📜 El Jefe Midnight Lunch – Bellacosa Mainframe Logs
O dia em que o mini Oni perdeu para o cãozinho do apocalipse
Voltemos à Pirassununga, 1983 — aquele ambiente rural-urbano onde o asfalto não era bem asfalto, o silêncio não era bem silêncio, e as crianças não eram exatamente crianças… eram unidades autônomas de caos, equipadas com energia infinita, pés ligeiros e zero bom senso.
E no meu caso específico:
um pequeno Oni em modo provocação contínua.
🐕💀 O cruz-credo em miniatura – 30 cm de ódio puro
No caminho da escola, existia um ser.
Um daemon canídeo.
Uma criatura saída diretamente do IBM Hell Center, versão 30 centímetros de altura, perninhas finas, latência zero e latido com volume de sirene de teste de descompressão.
Eu tentava passar no modo stealth.
Mas a peste me detectava a 100 metros de distância, como se tivesse um RACF EXIT escrito só para identificar Bellacosa.
E começava o ataque sonoro.
Latido atrás de latido…
Um log interminável de aborrecimento.
A antipatia era mútua:
eu achava ele insuportável,
e ele achava que minha existência era uma ofensa pessoal.
🥢 A guerra fria Bellacosa vs. Mini-Cão
Em certos dias, eu no modo Oni provocador:
-
batia o pé no chão
-
arrastava galhos na grade
-
fazia tec-tec-tec-tec só pra irritar
-
e ainda olhava com cara de “chama no x1, coragem!”
Todo santo dia tinha algum episódio.
E nenhum de nós queria perder.
Mas… toda guerra tem um dia decisivo.
☠ A vingança canina – O ataque surpresa
Lá vou eu caminhando com um pote de peixinhos (não lembro por quê, mas a vida do Bellacosa é um RDD cheio de registros bizarros).
Um adolescente estava com o portão aberto e pediu para ver os peixes.
Eu, educado, entreguei o pote.
Foi quando, do fundo do inferno, saiu ele:
o mini Cavaleiro do Apocalipse, versão toy, vindo na velocidade de um I/O mal configurado.
Eu, com o dono ali do lado, não podia reagir como de costume.
Então fiz o que qualquer Oni covarde, desesperado e consciente da própria mortalidade faria:
fugi e trepei numa árvore.
E foi por pouco.
Mas o ódio canino daquele demônio de 30 cm era maior que seu tamanho.
Ele deu um salto.
Um salto digno de Olimpo canino.
E abocanhou minha panturrilha.
Não foi profundo.
Não foi sério.
Mas doeu…
e pior…
feriu o orgulho.
Meu log interno registrou:
“Erro crítico: mini-cão venceu o embate. Orgulho comprometido. Reiniciar?”
O dono capturou a fera, pediu desculpas, prendeu o mini-cerberus e quase se ajoelhou de vergonha.
Eu respondi:
— “Tá tudo bem… não foi nada…”
Por dentro?
Eu queria formatar aquele cachorro.
Com baixa densidade.
E sem backup.
🐦 Sobre animais… cada um com seu bicho
Esse episódio reforçou algo que me acompanha até hoje:
nunca fui fã de cachorros, principalmente os barulhentos.
A Vivi sempre foi o oposto: ama cães, gatos, tudo que tenha pelo e quatro patas.
Os bichinhos sempre foram dela — eu só convivia.
Eu?
Sou do time das aves.
Mas não curto gaiolas.
Gosto de liberdade.
Gosto do som de asas.
Da ideia de voar.
Mas essa conversa fica para outro capítulo.
📌 E assim termina o dia em que o Oni foi derrotado…
Derrotado por um canino de bolso.
Um microserviço do caos.
Um processo zombie cheio de dentes.
Mas faz parte da vida.
Nem sempre o herói vence.
Às vezes, quem ganha é o monstrinho de 30 cm com complexo de Napoleão.
Quando quiser, puxo mais um registro desse data set da infância.
É só mandar o comando:
CALL RARIDADE,MODE=NOSTALGIA
Bellacosa out. 🐕🔥🕶️