domingo, 5 de dezembro de 2010

Bellacosa Index Page: Checklist de Indexação SEO – Guia Completo

 

Check list seo page

Checklist de Indexação SEO – Guia Completo

1. Permitir indexação nos motores de busca

Antes de qualquer otimização, é essencial garantir que o site possa ser indexado. Verifique se não há bloqueios globais, como:

  • noindex aplicado ao site inteiro

  • configurações de privacidade ativadas

  • cabeçalhos HTTP do tipo X-Robots-Tag: noindex

Use o Google Search Console para confirmar se as páginas estão “Disponíveis para o Google”.


2. Robots.txt bem configurado

O arquivo robots.txt controla o rastreamento. Uma configuração correta:

  • permite acesso às páginas importantes

  • bloqueia áreas irrelevantes (ex: páginas de busca internas)

  • declara o sitemap

Exemplo recomendado:

User-agent: * Disallow: /search Allow: / Sitemap: https://www.seusite.com/sitemap.xml

Evite erros graves como Disallow: /, que bloqueia todo o site.


3. Sitemap XML funcional e enviado

O sitemap ajuda o Google a descobrir URLs.
Boas práticas:

  • gerar sitemap automático

  • incluir apenas páginas indexáveis

  • enviar no Google Search Console

  • monitorar erros de leitura

O sitemap não deve ser indexado, apenas lido por robôs.


4. Uso correto de meta robots

As tags meta robots ou regras de robôs personalizadas devem ser usadas com cautela:

  • páginas e posts importantes: index, follow

  • páginas de busca e arquivo: noindex

Nunca aplique noindex em páginas que você deseja que apareçam nos resultados.


5. Estrutura correta de títulos (Headings)

Cada página deve conter:

  • 1 único H1 (título principal)

  • H2 para subtítulos

  • H3/H4 para hierarquia interna

Os headings ajudam o Google a entender o tema e a organização do conteúdo.


6. Títulos e meta descrições otimizados

Cada página deve ter:

  • título único e descritivo (50–60 caracteres)

  • meta descrição clara e atrativa (120–160 caracteres)

Esses elementos influenciam diretamente o CTR (taxa de cliques) nos resultados de busca.


7. Conteúdo com qualidade e profundidade

Conteúdo é um dos principais fatores de SEO.
Checklist mínimo:

  • textos com 300 palavras ou mais

  • conteúdo original

  • respostas claras à intenção do usuário

  • parágrafos curtos e escaneáveis

Conteúdo fraco tende a ser ignorado ou removido do índice.


8. URLs amigáveis

Boas URLs:

  • curtas

  • sem parâmetros desnecessários

  • com palavras-chave

  • sem caracteres especiais

Exemplo bom:

/checklist-indexacao-seo.html

9. Links internos estratégicos

Links internos:

  • ajudam o Google a descobrir páginas

  • distribuem autoridade

  • aumentam tempo de permanência

Checklist:

  • cada post deve linkar para outros conteúdos relevantes

  • páginas importantes devem ser acessíveis a partir da home


10. Links externos confiáveis

Links para sites relevantes:

  • aumentam credibilidade

  • contextualizam o conteúdo

  • melhoram a experiência do usuário

Evite links quebrados ou para sites de baixa qualidade.


11. Otimização de imagens

Imagens também são indexáveis:

  • usar nomes descritivos

  • preencher o atributo alt

  • comprimir arquivos

  • evitar imagens muito pesadas

Isso melhora SEO e velocidade.


12. Performance e velocidade

Sites lentos têm pior desempenho nos rankings.
Verifique:

  • tempo de carregamento

  • excesso de scripts

  • imagens não otimizadas

Ferramenta recomendada: Google PageSpeed Insights.


13. Mobile-friendly (responsivo)

A indexação do Google é mobile-first.
Checklist:

  • layout responsivo

  • textos legíveis no celular

  • botões clicáveis

  • sem pop-ups intrusivos


14. Evitar conteúdo duplicado

Conteúdo duplicado confunde os buscadores.
Cuidados:

  • não repetir textos inteiros

  • usar canonical quando necessário

  • evitar múltiplas URLs com o mesmo conteúdo


15. Dados estruturados (Schema)

Sempre que possível, use dados estruturados para:

  • artigos

  • breadcrumbs

  • reviews

  • vídeos

Isso pode gerar rich snippets e aumentar o CTR.


16. Frequência de publicação

Sites atualizados com frequência são rastreados com mais regularidade.

  • mantenha consistência

  • evite longos períodos sem novos conteúdos


17. Monitoramento constante

SEO não é tarefa única.
Checklist de acompanhamento:

  • revisar relatórios do Search Console

  • corrigir páginas excluídas

  • atualizar conteúdos antigos

  • acompanhar desempenho


18. Experiência do usuário

O Google avalia sinais de uso:

  • tempo na página

  • taxa de rejeição

  • navegação intuitiva

Conteúdo bom e bem estruturado retém o visitante.


Conclusão

Um Checklist de Indexação SEO bem aplicado garante que seu site:

  • seja rastreável

  • seja indexado corretamente

  • tenha conteúdo compreendido pelos motores de busca

  • ofereça boa experiência ao usuário

SEO não é sobre truques, mas sobre clareza, qualidade e consistência.
Ao seguir este checklist, você cria uma base sólida para crescer organicamente, ganhar visibilidade e construir autoridade nos motores de busca de forma sustentável.


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Uma tarde passeando por Leiria


Estamos passeando por um parque delicioso, aproveitando as margens deste ribeirão cheio de patinhos, como bom maníaco por fotos. Nao podia deixar de capturar este pequeno momento.



