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quarta-feira, 24 de abril de 2019

The Hichhicker In Spain : Facebook

Viaje a España



Vivendo por mais de uma decada na Europa, tive a oportunidade de conhecer a Espanha, um país rico em tradição e cultural, esta página é parte do meu testemunho através de fotos, videos no youtube, reportagens e materias de jornal, que venho postar aqui para partilhar um pouco de minhas viagens, espero que goste, deixe seu like, comentario, partilhe com os amigos e contribua. Obrigado: gracias y saludos...
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terça-feira, 2 de abril de 2019

The Hitchhikers in Portugal - Facebook

Aventuras em Portugal 


Em 2002 fui estudar na Universidade Técnica de Lisboa, gostei tanto daquela terra, que mesmo após a conclusão dos meus estudos, ainda fiquei por lá 11 anos, aproveitei para conhecer uma terra fantástica, cheia de cultura, historia antiga e medieval, muitos castelos e palácios... 

Desde  2002 até nossos dias...


Museus e vilas fantásticas, quintas que parecem saídas de contos de Eça de Queiroz ou Camilo Castelo Branco. Provei dos famosos vinhos, provei da fabulosa culinária e visitei varias dezenas de cidades e fotografei cada minimo detalhe. 


Conheci quase todos os distritos de Portugal continental, subi as montanhas e desci ao litoral, fiz o caminho português de Santiago de Compostela e me emocionei em Fátima.



Espero que goste, curta nossa página, partilhe as fotos e comente. Se tiver tempo assista os videos. Obrigado pela visita.


Visite nossa página no Facebook


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https://www.facebook.com/the.hitchhikers.in.Portugal/

domingo, 18 de junho de 2017

Grutas de Mira D'aire e seus tesouros

Entre estalactites e estalagmites.


Estamos passeando pelo distrito de Leiria, na região de Mós tem uma belíssima caverna, totalmente adaptado ao turismo, aqui descendo ao seu interior temos um verdadeiro show de luzes pelos lagos, vemos diversos espeleotemas, um grande lago subterrâneo diversas estalactites e vamos ao seu interior.

Serve para pensarmos que uma cidade bem administrada, explora todos os recursos naturais para trazer turistas e impressionar as pessoas.



quinta-feira, 15 de junho de 2017

Uma cachoeira do parque pedreira do Chapadão

Um lugar desolado que se transformou em um belo parque.


Quando imaginamos uma pedreira, a primeira imagem que vem na cabeça é um lugar desolado, sujo e destruído. Com muita poeira e pedras partidas, porém cabeças iluminadas conseguiram reverter isso e entregar para a população um belo presente, um lugar em que a natureza foi resgatada e entregue ao povo, convido a todos para conhecer.

Numa manha de sábado vamos para um passeio delicioso.... explorando cada detalhe deste parque fabuloso em Campinas... com direito a ver uma cachoeiras artificial, lago, peixes e tomar um delicioso sorvete. Convido a todos a visitarem e conhecerem.




sábado, 9 de janeiro de 2016

A Cachoeira de Cassorova em Brotas

A primeira cachoeira do formiguinha

Partindo de Sao Pedro pela Serrinha, fomos seguindo as placas, sem saber exactamente para onde iríamos. Como o dia estava bonito e havia diversos restaurantes pela estrada, fomos nos aventurando. Em busca da cachoeira escondida.

O formiguinha estava empolgadissimo, pois ate então nunca tinha visto uma cachoeira, fomos tentando explicar como era e ele cheio de perguntas.

Chegamos ate uma estrada de terra em meio ao canavial e la adentramos.



Por fim chegamos em uma fazenda, preparada para o eco-turismo, a Fazenda de Cassorova proprietária de um restaurante em uma casa colonial, um bar na piscina, varias trilhas e 2 cachoeiras.

Devido ser a primeira vez dele,pegamos o percurso mais fácil e começamos a descer ate a dita cachoeira, ele impaciente queria logo chegar. A meio do caminho vi uma pequenina cascata e falei para ele que aquilo era a cachoeira.

Ele olhou meio incrédulo tudo aquilo, olhava para mim, para a Ju, tipo pensando estes 2 fazem um puta de um barulho por causa desta aguinha corrente.

Esclareci a verdade e começamos a descer, o barulho se fazia ouvir e eu dizia para ele prestar atenção que aquilo era a Cachoeira falando conosco, ao chegarmos no rio, tinha uma ponte pencil que balancei e apos uma curva, ele deu um grito de excitação.

Estava a sua frente uma imponente cachoeira de mais 30 metros, que devido as chuvas recentes, espumava com toda a sua força. Atingindo-nos com respingos a quase 50 metros da queda d'agua.

