O ciclo das Ferrovias no Estado de São Paulo
A Estrada de Ferro Sorocabana é o maior exemplo de como as coisas funcionam no Brasil, infelizmente ela é o exemplo clássico da má gestão do dinheiro público. Inicialmente iniciou suas atividades como empresa privada, deficitária passou por diversas administrações ruinosas até que passaram a mãos do estado.
Seu nome original era Companhia de Estrada de Ferro Sorocabana em 1875, iniciou suas atividades deficitárias, pois sua operação era mais dispendiosa que suas receitas, operando no vermelho já e seus primórdios, após troca de gestores resolveram fazer um aumento de capitais e expandiram a ferrovia rumo a áreas mais propicias no oeste do estado de São Paulo, por volta desta altura possuía 422 quilômetros.
Em 1892 nova alteração nos quadros uniram-se a Estrada de Ferro Ytuana dando origem a uma nova empresa a CUSI - Companhia União Sorocabana e Ituana funcionou aos trancos e barrancos até que em 1904 foi a falência, sendo adquirida por um consórcio do Governo Federal que revendeu a província de São Paulo.
Em 1907 foi arrendada e passou a fazer parte da Brazil Railway Company, essa nova empresa não durou nada, foi apenas uma troca de dinheiro, com avultosa perda para o Estado, em completa penúria, com locomotivas sucateadas e trilhos em completo abandono.
Com verbas estatais atingiu sua época de ouro, criou-se a oficina de Assis, completou a expansão a oeste, ligou-se a ferrovias no sul do país, permitindo viagens até o sul do país, desenvolveu a região oeste e trouxe progresso até nova reestruturação em 1971, passando a denominar-se FEPASA. Com tantas fusões, aquisições, cisões, incorporações e outras tentativas de salvar a saúde financeira, mesmo assim a empresa morreu em 1995
Voltando a Indaiatuba e sua estação central.
Num tremendo golpe de sorte, o povo de Indaiatuba conseguiu a guarda da locomotiva Baldwin 4-4-0 Regina número 10 da Estrada de Ferro Sorocabana, usando de manobras politicas e muito jogo de gabinete, para trazer esta icônica locomotiva a vapor..
A cidade deve conservar seus tesouros e lutar por adquirir mais, neste contexto Indaiatuba esta de parabéns. Conseguiram resgatar o seu passado histórico reformando e conservando o antigo complexo ferroviário, instalando alguns metros de trilho. Criando um museu ferroviário e partilhando sua historia, neste espaço geográfico estão juntas a primeira e a segunda estação ferroviária central, separadas por apenas alguns metros.
Esta locomotiva foi a primeira locomotiva da extinta companhia Ytuana de Estradas de Ferro, doada pelo imperador Dom Pedro II, sendo importada dos EUA, restaurada em 2002 e devolvida ao publica em sua extrema gloria.
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