Esta cidade tem muitos encantos a serem descobertos, possui um  castelo, uma antiga fabrica de papel (parece que foi a primeira de Portugal), um parque com aviao militar, roda d'agua e o patinhos. Muitos patinhos nadando tranquilamente pela ribeira.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

🥤 A Origem da Tubaína — O “Refrigerante do Povo” que Virou Ícone Nacional

 


🥤 A Origem da Tubaína — O “Refrigerante do Povo” que Virou Ícone Nacional

Se existe um refrigerante que pode ser chamado de “SPOOL da infância brasileira”, esse refrigerante é a Tubaína. Ela não é apenas uma bebida: é um dataset cultural distribuído em milhares de versões, cada uma com seu label caseiro, sua micro-história e seus segredos de sabor guardados como PDS protegido no RACF.

Mas afinal… de onde veio essa lenda?


🌱 A Origem – Muito Antes da Fanta e da Coca Pensarem em Chegar Aqui

A Tubaína surgiu no interior do estado de São Paulo, entre o fim dos anos 1930 e início dos anos 1940. Não existe um único inventor, nem uma fábrica original certificada como “a primeira”.
E é justamente isso que faz parte do charme.

Tubaína nasceu como:

  • bebida artesanal,

  • produzida em pequenas fábricas e engarrafadoras familiares,

  • que usavam xaropes de frutas, açúcar e gás carbônico para criar um refrigerante barato e acessível.

O nome “Tubaína” teria duas origens possíveis:

🅰️ Versão 1 — Do Tupi “tubaina” = bebida fermentada / bebida de raiz

Registros linguísticos apontam que “tubaina” aparece como variação de palavras indígenas relacionadas a bebida local ou fruta macerada.

🅱️ Versão 2 — Marca que virou nome genérico

Outra versão, muito forte entre historiadores de indústria, diz que Tubaína era originalmente o nome de um xarope-base distribuído para fábricas pequenas, que passaram a engarrafar refrigerantes com essa marca — e com o tempo, “virou sinônimo de qualquer refrigerante barato do interior”.
Um clássico caso Aspirina / Gilete / Maizena / Xerox.




🏭 As Primeiras Fábricas – O Brasil Raiz Engarrafado

Entre as primeiras e mais conhecidas estão:

  • Tubaína Zarco – Piracicaba/SP

  • Tubaína Bacharel – São João da Boa Vista/SP

  • Turbaína Ferraspari – Jundiai/SP

  • Tubaína Joaninha – Taubaté/SP

  • Tubaína Arco Íris – Mococa/SP

  • Tubaína Vivi – diversas cidades do interior

  • Sanbra/J. Macedo, que vendia xaropes Tubaína para engarrafadores

Essas pequenas fábricas se espalharam como jobs submitting in batch, cada uma com sua receita própria — mais doce, mais artificial, mais frutada ou mais “doce de bar”.




🎨 O Sabor – Uma Mistura Única (E Bagunçada) de Identidade Brasileira

O sabor da Tubaína era, e é, uma alquimia:

  • ramalhete de frutas artificiais,

  • base de guaraná ou tutti-frutti,

  • açúcar para adoçar a vida,

  • e cor âmbar ou avermelhada, levemente translúcida.

Era um sabor que gritava: “sou simples, sou barata, sou boa!”

Em muitos lugares, Tubaína era bebida em garrafa de 600 ml, com tampa de metal que você abria na quina da mesa, e com aquele som clássico que parecia um IEFC001I anunciando início do serviço.


🧃 Por que a Tubaína virou febre?

Simples:

  • Era barata (metade do preço dos grandes refrigerantes).

  • Era local (tradição regional fortíssima).

  • Era familiar (produzida por fábricas do bairro).

  • Era democrática (vendida no bar, no campinho, no mercadinho).

  • Era saborosa de um jeito despretensioso.

E claro:
Toda cidade tinha “a melhor Tubaína do mundo”.
Cada uma com seu fã-clube.




🥚 Easter-Egg — Tubaína era a bebida “clandestina” dos anos 60/70

Acredite:
Algumas versões de Tubaína tinham teor alcoólico leve, por causa da fermentação natural dos xaropes artesanais.

Era tão discreto que ninguém falava disso… mas todo mundo sabia.
Tipo um dataset uncataloged que só o operador raiz conhecia.


📜 A Situação Atual – A Sobrevivente do Brasil Raiz

Hoje, a Tubaína:

  • segue viva em centenas de microfábricas pelo Brasil,

  • tem festivais próprios (como o Tubaína Fest, em São Paulo),

  • virou produto gourmet em algumas versões,

  • e ganhou um renascimento nostálgico nas redes sociais.

Marcas atuais de destaque:

  • Tubaína São João

  • Dore

  • Frevo

  • Itubaína Retrô (da Schin) – a versão industrial mais famosa

  • Tubaína Xereta


🔍 Curiosidades — Pacote Bellacosa

  • 🔸 “Tubaína” é praticamente um open-source beverage — cada região fez sua fork.

  • 🔸 Garrafas retornáveis de Tubaína foram ícones dos anos 50 a 90.

  • 🔸 Em muitos lugares, “Tubaína” virou sinônimo de qualquer refri de garrafa marrom, mesmo que o rótulo dissesse outro nome.

  • 🔸 Tubaína é considerada por alguns historiadores como o primeiro refrigerante realmente popular do Brasil, antes da Coca dominar tudo.

  • 🔸 Existe um museu informal da Tubaína, com rótulos de mais de 700 marcas coletadas pelo interior paulista.




🥤✨ Conclusão – Tubaína: A Bebida Mais Brasileira Que Já Houve

Tubaína é memória líquida.
É o refrigerante da infância, do boteco, do campinho, da padaria com balcão de mármore, do mercadinho com cheiro de madeira e sabão em pedra.

Ela não veio de corporações gigantes.
Ela nasceu como obra de milhares de pequenos criadores, todos querendo fazer uma bebida gostosa, barata e acessível — um verdadeiro cluster de boa vontade e criatividade.