Ficamos ali uns 15 minutos apreciando a beleza da natureza e retornamos para a piscina para aproveitar o resto do dia.

domingo, 17 de agosto de 2014

Ir Para a Cidade: A Epopeia Mágica do Mappin

 


El Jefe – Ir Para a Cidade: A Epopeia Mágica do Mappin

Por Vagner “Formiguinha” Bellacosa – Versão Bellacosa Mainframe

Existem viagens que não precisam de avião, navio ou estrada longa.
Basta um domingo, uma avó guerreira e uma criança de cinco anos com os olhos arregalados para que um simples percurso se transforme em portal.

Na Vila Rio Branco, Zona Leste, ir ao centro de São Paulo não era deslocamento.
Era ritual quase duas horas de ônibus para ir, mais duas para voltar.
Atravessando Vila Esperança, Penha, Tatuapé, Belenzinho, Brás na sua histórica Avenida Celso Garcia, ora parando no parque Dom Pedro, ora indo mais longe até a Praça Ramos de Azevedo...



Era dito com respeito, língua solene, sílaba cheia:
“Vamos pra… CI-DA-DE.”

Sair do bairro com casinhas terreas, um ou outro sobrado para ir num lugar cheio de arranha-ceus, espigões, hoje espalhados pelos 4 cantos da cidade, mas naquela época, visíveis somente nas regiões centrais. A avenida Paulista ainda era coroada pelos imensos casarões decadentes, que nos anos posteriores foram sendo demolidos e transformados em magníficos edifícios do coração financeiro da América Latina.

Um decreto real, quase uma SVC 13 chamando o próximo job da memória.

E lá ia o pequeno Vagner — inquieto, curioso, formiguinha gulosa — escoltado pela avó Anna: tecelã, doceira, general das panelas e sacerdotisa da fé.
Dessa vez, rumo ao templo supremo do consumo elegante:
O MAPPIN.




O Mappin não era loja. Era outro mundo.

Antes dos shoppings, antes das multimarcas, antes do consumo pasteurizado, existia um gigante de salões amplos e decoração de novela.
Entrar ali era como mudar de realidade —
uma espécie de isekai paulistano, só que sem magia digital:
a magia era real.

As portas se abriam e o cheiro vinha na hora: perfume, tecido, madeira encerada e o ar-condicionado que parecia soprar riqueza.

E então ele aparecia:
o ascensorista.

Um senhor de terno impecável, geralmente esverdeado, luvas brancas, sorriso cordial — tão elegante quanto um maître parisiense, mas muito mais carismático.
Segurava a porta de ferro, olhava para cima e anunciava, como narrador de rádio antiga:

— Terceiro andar… cama, mesa e banho.
Quarto andar… mobiliário.
Quinto andar… brinquedos.

E cada anúncio era uma promessa.
Cada andar, um universo cheio de possibilidades. E seus fabulosos e prestativos funcionários com elegante roupa verde, mantendo a identidade visual do grande magazine. 




A escada rolante: a montanha-russa da infância

Hoje banal.
Naquele tempo?
Tecnologia futurista.
Uma linha de montagem mágica que engolia crianças e devolvia adultos sorrindo.

O pequeno Vagner subia como quem vai para o espaço.
Sentia o coração bater.
As mãos suavam.
E a avó sorria — ela já tinha visto isso mil vezes, mas gostava de ver o menino se maravilhar.




A lanchonete e a invenção da “praça de alimentação”

Antes dos shoppings transformarem comida em sistema, o Mappin já sabia fazer a coisa acontecer.
Mesinhas impecáveis, talheres brilhando, garçons com educação britânica.
Sorvete de casquinha cremoso, perfeito.
Um caldo de cana ou um doce que parecia ter vindo de um reino distante.

Para uma criança da Vila Rio Branco, aquilo não era lanche.
Era glamour com gosto de infância.




O relógio do Mappin

Atravessando a rua, reinando em frente ao Teatro Municipal, estava ele:
o relógio que marcava a hora de São Paulo.

Imponente, elegante, com aquele ar de “eu sei que você olha para mim todos os dias”.
Ponto de encontro de casais, famílias, profissionais, fotógrafos — e, claro, da avó Anna e seu neto explorador.





O jingle que virou tatuagem da memória

Você lembra.
Todo mundo lembra.
É impossível esquecer.

🎶 “Mappin, venha correndo, Mappin, é a liquidação…” 🎶

Naquela época, jingle era marketing.
Hoje, virou patrimônio emocional.




Presentes com pedigree

Não se embrulhava um simples presente.
Se embrulhava status.
O papel verde, o logotipo inconfundível — abrir aquilo era receber um pedaço de São Paulo.

