quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Uma tarde passeando por Leiria


Estamos passeando por um parque delicioso, aproveitando as margens deste ribeirão cheio de patinhos, como bom maníaco por fotos. Nao podia deixar de capturar este pequeno momento.



Esta cidade tem muitos encantos a serem descobertos, possui um  castelo, uma antiga fabrica de papel (parece que foi a primeira de Portugal), um parque com aviao militar, roda d'agua e o patinhos. Muitos patinhos nadando tranquilamente pela ribeira.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

🥤 A Origem da Tubaína — O “Refrigerante do Povo” que Virou Ícone Nacional

 


🥤 A Origem da Tubaína — O “Refrigerante do Povo” que Virou Ícone Nacional

Se existe um refrigerante que pode ser chamado de “SPOOL da infância brasileira”, esse refrigerante é a Tubaína. Ela não é apenas uma bebida: é um dataset cultural distribuído em milhares de versões, cada uma com seu label caseiro, sua micro-história e seus segredos de sabor guardados como PDS protegido no RACF.

Mas afinal… de onde veio essa lenda?


🌱 A Origem – Muito Antes da Fanta e da Coca Pensarem em Chegar Aqui

A Tubaína surgiu no interior do estado de São Paulo, entre o fim dos anos 1930 e início dos anos 1940. Não existe um único inventor, nem uma fábrica original certificada como “a primeira”.
E é justamente isso que faz parte do charme.

Tubaína nasceu como:

  • bebida artesanal,

  • produzida em pequenas fábricas e engarrafadoras familiares,

  • que usavam xaropes de frutas, açúcar e gás carbônico para criar um refrigerante barato e acessível.

O nome “Tubaína” teria duas origens possíveis:

🅰️ Versão 1 — Do Tupi “tubaina” = bebida fermentada / bebida de raiz

Registros linguísticos apontam que “tubaina” aparece como variação de palavras indígenas relacionadas a bebida local ou fruta macerada.

🅱️ Versão 2 — Marca que virou nome genérico

Outra versão, muito forte entre historiadores de indústria, diz que Tubaína era originalmente o nome de um xarope-base distribuído para fábricas pequenas, que passaram a engarrafar refrigerantes com essa marca — e com o tempo, “virou sinônimo de qualquer refrigerante barato do interior”.
Um clássico caso Aspirina / Gilete / Maizena / Xerox.




🏭 As Primeiras Fábricas – O Brasil Raiz Engarrafado

Entre as primeiras e mais conhecidas estão:

  • Tubaína Zarco – Piracicaba/SP

  • Tubaína Bacharel – São João da Boa Vista/SP

  • Turbaína Ferraspari – Jundiai/SP

  • Tubaína Joaninha – Taubaté/SP

  • Tubaína Arco Íris – Mococa/SP

  • Tubaína Vivi – diversas cidades do interior

  • Sanbra/J. Macedo, que vendia xaropes Tubaína para engarrafadores

Essas pequenas fábricas se espalharam como jobs submitting in batch, cada uma com sua receita própria — mais doce, mais artificial, mais frutada ou mais “doce de bar”.




🎨 O Sabor – Uma Mistura Única (E Bagunçada) de Identidade Brasileira

O sabor da Tubaína era, e é, uma alquimia:

  • ramalhete de frutas artificiais,

  • base de guaraná ou tutti-frutti,

  • açúcar para adoçar a vida,

  • e cor âmbar ou avermelhada, levemente translúcida.

Era um sabor que gritava: “sou simples, sou barata, sou boa!”

Em muitos lugares, Tubaína era bebida em garrafa de 600 ml, com tampa de metal que você abria na quina da mesa, e com aquele som clássico que parecia um IEFC001I anunciando início do serviço.


🧃 Por que a Tubaína virou febre?

Simples:

  • Era barata (metade do preço dos grandes refrigerantes).

  • Era local (tradição regional fortíssima).

  • Era familiar (produzida por fábricas do bairro).

  • Era democrática (vendida no bar, no campinho, no mercadinho).

  • Era saborosa de um jeito despretensioso.