A origem exata pode ser múltipla.
Mas a essência é uma só:

Tubaína é o sabor do Brasil raiz.

terça-feira, 29 de junho de 2010

📜 A Velha Casa da Estrada Mogi das Cruzes, 115

 


📜 A Velha Casa da Estrada Mogi das Cruzes, 115

Há endereços que não são somente coordenadas — são portais. A casa da Estrada Mogi das Cruzes, número 115, pertencia a essa categoria rara: lugar que não se visita, mas se atravessa como quem entra em outra dimensão, uma dungeon cheia de níveis, salas secretas e tesouros guardados pela memória.



Não sei como surgiu, se foi construída de raiz, comprada, pronta e ampliada, quando cheguei ao mundo ela existia, enorme, imensa para este pequeno oni, que explorava cada canto maravilhado, fosse o armário da lavanderia cheio de segredos. Fosse o quartinho de ferramentas no fundo do quintal, as escadarias que subiam a lage e o escondido e de difícil acesso forro do telhado, que em uma das minhas travessuras explorei, retornando imundo, sujo de pó e cutões. Das imensas caixas d´águas do Telhado/Lage. Tudo lendário com alguns tesouros inacessíveis e proibidos: os brinquedos do tio Pedrinho.




Ali moravam Pedro e Anna — avós de braços largos, olhos cheios de história, cozinhas quentes e quintais infinitos. No ar, cheiro de fruta madura, de bolo recém-assado e de terra molhada. No fundo, o chiqueiro com dois leitões crescendo ao ritmo do ano, engordados para o Natal e o Ano Novo — rituais da família Bellacosa que eram quase sagrados. As míticas festas de final de ano, onde cada uma delas guardavam momentos únicos e felizes com toda a família reunida.





A pedido do meu avô Pedro, os meninos do bairro, recolhiam e vinham com sacas com restos da feira de rua, vegetais que iriam para o lixo, mas recebendo moedas em troca, ajudavam a alimentar os leitões. Nada era desperdício: tudo virava vida, sustento, festa. Porque naquela casa sempre havia festa. Era aniversário meu, do tio Pedrinho, de algum primo, ou então a grande festa junina — bandeirinhas, fogueira, milho quente e a onomástica de São Pedro iluminando a noite.

Cada cômodo era um capítulo.
Cada parede, um segredo.
Cada tarde, uma aventura nova.




Havia o balanço, as pipas que rasgavam o céu, a laje onde se soltavam balões e se assistia à queima de fogos ou simplesmente ao pôr do sol que parecia nunca ter pressa. E havia histórias épicas, como a minha irmã Vivi presa no banheiro junto de Marcelo e Duzinho — até que meu pai, Wilson, com um único murro, abriu um buraco na porta. Para pânico geral dos primos e gargalhada da memória futura.


E havia também Neguinho — o pastor capa-negra, guardião final da dungeon. Obedecia somente a Wilson e ao avô Pedro. Para os demais… era chefe de fase. Olhos fixos, dentes à mostra, impondo respeito como só cães lendários sabem fazer.

Essa casa não era apenas casa.
Era reino. Era mapa. Era infância.
Era o lugar onde o tempo não passava — ele acontecia.


Hoje ela vive no espaço onde as casas verdadeiramente importantes moram: não no concreto, mas dentro de quem as viveu.

E eu vivi — profundamente.


Tinha a plaquinha que anunciava o trabalho da minha avó Anna em vender bolo sob encomenda, que quando semanalmente o fiscal da prefeitura passava. Ele solicitava educadamente para minha avó remover a plaquinha, senão levava multa da prefeitura, lembro do ritual, meu avô chegando do serviço, terça a tarde e virando a plaquinha e na quarta-feira, na parte da tarde, após o fiscal passar, desvirar a dita placa.

Lembro também em algum lugar dos anos 1970, quando enfim a SABESP trouxe água encanada para a vila Rio Branco, meu avô Pedro foi intimado a fechar o profundo posso, não sei a profundidade, mas para uma criaturinha pequena como eu, ver o meu pai no fundo, pequenino minusculo. Uma força tarefa com todos os homens adultos da família trabalhando duro na empreita. O poço parecia ir até o centro da terra, caminhões de entulho e muito trabalho até aquele gigante, que durante décadas trouxe água pura a família Bellacosa, ser silenciado, fechado e entupido.


Outra indiscrição, meu pai um atentado mor, piadista de piadas sujas, gozador e brincalhão; Cismava em provocar o povo, às vezes, até mostrando revistas pornográficas para os padres, dois irmãos gêmeos da paróquia da Ponte Rasa, para horror e raiva da minha avó Anna, que corria com a vassoura atrás do pouco pudico filho primogênito.

As festas outra doce lembrança, refrigerantes, barris de chops, batidas de amendoim, coco e maracujá. Vinho tinto que não podia faltar em uma casa napolitana.

Teve também alguns desastres, tipo a colisão dos fusquinhas vermelhos em dia de festa, claro que meu pai tinha que estar envolvido, porém, desta vez como vítima... Teve a panela de pressão que explodiu ao cozinhar feijão, destruindo a cozinha da vó Anna, primeiro tristeza e prejuízo financeiros, depois mais uma história para o clã Pedro Bellacosa eternizar em histórias de família.

E agora, está registrado e compartilhado contigo, caro leitor, destas linhas deste escriba do século XXI, que rememora com carinho antigos eventos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Hora feliz... pensa que um viajante não come?

A Brigite comanda o Espectáculo


Bom visitar um pais é uma experiência única, conhecer o povo, a cultura, as relíquias religiosas, as jóias arquitectónicas, ruínas arqueológicas e tesouros do passado.

Porem se não provarmos da culinária local, não podemos dizer que imergimos no pais. Eu sou uma pessoa de mente aberta e estômago de avestruz, adoro provar sabores, conhecer a culinária local




Um ícone da culinária são os biscoitinho secos e chá de hortelã bem doce que provei de norte a sul do Egipto.

De comidas posso dizer que provei carne de camelo, comi frango, búfalo... provei espagueti, arroz árabe, pão egípcio, batatas fritas e assadas, azeitonas, grão de bico, lentilha e outros quitutes mais.