E para o garoto que vivia entre armazéns simples da periferia, aquilo era quase um passe para outro mundo:
um mundo onde tudo brilhava, cheirava bem, funcionava, sorria.




O que fica quando tudo passa

O Mappin faliu.
Fechou.
Virou fantasma arquitetônico, história contada entre cafés e saudades.

Mas…
Dentro do adulto Vagner, ele continua vivo.
Vive no garoto curiosíssimo que andou de elevador dos anos 1970,
se encantou com escadas rolantes,
comeu sorvete de casquinha,
e acreditou, com toda a força da inocência,
que aquele lugar era uma porta para o infinito.

E era.

Porque quem vive intensamente uma memória nunca perde o lugar — carrega o lugar dentro.

O Mappin quebrou.
Mas na sua lembrança?
Ele ainda está de portas abertas.

Com elevadorista sorrindo,
com brinquedos no quinto andar,
com o papel verde esperando embrulhar um sonho,
com Anna segurando sua mão,
com você olhando para cima como quem descobre o mundo.



Um dia o Mappin se foi, ganância de empresários, erros estratégicos, crise financeira e um legado da cultura paulistana do século XX, se foi, ficando somente memorias e lembranças. Que vão se apagando da mente humana.




sábado, 4 de janeiro de 2014

Grandes Aventuras — Versão Oni Bellacosa


 

Grandes Aventuras — Versão Oni Bellacosa

Sabe, El Jefe, quando a gente fala em grandes aventuras, o imaginário já puxa espada, dragão, nave espacial e um guerreiro cabeludo gritando numa montanha com raios ao fundo. Mas pra mim… ah, pra mim as maiores aventuras nunca foram essas de cinema. As minhas tinham cheiros, sabores, ruas de terra, vozes de vizinhos, galos cantando e ônibus fretado que as vezes quebrava no meio da estrada. Estar sempre correndo e sempre atrasado ao estilo coelho da Alice.

Minhas aventuras começaram cedo, lá no modo Oni Infantil 1.0, aquele build que vinha com joelhos ralados, coragem infinita e 0MB de noção de perigo. E eu era um pequeno oni, que estendia a corda ao limite, até imagino a dimensão da fatura, quando encontrar cara a cara com meu anjo-da-guarda e eles discriminar às vezes, que me salvou.



A primeira grande aventura foi explorar o quintal como se fosse a Amazônia inteira. Cada formigueiro era um templo perdido, cada galinha-brava uma criatura mítica pronta pra testar a minha bravura (e quase sempre eu perdia). A roupa suja, coitada, voltava pra minha mãe sem nenhuma esperança de ser recuperada. Mas ah, o orgulho de ter subido no pé de goiaba sem cair — isso, sim, era XP ganho. Teve o pulo no tanque de óleo queimado da oficina de tratores do primo Du, as bagunças na máquina de lavar roupa da vó Anna, as travessuras nos quartinhos de ferramenta desmontando e nunca conseguindo remontar cacarecos. As idas aos ferro-velhos e desmanche com meu pai. Às vezes ir no ônibus em que ele era motorista. Acompanhar suas reportagens fotográficas em casamentos, batizados, formaturas ou festas.



Depois veio a era das aventuras urbanas, quando fomos pra São Paulo. Ali o boss final chamava-se Metro, Trem e Ônibus Lotado das 6h. Só de entrar já valia um troféu. E tinha as microaventuras do cotidiano: atravessar uma rua movimentada com a ousadia de quem está em um RPG no modo “Hardcore”, comprar pão sozinho na padaria — e voltar com troco certo (ou apanhar da minha mãe por ter comprado bala com o troco, o que também fazia parte do processo educativo).



A primeira viagem sozinho a Campinas e depois a Praia Grande também foram marcos da expansão do meu pequeno mundo para dimensões estaduais, graças a autorização do juizado de menores em viajar sozinho.

Mas a maior aventura mesmo, aquela que moldou o Oni que vos escreve, começou quando comecei a trabalhar. Era o clássico enredo Bellacosa:
pouca grana, muita coragem, e um mundo gigante esperando pra ser descoberto.

A aventura era acordar 5:20, regime espartano, banhar-me, beber café, correr para pegar o trem lotado às 6:15, trabalhar o dia todo, estudar à noite, voltar pra casa destruído e ainda assim abrir um sorriso quando sentia o cheiro do bolo da Dona Mercedes assando no forno — sinal claro de que a vida, apesar de dura, tinha seus patches de atualização de felicidade.

E olha só que curioso: quando finalmente pude ajudar em casa e trazer dinheiro pra mesa, percebi que a aventura não estava em viajar longe ou enfrentar monstros imaginários. Estava ali, bem ali:
na sensação de fazer a vida melhorar um pixel por dia.