E claro:
Toda cidade tinha “a melhor Tubaína do mundo”.
Cada uma com seu fã-clube.




🥚 Easter-Egg — Tubaína era a bebida “clandestina” dos anos 60/70

Acredite:
Algumas versões de Tubaína tinham teor alcoólico leve, por causa da fermentação natural dos xaropes artesanais.

Era tão discreto que ninguém falava disso… mas todo mundo sabia.
Tipo um dataset uncataloged que só o operador raiz conhecia.


📜 A Situação Atual – A Sobrevivente do Brasil Raiz

Hoje, a Tubaína:

  • segue viva em centenas de microfábricas pelo Brasil,

  • tem festivais próprios (como o Tubaína Fest, em São Paulo),

  • virou produto gourmet em algumas versões,

  • e ganhou um renascimento nostálgico nas redes sociais.

Marcas atuais de destaque:

  • Tubaína São João

  • Dore

  • Frevo

  • Itubaína Retrô (da Schin) – a versão industrial mais famosa

  • Tubaína Xereta


🔍 Curiosidades — Pacote Bellacosa

  • 🔸 “Tubaína” é praticamente um open-source beverage — cada região fez sua fork.

  • 🔸 Garrafas retornáveis de Tubaína foram ícones dos anos 50 a 90.

  • 🔸 Em muitos lugares, “Tubaína” virou sinônimo de qualquer refri de garrafa marrom, mesmo que o rótulo dissesse outro nome.

  • 🔸 Tubaína é considerada por alguns historiadores como o primeiro refrigerante realmente popular do Brasil, antes da Coca dominar tudo.

  • 🔸 Existe um museu informal da Tubaína, com rótulos de mais de 700 marcas coletadas pelo interior paulista.




🥤✨ Conclusão – Tubaína: A Bebida Mais Brasileira Que Já Houve

Tubaína é memória líquida.
É o refrigerante da infância, do boteco, do campinho, da padaria com balcão de mármore, do mercadinho com cheiro de madeira e sabão em pedra.

Ela não veio de corporações gigantes.
Ela nasceu como obra de milhares de pequenos criadores, todos querendo fazer uma bebida gostosa, barata e acessível — um verdadeiro cluster de boa vontade e criatividade.

A origem exata pode ser múltipla.
Mas a essência é uma só:

Tubaína é o sabor do Brasil raiz.

terça-feira, 29 de junho de 2010

📜 A Velha Casa da Estrada Mogi das Cruzes, 115

 


📜 A Velha Casa da Estrada Mogi das Cruzes, 115

Há endereços que não são somente coordenadas — são portais. A casa da Estrada Mogi das Cruzes, número 115, pertencia a essa categoria rara: lugar que não se visita, mas se atravessa como quem entra em outra dimensão, uma dungeon cheia de níveis, salas secretas e tesouros guardados pela memória.



Não sei como surgiu, se foi construída de raiz, comprada, pronta e ampliada, quando cheguei ao mundo ela existia, enorme, imensa para este pequeno oni, que explorava cada canto maravilhado, fosse o armário da lavanderia cheio de segredos. Fosse o quartinho de ferramentas no fundo do quintal, as escadarias que subiam a lage e o escondido e de difícil acesso forro do telhado, que em uma das minhas travessuras explorei, retornando imundo, sujo de pó e cutões. Das imensas caixas d´águas do Telhado/Lage. Tudo lendário com alguns tesouros inacessíveis e proibidos: os brinquedos do tio Pedrinho.




Ali moravam Pedro e Anna — avós de braços largos, olhos cheios de história, cozinhas quentes e quintais infinitos. No ar, cheiro de fruta madura, de bolo recém-assado e de terra molhada. No fundo, o chiqueiro com dois leitões crescendo ao ritmo do ano, engordados para o Natal e o Ano Novo — rituais da família Bellacosa que eram quase sagrados. As míticas festas de final de ano, onde cada uma delas guardavam momentos únicos e felizes com toda a família reunida.





