando uma manteiga artesanal que parecia carregar um pedacinho de céu.



E os bolinhos de chuva da tia-avó Maria? Aquilo não era receita. Era magia. Você via a chuvinha fina batendo no quintal, o cheiro invadindo a casa, açúcar caindo devagar como spool sendo liberado pelo JES2, e pronto: os Onis já estavam todos reunidos no entorno da panela, como programadores à espera de um dump para examinar.

Tudo era doce. Tudo era alegre. Tudo era travessura. Eu estava sempre em alguma casa de parente, rodando meus “programas infantis”, criando caos, sorrindo, vivendo. Nada de logs, nada de monitoramento — era pura execução em tempo real.



Hoje, quando a saudade aperta aquele botão interno e chama essas memórias para a memória central, percebo como esses pequenos instantes construíram o backup emocional do que sou.

E fico feliz…
Porque, no fundo, ainda sou aquele pequeno Oni rabiscador, que ria dos pastelões, que pedia lista contínua do banco e que acreditava que a vida sempre teria cheiro de bolinho de chuva.



E, com licença… acho que preciso ir ali fazer café.

Esse dump emocional mereceu.

quarta-feira, 26 de março de 2014

💾 TK-85 — O 8 bits que roubava a televisão da novela

 



💾 TK-85 — O 8 bits que roubava a televisão da novela

Por Bellacosa Mainframe

Antes da IA, antes do chat, antes do Wi-Fi, existia um tempo em que o computador ligava na televisão da sala.
E essa televisão era a única da casa.
Era um Brasil analógico, dividido entre o chiado da fita cassete e o som do tema de abertura da novela das oito.
E foi nesse cenário que chegou o TK-85 — meu primeiro microcomputador pessoal, e talvez o primeiro portal que me levou ao universo digital.



🧩 O nascimento de um herói de 8 bits

O TK-85 foi lançado em 1983 pela Microdigital Eletrônica, em São Paulo.
Era o sucessor direto do TK-82C, e um clone brasileiro do ZX Spectrum, da inglesa Sinclair Research.
Mas, como tudo no Brasil, o TK-85 tinha sotaque próprio: tropicalizado, adaptado, cheio de improviso e paixão.

Ele vinha com um processador Zilog Z80A rodando a 3,25 MHz, entre 16K e 48K de RAM, e um interpretador BASIC gravado na ROM.
O armazenamento? Fita cassete comum — o mesmo gravador usado pra ouvir Roberto Carlos no domingo.
Era o computador de mesa… sem mesa. O monitor era a TV da família, e o “boot” acontecia quando ninguém estava assistindo novela.



📺 Drama doméstico: a TV ou o futuro?

Ligar o TK-85 era um ritual doméstico e diplomático.
Eu esperava pacientemente a hora certa — quando o jornal acabava e a novela ainda não tinha começado.
Conectava o cabo de RF na traseira da televisão, girava o seletor até aparecer aquela imagem mística:

MICRODIGITAL TK-85 OK

Era um milagre tecnológico piscando na tela da Philco.
Mas bastava minha mãe gritar da cozinha — “Menino, desliga isso que vai começar Roque Santeiro!” — e o futuro precisava esperar mais um capítulo.
Hoje penso que, de alguma forma, era poético: enquanto o Brasil inteiro sonhava com a ficção das novelas, eu sonhava com as ficções da lógica, com universos feitos de números e comandos.

🧠 Um professor silencioso

O TK-85 foi meu primeiro professor digital.
Com ele aprendi o poder da lógica, a paciência da depuração, a beleza de ver uma linha de código funcionar.
Era simples, direto — e absolutamente mágico:

10 PRINT "HELLO, WORLD" 20 GOTO 10

A tela da TV se enchia de palavras infinitas, e eu sentia que tinha descoberto uma nova linguagem — uma conversa secreta com a máquina.
Enquanto o mundo via apenas letras piscando, eu via mundos inteiros surgindo de um “OK”.

🕹️ Cultura, curiosidades e nostalgia

  • O nome “TK” vinha de Tadao Kogyo, fundador da Microdigital.