As grandes aventuras não foram viagens épicas, mas sim momentos — pequenos, imperfeitos, reais — que hoje carrego com carinho:
⭐ o primeiro salário
⭐ o primeiro almoço pago com meu esforço
⭐ o primeiro livro técnico que comprei sem parcelar
⭐ o primeiro “muito bem, filho” dito pela minha mãe
⭐ o primeiro sonho que começou a virar realidade

Crescer, sobreviver, evoluir… isso sim é uma aventura digna de mainframe:
robusta, resiliente, cheia de sistemas legados, mas que ainda entrega magia quando ninguém espera.

Hoje olho pra trás e percebo:
o mundo nunca me deu grandes aventuras; fui eu que transformei as pequenas em gigantes.

Isso que eu ainda não contei completamente da Vagneida.

Foram quase 15 anos, em que fui Odisseu, em minhas viagens pelo velho continente, uma vida Isekai, que enche de nostalgia e deixa algumas lagriminhas no canto do olho.

Tantos lugares, tantas pessoas, tantos sabores, culturas e idiomas diferentes, novo com velho, me senti em casa, me senti fazer parte de algo realmente grande e apesar das dimensões continentais do Brasil, realmente entendi o que era diferença, o que era pisar na terra dos meus ancestrais. Mas isso é uma longa história, que ainda tenho que desenrolar o fio desse novelo.

E sigo assim, El Jefe, Oni de coração, Bellacosa de essência, encarando cada dia como se fosse mais uma missão em um mapa aberto chamado Vida.

E que aventura maravilhosa tem sido.


domingo, 11 de agosto de 2013

🐙 A AVENTURA DO POLVO CONTRABANDISTA 🐙

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A AVENTURA DO POLVO CONTRABANDISTA — UMA CRÔNICA AO ESTILO BELLACOSA MAINFRAME
PARA O EL JEFE MIDNIGHT LUNCH

Existem memórias de infância que não são simples lembranças…
são microfilmes em 8mm, guardados no SYS1.HISTORIA.VAGNER, com trilha sonora de ondas batendo, cheiro de maresia e gritos de parentes desesperados.
E poucas são tão épicas quanto A GRANDE VIAGEM PRA PRAIA GRANDE NA BRASÍLIA 1970.

Prepare-se, porque vem aí:

uma crônica com sol, areia, mar, DDT, pescadores, um animal marinho clandestino e uma tia Miriam quase protagonizando um filme B de terror japonês.



PRÓLOGO — A BRASÍLIA DO APOCALIPSE (6 PESSOAS, 0 AR-CONDICIONADO, 100% FELICIDADE)

Era verão.
Era infância.
Era Brasil dos anos 1970.

E lá estávamos nós:
seis almas espremidas dentro de uma Brasília azul 1970, esse veículo místico movido a gasolina barata e esperança.

  • Vô Pedro, capitão da expedição e amante oficial do litoral,

  • Vó Anna, guardiã dos quitutes e da paciência infinita,

  • Tia Miriam e Tio Osmar, casal responsável e tenso, afinal Tio Osmar era o oficial responsavel pela navegação, pilotando com maestria de piloto de rally,

  • Tio Pedinho, aventureiro e cinco anos mais experiente no alto dos seus 10 anos,

  • E este narrador, pequeno, curioso, sociável… e, como veremos em instantes, contrabandista marinho em formação.

A estrada era longa.
A alegria, maior ainda.
E quando chegamos, Praia Grande virou palco de epopeia.



DIAS DE GLÓRIA — SOL, MAR, AREIA E BOLO DA VÓ ANNA

O litoral paulista daquela época era um universo paralelo:

  • Areias intermináveis,

  • Sorvetes de máquina azul fluorescente,

  • “Queijooooo coalhoooo!” ecoando no ar quente,

  • Casas alugadas cheias de mistérios e móveis antigos.

  • Um mar sem poluição com algumas areas verdes nativas, longe da especulação imobiliária dos anos seguintes.

  • Areia com muitas conchinhas, peixinhos, caranguejos, siris, bolachas do mar e muita vida marinha.

  • O vendedor de amendoim, biscoitos e picolé...

E as guloseimas da Vó Anna?
Meu amigo… aquilo dava buff +20 em energia infantil.

Foram dias de correrias, mergulhos, queimaduras de sol e risadas — até que o destino decidiu acrescentar um chefe secreto na aventura.