A pedido do meu avô Pedro, os meninos do bairro, recolhiam e vinham com sacas com restos da feira de rua, vegetais que iriam para o lixo, mas recebendo moedas em troca, ajudavam a alimentar os leitões. Nada era desperdício: tudo virava vida, sustento, festa. Porque naquela casa sempre havia festa. Era aniversário meu, do tio Pedrinho, de algum primo, ou então a grande festa junina — bandeirinhas, fogueira, milho quente e a onomástica de São Pedro iluminando a noite.

Cada cômodo era um capítulo.
Cada parede, um segredo.
Cada tarde, uma aventura nova.




Havia o balanço, as pipas que rasgavam o céu, a laje onde se soltavam balões e se assistia à queima de fogos ou simplesmente ao pôr do sol que parecia nunca ter pressa. E havia histórias épicas, como a minha irmã Vivi presa no banheiro junto de Marcelo e Duzinho — até que meu pai, Wilson, com um único murro, abriu um buraco na porta. Para pânico geral dos primos e gargalhada da memória futura.


E havia também Neguinho — o pastor capa-negra, guardião final da dungeon. Obedecia somente a Wilson e ao avô Pedro. Para os demais… era chefe de fase. Olhos fixos, dentes à mostra, impondo respeito como só cães lendários sabem fazer.

Essa casa não era apenas casa.
Era reino. Era mapa. Era infância.
Era o lugar onde o tempo não passava — ele acontecia.


Hoje ela vive no espaço onde as casas verdadeiramente importantes moram: não no concreto, mas dentro de quem as viveu.

E eu vivi — profundamente.


Tinha a plaquinha que anunciava o trabalho da minha avó Anna em vender bolo sob encomenda, que quando semanalmente o fiscal da prefeitura passava. Ele solicitava educadamente para minha avó remover a plaquinha, senão levava multa da prefeitura, lembro do ritual, meu avô chegando do serviço, terça a tarde e virando a plaquinha e na quarta-feira, na parte da tarde, após o fiscal passar, desvirar a dita placa.

Lembro também em algum lugar dos anos 1970, quando enfim a SABESP trouxe água encanada para a vila Rio Branco, meu avô Pedro foi intimado a fechar o profundo posso, não sei a profundidade, mas para uma criaturinha pequena como eu, ver o meu pai no fundo, pequenino minusculo. Uma força tarefa com todos os homens adultos da família trabalhando duro na empreita. O poço parecia ir até o centro da terra, caminhões de entulho e muito trabalho até aquele gigante, que durante décadas trouxe água pura a família Bellacosa, ser silenciado, fechado e entupido.


Outra indiscrição, meu pai um atentado mor, piadista de piadas sujas, gozador e brincalhão; Cismava em provocar o povo, às vezes, até mostrando revistas pornográficas para os padres, dois irmãos gêmeos da paróquia da Ponte Rasa, para horror e raiva da minha avó Anna, que corria com a vassoura atrás do pouco pudico filho primogênito.

As festas outra doce lembrança, refrigerantes, barris de chops, batidas de amendoim, coco e maracujá. Vinho tinto que não podia faltar em uma casa napolitana.

Teve também alguns desastres, tipo a colisão dos fusquinhas vermelhos em dia de festa, claro que meu pai tinha que estar envolvido, porém, desta vez como vítima... Teve a panela de pressão que explodiu ao cozinhar feijão, destruindo a cozinha da vó Anna, primeiro tristeza e prejuízo financeiros, depois mais uma história para o clã Pedro Bellacosa eternizar em histórias de família.

E agora, está registrado e compartilhado contigo, caro leitor, destas linhas deste escriba do século XXI, que rememora com carinho antigos eventos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Hora feliz... pensa que um viajante não come?

A Brigite comanda o Espectáculo


Bom visitar um pais é uma experiência única, conhecer o povo, a cultura, as relíquias religiosas, as jóias arquitectónicas, ruínas arqueológicas e tesouros do passado.

Porem se não provarmos da culinária local, não podemos dizer que imergimos no pais. Eu sou uma pessoa de mente aberta e estômago de avestruz, adoro provar sabores, conhecer a culinária local




Um ícone da culinária são os biscoitinho secos e chá de hortelã bem doce que provei de norte a sul do Egipto.

