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Este blog é o diário de um otaku apaixonado por animes, tecnologia de mainframe e viagens.
Cada entrada é uma mistura única: relatos de viagem com fotos, filmes, links, artigos e desenhos, sempre buscando enriquecer a experiência de quem lê.
Sou quase um turista profissional: adoro dormir em uma cama diferente, acordar em um lugar novo e registrar tudo com minha câmera sempre à mão.
Entre uma viagem e outra, compartilho também reflexões sobre cultura otaku/animes
Houve um tempo em que o mundo cabia dentro de um teatro.
Chamava-se Enigma, e era mais que um lugar — era um refúgio.
Entre cortinas vermelhas e risadas de juventude, encontrei Patrícia.
A musa que não pedi, mas que o destino insistiu em colocar no meu caminho.
Ela chegou como se o universo tivesse dado “play” em uma nova trilha sonora.
Aos treze, não sabia o que era o amor — só o senti.
Ela se tornou o meu norte, meu referencial, meu verso inacabado.
O beijo dela... ah, aquele beijo… ainda vive em mim,
como se o tempo tivesse parado só para assistir.
E havia as cartas.
O carteiro que atravessava a cidade trazia o mundo dela em envelopes simples,
cada palavra escrita como um fio que me puxava para perto dela.
E havia também as ligações.
O telefone tocava, e ouvir sua voz era sentir o universo inteiro
reduzido a segundos de riso, de hesitação, de calor.
Cada “alô” carregava o poder de parar a respiração,
de fazer o coração dançar entre alegria e saudade.
E havia as madrugadas, silenciosas e insones,
quando a cidade dormia e eu escrevia versos pensando nela.
Palavras improvisadas, sentimentos crus, sonhos desordenados
transformavam-se em poesia que só eu lia,
mas que guardava cada fragmento dela,
cada rastro do que sentia e nunca se apagaria.
Depois vieram os anos — implacáveis, mudos, necessários.
Nos tornamos memórias ambulantes um do outro:
primeiro namorados, depois amigos, depois ecos.
E no fim, apenas conhecidos.
Mas a alma reconhece o que o tempo finge esquecer.
Alguns lugares guardam marcas que ninguém mais vê.
A Avenida Tiradentes, o Shopping Paraíso,
os encontros com Amélia, os caminhos pelo Parque do Ibirapuera —
São Paulo inteira respira Patrícia em cada sombra, em cada riso antigo.
Cresci nesta cidade, me tornei quem sou aqui,
e certos amores, mesmo distantes,
se tornam parte da paisagem da alma.
O Broletto era a antiga sede de uma cidade situada na província do Piemonte, mais precisamente na cidade de Novara, cidade rica em monumentos antigos, possuindo um castelo bem conservado, uma porta medieval, restos da muralha, diversas igrejas e um patrono que foi imortalizado em uma belíssima catedral.
Antes de chegarmos no tema musical, deixe-me falar um pouco sobre Novara, uma rica cidade do norte da Italia, com grandes plantações de arroz, sendo um entrocamento ferroviária possibilita ligação a diversas cidades e seu legado religioso é composto por catedrais, basílicas e igrejas espalhados por todo o município.
Seu centro histórico mantem todo o traçado medieval, com ruas estreitas, circulares e com diversos becos sem saída, ainda possui calçamento em pedra e diversos casarões que remetem ao século XV e o renascimento.
O Broletto parece uma fortaleza com torres e um claustro com fonte e diversos balcões e corredores apoiados por arcos e colunas, uma impressionante construção com seus tijolos e acabamentos, em seu claustro no outono de 2012, foi promovido um evento cultural em que um coral interpretou diversas canções do grupo Enigma
Na Itália é sempre assim, são raros os finais de semana que não acontece algum evento cultural. Não me canso de repetir que o povo italiano adora conviver, apreciando consertos musicais, corais, duetos, trios, quartetos, quintetos e orquestras, museus com exposições e tantos prédios históricos nos aguardam, sempre terminando em algum bom local para comer um petisco delicioso.
“Eu sou Tutancâmon, Faraó de todo o Egito. Vocês perturbaram o meu descanso de 34 séculos. Por essa ousadia, deverão pagar com perícia, coragem e conhecimento. Eu os desafio a descobrirem o meu Enigma. E não se esqueçam, a morte virá com asas ligeiras para aquele que perturbar o sono do Faraó...”