Agora a gloria foi provar caldo de cana, nossa em Portugal não existe, então só quando visitava o Brasil tirava a barriga da miséria. Mas desta vez, não sempre que via um engenho, eu pedia para parar o bus e corria para comprar uma garrafinha. Ajuda aos navegantes o caldo de cana no Egito se chama ;  Gasab


sábado, 5 de junho de 2010

Visita ao bairro Copta no Cairo

Reduto cristão em meio a Cairo muçulmana.

Dentro da cidade do Cairo existe um bairro cristão onde se encontra a igreja Copta, hoje ligada a Igreja Católica Romana, mas em tempos idos, foi a sede da divulgação e guardiã de diversos documentos e relíquias.

São Marcos viveu em Alexandria, vários sábios e eruditos afluíam para esta região para compartilharem esse conhecimento, ainda hoje em escavações arqueológicas encontram fragmentos de escritos que constituem provas muito antigas dos livros Bíblicos.



Nesta região protegida dos extremistas existem museus, uma Sinagoga e diversas igrejas entre elas podemos citar a Igreja de São Jorge, que segundo a tradição foi ali martirizado e as correntes que o acorrentaram ainda estão ali, num outro ponto existe uma igreja construída sob uma antiga gruta que dizem ter abrigado São José, Maria e o Menino Jesus em sua fuga para o Egipto.

Também estão as ruínas romanas mais bem conservadas de todo o Cairo, resto da muralha e uma torre defensiva do quartel romano.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

NecrópolesLux do Vale dos Reis

The Valley of the Kings 

O ponto alto da visita a Luxor, estamos visitando o Vale dos Reis a Necrópole mais famosa do mundo, onde estavam enterrado um grande numero de faraós egípcios, muitos deles grandiosos generais e conquistadores, hábeis políticos e grandes religiosos, porem todos foram suplantados pelo pequeno e insípido faraó Tutankhamon.



Mas graças aquelas pequenas ironias da vida. Tutankhamon cujo reinado foi um peidinho na historia do Egipto, se tornou o maior e mais famoso faraó do Mundo. Nao existe em nenhum registro um rei que ficou tão famoso e conhecido no mundo todo, tornando-se um ícone do mundo moderno.

Filmes, livros, gibis, fotos, lendas e maldiçoes o rei Tut se espalhou na cultura popular, que basicamente todo mundo, já ouviu ou ouvira falar nele.

Mas por que o faraó Tut ficou tão famoso? Graças ha um pequeno azar dos ladroes de túmulo. Enquanto todas as necrópoles do Vale dos Reis foram saqueadas, profanadas, roubadas, pilhadas e sacaneadas o nosso amigo Tut, foi esquecido e manteve seus tesouros originais guardados por quase 2500 anos, antes de ser profanado por arqueólogos modernos.

Traduzindo seu nome temos algo como "A imagem viva de Amon"  Tut (Imagem) Ankh (vida) Amon (deus egipcio), porem anteriormente seu nome era TutAnkhAton, porem como foi convertido a ponta da espada, trocou o deus. Outra curiosidade seu sarcófago e múmia são os únicos que ainda se encontram no Vale dos Reis.



Cavalgando uma mulinha no Vale dos Reis (Egito)

Donkey Rider

Tirando a parte da dozinha da Mulinha este passeio foi uma doideira, beirando o absurdo aquele mundareu de ocidentais, provenientes das maiores metrópoles e de países bem desenvolvidos. Se divertindo com algo tão simples e inocente como andar de mulinha.


Em Junho de 2010 numa grande viagem aventura no Egipto, tive a oportunidade de cavalgar uma mulinha com destino final o Vale do Reis no Egipto, foi super divertido a experiência... passar por vilarejos, ver egípcios em seus afazeres contidianos, ver fabricas, uma mesquita.

E se assistir com calma ate o final verá uns motoqueiros passando pelas mulas com caras divertidas, note como são rígidas as normas de segurança no Egipto.


Colosso de Memnon na planicie de Tebas

Os guardiões da necrópoles de Tebas.


Partimos de Luxor em directo a Tebas, vamos em busca de um complexo arquitectónico que durante séculos assustou viajantes, trata-se do Colossos de Memnon são duas estátuas gigantescas que guardam o vale.

Vigiando a todos que ali passam, diz a lenda que no passado elas cantavam e gritavam...



De acordo com as escavações arqueológicas estas estátuas representavam o faraó Amenhotep III  (Amenofis III ) que erigiu estas estátuas como prova viva do seu governo para impressionar a todos que se dirigiam a Tebas, guardando as necrópoles que ficavam ali perto. Este complexo religioso eram similar ao de Karnak repleto de estátuas e construções, mas devido a sua posição geográfica sofreu grande destruição por parte das inundações do Nilo, terremotos e saques de arqueólogos que levaram grandes pilhagens deste sitio para diversos museus do mundo. Restando apenas as estátuas.


Actualmente desta região partem balões em passeios por esta antigas ruínas que permitem aos viajantes terem uma noção das grandiosidade no passado.

Big crazy party .. uma festa bem louca, louca para caneco...

Noite em um pub clandestino 


Este foi nosso ultimo dia em Luxor, e nem imaginávamos que estava marcado uma festa de despedida.




Saibam que no Egito festas e sons ocidentais são proibidos, puníveis com cadeia se forem muito radicais, mas continuando na ultima noite o grupo saiu para jantar, fomos em uma casa discreta nos arredores de Luxor.

Por fora ninguém suspeitaria do que se tratava, ao entrarmos após passarmos por uma pesada porta, demos de cara com um Pub estilo irlandês. Mas as surpresas não acabaram ai... durante a refeição nosso guia, soltava algumas piadinhas e conversar sobre discoteca, mas olhando o salão nada diria o q estava por vir. Bem finalmente após o jantar nosso guia nos leva para um canto e mostra-nos uma porta, que ao abrir dava acesso a uma escadaria, ao melhor estilo Alcapone... qdo descemos vislumbramos uma maneira pista de dança, toda equipa e ja estava rolando o som...