De comidas posso dizer que provei carne de camelo, comi frango, búfalo... provei espagueti, arroz árabe, pão egípcio, batatas fritas e assadas, azeitonas, grão de bico, lentilha e outros quitutes mais.

Agora a gloria foi provar caldo de cana, nossa em Portugal não existe, então só quando visitava o Brasil tirava a barriga da miséria. Mas desta vez, não sempre que via um engenho, eu pedia para parar o bus e corria para comprar uma garrafinha. Ajuda aos navegantes o caldo de cana no Egito se chama ;  Gasab


sábado, 5 de junho de 2010

Visita ao bairro Copta no Cairo

Reduto cristão em meio a Cairo muçulmana.

Dentro da cidade do Cairo existe um bairro cristão onde se encontra a igreja Copta, hoje ligada a Igreja Católica Romana, mas em tempos idos, foi a sede da divulgação e guardiã de diversos documentos e relíquias.

São Marcos viveu em Alexandria, vários sábios e eruditos afluíam para esta região para compartilharem esse conhecimento, ainda hoje em escavações arqueológicas encontram fragmentos de escritos que constituem provas muito antigas dos livros Bíblicos.



Nesta região protegida dos extremistas existem museus, uma Sinagoga e diversas igrejas entre elas podemos citar a Igreja de São Jorge, que segundo a tradição foi ali martirizado e as correntes que o acorrentaram ainda estão ali, num outro ponto existe uma igreja construída sob uma antiga gruta que dizem ter abrigado São José, Maria e o Menino Jesus em sua fuga para o Egipto.

Também estão as ruínas romanas mais bem conservadas de todo o Cairo, resto da muralha e uma torre defensiva do quartel romano.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

NecrópolesLux do Vale dos Reis

The Valley of the Kings 

O ponto alto da visita a Luxor, estamos visitando o Vale dos Reis a Necrópole mais famosa do mundo, onde estavam enterrado um grande numero de faraós egípcios, muitos deles grandiosos generais e conquistadores, hábeis políticos e grandes religiosos, porem todos foram suplantados pelo pequeno e insípido faraó Tutankhamon.



Mas graças aquelas pequenas ironias da vida. Tutankhamon cujo reinado foi um peidinho na historia do Egipto, se tornou o maior e mais famoso faraó do Mundo. Nao existe em nenhum registro um rei que ficou tão famoso e conhecido no mundo todo, tornando-se um ícone do mundo moderno.

Filmes, livros, gibis, fotos, lendas e maldiçoes o rei Tut se espalhou na cultura popular, que basicamente todo mundo, já ouviu ou ouvira falar nele.

Mas por que o faraó Tut ficou tão famoso? Graças ha um pequeno azar dos ladroes de túmulo. Enquanto todas as necrópoles do Vale dos Reis foram saqueadas, profanadas, roubadas, pilhadas e sacaneadas o nosso amigo Tut, foi esquecido e manteve seus tesouros originais guardados por quase 2500 anos, antes de ser profanado por arqueólogos modernos.

Traduzindo seu nome temos algo como "A imagem viva de Amon"  Tut (Imagem) Ankh (vida) Amon (deus egipcio), porem anteriormente seu nome era TutAnkhAton, porem como foi convertido a ponta da espada, trocou o deus. Outra curiosidade seu sarcófago e múmia são os únicos que ainda se encontram no Vale dos Reis.



Cavalgando uma mulinha no Vale dos Reis (Egito)

Donkey Rider

Tirando a parte da dozinha da Mulinha este passeio foi uma doideira, beirando o absurdo aquele mundareu de ocidentais, provenientes das maiores metrópoles e de países bem desenvolvidos. Se divertindo com algo tão simples e inocente como andar de mulinha.


Em Junho de 2010 numa grande viagem aventura no Egipto, tive a oportunidade de cavalgar uma mulinha com destino final o Vale do Reis no Egipto, foi super divertido a experiência... passar por vilarejos, ver egípcios em seus afazeres contidianos, ver fabricas, uma mesquita.

E se assistir com calma ate o final verá uns motoqueiros passando pelas mulas com caras divertidas, note como são rígidas as normas de segurança no Egipto.