O INCIDENTE DO POLVO (OU SERIA UM CARANGUEJO?) — O PRIMEIRO CONTATO EXTRATERRESTRE

Eu era uma criança sociável, faz amigos em qualquer lugar, não tinha parada, sempre correndo e aprontando alguma, modo explorando dungeon 100% ativado.
Até em barcos de pescadores que encostam na praia com a simplicidade de quem entrega pão.

Ali, cercado de homens queimados de sol, redes úmidas e peixes brilhando ao sol, ganhei um presente vivo:

👉 um pequeno polvo.
Ou talvez um caranguejo.
Ou um híbrido mutante criado pela minha imaginação infantil.

Não importa. O que importa é que eu trouxe o bichinho para casa.

No copo.
Com água do mar.
E escondi embaixo da cama.

Porque era óbvio:
Lugar seguro.
Estratégico.
Infiltração perfeita.

Até que…



TIA MIRIAM VS O MONSTRO DO ABISMO — O FILME DE TERROR QUE NUNCA FOI GRAVADO

Quando Tia Miriam encontrou o copo do proibido, a casa estremeceu como um mainframe recebendo IPL com erro:

— “MAS O QUE É ISSO?!”
— “É meu amigo.”
— “ISSO VAI NOS MATAR NA NOITE! CRESCER, SAIR DO COPO E VIRAR UM MONSTRO!”

E eu, pequeno, negociando como um diplomata da ONU:

— “Mas tia, ele é bonzinho…”

Vó Anna tentava acalmar.
Vô Pedro achava graça.
Tio Osmar estava em estado de ‘eu não vi nada’.
E Tio Pedinho só ria no canto.

Tia Miriam?
Tia Miriam estava convencida de que, se mantivéssemos o animal ali,
ele iria esperar a meia-noite, crescer cinco metros e devorar a casa como um kaiju de Praia Grande.

Resultado?
O pobre polvo/caranguejo foi exilado no quintal.
Confinado.
Vigiado.

E na manhã seguinte, devolvido ao mar, como herói incompreendido.



A INVASÃO DAS BARATAS — O EVENTO CATACLÍSMICO DO DeTe-FON

Como se não bastasse a saga do animal marinho clandestino, a casa também nos presenteou com outro clássico dos anos 70:

uma infestação de baratas.

Daquelas que parecem surgir por teletransporte.

Foi preciso acionar o armamento químico proibido pela convenção de Genebra:
o lendário DeTefon,  (veneno DDT) famoso por matar tudo:

  • baratas,

  • mosquitos,

  • formigas,

  • e possivelmente 10% da camada de ozônio.

Tio Osmar surgiu com o spray como um herói de filme pós-apocalíptico.
Baratas correram.
Gritos ecoaram.
E a guerra foi vencida.

O cheiro?
Mistura de veneno, maresia e infância feliz.



EPÍLOGO — A MEMÓRIA É UM MAR QUE NUNCA SE APAGA

Aquela viagem ficou tatuada no coração:

  • A Brasília lotada,

  • o mar azul,

  • as refeições da Vó Anna,

  • o polvo contrabandista,

  • Tia Miriam surtando,

  • o DDT  (Detefon) salvador,

  • e a sensação de que o mundo era enorme, cheio de aventuras e pequenos perigos divertidos.

A Praia Grande daquela época tem um brilho especial na memória:
era o cenário perfeito para a fantasia, para as pequenas epopeias que moldam quem somos.

E hoje, revisitando esse capítulo ao estilo Bellacosa Mainframe para o El Jefe Midnight Lunch, percebemos que cada episódio da infância é como aquele pequeno polvo:

talvez pequeno na aparência, mas gigante na emoção que traz de volta.


sábado, 20 de julho de 2013

📼 Episódio de Hoje: “As Super-Férias de 1984 – O Zelador da Praia e o Menino do Litoral”

 


🌙🍱 El Jefe Midnight Lunch — Crônicas de um Bellacosa Mainframe 🍱🌙
📼 Episódio de Hoje: “As Super-Férias de 1984 – O Zelador da Praia e o Menino do Litoral”
por Vagner Bellacosa – estilo memória sabor de fita magnética


Depois que meu avô Pedro se aposentou lá por 1982, o orçamento apertou igual dataset sem primary allocation. E, como todo bom mainframeiro old school, ele não era homem de ficar ocioso esperando JCL rodar sozinho. Voltou ao batente. Primeiro como zelador na Vila Rio Branco, cuidando daquilo tudo com o mesmo zelo de quem cuida de um VSAM que não pode quebrar.

Mas meu avô tinha uma DLL interna chamada saudade do mar. A praia chamava. E ele ouviu.

Lá por 1984, decidiu botar o pé na areia e mudou-se para a Praia Grande, rumo ao que ele imaginava ser o “ambiente de execução ideal”. Conseguiu emprego como zelador por lá e, sem saber, abriu um novo capítulo das minhas memórias — e, se existisse LOG SMF da infância, esse período estaria com flag SPECIAL.