  • Jogos clássicos como Manic Miner e Jetpac eram carregados de fita cassete, e o ruído do carregamento era o hino não-oficial da programação doméstica.

  • O TK-85 tinha teclas firmes, de verdade — um luxo frente ao teclado de membrana dos modelos anteriores.

  • O BASIC era o idioma universal de quem acreditava que a imaginação podia caber em 48K.

  • E cada travamento no meio do LOAD era uma lição precoce sobre resiliência.

💾 Do 8 bits à nuvem

O TK-85 me ensinou muito antes de eu entrar no mundo do mainframe e, décadas depois, ver nascer a inteligência artificial.
Naquela tela de TV disputada pela família, eu aprendi o que significava falar com a máquina — não como servo, mas como cúmplice.

Hoje, quando vejo algoritmos escrevendo textos, interpretando imagens e criando mundos, lembro do meu TK-85.
Ele não tinha voz, não tinha rede, não tinha nada além de 48K de sonho.
Mas foi ali que o futuro começou a carregar — um LOAD longo, com chiado, mas inevitável.

☕ Epílogo

O TK-85 não era apenas um computador: era um rito de passagem.
Foi ele que me ensinou que o digital podia ser humano, e que cada linha de código era uma forma de poesia.
Ele roubava a televisão da novela, sim — mas devolvia algo muito maior: a sensação de que o impossível podia ser aprendido, tecla por tecla.

E talvez, no fundo, essa tenha sido a primeira forma de inteligência artificial que conheci:
a capacidade do ser humano de sonhar com a máquina e, ao sonhar, reinventar o próprio mundo.


Bellacosa Mainframe
☕ Porque toda máquina tem alma — e toda infância tem um terminal piscando em “OK”.


domingo, 23 de março de 2014

Frango grelhado no carvao

Frango assado como churrasco


Outra especialidade portuguesa que trouxe comigo. O frango no carvão.

Um frango bem temperadinho com alho, cebola, salsa, cebolinha, oregano, pimenta, vinagre e sal.

Carvão em brasa bem quente.



Colocamos o frango na brasa e deixamos assar sem muito enrolação, molhando de tempos em tempos o frango com o caldo em que ele ficou de molho.

Acompanha bem com batatas fritas e arroz, batatas cozidas no proprio caldo do frango e salada

Bom apetite


segunda-feira, 17 de março de 2014

🌦️ Sempre um Isekai — Capítulo IV: Depois da Tempestade

 

🌦️ Sempre um Isekai — Capítulo IV: Depois da Tempestade

A grande tempestade de 1983 passou, mas deixou rastros.
Uma dorzinha teimosa, um silêncio que nem o tempo apagava.
De São Paulo fomos para o Quiririm, em Taubaté, uma nova fase, um novo reboot da vida — outro “universo paralelo” no meu eterno isekai.

Os meses em São Paulo ficaram soterrados sob uma pedra de esquecimento, e o menino que chegou ao interior era outro: cauteloso, mas ainda curioso.
Terminei o 3º ano com a professora Maria, curiosamente xará da minha antiga mestra de Pirassununga.
O destino, caprichoso como sempre, parecia brincar com variáveis de nomes e destinos.


🏫 A superação e o trofeuzinho

No início, quase repetente — perdido entre traumas e mudanças —, mas me recuperei.
E aquela recuperação virou medalha: uma pequena estátua de metal, um trofeuzinho entregue pela professora Maria.


Não era o prêmio em si que importava, mas o reconhecimento.
Era o sistema dizendo: “Job concluído com sucesso.”

Comecei o 4º ano com a professora Lygia, veterana, calma, dona de um olhar que atravessava as travessuras e enxergava o menino que tentava se reconstruir.


Tinha longa carreira, um magistério de décadas — sabia dosar afeto e disciplina como quem compila sabedoria em tempo real.





🚲 Aventuras no CECAP e o primo Marcelo

No CECAP do Quiririm, a vida começou a rodar de novo.


Ao meu lado, o parceiro inseparável: meu primo Marcelo.
Um companheiro de aventuras, loucuras e risadas — uma das melhores variáveis dessa fase do programa da vida.