Para padawans do audiovisual: história, origem, conceito, curiosidades, apresentadores, teatro — e por onde cavar os vestígios hoje.
Resumo rápido:Enigma foi um game show ao vivo da TV Cultura que misturava quiz de conhecimentos (história antiga, geografia, arqueologia/astrologia, curiosidades contemporâneas) com uma ambientação teatral inspirada no universo de aventura/arqueologia (pense: ecos de Indiana Jones). Estreou em 1987, passou pelo fim de tarde/noite de sábado as 19 horas e teve exibições até o fim da década, a princípio somente no estado de São Paulo, posteriormente em rede nacional num consórcio das diversas TV Culturas estaduais. — hoje vive em trechos arquivados no YouTube e nas lembranças da plateia.
Origem & conceito
A ideia nasceu de Vagner Anselmo Matrone, que pegou referências do cinema de aventura (os filmes Indiana Jones e O Enigma da Pirâmide aparecem como influência declarada) e traduziu isso para um palco de auditório: abertura com um faraó, trilha épica, cenografia que simulava o interior de uma pirâmide, melhor dizendo uma tumba egípcia, cheia de referências ao Antigo Egito e havia provas/armadilhas que remetiam a maldições egípcias — tudo para transformar perguntas de cultura geral em espetáculo.
O formato valorizava plateia, ao vivo e interação: Concurso de Cartazes, Fantasias e ligação do telespectador para Responder o Enigma da Noite.
Quando e onde foi exibido
O programa estreou em abril de 1987 e foi exibido ao vivo no Auditório Cultura (Teatro Franco Zampari) às tardes/noites de sábado; a veiculação em rede aconteceu até o fim dos anos 80. Trechos e programas completos estão resgatados em canais de vídeo e arquivos de fãs.
Apresentadores e elenco fixo
Cassiano Ricardo — coapresentador, figura central na apresentação do jogo, muito zoeira e adorava interagir e bagunçar com a plateia, quebrando a quarta parede constantemente.
Cornélia Herr — coapresentadora ao lado de Cassiano, contribuía para a dinâmica “par de heróis/heroínas” que lembrava os personagens dos filmes de aventura da época. Mais reservada, porém dona de um sorriso, que derrubava os adolescente e fazia uma ebulição de hormonas.
Roslaine Savieiro foi uma das assistentes de palco (Cleópatra).
Os participantes usando jalecos de arqueologos, sendo composto por 4 elementos, o campeão da semana anterior e 3 que passavam pelo portal, acertando uma pergunta sobre o Tema Historia Antiga.
Conceição Marques foi uma outra das assistentes de palco (Cleópatra). Houve outras Cleópatras, ao longo do programa, mas a memória do tiozão já não é mais a mesma.
Formato do jogo (como funcionava na prática)
Inscrição/seleção: candidatos chegavam cedo ao estúdio e inscreviam-se para participar.
As 15 horas era feito um sorteio entre os inscritos, 40 pessoas passavam por pré-seleção e dinâmicas de grupo no interior do Teatro.
Fases: de um grupo inicial de 40 pessoas, eram escolhidos 12.
Esses sortudos, passavam por um portal que remetia a Tumba de Thutankhamon, onde tinham que acerta a pergunta sobre história Antiga, era um momento hilário, pois saiam cada pérola de participantes despreparados.
Ate que depois eliminatórias levavam a 3 + o campeão da semana anterior (total 4).
Provas: perguntas de Geografia, História Geral e Astrologia; provas senográficas (Câmara Sagrada, Corredor da Morte,) que "eliminavam" participantes.
No decorrer do programa os apresentadores iam fornecendo pistas sobre o Enigma da Noite, algo sobre cultura contemporanea e
Prêmios: itens que eram cobiçados na época — videogame Atari, computadores (no fim dos 80), videocassetes, aparelhos de som, etc.