🏖️ Primeiras Férias de Inverno — Release 1.0

Inverno de 84. Férias escolares.
Passagem comprada.
E lá vamos nós, rumo à casa dos meus avós Pedro e Anna, que agora respiravam brisa marítima e cheiro de maresia.

Meu tio Pedrinho, recém-promovido a Menino da Praia, estava num momento de plenitude raríssimo — tinha um batalhão de amigos, uma “gangue da orla”, e eu, claro, fui puxado por tabela. Derrubei o firewall da timidez rapidinho. Em poucas horas, já estava integrado igual job rodando em multiuser mode.

E olha que era inverno. A água parecia saída do freezer do Super-Homem.
Mas quem liga? Para uma criança de 10 anos, diversão não depende de temperatura, depende de permissão — ou da ausência de adultos olhando.



🎾🏄‍♂️☀️ As Atividades Maravilhosamente Inúteis — E Perfeitas

A praia não chamava para banho, mas chamava para tudo o que realmente importava:

  • caminhar quilômetros no areal, fazendo de conta que era uma missão espacial;

  • jogar ping-pong em mesinhas tortas de pensão barata, mas que pareciam Wimbledon;

  • acompanhar meu tio Pedrinho tendo aulas de surf, enquanto eu imaginava quando seria promovido para aquele módulo;

  • catar conchas, construir fortalezas, disputar quem corria mais rápido na areia fofa e perdia o fôlego igual loop mal programado.

Foram super-férias. Daquelas que instalam patches na alma e que você nunca desinstala.




🏠😅 Meu Pai, o Inquieto — Quase a 5ª Mudança em 18 Meses

Meu pai, espírito inquieto, olhou para tudo aquilo e já começou a especular mentalmente:

“E se a gente se mudasse pra cá?”

Eu, criança, adoraria.
Minha mãe, talvez.
O caminhão de mudanças, coitado, não.

Mas meu avô Pedro — com sua sabedoria de sysprog experiente — tratou de fazer um ABEND S0C1 nessa ideia antes que virasse execução real. E graças a Deus.

Porque isso teria sido a quinta mudança em menos de 18 meses.
Só de lembrar, minha espinha dá um S0C7.

Mas eu, com meus 10 anos, não estava preocupado com logística, caminhão, caixa, endereço novo… nada disso.

Eu queria apenas curtir as férias, depois da tempestade que tinha sido o ano de 1983.


🌅 E ainda voltaria mais uma vez…

Aliás, naquele mesmo ano, voltamos para a praia de novo — num feriado prolongado que caiu como presente dos deuses do calendário.

Mas essa…
ah, essa é outra história.
E como todo bom mainframeiro sabe, histórias boas merecem ser carregadas em volumes separados, senão o dataset fica demais para um único extent.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Modo Pequeno Oni — Acidente, imprudência e baratas em formação tática

 


📜 El Jefe Midnight Lunch – Bellacosa Mainframe Files
Modo Pequeno Oni — Acidente, imprudência e baratas em formação tática

Senhoras e senhores deste coffee-break digital, puxem suas cadeiras para mais perto da churrasqueira emocional, porque hoje venho com mais um daqueles relatos que só poderiam nascer da mente de um mini-humaninho com excesso de energia, nenhuma noção de perigo e um planeta inteiro para destruir aos poucos — vulgo eu, versão 1984, Cecap Edition.




🕳 O império subterrâneo das fossas e o ataque das baratas vermelhas

Quem cresceu naquele condomínio experimental do caos sabe: rede de esgoto pública era lenda urbana. Cada quadra tinha sua fossa própria — uma espécie de HDFS orgânico de água duvidosa, odores indescritíveis e baratas em cluster.

E quando o caminhão pipa chegava para o dump + clean daquele reservatório das trevas, era um espetáculo digno de filme do John Carpenter:
baratas de todas as classes, tamanhos e versões — as pretas, as francesas , as assustadoras vermelhas voadoras e as lendárias brancas, que pareciam saídas do inferno com firmware turbo.

Mas ainda não é aqui que o servidor travou.
Não, não... o crash veio depois.




🛠 A obra faraônica – Manilhas EA3, o parque de diversões proibido

A subprefeitura do Quiririm iniciou a obra que para olhos infantis parecia coisa de faraó:
escavadeiras cavando trincheiras épicas, caminhões trazendo manilhas EA3 gigantes, empilhadas sem proteção, sem cerca, sem placa de não entre, sem firewall, sem nada.