Com ele, vieram as brincadeiras de bicicleta, as corridas sem destino, os mergulhos nos rios e córregos, as travessias perigosas até Tremembé e Caçapava.
Íamos pescar peixinhos de aquários, procurar frutos no mato e sítios ao redor laranjas, caquis, goiabas, amoras, nesperas, pitangas, jabuticabas, e cometíamos os lendários “furtos de caqui” em uma chácara com altos muros, com a desculpa que era para presentear as professoras da escola — um ato de rebeldia com intenções poéticas. Que recebiam os frutos com largos sorrisos, sem imaginarem as travessuras para obte-los.


💕 Paixões, confusões e risadas

Na escola, o elenco era digno de uma novela infantil.
Tinha o Adriano, o “louco”, que transformava qualquer aula em comédia; a Adriana, doce e gentil; e a Angélica, uma loirinha italiana de olhos claros que me deixava sem ar.
Sapequinha, risonha, o tipo de menina que encantava só de existir.


Ficou na memória como uma dessas subrotinas do coração que nunca se apagam.


Também havia a Márcia, irmã do Reinaldo, ciumento e destemido.
Cada beijo que eu ganhava dela custava uma surra — parecia um loop infinito de amor e castigo.
E a Rosemeire, que andava com o perigoso “Marreco” — mas isso, como dizem, é outro capítulo do manual.



🌺 Família, risadas e Menudos

No meio de tudo isso, um brilho especial: minha prima Andreia.
Conversar com ela era leve, divertido.
Compartilhávamos sonhos e gargalhadas na Quadra C do CECAP, entre pipas, bicicletas e confissões inocentes.



Ela era fã dos Menudos, e eu zoava fazendo imitação para lá de vergonhosas, no mais puro sarrismo — mas confesso, hoje entendo aquele brilho no olhar adolescente dela. A Vivi apesar de pequenina também seguia os passos da Deia e era maluquinha pelo grupo do não se reprima. Para as meninas era a diversão  em fitas k7 e os programas de auditório tocando sósias e playbacks.

Eram tempos simples, quase analógicos.
A vida se media em pedaladas, o amor em bilhetes dobrados, e a amizade em risadas ecoando pelo fim de tarde.



☕ Epílogo Bellacosa

O Quiririm me ensinou que a vida é um sistema resiliente: mesmo após uma queda feia, ele reinicia, recompila e segue rodando.
Ali reaprendi a ser menino, reaprendi a confiar.
Os traumas viraram código comentado, as lembranças, arquivos de backup que guardo com carinho.

Porque, no fundo, a infância é o primeiro mainframe que a gente aprende a operar — e o último que a gente esquece de desligar.

#Quiririm #Cecap #Taubate 

sexta-feira, 14 de março de 2014

🕊️ White Day — O ACK do Amor no Mainframe Japonês

 


🕊️ White Day — O ACK do Amor no Mainframe Japonês

Uma crônica ao estilo Bellacosa Mainframe para o blog El Jefe Midnight Lunch

Se você acha que o Japão é apenas o berço do karaokê, dos animes e das máquinas de venda automática que desafiam as leis da física (e do bom senso), prepare-se: existe toda uma arquitetura social por trás da forma como eles lidam com o amor.

E sim — essa arquitetura tem mais camadas que um dump de CICS pós-ABEND.


O que mais gostei desta data festiva é que faço aniversario no dia 14 de Março e saber que nesse, milhares de pessoas estão felizes comemorando o amor, dando o pontapé inicial nos jogos amorosos é categoria LENDARIO.



14 de março — Quando o Japão manda o “ACK” de volta

No Brasil, 14 de março é só uma data perdida no calendário, um checkpoint sem mensagens no JES2.
Mas no Japão… meu amigo… é quase um SVC de sentimentos.

O nome? White Day.
A função? Responder ao Valentine’s Day.
O espírito? Retribuir com classe, açúcar e soft skills milenares.