Desafios e provas:
Pistas para o Enigma da Noite
Furar a urna e pegar a pergunta
Degraus da tumba
O Segredo das 7 chaves
Corredor da morte
Prova de Osíris
Câmara Sagrada
Blefe do Farao
Xarada de Tutankhamon
Ser amaldiçoado pelo Faraó
entre outros
A Maldição
O Placar
Teatro / palco / auditório — por que importa hoje
O programa era gravado/exibido ao vivo do Auditório Cultura (actual Teatro Franco Zampari), um espaço de plateia que reforçava a sensação teatral do show. Esse elo com o teatro é importante para entender por que Enigma permanece como memória viva: era um híbrido entre game show e teatro de arena.
Hoje o próprio Teatro Franco Zampari continua a ser tema de notícias e projetos da Fundação Padre Anchieta/TV Cultura — há editais e parcerias recentes para uso e revitalização do espaço, o que mantém uma ponte entre a memória do Enigma e iniciativas culturais atuais. tvcultura.com.br
O Segredo mais bem guardado do Farao
Os Enigmas da Noite, eram escolhidos aleatoriamente, às vezes coincidia com alguma data especial, as dicas eram coletadas de um grimório dos magos, que somente os iniciados sabiam qual era:
Almanaque Abril
Curiosidades para impressionar no café da redação
A abertura tinha um “faraó” que lançava a maldição-voz: “Eu sou Tutancâmon… Vocês perturbaram o meu descanso de 34 séculos…” — trechos que viraram bordão nostálgico.
A estética buscava deliberadamente o pastiche: logotipo, trilha e apresentadores faziam referências cinéfilas aos anos 80.
Parte do material sobre Enigma sobrevive em uploads de fãs e no acervo digital de TV Cultura; há playlists/episódios no YouTube com episódios completos (úteis para quem pesquisa formato e direção de arte).
Para aqueles que participaram a emoção de ser sorteado não tinham igual.
Vencer a sargentona da produção na dinâmica de grupo e entrar no seleção grupos dos 12, era a gloria para rememorar por meses.
Existia um batismo aos frequentadores, ser carregado e jogado numa lata de lixo no centro do pátio.
Na plateia havia espaço para 300 pessoas, muitos, inclusive eu, costuma chegar 9 da manhã do sábado, para reservar um bom lugar.
Existiam inúmeras torcidas organizadas: Veteranos, Enigmania, Professia, Farraos, Arqueologos entre outras
Pessoas que marcaram uma epoca: Edu, Sheila, Patricia, Amelia, Alcione, Regina, Maelo, Milton, Edon, Alex, Brustein, Igor, Bozo, Luciana, Betinha e tantos outros, que a memória não guardou os nomes.
Existia uma padaria nas proximidades, que vendia um nostálgico pão doce recheado com doce de leite.
Onde achar material hoje (guia prático para o padawan pesquisador)
YouTube — canais com episódios/extretos: procure por Programa Enigma TV Cultura; há uploads do primeiro programa (04/04/1987) e edições avulsas. Ideal para ver a cenografia, ritmo e dinâmica ao vivo.
Acervos da TV Cultura / Fundação Padre Anchieta: a emissora já fez material comemorativo (50/55 anos) que resgata lembranças de programas clássicos — vale checar o site oficial e canais sociais.
Matéria e listas de nostalgia (jornais e portais culturais) — artigos de retrospectiva citam Enigma como marco dos anos 80 na emissora. TV Cultura
Mini-dossiê Padawan — perguntas que valem a investigação
Ajude nosso acervo, se encontrar algo nos temas abaixo, entre em contato.
Existem gravações completas no arquivo da Fundação Padre Anchieta? (procure contato com o acervo da TV Cultura).
Há créditos de direção/roteiro nas fitas preservadas — quem assinou a direção artística do programa? (isso ajuda a mapear influências estéticas).
Entrevistas com Cassiano Ricardo ou Cornélia Herr sobre Enigma: busque jornais de época e programas de nostalgia.
Para ir mais longe
Uma excelente postagem contado a história por trás da criação de 7 programas icônicos da TV Cultura na década de 1980. Foi uma época em que voava alto e tive a oportunidade de visitar e participar na plateia de todos eles. Tínhamos um grupo composto por Marcelo Brustein, Igor Calyman e outros, que nos reuníamos na plateia para confraternizar, divertir-se e brincar na melhor época da juventude paulistana.