Parecia que tínhamos viajado no tempo e estamos em plena época da lei seca, curtindo um som e bebidas bem fortes para o padrão egípcio. Sendo q ao sair voltei por osmose ao hotel (prova que o Egipto não era tão perigoso qto imaginava, nestes dias em Luxor varias vezes saímos e não tivemos problema algum.

Vale lembrar que teve um dia que fiz amizade com um grupo de egípcios e devido as restrições ao consumo de álcool, eles não podiam comprar cerveja e claro que naquela bagunça, eles faziam vaquinha e eu ia buscar na loja para ocidentais cerveja para o floc.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Kom Ombo o templo duplo de Horus e Sobek

Uma casa para dois deuses.

Eis um enigma que ja fez rolar muita tinta de caneta e discussão de académicos.

Em Kom Ombo foi construído na época Ptolomaica um templo gémeo, neste complexo abrigavam dois deuses, em um o Deus crocodilo Sobek, que inclusive tem diversas múmias de crocodilo no museu local; e no outro templo era dedicado ao deus falcão Horus.



Bem conservado vem gradativamente sendo restaurado tornando um lugar excepcional para se visitar, estando aqui aproveite para conhecer os arredores, existe um Nilo-metro, equipamento de medição que os sacerdotes monitorizavam o fluxo do rio e sabiam se as cheias estavam seguindo o seu ritmo natural.

Aproveitando a janela, lembrem-se que o Egipto encontra-se em um deserto com pouca chuva, sendo o Nilo a fonte de vida e suas cheias são sinónimos de prosperidade. Estas cheias ocorrem não devido a chuvas no território egípcio e sim ao derretimento da neve nas montanhas a sul e chuvas em regiões da África central.

Templo de Horus em Edfu

Visita a casa de Horus.

Estamos em Edfu um gigantesco complexo religioso erigido em honra ao deus falcao Horus. Residencia oficial do sacerdote, este complexo tinha diversos tipos de alas destinada a receber o publico e uma area secreta reservada somente ao sumo sacerdote e ao farao.




O complexo sofreu muito com o tempo e as conversoes religiosas, quando o Egito converteu-se ao cristianismo nos primeiros seculos da era crista, este templo foi vandalizado e varios tesouros saqueados e convertido em igrejas paleo-cristas.

Posteriormente os barbaros atacaram e terminaram por destruir o que restava, durante seculo a areia do deserto e a lama do Nilo, serviram de tumba, ate que uma onda restauradora que surgiu no seculo XIX, reconstruiu e trouxe um pouco da velha gloria a este templo.

Diga-se de passagem que saia daqui a melhor e mais animada festa do Egito Antigo... sim... na altura do casamento simbolico de Horus com Hator, milhares de pessoas partiam daqui em direçao ao templo da Hator cometendo todo o tipo de excesso que se possa imaginar.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Acampamento noturno em uma ilha no rio Nilo

Island Harbeyab


Continuamos em nossa navegação pelo rio Nilo... a Feluca ancorou em uma ilha, onde montamos nosso acampamento para passarmos a noite.

Nesta ilha existia uma fazenda não habitada com alguns animais soltos, um pequeno armazém de ferramentas, um celeiro cheio de alimentos e um estábulo todo escancarado. Meio sinistro e assustador a principio, mas depois que se acostuma relaxa-se e dorme-se bem.


Foi uma noite tranquila em tendas, ao redor de fogueiras apreciando o céu estrelado, o barulho dos búfalos e outros animais, é foi uma momento único acordar é ver o nascer do sol, sentado as margens do Nilo.

Navegando pelo rio Nilo a bordo de uma Feluca.

Marinheiros de agua doce


Imagine um meio de transporte mais antigo do mundo! Depois pense que era tão perfeito seu design que sofreu poucas modificações ao longo do século. E pronto chegamos a Feluca uma típica embarcação usada desde tempos imemoriais no Egipto.

Desde modelo de barco evoluíram diversos outros inclusive existindo actualmente espalhados pelo globo diversos tipos similares.




Nossa viagem correu de maneira bem, embarcamos num cais ainda em Assuan, nossas bagagens foram acondicionadas em um pequeno porão, fomos divididos em 2 grupos... tivemos instruções de segurança sobre o funcionamento da embarcação.

Para minha surpresa alguém disse para o capitão do barco, que tinha um brasileiro no grupo e o cara providenciou uma bandeirinha brasileira para colocar no mastro. Foi servido um delicioso chá de menta, comemos uns bolinhos e iniciamos nossa navegação rio abaixo.

Sempre ao sabor do vento fomos descendo o Nilo... a meio da viagem em uma parte totalmente remota e sem sinais de civilização ancoramos o barco e fomos aproveitar uma praia fluvial no Nilo... pouco mais tarde chega um grande barco a motor, era o nosso restaurante flutuante... servindo uma deliciosa refeição, afinal estávamos famintos depois de alguns tempo brincando a beira d'agua.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Complexo de templos em Abu Simbel


Para aqueles que amam historia este lugar é o ponto mais fascinante do Egito, explico porque... devido a construçao da represa de Assuan, este complexo de templos teve que ser realocado em um consorcio titanico envolvendo diversos paises do mundo.

Foi uma luta contra o tempo, os templos tiveram que ser escavados e estudados no local original, depois foram feitas maquetes e estudos, para por fim serem desmontados e reconstruidos em um ponto 60 metros acima do original, mas mantendo todos os alinhamentos originais, inclusive nos solsticios o raio solar entra da mesma maneira e ilumina a estatua de Ramses no interior do Templo.



Falando de historia este templo foi construido como materia de proganda, suas ilustraçoes, grandiosidade servem para assustar e impressionar exercitos inimigos, por isso mesmo este complexo ficava no limiar das fronteiras egipcias, servindo para mostrar aos povos locais que o poder do farao era tao grandioso, que mesmo ali nos cafundos do reino, ele podia deslocar operarios e construir grandes obras.