Pensa assim:
Se o Valentine’s Day japonês é o SEND do pacote emocional, o White Day é o RECEIVE COMPLETE.
Tudo muito bonitinho, tudo muito flowchart perfeito, tudo muito japonês.



🍫 Como começou — Spoiler: não foi um samurai apaixonado

Todo mundo imagina uma lenda milenar:
um samurai devolvendo marshmallows para a princesa,
uma gueixa fazendo chocolates brancos na lua cheia,
um monge inventando doces para equilibrar o yin e yang do afeto…

Nada disso.
Na verdade, o White Day surgiu em 1978, quando a Associação de Confeitaria do Japão percebeu um bug no romance nacional:

  • 14/02: mulheres dão chocolates.

  • 15/02: homens continuam quietos, tipo processo batch “non interactive”.

A indústria viu a oportunidade e pensou:

“E se criarmos um dia para obrigar essa galera a comprar doces também?”

E pronto.
Nasce o White Day.
Implementação simples, impacto permanente.
É o marketing rodando em produção sem backout plan.



🧁 Marshmallow Day → White Day — A refatoração mais doce da história

O primeiro nome da data era Marshmallow Day, acreditou?
Uma empresa de Fukuoka queria vender marshmallows brancos para homens devolverem os chocolates que receberam.

Aí o Japão fez o que faz melhor:
refatorou o nome, escalou a ideia, adicionou load balancing cultural, e renomeou para White Day.

De marshmallow, passou a valer chocolate branco, biscoito branco, presente branco, sorriso branco, tudo branco.

É quase uma política de:
IF VALENTINE-RECEIVED THEN RETURN-SOMETHING-BETTER.


🧠 Giri, Honmei e o RPG Social Japonês

No Valentine’s Day japonês, a mulher escolhe o “tipo de chocolate”:

  • Giri-choco (obrigação): para colegas, chefes, amigos

  • Honmei-choco (verdadeiro): para o crush ou amado

Sim, é um JCL com parâmetros diferentes.
Símbolos distintos, intenções distintas — e se o homem interpretar errado, dá ABEND U4040 emocional.

No White Day, o homem precisa devolver:

  • Algo igual → amigo

  • Algo melhor → crush

  • Algo muito melhor → casamento em 6 meses

É Java?
É Python?
Não.
É o JavaScript das relações humanas: cheio de regras implícitas que só quem nasceu lá entende.


🧩 Curiosidades que dariam um dump cultural

  • Alguns homens tentam devolver “triplo”, seguindo o termo sanbai gaeshi (retorno triplicado).
    A indústria? Aplaude de pé.

  • Se o cara devolve só marshmallow, significa “obrigado, mas não vai rolar”.
    É tipo um RC=04 educado.

  • A Coreia adotou o White Day… e criou o Black Day em abril para quem ficou sozinho nos dois.
    Porque na Ásia até a tristeza tem documentação.


🎎 Por que “White”?

Além dos doces brancos, tem a associação com pureza xintoísta, luz, começo…
Mas a verdade?
Porque vende.
A cor é perfeita para empacotar:

  • chocolate

  • fondue

  • biscoito

  • até promessa vazia


🖥️ A lógica japonesa aplicada ao Mainframe

O White Day é o mais próximo que a sociedade humana chegou de um protocol stack emocional:

  • 14/02: INPUT da relação

  • 14/03: OUTPUT de retorno

  • Se não devolver: timeout + silent drop

  • Se devolver errado: rerun com warnings

  • Se devolver bem: commit da transação

E assim, o Japão transformou o amor em algo cuidadosamente controlado, como se fosse uma alter table partitioning aplicada ao coração.


🌕 Conclusão ao estilo El Jefe Midnight Lunch

O White Day não é só uma data.
É um patch cultural, um hotfix emocional, um SMP/E de sentimentos.
É o Japão fazendo aquilo que sempre fez melhor:
organizando o caos humano em rotinas previsíveis, elegantes e surpreendentemente eficientes.

E como diria qualquer mainframeiro que já mexeu com retorno de processo:

Um presente bem escolhido salva um relacionamento inteiro.
Um presente mal escolhido… vira um ABEND que nem o suporte resolve.