Fechamento estilo Bellacosa Mainframe (curto e bonito)
Enigma é um daqueles programas que parecem um artefato: mistura de quiz, teatro e cinema de aventura, embalado por plateia e por uma estética decidida. Para o padawan curioso, é um playground de estudo: direção de arte (cenografia de “pirâmide”), design de som (trilhas emprestadas do épico), mecânica de jogo ao vivo e relação televisão–teatro. Se queres entender como a TV dos anos 80 transformava cultura geral em espetáculo, comece pelos vídeos no YouTube, depois bata à porta do acervo da Cultura.
E foi nesse espaço magico, um portal para um mundo de fantasia, que tive o momento mais feliz da vida, ao conhecer a Paty.
Quantos sábados felizes passei neste espaço, quantas horas permaneci entre iguais. Atividades varias, jogando, lendo, conversando, trocando ideias, aprendendo e ensinando. Me sentia carente e solitário, mas neste espaço, encontrei pessoas que gostavam das mesmas coisas que eu.
Houve um tempo em que o mundo cabia dentro de um teatro.
Chamava-se Enigma, e era mais que um lugar — era um refúgio.
Entre cortinas vermelhas e risadas de juventude, encontrei Patrícia.
A musa que não pedi, mas que o destino insistiu em colocar no meu caminho.
Ela chegou como se o universo tivesse dado “play” em uma nova trilha sonora.
Aos treze, não sabia o que era o amor — só o senti.
Ela se tornou o meu norte, meu referencial, meu verso inacabado.
O beijo dela... ah, aquele beijo… ainda vive em mim,
como se o tempo tivesse parado só para assistir.
Depois vieram os anos — implacáveis, mudos, necessários.
Nos tornamos memórias ambulantes um do outro:
primeiro namorados, depois amigos, depois ecos.
E no fim, apenas conhecidos.
Mas a alma reconhece o que o tempo finge esquecer.
Reconstruí o rosto dela com IA — como quem tenta conversar com o passado.
E quando vi, senti a velha vertigem:
a nostalgia que abraça…
e o “e se” que fere com doçura.
Alguns lugares guardam marcas que ninguém mais vê.
A Avenida Tiradentes, o Shopping Paraíso,
os encontros com Amélia, os caminhos pelo Parque do Ibirapuera —
São Paulo inteira respira Patrícia em cada sombra, em cada riso antigo.
Cresci nesta cidade, me tornei quem sou aqui,
e certos amores, mesmo distantes,
se tornam parte da paisagem da alma.
Mais tesouros descoberto em Carrancas: túneis, cavernas e grutas sim... meus amigos se gostas de andar em baixo da terra, seja bem vindo o solo calcário foi todo escavado pela agua, construindo túneis com ramais e interligação que somente agora estão sendo explorados a serio.
Devido as rochas calcarias existentes na região, a açao corrosiva da agua durante milénios escavou diversos túneis e cavernas que permitem explorações espeleológicas, Visitamos algumas cavernas e vislumbramos belas estalactites e encontramos diversos morcegos.
A fauna e a flora estão bem conservada em Carrancas, podemos encontrar muitas aves e alguns mamíferos. Por acaso encontramos diversas casinhas de João de Barro, o pedreiro da natureza, que apanhando barro no bico, construí belissimas casinhas e em alguns lugares existem registro de casas com ate 3 andares, vivendo familhas inteiras.
Claro que algumas aves oportunistas usurpam estas casinhas, usando-as como ninho (ate na natureza temos grileiros)
Depois de um excelente café da manha partimos em Direcção ao campo em busca das famosas corredeiras. Carranca é uma cidade rica em rios , riachos, ribeiroes com algumas cascatas lindas, pequenas cachoeiras e diversas piscinas naturais.
O grupo do Enigma estava muito empolgado, o ar fresco da manha permitiu caminharmos rápido e avançarmos rapidamente, chegando antecipadamente numa corredeira repleta de piscinas naturais, onde ficamos nos refrescando e aproveitando ao máximo possível a estadia.
A fome bateu, apos algumas horas brincando e relaxando nas aguas frias, fizemos nosso picnic comunitário e de barriguinha cheia limpamos nossa bagunça, afinal na natureza nada se tira (alem de fotografias) e nada de se leva (devemos trazer todo nosso lixo).