Voltando aos nossos dias, estavamos em Assuan e a viagem ate Abu Simbel foi extremamente cansativa, longe de tudo, com varios controles policiais e do exercito pelo caminho, um calor que o ar condicionado nao vencia, mas ao chegar nos templos valeu cada gota de suor.

Outra visao fantastica foi ver o lago da represa fazendo margens ao Complexo de Abu Simbel

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Temple of Philae - Templos egipcios da epoca Ptolemaica



Pela manha saimos de Assuam, visitamos o complexo da hidroeletrica de Nasser e seguimos a sul em direçao ao porto, nosso destino agora é a Ilha de Filae, uma pequena ilha que guarda em seus dominios diversos templos egipcios construidos a moda helenistica pela dinastia dos Faraos Ptolomeus.



Rica em ruinas e muito bem conservada, tbm foi alvo de proteçao a quando da construçao da represa de Assuan, a força tarefa das Naçoes Unidas reconstruiu diversas ruinas e protegeu dos avanços das aguas.

Para nos foi mais uma deliciosa viagem primeiro de micro onibus, posteriormente de barco a morto, digno de nota foi a abordagem de camelos fluviais... isso mesmo... em dado momento nosso barco foi abordado por outro barco que trazia consigo uma turbe de vendedores ambulante com quilos de quinquilharias.



Ao retornamos do passeio, mais uma vez fomos recebidos pelos administradores dos barcos, com bolinhos secos e cha de hortela muito doce... e eh claro mais uma vez outra leva de vendedores.

Cavalgando camelos em pleno deserto do Egito


Camelada no deserto


Ir para o Egito e nao andar de camelo, e como ir a Sao Francisco e nao andar de bonde...

Logo aproveitei minha estadia em Assuan e nosso grupo acertou um passeio pela margem oeste do Nilo, precisamente no territorio Nubio... atravessamos o Rio Nilo de barco a motor, e um grupo de cameleiros nos aguardavam.

Passamos por um rapido treinamento para aprendermos os comandos basicos, foram ensinadas algumas palavras arabes e fomos apresentados ao guia do camelo (sim ... cada camelo tem um guia, que corre ao lado do animal, para manter a marcha e cuidar que o animal nao descamele por ai).



Nosso passeio sera em torno das antigas ruinas do complexo copta Saint Simeon, passando por ruinas de casas, sistema de baterias aereas para proteger a represa de Assuan de ataques aereos e por fim uma boa corrida em pleno deserto, sentido o verdadeiro espirito de vida de um beduino.

Nossa viagem terminou novamente as margens do Rio Nilo, onde cordialmente estava armado uma tenda, onde mais uma vez apreciamos o delicioso cha de hortela mega doce. Conversamos e ouvimos historias da vida no deserto.

domingo, 30 de maio de 2010

A Esfinge de Gize guardando as piramides.



Pegamos um micro-onibus e saimos do Cairo em direçao a Gize... eu imagina que andariamos quilometros pelo deserto, que iriamos ao final do mundo para chegar nas Piramides.

Como eu estava enganado, a cidade do Cairo cresceu tanto que seus suburbios alcançaram a planicie de Gize, que anteriormente estava no meio do deserto e hoje encontra-se cercada de casa.

Outra coisa digna de nota o transito no Cairo é uma coisa de loucos, nao imanigem a loucura que foi chegar ate aqui.

Falando da Esfinge foi emocionante circular, tocar, olhar e comparar com aquilo que eu imaginava atraves de tanta leitura.


terça-feira, 18 de maio de 2010

O FANTASMA MECÂNICO DA ULTRECHT EM URUPÊS– UM MODELO A (QUASE) IMORTAL

 


O FANTASMA MECÂNICO DA ULTRECHT EM URUPÊS– UM MODELO A (QUASE) IMORTAL

por Bellacosa Mainframe


Há fotos que parecem simples lembranças de infância… e há fotos que funcionam como um dump de memória completo, um SYSUDUMP emocional, com direito a nostalgia, cheiro de gasolina velha e bits de poeira dos anos 50, 60 e 70 misturados num mesmo frame. Esta imagem é exatamente isso: dois pequenos padawans do passado sentados no que, para muitos, seria apenas “um carro velho”. Mas para o Bellacosa Mainframe — e, claro, para o nosso querido El Jefe Midnight Lunch — nada é “apenas”.

Então vamos ao que interessa:
Que criatura mecânica é essa, repousando como um dinossauro de lata na calçada?


🔍 IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO

(ou: decodificando o JCL arqueológico automotivo)

Pelas linhas suaves, faróis redondos externos, para-lamas arqueados, capô longo com as entradas de ventilação e, principalmente, pelo estilo phaeton/roadster com capota conversível dobrada para trás, o veículo da foto bate muito fortemente com:

👉 Ford Model A — Phaeton / Roadster (1928–1931)

Por que Model A?

  • Faróis circulares expostos suspensos por braços metálicos típicos do Ford da época.

  • Radiador alto e vertical, com moldura simples (o Model A tinha um desenho mais “espartano” que o Chevrolet contemporâneo).

  • Capô com vincos e fileiras de aberturas verticais, característica marcante do Model A.

  • Formato do para-lama dianteiro, grande, arredondado e com aquele “tônus” quase cartoon.

  • Estilo conversível, comum em Phaetons (quatro portas) e Roadsters (duas portas).

Como a foto mostra só parte da carroceria, pode ser Phaeton ou Roadster — mas o espírito é o mesmo: um clássico absoluto.


🏭 ANO DE FABRICAÇÃO (Estimado)

Entre 1928 e 1931.
Foi o período em que a Ford produziu o Model A, sucessor direto do lendário Model T.