E o que acontece quando você entrega um labirinto militar feito de concreto para um bando de crianças com energia nuclear no sangue?

Exato.

Modo SWAT ativado.
Corre. Sobe. Pula. Entra no túnel. Sai do túnel. Salta de três metros.
Missão impossível sem dublê.

O cronograma da obra dizia instalar esgoto.
O cronograma das crianças dizia sobreviver ao impossível antes que escureça.



☠ E quando a corda estica…

…ela arrebenta.
E o mini Bellacosa aqui despencou de uns três metros, rolando entre manilhas até o gramado — apagando o sistema operacional por alguns minutos.

Meu primo Celo desesperado — choro, pânico, bug geral.
Os outros achando que eu tinha dado shutdown permanente.

Para eles foram longos minutos.
Para mim? Apenas um reboot rápido com erro de memória e dores no kernel.

Acordei zonzo, vendo estrelas, com a cabeça latejando como se alguém tivesse feito um IPL com parâmetros errados. Mas levantei. Firme. Manquejando, mas inteiro.




🏠 E a atitude madura do jovem Bellacosa?

Voltar para casa sem contar nada para ninguém.
Banho. Janta. Lição. Cabeça doendo. Ego intacto.
Medo absoluto de levar bronca maior do que a queda.

No dia seguinte?
De volta ao campo de guerra.
Brincando de SWAT nos mesmos tubos, como se o firmware tivesse atualizado e agora eu fosse à prova de falhas.

Juventude, meus caros, é o mainframe mais resiliente já inventado.




Um dia o esgoto foi concluído. As fossas sumiram.
As baratas perderam o território.
Mas o campo de manilhas?
Esse ficou registrado na minha ROM emocional para sempre.

Porque ali descubro — olhando para trás — que criança alimentada por curiosidade e ausência de medo é uma força da natureza.
Destrutiva. Imprevisível.
E totalmente inesquecível.

👀
E eu ainda acho que tinha algo naquela água do Cecap…


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Templo de Horus em Edfu

Visita a casa de Horus.

Estamos em Edfu um gigantesco complexo religioso erigido em honra ao deus falcao Horus. Residencia oficial do sacerdote, este complexo tinha diversos tipos de alas destinada a receber o publico e uma area secreta reservada somente ao sumo sacerdote e ao farao.




O complexo sofreu muito com o tempo e as conversoes religiosas, quando o Egito converteu-se ao cristianismo nos primeiros seculos da era crista, este templo foi vandalizado e varios tesouros saqueados e convertido em igrejas paleo-cristas.

Posteriormente os barbaros atacaram e terminaram por destruir o que restava, durante seculo a areia do deserto e a lama do Nilo, serviram de tumba, ate que uma onda restauradora que surgiu no seculo XIX, reconstruiu e trouxe um pouco da velha gloria a este templo.

Diga-se de passagem que saia daqui a melhor e mais animada festa do Egito Antigo... sim... na altura do casamento simbolico de Horus com Hator, milhares de pessoas partiam daqui em direçao ao templo da Hator cometendo todo o tipo de excesso que se possa imaginar.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Complexo de templos em Abu Simbel


Para aqueles que amam historia este lugar é o ponto mais fascinante do Egito, explico porque... devido a construçao da represa de Assuan, este complexo de templos teve que ser realocado em um consorcio titanico envolvendo diversos paises do mundo.

Foi uma luta contra o tempo, os templos tiveram que ser escavados e estudados no local original, depois foram feitas maquetes e estudos, para por fim serem desmontados e reconstruidos em um ponto 60 metros acima do original, mas mantendo todos os alinhamentos originais, inclusive nos solsticios o raio solar entra da mesma maneira e ilumina a estatua de Ramses no interior do Templo.



Falando de historia este templo foi construido como materia de proganda, suas ilustraçoes, grandiosidade servem para assustar e impressionar exercitos inimigos, por isso mesmo este complexo ficava no limiar das fronteiras egipcias, servindo para mostrar aos povos locais que o poder do farao era tao grandioso, que mesmo ali nos cafundos do reino, ele podia deslocar operarios e construir grandes obras.

Voltando aos nossos dias, estavamos em Assuan e a viagem ate Abu Simbel foi extremamente cansativa, longe de tudo, com varios controles policiais e do exercito pelo caminho, um calor que o ar condicionado nao vencia, mas ao chegar nos templos valeu cada gota de suor.

Outra visao fantastica foi ver o lago da represa fazendo margens ao Complexo de Abu Simbel

domingo, 30 de maio de 2010

A Esfinge de Gize guardando as piramides.



Pegamos um micro-onibus e saimos do Cairo em direçao a Gize... eu imagina que andariamos quilometros pelo deserto, que iriamos ao final do mundo para chegar nas Piramides.