Cachoeiras, ribeiros e rio de Carranca a riqueza hidrica
Nossa exploração em Carrancas nos levou a encontrar grandes quantidades de tesouros hídricos: rios, ribeiras, minas, bicas, corredeiras, cachoeiras... foi super refrescante após caminhar em trilhas sob o sol escaldante encontrar piscinas naturais para se refrescar.
Andando pelas trilhas do sertão sob o sol escaldante, não existe prazer maior que encontrar uma lagoa ou uma pequena piscina natural para relaxar. Imagine o prazer de ficar sentado em uma pequena cascata sentindo a agua caindo fazendo massagem sob o corpo.
Esta caminhada foi organizada pelo grupo Enigma e permitiu explorar diversos pontos turisticos da cidade.
Nosso grupo esta empolgado o bom tempo permite explorar todo o sertão aos arredores de Carrancas, começamos nossa trilha saindo da cidade, nosso destino final são as cachoeiras, mas por agora estamos apenas curtindo o caminho, vendo as formações rochosas, a fauna e flora, sentindo a brisa e se aventurando pelas estradinhas acidentas.
Essa aventura foi organizada pela Enigma, um grupo de caminhadas ecológicas que tive o prazer de conhecer em Itatiba. Carrancas é um destino completo tenho aventuras sobre a terra, dentro da terra, na agua e para os mais audaciosos no ar.
Nossa exploração em Carrancas nos levou a encontrar grandes quantidades de tesouros hídricos: rios, ribeiras, minas, bicas, corredeiras, cachoeiras... foi super refrescante após caminhar em trilhas sob o sol escaldante encontrar piscinas naturais para se refrescar.
Andando pelas trilhas do sertão sob o sol escaldante, não existe prazer maior que encontrar uma lagoa ou uma pequena piscina natural para relaxar. Imagine o prazer de ficar sentado em uma pequena cascata sentindo a agua caindo fazendo massagem sob o corpo.
A cidade de Carrancas é um paraíso para os eco-turistas, tem aventuras para todos os gostos e tipos, e com certeza bolsos também, aqui na cidade é nosso ponto de partida, possuindo otimas pousadas, as delicias da culinária mineira e um povo muito hospitaleiro, vale a pena se aventurar.
Nosso grupo formado por aventureiros com todo o tipo de experiência era liderado pelo Enigma Turismo, que organizou todos os passeios, os meios de transporte necessários, acomodações e refeiçoes.
Posso dizer que andamos de caminhão em estradas normais, tratores em terreno acidentado e P2 nos caminhos mais difíceis e sem acesso. A noite relaxávamos nos pequenos barzinhos ouvindo Raul, bebendo e jogando conversa fora.
A cidade é bem pequenina com poucos edifícios marcantes, porém seu povo que com muita simpatia e hospitalidade nos fazem sentir-se em casa
Houve um tempo em que o mundo cabia dentro de um teatro.
Chamava-se Enigma, e era mais que um lugar — era um refúgio.
Entre cortinas vermelhas e risadas de juventude, encontrei ela.
A musa que não pedi, mas que o destino insistiu em colocar no meu caminho.
Ela chegou como se o universo tivesse dado “play” em uma nova trilha sonora.
Aos treze, não sabia o que era o amor — só o senti.
Ela se tornou o meu norte, meu referencial, meu verso inacabado.
O beijo dela... ah, aquele beijo… ainda vive em mim,
como se o tempo tivesse parado só para assistir.
Depois vieram os anos — implacáveis, mudos, necessários.
Nos tornamos memórias ambulantes um do outro:
primeiro namorados, depois amigos, depois ecos.
E no fim, apenas conhecidos.
Mas a alma reconhece o que o tempo finge esquecer.
Reconstruí o rosto dela com IA — como quem tenta conversar com o passado.
E quando vi, senti a velha vertigem:
a nostalgia que abraça…
e o “e se” que fere com doçura.
Há amores que não pedem presença — pedem apenas respeito.
E o meu, guardado entre as paredes do Enigma,
segue respirando em silêncio.
Não para reviver, mas para lembrar que um dia eu senti algo verdadeiro.