📜 HISTÓRIA EM MODO MAINFRAME

O Ford Model A foi o “SYS2” da Ford — a reescrita completa do sistema operacional automotivo da marca.
Depois do Model T (produzido por quase 20 anos e com arquitetura já obsoleta), Henry Ford rebotou tudo:

  • Novo motor 3.3L de 40 cv

  • Transmissão de 3 marchas

  • Direção mais leve

  • Melhores freios

  • Conforto superior

  • Novos estilos de carroceria (inclusive o elegante Phaeton)

O Model A foi um dos carros mais populares da sua época e chegou ao Brasil ainda antes da fundação oficial da fábrica Ford no país. Muitos viraram táxis, carros de família, veículos de fazenda e… monumentos nostálgicos parados em calçadas, como este aqui.



🎩 CURIOSIDADES NO ESTILO EL JEFE x BELLOCOSA MAINFRAME

🕶 1. Carro de boêmios, coronéis e fotógrafos

No Brasil, o Model A era comum entre comerciantes, viajantes e — olha só — fotógrafos itinerantes. A escolha de quem precisava carregar equipamento pesado em longas estradas de terra.

🎞 2. O primeiro Ford com painel “bonitinho”

O Model A foi o primeiro com um painel minimamente organizado. Nada de apenas um velocímetro triste. Ele tinha medidor de combustível integrado e chave de ignição no painel. Luxo puro para época.

🛠 3. Peças intercambiáveis

Sim: muitos donos dos anos 60 e 70 faziam upgrades caseiros, adaptavam peças de caminhonetes F-1, de Jeep Willys, ou qualquer coisa que encaixasse.
Model A no Brasil era um mashup mecânico vivo.

🐎 4. Velocidade de cruzeiro?

45 mph (72 km/h).
E olha… isso parecia voar.

🍿 5. Hollywood adorava

Todo filme de gangster dos anos 30 tinha um Model A tomando bala.
Era o “veículo padrão ANSI X3.4-1967” do crime cinematográfico.


EASTER-EGG BELLOCOSA MAINFRAME

A toalha pendurada no para-lama?
Um clássico ritual brasileiro de garagem:
“veículo velho, porém amado.”

Nos anos 60–70, quem tinha um carro antigo deixava sempre um pano para secar água, limpar poeira, polir farol ou simplesmente evitar que o sol estragasse a pintura já cansada. Uma espécie de EXIT CLEANUP do dia.

E o melhor:
Isso também era sinal de carro em restauração eterna, aquele projeto lendário que o proprietário jurava que ia terminar “no próximo fim de semana”.
— Mas que nunca terminava.


🚗 O VEREDICTO DO EL JEFE MIDNIGHT LUNCH

O carro da foto é quase certamente um Ford Model A Phaeton/Roadster (1928–1931) — um dos veículos mais icônicos do pré-guerra e, no Brasil, um sobrevivente heróico das décadas de poeira, improviso, peças adaptadas e romantismo automobilístico.

E nesta foto ele cumpre seu papel:
um monumento silencioso acompanhando duas crianças em um raro momento onde o mundo ainda era simples, macio e cheio de aventuras.


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Aventura do Barbinha no Aquario da Expo

Um dia diferente no aquario


Estamos no Oceanário de Lisboa na primeira visita do Barbinha, ele ficou encantado, explorando cada pocinha de agua, ficando maluquinho vendo os peixinhos e peixoes.



E curioso que nos adultos não olhamos com a mesma surpresa e satisfação que uma criança, é incrível pois tamanha maravilha deveria ser vista com olhos de crianças.

Milhares de litros d'agua imitando as características dos 7 mares, desde aguas frias do antárctico as aguas tropicais. Peixes, crustáceos e moluscos das mais diversas variedades.

sábado, 24 de abril de 2010

Lisboa Show na Baia dos Golfinhos no zoologico

Um dia especial no Zoo


O Barbinha esta quase completando 2 anos, com um feriado as portas resolvemos tirar o dia em diversão. Levamos ele num lugar magico que desde pequenino ele gosta de ir.



O Zoológico de Lisboa acreditem ou não com meses de idade trazíamos ele para passear nos jardins, ver animais. Pegar ar fresco e tomar um solzinho gostoso.

E neste dia de festa no Zoo, fomos com ele na Baía dos Golfinhos um tanque imenso onde temos shows com leões marinhos e golfinhos.

Ele amou o show, batia palma, ficava encantado vendo os golfinhos, ganhou beijinho do leão marinho foi demais e essas carinha laroca, toda feliz não tem preço.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A ESCOLA MARECHAL – O PRIMÁRIO EM QUE NASCEU UM PEQUENO NINJA

 



A ESCOLA MARECHAL – O PRIMÁRIO EM QUE NASCEU UM PEQUENO NINJA

Um poste estilo Bellacosa Mainframe para o blog El Jefe Midnight Lunch

Existem lugares que a gente não apenas frequenta — a gente sobrevive a eles.
E quando cresce, descobre que ali se forjou todo um jeitão de ser, pensar, sorrir, aprontar e… pular muro.
Para mim, esse lugar atende por um nome pomposo, quase militar, quase burocrático, mas cheio de magia:

EMPG Marechal Juarez Távora.
Vila Rio Branco. Ponte Rasa. 1981–1983.

Se você me conhece hoje — Bellacosa, notívago, escritor de madrugada, professor de mainframe, contador de causos, parkurista aposentado e ninja de Taubaté — saiba que metade disso começou ali.




CAPÍTULO 1 — 1981: O MENINO, A PROFESSORA E O CADERNO DE CALIGRAFIA

Primeira série.
Primeiro ano.
Primeiro choque da vida escolar.

A escola era moderna, enorme, com ambulatório médico, sala odontológica, biblioteca, banda, quadra, refeitório… um luxo educacional para os anos 70/80.
Um verdadeiro data center pedagógico com latas de tinta guache no lugar dos mainframes.

Mas minha professora, dona Cecília, tinha outra visão:
para ela, eu era um menino inteligente demais para o próprio bem.



Eu terminava tudo rápido.
Como castigo?
Me jogava num inferno chamado caderno de caligrafia.