Como eu estava enganado, a cidade do Cairo cresceu tanto que seus suburbios alcançaram a planicie de Gize, que anteriormente estava no meio do deserto e hoje encontra-se cercada de casa.

Outra coisa digna de nota o transito no Cairo é uma coisa de loucos, nao imanigem a loucura que foi chegar ate aqui.

Falando da Esfinge foi emocionante circular, tocar, olhar e comparar com aquilo que eu imaginava atraves de tanta leitura.


sexta-feira, 9 de setembro de 1994

Viajando rumo ao Oeste, a epopeia de trem ate Santa Fe do Sul

Santa Fe do Sul viagem de trem

A palavra tem poder e os nomes adquirem uma força enorme. Desde criança assistia filmes de cowboys, faroeste com viagens a oeste, viagens de trem e em algum destes filmes ouvi o nome Santa Fe.

Anos mais tarde, descobri que existia uma cidade com este nome e era cortada por uma ferrovia que ia ate as margens do rio Paraná.

Fui ate a estaçao da Luz em São Paulo, ponto este onde começava e terminava a maior parte das viagens de longo percurso ferroviario, comprei o bilhete e me preparei para a viagem, mochila cheia, saco de dormir, livro e outras cosita mas.

A viagem foi mesmo de matar o artista, 20 horas ou mais, parando em cada cidadezinha de Sao Paulo ate Santa Fe do Sul, ora o trem lotava com gente em pe, ora esvaziava, via-se vários recos pegando carona para retornar casa, mochileiros, malucos e pessoas comuns.

Este trem fazia um papel social grande, pois alem da ligação entre diversos apeadeiros , seu preço era bem em conta relativo ao ónibus. O único senão é que este ramal tinha como preferência os diesel cargueiros, então muitas vezes ficávamos parados esperando o dito cargueiro passar. Em algumas vezes, cheguei a saltar do trem e dar uma volta pela estação, explorando e conhecendo o lugar.





Enfim chegamos ao nosso destino, objetivo cumprido, andei pela estação, explorei a arqueologia industrial ferroviária, andei ate o final da linha, fui conhecer o Rio Paraná, velho conhecido de viagens de muitos anos antes.

Atravessei a fronteira de balsa e conheci um novo estado: Mato Grosso do Sul e la fiz uma descoberta que não mudou minha vida, mas me fez ver algo sobre o Brasil que nao sabia. Conheci uma pessoa de idade que tinha o RG com um numero de 6 dígitos começado por 9, como meu rg tem 8 digitos e começa com 2, pensei comigo mamma mia esta pessoa é velha, pelo numero de ordem do rg devia ser muito antigo, mas não descobri que naquela altura cada estado tinha sua própria numeração de RG.
















Para saber mais:


sábado, 13 de junho de 1992

Sao Tome das Letras : A cidade onde todos os malucos querem ir

Dos lugares que visitei, posso dizer esta cidade é maluco beleza.


Desde meus acampamentos pelas praias e florestas sempre tive contacto com bichos grilos e hippies, porem em São Tome das Letras, encontrei o habit natural deles. Nossa que comunidade enorme de gente de bem.

Como dizem São Tome esta envolta de nuvens da paz, se é que me entende. Barzinhos, quiosques, tendinhas, venda e troca todos vivendo em paz consigo mesmo.


Nesta aventura do grupo Encaminhada fizemos um ciclo completo: caminhada em trilha no sertão, trilha em floresta, corredeiras, rio e riachos, piscinas naturais, grutas e cavernas. Andando a pe, de caminhão e trator.

Foi uma emocionante aventura que devido ha um acidente me custou metade de 2 dentes frontais, que historias a parte minha mae quase teve um treco e minha dentista a Dra. Alicia ficou muito triste, pois 2 semanas antes ela tinha feito todo o restauro e clareamento deles.



Para saber mais:



sábado, 6 de junho de 1992

Sao Tome das Letras um pequeno paraíso na serra.

Imagine um lugar único cheio de belezas e encantos


O grupo Encaminhada acertou em cheio ao escolher este destino. São Tome das Letras é uma cidade fabulosa, feita em pedra, cheia de encantos: tem uma pirâmide construída por um newage man. Tem construções únicas, que acredito mais cedo mais tarde, serão considerados patrimónios.

Existe um plato de onde avista-se o horizonte, vendo tudo e a tradição local diz que serve de discoporto, afinal os extraterrestres também frequentam estas bandas.




Listando algumas atraçoes tem corredeiras, ribeiroes, piscinas naturais, cachoeiras, cavernas e grutas e inúmeras trilhas para todo tipo de caminhante.