💘 O Dia dos Namorados no Japão — Quando o Amor Roda em Batch
Um poste ao melhor estilo Bellacosa Mainframe para o blog El Jefe Midnight Lunch
Se você acha que o Dia dos Namorados no Japão é só sakura caindo, casais fofinhos andando de bicicleta e jantares silenciosos onde ninguém sabe se está tudo bem…
Prepare-se: a verdade é que o amor japonês funciona igual ao Mainframe — estruturado, baseado em protocolos, cheio de códigos de retorno e com muita documentação oculta.
Sim, meu amigo:
o romance japonês tem JCL próprio.
❤️ 14 de fevereiro — O Valentine’s Day japonês: um batch de sentimentos
Diferente do Ocidente, no Japão quem toma a iniciativa no Valentine’s Day são as mulheres.
É como se o sistema dissesse:
E o país inteiro segue o standard.
Mulheres entregam chocolates para expressar:
🍫 1. Honmei-choco (本命チョコ)
É o “chocolate verdadeiro”.
O commit de amor.
Se você receber esse…
RC=00.
Transação aprovada.
Coração alocado.
🍫 2. Giri-choco (義理チョコ)
O chocolate por obrigação social.
Para o chefe.
Para o colega.
Para o amigo.
Para aquele que te ajudou na reunião.
É quase um:
🍫 3. Tomo-choco (友チョコ)
Entre amigas.
O “amizade pura”.
Sem ABEND emocional.
🍫 4. Fami-choco (ファミチョコ)
Para a família.
O JCL familiar rodando suave.
🏭 Por que chocolate?
Porque lá nos anos 1950, uma empresa de doces viu um buraco no mercado e pensou:
“Se criarmos uma cultura inteira para vender mais chocolate… será que o Japão compra?”
Resposta:
Comprou, mantém, documentou e ainda exportou.
É o marketing rodando com priority HIGH.
🧠 A parte que todo ocidental estranha
No Japão, o Valentine’s Day é apenas o envio.
O output do romance roda um mês depois, no White Day (14 de março).
Ou seja:
o namoro japonês opera em pipeline.
Primeiro a mulher dá chocolate.
Depois o homem retorna presente.
É o famoso handshake amoroso:
🌸 Clima, estética e silêncio — os subcanais do amor japonês
A estética do Valentine japonês é outro mundo:
-
lojas temáticas
-
embalagens perfeitas
-
laços impecáveis
-
chocolates artesanais feitos em casa
-
cartões minimalistas
-
encontros que parecem um episódio slice-of-life
Para o brasileiro isso tudo parece uma sessão de fotos.
Para o japonês, é só terça-feira.
E o silêncio?
Faz parte.
É o protocolo de comunicação:
🎎 Como funciona o “date” no Japão?
Nada de exagero.
Nada de beijo na frente dos outros.
Nada de “me abraça aqui mesmo no metrô lotado”.
O romance japonês é mais para:
-
caminhar juntos
-
comprar um docinho
-
dar um presente pequeno
-
passar tempo
-
olhar o céu sem falar nada
É quase um modo CICS QUIET.
E funciona.
💥 Curiosidades que só um mainframeiro entenderia
-
Muitas meninas fazem o próprio chocolate — programam o doce do zero.
-
Existe “chocolate rejeição”: se o cara responde com marshmallow… RC=04.
-
Tem escola que proíbe dar Honmei-choco para evitar “ABEND social”.
-
Algumas empresas também vetam: risco de “loop” afetivo entre funcionários.
💗 E os nerds, otakus e gamers?
Ah…
O Valentine’s é um festival à parte.
Tem:
-
chocolate temático de anime
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chocolate em formato de espada
-
chocolate em formato de robô
-
chocolate com waifus na caixa
-
filas em Akihabara para comprar doces colecionáveis
É o amor em modo otaku full-stack.
🧾 Conclusão ao estilo El Jefe Midnight Lunch
O Dia dos Namorados no Japão é:
-
elegante como um JES2 limpo
-
preciso como um DB2 bem indexado
-
ritualístico como um RACF bem configurado
-
doce como um batch de sobremesas rodando sem erro
É o tipo de celebração que parece simples…
mas opera com protocolo, etiqueta, timing e lógica de engenharia emocional.
No Brasil o amor é samba, calor e improviso.
No Japão é haicai, chocolate e processamento em lote.
Ambos lindos.
Ambos funcionam.
Ambos dão problema se não seguir o manual.