E mais: como sou canhoto, ela implicava com a letra “torta” e me obrigava a escrever como destro.
Imagina a cena: um Bellacosa mirim, lutando contra a própria natureza, escrevendo torto com a mão errada, caligrafia virando uma pista de autorama.



Mas nos intervalos, renascia o guerreirinho:
eu e meu amigo Fábio desenhávamos monstros, heróis tokusatsu, ciborgues e robôs no verso das folhas.

Aqui vai um adendo, além dos versos de folhas, usávamos envelopes de laboratórios fotográficos, onde meu pai e o avô do Fabio, traziam os frutos de seus trabalhos como fotógrafos, reaproveitando folhas e criando mundos imaginários.

Ninguém segurava a criatividade.



Até que veio o primeiro ato falho da minha carreira criminosa infantil:
um belo dia, cansado da professora, eu disse à minha avó Anna:

Vó, amanhã não tem aula!

E miraculosamente ganhei uma manhã deliciosa, vendo TV, vadiando, feliz da vida.

Mas a verdade é como JCL:
se tiver erro, alguém vai achar.

Apareceu a dona Cida, amiga da minha avó, perguntando por que eu não estava indo com o neto dela.
Game over.
Castigo.
Sermão.
E um Bellacosa devolvido ao Marechal.



CAPÍTULO 2 — 1982: A BANDA, A NÊMESIS DA BIBLIOTECA E O SURDO NO SOL DO MEIO-DIA

Segundo ano.
Agora a máquina estava “aquecida”.

Educação física na quadra.
Banda da escola, a famosa FANFARRA.
Amigos.
Aventuras.

A banda durou pouco — ninguém explica por que alguém achou boa ideia dar um surdo gigante para uma criança de 8 anos carregar meio-dia, no sol de rachar.
Foi meu breve período como aprendiz de músico e roadie mirim.

Mas a biblioteca…
Ah, a biblioteca foi o campo de batalha.



A professora responsável encasquetou comigo.

No dia em que ela ordenou para contar sobre a leitura do livro preferido, falei — na maior inocência — A Roupa Nova do Rei, e ainda fiz o resumo do desaventurado rei.

Num Brasil ainda com cheiro de ditadura militar e paranóia ideológica, elogiar um livro sobre um governante, sendo enganado por larápios, e humilhado em sua soberba e que anda pelado, pode ter soado… digamos… “subversivo”.

A professora me fuzilou com os olhos.
Me expôs na frente da classe.
E eu, ferido no ego e no orgulho, comecei a fugir das aulas de leitura por semanas.

Claro que a fuga acabou em outra reunião de pais.
Outro sermão.
Outro castigo.

A vida escolar é um loop: INPUT → PROCESS → ERROR → MSG → REPROCESS.




CAPÍTULO 3 — OS RUFÍAS, O MAIORIAL E O NINJA DE MURO

Também havia os rufias da escola — toda escola tem seus mini-vilões.

E eu abusado e expansivo, entrei em conflito com uns rufias.
A diferença é que eu tinha um trunfo, ou melhor meu pai:
Que comentou com um amigo o problema do pequeno Vagner. Claro que socorrido pelo filho deste amigo, um veterano do quinto ano, que resolveu o problema rapidinho.
Eu ganhei o status de intocável. e eu sendo eu mesmo: virei “maiorial”.

Mas nada — absolutamente nada — marcou tanto quanto o muro.

Houve um tempo em que eu morava colado ao Marechal.
Muro compartilhado, porta da fantasia sempre aberta.



E eu…
ah, eu entrava e saía da escola pulando o muro como um ninja.
Parkour puro.
Desde pequenino gostei das alturas e já era expert em escaladas e andar por muros, os orixás que me perdoem...

Velocidade, impulso, aterrissagem limpa.

Em poucos minutos estava em casa assistindo desenho, como um passe de magica, magia de teletransporte,  ou somente um travesso escalando e pulando o grande muro da escola.

Se o Naruto tivesse nascido na Ponte Rasa, o jutsu dele teria minha assinatura.




CAPÍTULO 4 — O ANO DA TRANSMUTAÇÃO (1983)

1983 foi rajada de vento que virou a prancheta da minha vida de ponta-cabeça.

Mudamos para Pirassununga. 

Houve o caos.

Houve incêndio.

Voltamos para São Paulo.



Houve a separação e a primeira deportação a Guaianazes.

Morei com meus bisavós Francisco e Isabel.
Voltei para o Marechal.
Fiquei um bimestre.
Fui para Taubaté.

Fim da linha.
O Marechal virou memória.
Mas que memória…



As merendas quentes.
Os amigos.
As aventuras.
A banda, a quadra, a biblioteca, o surdo gigante, o muro.
Três séries de caos, magia e infância.


Ali eu aprendi:
• que caligrafia não define ninguém,
• que bibliotecas podem ser selvas,
• que amigos do quinto ano são firewall,
• que mentiras infantis têm monitoramento ativo,
• que o menino Bellacosa já treinava parkour sem saber,
• que crescer é sobreviver,
• e que toda escola é um pequeno mainframe:
roda programas, grava memórias, causa erros, corrige caminhos.

E, no meu core dump da vida,
a EMPG Marechal Juarez Távora ocupa uma das áreas mais quentinhas da storage.

Esta escola foi o pontapé inicial, me mostrou que o mundo não tinha limites, que bastava sonhar e correr atrás desses sonhos, se arriscar, levar nãos, quebrar a cara, mas mesmo assim, levantar-se e recompor-se.

Ser o ISEKAI que o pequeno Vagner Renato Bellacosa se tornaria o homem dos dois continentes, atravessador de oceanos, com altos e baixos, coração partido e partindo corações, vivendo, sorrindo e chorando, às vezes ambos ao mesmo tempo.

Mas sem medo de Viver, às vezes se expondo a risco, trocando o certo pelo duvidoso, sempre naquela ânsia de viver o dia de hoje, como se fosse o último, sem arrependimentos.